quarta-feira, 30 de abril de 2008

Que jogo!

Chelsea 3x2Liverpool(sendo 2x1 na prorrogação)

Que jogo. Acho que não vou escrever mais nada hoje. Parabéns aos Blues de Londres, primeira vez na final da Champions. Parabéns ao Liverpool, que mesmo com donos ignorantes, conseguiu mais uma vez mostrar que não tá morto quem peleia.

Que venham os plaiboizinhos de Manchester, que eu vou é de Chelsea.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Procurando um equilíbrio

Ontem eu não escrevi nada. Também, porque escrever mais alguma bobagem sobre o tudo e o nada, ou como pensei hoje indo para a missa, naquele "deixe suas coisas velhas para trás". Eu já escrevi sobre muita coisa. Também, mais de 500 textos. Não todos meus, claro, mas pelo menos uns 450 eu já escrevi. Sem contar os do Tosco e alguns raros do Blog do ViNícULa, que é o atual Futebolista? Porque vive descendo lenha.

Mas então eu vou discutir futebol. Não, acho melhor não. Apensar de ser, e mostrar também, ser gremista, não vou discutir futebol, mesmo que o Juventude, que nos eliminou, tenha vencido, pela terceira vez(todas as coisas que se tornam repetitivas ficam chatas) em 3 jogos no ano, o Inter. Não vale a pena perder um leitor que seja, se é que existe algum leitor, por causa de futebol.

Ah, lembrei agora. Vi sobre o aumento do preço do barril do petróleo, aumento do preço dos alimentos feitos com milho, pelo menos nos EUA, e cheguei à uma conclusão. A solução, é fazer uma limpeza nos menos desenvolvidos lugares do planeta. Chega de seres humanos que se reproduzem como aranhas. Chega. É muita gente que só vai nascer para sofrer. Para ficar sem o que comer e quem sabe o que beber. Muita gente.

O mundo tá cheio de gente. Tem gente demais para lugar de menos, mesmo que haja um espaço absurdo para moradias. São muitas as ocupações do espaço e sem desmatamento, não se pode criar mais espaço para se viver. Então a solução é impedir que a população, não só do brasil, aumente como a do mosquito da dengue vêm aumentando. É tão mais fácil evitar que algo piore do que enfrentar os problemas futuros, com muita gente sem ter o que fazer e que, por falta de caráter, passam a roubar o que não é seu(não venham com aquela de que o sistema corrompe as pessoas que isso não cola mais, porque independente de onde vive, a pessoa pode muito bem buscar um algo melhor sem perder a honra).

A Índia, com um espaço muito menor, poderá em breve, ultrapassar a população da China. Absurdo. Para que a população continua crescendo, para cada vez mais as pessoas ganharem uma miséria para entrar em redes de esgoto para retirar merda de lá?(reportagem da revista Superinteressante de algum mês atrás). É desumano permitir que pessoas nasçam sem uma perspectiva de futuro. Vai faltar comida? Duvido muito, mas há de se pensar no lado humano.

É tão mais fácil evitar que animais como aquele austríaco que fez 7 filhos(um gêmeo morto) na própria filha, e como tantos outros que tem mais de 6 filhos(para ficar em números baixos) aumentem a população de uma maneira que a sociedade não consiga mais inserir essas pessoas em uma realidade aceitável, do que tentar corrigir erros que vem de anos e anos. A sociedade aumenta, em número, porque em qualidade...

Tantas cabeças, para tanta comida, para nem tanto espaço disponível, para tanta falta de soluções. Existem soluções? Creio que sim. Talvez a minha, até pelas poucas(se comparadas com um projeto completo) e não muito bem explicadas palavras, não sirva, mas existem soluções para isso. É muita gente sem ter o que fazer. Será que só cegos habitam a nossa sociedade? Aliás, cegos não, pseudo-cegos.

Diminuir, talvez não. O importante, é não aumentar. Senão, a gangorra vai continuar oscilando, para pior.

domingo, 27 de abril de 2008

Sem irritação

Hoje eu acordei para fazer algo importante, algo que eu já tinha feito, há alguns meses, mas que seria diferente, devido aos diferentes contextos. Eu dormi ansioso para que isso chegasse e que eu pudesse colocar em prática todas as minhas idéias, que no caso não era muito idéias, mas sim imaginações do que poderia ser feito.

Então nada do que eu esperava aconteceu. Bom, o nada é muito negativo, então, quase nada aconteceu. Tudo muito frio, apesar de eu estar vestindo bermuda. Tudo tão distante, mesmo estando tão perto daqueles que estavam naquele lugar pelo mesmo objetivo.

