quinta-feira, 17 de julho de 2008

Histórias do Billi J. - uma rua não muito familiar (final)

(continuando...)


Na última casa da rua morava uma jovem, linda por sinal, mas que ouvia sertanejo o dia inteiro. Diziam que ela era filha do dono de uma grande empresa multinacional com uma alemoa que fora deserdada pelos pais e morta em um incêndio em uma loja de extintores, mas nada disso passava de boato, imaginação, porque ninguém sabia ao certo o que acontecera. Só que essa guria estudava também. Algumas vezes ia conversando com o Billi J. dentro do ônibus. O nome dela era Marina. Morena ela. Até lembrava um pouco a Renata. Mas enfim. O Billi J. nunca tinha a visto sorrir, exceto no dia do casamento da velhinha com o rapaz estiloso, quando a banda tocou "Coração sertanejo", sua música favorita. Bom, no lado da casa dessa guria, morava um jornalista, muito inteligente. Discutia sobre qualquer coisa, sempre tendo razão. Sim, ele achava que tinha razão sempre, que a sua opinião era a certa. Queria trabalhar no New York Times um dia, mas nunca fez menção de aprender inglês. Dizia-se bom demais pra isso.

O Billi J., em pouco tempo, conheceu todos os vizinhos. Estavam sempre na rua no final das tardes, conversando. Eram uma quase família. Tirando o Pedrão, que pouco falava e pouco aparecia, mesmo sendo sempre convidado, os outros tratavam-se como vizinhos. Claro, que toda semana tinha uma briga para ver quem iria limpar a sujeira dos deliciosos, mas farelentos, bolos que a velhinha fazia, mas nada que impedisse que eles comessem o resto do bolo no outro dia.

Voltando à velhinha, ao contrário do que todos pensavam, o rapaz estiloso não era um golpista. Descobriu o Billi J., que ele era um grande Engenheiro Químico, dono do maior laboratório de pesquisa do país. Ninguém acreditou no Billi J., até que ele provou mesmo. Então todos foram perguntar para o rapaz estiloso, por que ele havia se casado com uma velhinha, que mesmo sendo simpática, não passava de uma velhinha. Ele respondeu que tinha uma doença degenerativa e que sentia-se obrigado a fazer feliz aquela velhinha que tanto ajudara a sua mãe. Casou-se com ela para que a mesma ficasse com todo o seu dinheiro quando morresse. Não queria que os acionistas do laboratório usassem um só centavo do que ele havia batalhado para conseguir, sem nunca sequer roubar um centavo de alguém.

Passaram-se algumas semanas e ele morreu. O rapaz estiloso. Fora enterrado na frente da casa da velhinha, o que deixou os outros vizinhos apavorados, menos o Billi J., que nunca teve qualquer problema com esse tipo de coisa. Afinal, os mortos estão mortos. O Billi J. sentia-se mal apenas por pensar, influenciado pelos outros vizinhos, que o rapaz poderia dar o golpe do baú. Então ficou triste. Até porque, descobriu tudo o que o rapaz estiloso fez, todas as pesquisas, e o tinha agora, como um exemplo de caráter. O Billi J. seguiu a sua vida, estudando cada dia mais, mas nunca se esqueceu da lição que aprendeu com aquele rapaz estiloso...

Seu irmão, começou a conversar mais seguidamente com a Marina, a colega de conversa do Billi J. na ida para a faculdade. Ela nunca tivera qualquer intenção com ele, mas sem querer, ele se apaixonou por aquele olhar triste que ela emitia ao mundo. Só que, se alguma coisa aconteceu, eu já não sei dizer, porque talvez, isso seja assunto, para uma próxima história do Billi J. ... .

4 comentários:

Anônimo disse...

hgahaaa
tudo d eboom esssa partee aki de hojee
ameei

back?

http://imensidadx3.blogspot.com

Ingridi Kroeger disse...

só da billi j. por aki
hehe

boaa

beijaao

' Ireth Isilra disse...

' Oie...
obrigada por comentar
tbm te link!
td de bom..
;*

Liih Maciiel disse...

Aiii confesso que eu não lii nada desse post, porque eu quero ler desde o começo. Assim que eu ler inteiro eu comento de novo, tá?

Obrigadaa por linkar, vou te linkar também, oks..
Beeijos!!