E a coisa piorou. E a minha cabeça não gostou. E ninguém mais percebeu, porque só eu consigo entender quando a coisa não é boa pra mim. Mas eu não posso fazer mais nada, vai acontecer e vou tentar fazer tudo isso valer, e muito, o esforço.

É, ou a partir de hoje, era habitual que depois de algo desse tipo eu escrevesse alguma crítica, generalizando alguns aspectos e colocando mas's e poréns no meio de um texto tão confuso quanto o último sobre tudo e nada.

Só que hoje eu fiz diferente. Não descontei a raiva aqui. Não fiquei pensando nisso. Fui à casa d'Ele, falar com Ele. E me senti bem. Fiquei calmo, me tranqüilizei, mesmo sem parar para pensar. Foi como se eu tivesse tirado um cisco do meu olho do nada, sem fazer esforço. Foi como parar um soluço, só pelo fato de não pensar nele.

Aquelas idéias irritadas, pensamentos negativos e planos de matar alguém ainda estão presentes, menos o último citado, mas não interferem nas minhas atitudes, como podem ver nesse texto. Essa talvez seja a vez mais perceptível de que algo mudou em mim por causa de uma missa. E é estranho EU estar escrevendo isso. Porque é estranho alguém que há pouco mais de 2 anos nem ia à missas.

Muita coisa mudou. Antigamente eu chegava em casa irritado e descontava na primeira pessoa que dizia-me oi. Hoje foi diferente. Eu chaveei a porta e disse um calmo oi. Estranho. Cada vez me surpreendo mais comigo mesmo.

Mas que nada. Essas coisas só eu percebo mesmo. Talvez a minha mãe e o meu pai. Mas quem conhece, ou melhor, acha que me conhece, eu sou muito irritado. Não faz mal. Nem tudo o que parece é. Como nem todo texto meu em dias irritantes não são críticas.

Tudo e nada. Não. Onde tiver tudo, acho que dá para trocar, em quase todos os "tudo" por quase tudo. Similar coisa com o tal do nada.

Ou não.

sábado, 26 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - Um amor diferente...(final)

(continuando...)

Eu sei, parece meio romance isso aqui, mas não é. Bom, voltando à história, a Gabriela não se importava com as risadas e as ofensas proferidas pelas suas outras colegas para o Billi J. Ela até retrucava os xingamentos. Também xingava, mas de maneira educada, os outros guris, que perguntavam o que ela, tão linda(e como era linda...) estava fazendo com um bichinho da maçã(1=2?) como o Billi J. E não importava o que dissessem, o que falassem ou até o que fizessem, como socar o Billi J. toda vez que ele encostava na bola de futebol na educação física, a Gabriela amava o Billi J., e ele a amava também, só que(...)[parênteses com pontos dentro significam algo já mencionado, não chamo-os de burro com isso, mas sim coloco em questão algo que eu fazia por outro motivo].

Mas o Billi J. gostava de estar com ela, e também gostava de vê-la sorrindo, por isso ele não terminou o namoro com ela, mesmo depois de receber uma ameaça de morte do filho da diretora. Na verdade não foi de morte, mas sim de surra, que ele levaria se não terminasse o namoro com ela. Só que ele já havia apanhado muito nos jogos, e como ainda lembrava das aulas de luta defensiva, ou defesa corporal que seu tio tinha lhe obrigado a fazer, não teve medo.

Mas nada além de uma pedrada de longe nas costas, que teve com conseqüência apenas uma costela quebrada e 2 dias no hospital. E lá ficou Gabriela, ao lado dele. E por lá também passou Renata. Era engraçado a conversa dos dois quando estavam sozinhos. Porque era um mais tímido, ou envergonhado, ou algo do tipo, que o outro. Mas que nada, pensava o Billi J..

Um dia, uns 6 meses depois do Billi J. e da Gabriela começarem a namorar, lá por meados de outubro, aconteceu o que ninguém esperava. Ah, droga, esqueci de contar uma parte da história. Gabriela havia ido para essa pequena cidade pois sua mãe havia se separado de seu pai. Ela e sua mãe voltaram para a cidade de origem das duas, e para onde moravam mais parentes delas naquele momento, dentre esses, a mãe de Renata. Mas enfim, o fato que entristeceu e abalou Billi J. e Renata, é que os pais de Gabriela se reconciliaram, depois que uma suposta traição fora provada como totalmente inexistente. As duas voltariam imediatamente para onde moravam. E o como ficaria o namoro?

Então o casal mais antagônico e, talvez por isso também o mais simpático que aquela cidade já havia visto, terminou ali. Pouco mais de 6 meses e aquela guria que havia mudado a vida do Billi J., para melhor diga-se de passagem, estava indo embora. Decidiram que pela distância, mais de 1.200Km ficaria muito complicado manter algo à distância, até porque eles tinham mais um ano de ensino médio para cumprir. Gabriela chorava como se alguém tivesse morrido. Billi J. já não sorria mais. E na despedida dos dois, onde foi realmente posto um fim naquele tão aproveitado namoro, a sensação de que o Billi J. tinha sido o guri mais legal que a Gabriela conheceu e ela a guria mais importante da vida dele, porque o mudara por quase completo. No último beijo, parecia mais que os dois estavam nadando no oceano, tamanha quantidade de água salgada do choro que estava entre aqueles dois rostos.

Billi J. pensou que jamais encontraria alguém como Gabriela. Gabriela pensou que jamais encontraria alguém como Billi J.. Renata, que também estava presente naquele momento, não pensava em nada. Mas porque ela não estava tão triste quanto Billi J. ou Gabi? Nem ela sabia. Será que era porque ela era apenas uma coadjuvante nessa história, e não personagem principal, como geralmente era? Ficou feliz por conhecer sua prima, por ter aprendido com ela. Ficou mais feliz porque essa prima "distante" lhe fez se aproximar e conhecer Billi J..

Será que tudo não passava de um golpe do destino para aproximar os dois? Sei lá, nem o Billi J. sabia se algum dia poderia se aproximar de Renata, da mesma forma que se aproximou de Gabriela...

Nunca mais Gabriela e Billi J. se viram.

Pelo menos até uma outra história...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

500 postagens

Porque quase tudo depende de como se vê. Porque quase tudo depende dos olhos do comprador. Porque quase tudo depende da vontade do vendedor. Porque quase tudo é apenas quase tudo e nada disso chegará um dia a ser tudo. Porque quase tudo é nada e quase nada é tudo. Porque sempre que eu escrevo várias frases seguidas com o mesmo começo, eu escrevo uma bobagem sem limites.

Só que hoje essa é a bobagem que eu quero escrever. Nada que faça sentido, nada que possa ter algum sentido. Mas que talvez terá, como sempre tem, por isso que depende do jeito que se vê.

E hoje eu posso criticar alguém, criticar algo, ou também fazer um elogio, à uma das pessoas já citadas aqui, mas não posso, porque hoje eu só quero pensar que vai chover e essa chuva levará alguma coisa ruim para um boeiro, se misturando com as coisas ruins de outras pessoas e entupindo os boeiros, não com plásticos ou outros lixos físicos, mas sim com besteiras e coisas ruins que todos os dias devem ou somente podem ser criticadas. Por isso depende dos olhos do comprador.

Porque eu poderia muito bem comprar o tênis mais caro e dizer bom dia até para aquelas que me viram a cara, que não precisam necessariamente ter contato comigo ou sequer estar próximas a mim diariamente. Mas eu não quero. Alguém me disse um dia desses que um golpe físico é muito mais fácil de se agüentar e também mais engraçado do que um corte moral, desferido por alguém que tem cara de gente boa, jeito de pessoa meiga mas que na realidade traz uma espada pronta para cortar todas as cabeças que surjam em sua frente. Nada, ou melhor, nem tudo o que parece é, esse é o motivo de tudo depender da vontade do vendedor.

Porque hoje eu deveria baixar a minha cabeça e pensar na aula e na prova de amanhã, mas "todo" esse problema não é nada, comparado com qualquer outra coisa, que seja mesmo um problema, mas todos os problemas não são nada se a cabeça que os enfrenta sabe que sempre terá ajuda, mesmo que não queira ver essa ajuda. Por isso tudo é nada e nada é tudo. E mais uma vez aqui no blog o tudo é nada e o nada é tudo.

Já escrevi textos confusos, mas esse é um dos mais. Por isso que sempre que eu escrevo frases seguidas essas não tem muito sentido e nem devem fazer algum sentido.

A história do Billi J. será terminada assim que possível.

Ah,...

...parabéns ao blog, 500 postagens.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O arrogante e o consciente

Prova de química amanhã. E como eu sou um grande estudante, principalmente de química, nesse momento, ao invés de estudar, estou aqui, executando uma tarefa que faço há mais de um ano. Pois é. Não é fácil estudar depois de ter aula de manhã e à tarde. Vou estudar daqui a pouco... só mais um tempinho aqui e vou.

Nesse caso eu vou ir mesmo, por necessidade, mas quantas vezes quem está lendo não ficou mais um tempo, enrolando para não fazer algo, porque não gostasse ou mesmo não quisesse. Quantas vezes matamos tempo e depois bate aquele arrependimento, aquela maldita voz consciente que sempre diz algo como "eu disse seu idiota, eu disse que era para estudar...". A tal consciência pode ser uma coisa pior do que gente arrogante.

Ela fala, sempre, não podemos calá-la mas não necessariamente precisamos ouvi-la. Mas como o arrogante, quando o que tu tentastes fazer, por conta própria, não deu certo ou resultou em um produto negativo ou ruim para ti, ele, o arrogante ou ela, a consciência, ficam enchendo o saco.

É uma falta do que fazer mesmo. Será que a nossa consciência não pode nos deixar em paz em momentos de decisão? Como um impulsivo, que já foi muito mais impulsivo, digo que é bem melhor fazer e pronto, o racional que corrija os erros... . Mas o arrogante é pior...

Porque a consciência só fala, ou melhor, só insinua coisas na tua mente. O arrogante não. Aquele que acha que está sempre certo fala, e como fala, espalha para o mundo, sempre se mostra superior, mesmo tendo falado aquilo só para ser o contrariador( ...........). O arrogante também mostra, com olhares feios, mexidas de cabeça para os lados, em sinal de reprovação, ou um olhar que atravessa a pupila e fura qualquer tentativa de melhora da pessoa.

Os arrogantes são gente muito chata. A consciência também.

Tá, fui estudar agora...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - Um amor diferente...(parte 2 de... algumas)

(continuando...)

O Billi J. e a Gabi(simplificarei para cansar menos) sentavam lado a lado na sala de aula. O Billi J. no lugar de sempre(já dito nos outros textos), a Gabriela ao seu lado e a Renata ao lado dela. O Billi J. achou muito estranho o fato de agora que estava namorando, se aproximar mais de Renata do que em todos os outros anos anteriores(que nem o Billi J. lembra quantos foram) juntos. Com exceção daquele dia em que ele ganhou um beijo da Renata, fato que só os dois sabiam e que em um gesto obscuro e instintivo, decidiram esconder de Gabriela. E não mudava muita coisa. Ao saber disso, a Gabi no máximo, iria rir como ria quando o Billi J. começava a falar de geografia e depois percebia que ela não entendia muito disso.

A Gabi e o Billi J., ou o Billi J. e a Gabi eram muito diferentes. Ficou perceptível isso. Só que ela sempre dizia para ele aquele jargão "os opostos se atraem", frase que era sempre seguida com uma tímida e curta risada de Billi J.. Porque o Billi J. não usava frases feitas. E também por isso, a Gabriela, que morava em outra cidade, muito maior, e era acostumada a ouvir cantadas dos rapazes da sua antiga escola, se encantou por ele. E como a Gabi se apaixonou pelo Billi J., assim como ele se apaixonara, de anos antes até o presente momento, pela Renata. O Billi J. não esquecia a Renata, até porque, os dois começaram a conversar, até que bastante, por causa da Gabriela. Elas tornaram-se irmãs. O Billi J. entendeu isso e passou a ser amigo de Renata, assim como ela passou a ser amiga dele.

Em alguns momentos, algumas cruzadas de olhar, algumas risadas em comum, alguns sorrisos passados indicavam que algo estava errado ali. Mas nem Billi J., nem Renata e muito menos Gabriela sabiam direito o que acontecia. Os três estavam felizes. E como Gabriela era feliz. Sempre sorrindo, sempre pulando, sempre alegre. E como o Billi J. era feliz, achou alguém que o compreendia e que, ficava perceptível, o amava. Billi J. também amava Gabriela, mas não do mesmo jeito que ela o amava. Talvez a Gabriela soubesse disso, e até comentou algo com Renata algum dia, mas nada muito sério, porque Renata a fez esquecer. E como a Renata era feliz. Não sabia porque, mas como a prima, sorria sempre, mesmo não tendo um namorado ou o colar de conchas que tanto queria.

Billi J. e Gabi, agora esquecendo Renata, saíam muito. Não iam a festas nem nada, mas também não ficavam vendo documentários na TV escola. Faziam listas do que fazer na semana e cumpriam-na, mas não muito, porque os dois achavam coisas muito programadas sem graça, mais ela do que ele, mas ele ia cada vez se soltando mais. E como a Gabi era linda, e como seus cabelos balançavam quando ela saltava, sempre rindo e sorrindo, sempre exaltando e mostrando ao mundo que era feliz e que tinha um amor. Era muito legal vê-los assim, de mãos dadas, caminhando, quase que pulando como a Chapéuzinho Vermelho pulava indo para a casa de sua avó, de um lado para outro naquela cidade, que não era grande, mas também não era pequena.

O Billi J. passou a falar mais, com menos termos técnicos ligados à aula, e também começou a entender como era a lógica da juventude, viver. E como era bom viver, sempre cochichava Billi J. à Gabriela. E a Gabi passou a dizer menos palavrões, como f¢£@ e p*&¬ que pariu, passou a ir à igreja, com Billi J., é claro e passou a fazer algumas coisas que Billi J. fazia, como ler o jornal e comer maçãs com suco de laranja no intervalo das aulas.

(continua...)

terça-feira, 22 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - Um amor diferente(parte 1 de... algumas)

Como todos os que já leram sabem, o Billi J. sempre foi um guri inocente, ou quase. Educado, mas que aprendeu a falar palavrões também. E também apaixonado por uma guria, morena(?), cabelos lisos e compridos, olhos cor de mel, enfim, a guria dos sonhos do Billi J., a Renata, que caminhava como se não houvesse chão, bom, chega dessa baboseira que o Billi J. sempre repete.

Depois do último fato ocorrido, aconteceram coisas, que não entrarão nessa história. Porque as histórias do Billi J. não são contadas em ordem cronológica mesmo, então não muda nada. Aliás, alguém lembra de mais alguma coisa do que essas que eu tanto repeti nas histórias do grande e diferente Billi J.? Enfim, não precisa lembrar. Mas voltando ao caso, o Billi J., após alguns fatos, começou a namorar. Mas que droga, até os tímidos namoram algum dia(regra que deve ter as suas exceções). Acorrentado, encoleirado, pau-mandado, achou a tampa da panela, a bergamota da bergamoteira, ou melhor, a maçã da torta de maçã, a alma-gêmea. Pois é, até o Billi J. encontrou a sua tão sonhada pessoa...

E por incrível que possa parecer, não era a Renata. Até eu pasmei quando fiquei sabendo disso. Não era a Renata, mesmo que o Billi J. ainda fosse apaixonado por ela. Na verdade, tenho que confessar que era uma prima da Renata, fato que só ficou conhecido após uma conversa entre a mãe de Renata e sua irmã que há tempos não via, que no caso era a mãe da agora namorada do Billi J.. A Renata estranhou que tivesse uma prima. Billi J. desconfiou desde o primeiro dia de sua, agora namorada, colega no colégio. O sobrenome das duas era o mesmo. Mas e daí? O Tunder e o Lula tem o mesmo sobrenome mas não são parentes. Só que o sobrenome das duas, Renata e a namorada do Billi J. era um sobrenome muito incomum. Origem romena. No caso, só o Billi J., como um grande conhecedor de geografia e origem de nomes através de sua chega ao Brasil, sabia que era de origem romena. Só pra constar, os romenos nasceram na Romênia, leste da europa, capital Bucareste. Fica mais ou menos perto da Itália, portanto, longe do Brasil.

Então... ah, desculpem-me, esqueci de dizer, a namorada do Billi J. e prima da Renata se chamava, opa, chama, Gabriela, ou Gabi, como ela passou a mandar o Billi J. chamá-la depois, na verdade antes também, do namoro dos dois. Então, a Gabriela, era divertida, alegre, linda como a prima, sorridente como a prima, morena como a prima, olhos cor de mel como a prima, puts, o Billi J. viu na Gabriela a Renata que ele não poderia namorar. Ou poderia, mas não sabia que podia. Os detalhes do início, repito, não serão escritos aqui.

A Gabriela, ou Gabi, via no Billi J. o que todas as outras pessoas que conheciam, ou achavam que conheciam, não viam. E o Billi J. nunca fez questão de falar algo ou se fazer de coitado. Ele ainda continuava sendo tímido, quieto e ainda ajeitava os óculos, colocando o dedo acima do nariz, no entre olhos, mesmo não usando óculos. Billi J. não tinha mais o problema de visão de outrora, que no caso era psicológico, mas achava divertido fazer aquilo. Ninguém entendia. Só a Gabriela. Ou pelo menos só a Gabriela falava isso para todo mundo ouvir.

O Billi J. se sentia bem, feliz, sabia que na Gabriela ele tinha alguém fiel, mais do que uma namorada, uma amiga, que o ouvia e o entendia. O Billi J. não deixava por menos, e sempre aconselhava Gabriela, que impulsiva que só, dificilmente atendia aos conselhos do Billi J., porém, sempre dizia para ele "Eu sei que você estava certo". E ela dizia isso porque era verdade, não porque ele olhava para ela com aquele ar de superior. Aliás, apenas uma vez na vida o Billi J. olhou com ar de superior para alguém. Não vem ao caso que dia foi esse...

(continua...)
*algo meio óbvio que continue após o título ter aqueles parênteses

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Limpeza geral

Pegue suas coisas velhas e jogue fora. Nada do que é velho poderá ser útil no seu futuro. Sim, algumas coisas podem ser úteis no sentido de lembrar bons momentos vividos, mas a grande maioria não serve mais para nada.

Depois do trabalho de hoje à tarde, percebi quantas vezes coisas velhas são guardadas inutilmente. Mas vai que um dia precise. Sim, se precisar, compra de novo, consegue novamente, faz mais uma vez. Porque quando for preciso, se é que algum dia vai ser preciso, essa coisa velha será esquecida e não será usada.

Ou seja, pegue as coisas velhas e jogue fora. Coisas velhas só ocupam espaço. Por mais que tenham sido úteis, hoje em dia, se estão guardadas é porque não são mais úteis. Até por preguiça guardamos as coisas. Preguiça de jogar fora e também de possivelmente ter de fazer novamente. Guardar coisas é inútil. E ainda ocupa espaço.

Sem exemplos, sem coisas, sem nada que possa ser muito específico. Nem tudo deve ou pode ser jogado fora. Nem tudo merece ser jogado fora. Nem tudo pode ser feito novamente. É por isso que não generalizo e sempre coloco uma porcaria de um parágrafo de exceção nos meus textos.

Jogar fora pode até ser um gesto humano. Porque o que jogamos fora pode ser aproveitado por outra pessoa. Ou não também. Mas o mais importante é que jogando fora não acumulamos poeira sobre aquilo que estamos guardando há tempos. Mas nem toda poeira é ruim. Nem toda poeira causa alergia. Nem toda poeira faz mal.

Nem todo espaço é útil ou será utilizado, por isso dependendo do fato é bom guardar, para não ter que ficar limpando o mesmo lugar sempre, porque não achamos uma "mesa" para colocar naquele canto vago. Então deixe um monte de alguma coisa lá, que junte um poeira, porque senão o organismo fica muito vulnerável à doenças quando não há uma poeirinha para atrapalhar.

Mas enfim, pegue as suas coisas velhas e inúteis e jogue fora. Doe-as para um museu, porque esse é o único... coiso que vive de passado. Jogue o seu passado inútil fora, quem sabe alguém aproveite. Mas deixe uma poeira para saber que houve algo naquele espaço... algo que pode ser bom lembrar algum dia...

domingo, 20 de abril de 2008

No meu lugar(???)

(se você leu no Tosco por ser tosco, não leia aqui)

Sem explicações nem perguntas. Sem críticas e muito menos elogios. Não é a primeira vez que escrevo algo começando desse jeito aqui, ou também é. Não sei, já escrevi tantos textos que hoje não sei mais o que eu já escrevi ou não. Ou até sei, mesmo sem querer saber.

Não sei o que escrever ou não sei como escrever. É como ter um lápis sem ponta, um apontador e não saber apontar o maldito lápis. Ou ter um anti-vírus e não saber atualizá-lo. De nada adianta ter e não saber usar. E são muitos os que têm e não sabem usar. Como são muitos os que sabem usar mas não tem.

Para tudo. Não dá pra alguém saber usar sem ter, ou pelo menos ter tido(aquela merda de passado condicional, ou algo do tipo(meu forte não é a língua portuguesa mesmo)). E se alguém sabe usar e não tem, isso é certo que teve, a menos que seja um gênio que saiba toda a teoria sobre o que ele não tem mas sabe usar.

Ignorando essa de gênio que sabe tudo de teoria(até porque como impulsivo, mesmo que não para tudo, prefiro mais fazer de uma vez), para saber usar a pessoa que sabe mas não tem teve. Passado. Não tem mais. E porquê não tem mais?

Incompetência do presidente do país, o mundo não ajuda, Deus não existe, o cachorro comeu o meu dever de casa, bergamota fede, o cara lá do ônibus soltou um peido. Desculpas não faltam. O que falta é coragem para assumir que não se tem mais por incompetência. Quem tem e perde, não teve competência para lembrar. Quem tem e esquece, não teve competência para dar valor aquilo que tinha. Quem tem e vende, não vale nada. Quem tem e ignora, não merece ter uma frase a mais aqui.

E quem tem e sabe usar? Bom, esses são pessoas mais inteligentes do que os que tinham, e óbvio, não tem mais. Mas também não. Porque elas podem ser tão inteligentes quanto, o que mostra que essas que tem e sabem usar, se forem tão idiotas quanto as que não tem e sabem usar(que se sabem usar é porque tinham, e é porque sabiam usar), não terão mais em algum tempo.

Talvez você tivesse algo antes de ler esse texto e não tem mais. Agora me diga, porque isso? Qual a tua desculpa?

De madrugada, da madrugada, na madrugada, sem madrugada

Sempre gostei de madrugada. Não da madrugada pra fazer festa, não daquela que é habitualmente um período de pouca reflexão e muito arrependimento. Não aquela onde alguns a essa hora assistem um filme pornô na Band(hahaha, depois dessa eu poderia acabar o texto). Sempre gostei da madrugada porque é o momento mais calmo do dia. Da 1h até as 5:30 do dia, é o melhor período para se viver.

Porque viver? O certo antigamente seria pensar. E não deixa de ser pensar, mas durante a madrugada, essas, que acho que apenas eu considero, 4 horas e meia, tudo fica mais fácil. Ignorando modernidades, esse é o período mais simples para se viver. Por isso é o melhor. Não sei porque as pessoas dormem à essa hora. Bom, sei, mas é um saco. O mundo faz a nossa rotina. Devemos dormir antes da meia noite até o começo da manhã. Devemos dormir de madrugada.

Que saco. Dormir bem no melhor momento do dia. Um dia eu vou inverter isso. Não para ser o do contra, mas vou trabalhar tarde, aproveitar a madrugada e dormir de manhã. Seria legal, exceto pelo fato de ter que almoçar com gosto de mofo ou de pasta de dente(tem gente que escova e tem gente que não escova os dentes quando acorda no domingo, dia habitual para um sono prolongado). Mas enfim.

A minha fase anda monótona. Não cansativa. Nem legal. Nem divertida. Monótona. Quem lê o blog percebe isso. Não tenho inspiração nem para continuar algum texto que precisa de continuação. Não sei mais o que escrever. A mente, mesmo nesse período propício para os pensamentos, não consegue fazer fluir a rede de pensamentos que, se não existisse, pelo menos parecia habitar a minha mente. Nada menos do que monotonia, mas pelo menos nada mais.

Sempre gostei dos meus textos escritos de madrugada. Mas hoje não dá. Não consigo. Mesmo que o Eric Clapton cante Layla ou alguma recordação do PL encerrado a recém, não conseguem me fazer pensar. Tudo trancado. Tudo impossível de ser ultrapassado ou alcançado.

Alguém sabe onde eu consigo uma chave para destrancar esse caminho?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Incapaz

Ele andava sozinho pelas ruas das esquinas de qualquer lugar. Ele andava e sempre que possível ajudava idosos a atravessar as ruas. Ele via carteiras caindo no chão, cheias de dinheiro, e mesmo precisando, corria e devolvia para o dono. Ele corria atrás de ladrões armados e recuperava bolsas cheias de jóias e coisas de senhoras ricas. Ele nunca pediu nada em troca. Mas ele era humano, e ficava contente com os "obrigados" que casualmente recebia. Por acaso, as senhoras de idade eram as mais educadas. Nunca entendeu porque.

Não, ele, não era o Billi J.. Mas ele ajudava. Fazia todas essas coisas, e muitas mais, que eu não vi, aliás, que eu acho que não quis ver também. Ele nunca reclamou. Nunca falou mais alto. Nunca pediu algo em troca. Nem foi mal-educado por algum fato ocorrido. Nada do que ele fazia importava, mesmo que ele impedisse o assalto ao banco da cidade, onde todos os habitantes da mesma guardavam o seu dinheiro.

Ele sempre ia na missa. Sempre tava lá, atento aos sermões do padre. Mas nunca o chamaram para ler na missa, mesmo que em todos os projetos da igreja, ele ajudasse. Não participava de movimentos, mas achava que poderia ganhar uma chance para ajudar. Só queria ler uma leitura pequena, para ver como era ler aquele livrão que ele sempre admirou. Sempre gostou das leituras da missa. As do livro dos Gálatas eram as suas favoritas.

Só queria uma oportunidade. Para saber como era, mas mesmo tentando mostrar que era capaz, ninguém nunca olhou para ele. Nem o padre, que conhecia todos os que habitavam aquela cidade. Que pena. Ele sempre teve vontade. Mas sempre o julgaram incapaz, mesmo nem sabendo do que ele era capaz.

Quantas dessas histórias quem lê isso não conhece... eu, pelo menos umas 3.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Só de passagem(3)

Depois daquela reflexão sobre vendedores de rua, não sei o que escrever hoje. E é estranho isso, porque teria muitas coisas para escrever. Um vírus maldito infectou meu computador, e ainda foi direto nos arquivos do sistema, quase perdi tudo. E o pior não era perder fotos, porque a maioria eu tinha em álbuns do picasa(do Google).

O pior não era perder jogos, porque não eram muitos, e seria fácil baixar novamente, mesmo que o emule esteja horrível. O pior não seria perder senhas, porque sei-as decor. Textos? Ah, todos postados em algum blog. Algo mais que eu poderia perder, bom, não seria tão ruim.

Passou a fase em que cada formatação era um terror, cada arrumação no computador era um medo de que algo fosse perdido, porque era perigoso sim. Mas as coisas evoluíram. E tudo fica mais fácil, acessível e enfim, nada mais é perdido, a não ser que tenha sido salvo em apenas um computador.

As coisas evoluíram muito. Lembro do tempo em que ter um video cassete era coisa de rico. Alugar um filme? Bah, tinha que ter dinheiro pra ter um vídeo cassete. Poucos tinham. As vídeo-locadoras não lucravam, aliás, eram raras, pelo menos no começo. Ter um rádio que tocava cd então, bah, era o sonho de qualquer um que gostasse de música. Comprar um cd então, tinha que ter muito dinheiro.

Hoje ninguém sabe mais o que para que serve um vídeo-cassete. Os cd's só não acabaram porque existe gente que ainda gosta de comprar cd. O dvd male-mal surgiu e agora já é obsoleto. Bah. Até o celular comum é obsoleto. Celular que não tiver câmera e não tocar mp3, é lixo. Computador que tiver menos de 512 de memória RAM não presta.

E tudo evolui. E tão rápido. Há um século atrás, quase não existia a televisão(esse humilde desconhecedor da data de criação da televisão reconhece a preguiça para pesquisar isso)(???). Há um século, andar de charrete era luxo. Carro? Bah. Avião? O que????

E tudo evoluiu tão rápido. Surgiu a AIDS, a dengue, o câncer... Não que este último não existisse, mas houve uma descoberta de que aquilo era câncer. Surgiram curas para a tuberculose, a febre amarela, entre outras doenças que matavam gente. Pesquisas com células-tronco há 50 anos? O que são células-tronco?

Assistir televisão no computador? Só quando os carros voarem. Bah. E como são pequenos os pensamentos de alguns. E como são grandes os objetivos de outros alguns. E como não há tempo para que tudo isso seja aproveitado. É tanta novidade, tanta tecnologia, que me sinto até idiota por ainda escrever em um blog. Bom, não me sinto idiota, porque... o que substituiu o blog?

Acho que essa é uma das coisas que ficará por muitos anos. E posso estar enganado, mas continuarei por aqui por algum tempo... até que algo me impeça.

Tudo evolui, mas algumas coisas não saem de moda. Tudo evolui, mas a mente humana, mesmo com toda a evolução descoberta e/ou criada, não evolui. O homem ainda derruba árvores para criar estradas, ainda joga sacolas plásticas no chão para entupir boeiros e provocar enchentes, o homem ainda joga o óleo que sobrou da fritura dos pastéis em uma nascente de rio.

E tudo isso é evolução. Ou não.

(sem muito fundamento, sem muita concordância, mas com muita vontade de escrever. Mereço um desconto)

(coloquei uma lista com os melhores textos que já escrevi, só para "tapar o buraco" nessa minha fase de muito nada e pouco tudo)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Nem crítica nem elogio. Apenas uma constatação

(ao som de You really got me - The Kinks)

Alguns fatos foram engraçados no meu dia, até agora, 16:18. Mas apenas uma será comentada aqui, pelo menos nesse post. Cenas como essa, mesmo que não aconteçam conosco, são engraçadas e levam à profundos pensamentos, se assim quem viu, quiser.

Depois de caminhar bem lentamente para poder analisar essa cena, pensei muito sobre os vendedores de rua. Aqueles que saem batendo de porta em porta, abordando pessoas na rua, para vender, seguros, livros, enfim, até para divulgar a sua religião(e sem interpretações errôneas dessa vez, por favor). São pessoas que tem muita disposição. É admirável isso. Ah, se os vadios que entopem a nossa internet com bobagem infundamentada(não me incluo nesses) e com cópias descaradas, sem esquecer daqueles que propagam vírus para sacanear, ah se todos esses tivessem a vontade e disposição que vendedores de rua têm...

É que nem entregador de panfleto. Ganha pra isso(dadas as devidas proporções) mas tem que ter uma disposição de fazer isso. Quem é meio preguiçoso, não agüenta muito tempo. São muitos os que deveriam trabalhar como vendedores de rua(não os camelôs ou índios que saem vendendo balaios e roubando bergamotas(isso não foi uma generalização!)) para perceberem o quanto é bom trabalhar. Cansa, sim, torna-se meio monótono, sim, mas é necessário. Os vadios não sobrevivem muito tempo. A menos que ganhem na loteria.

Garis também são outro exemplo de profissão admirável pela sua disposição(repito, mesmo que ganhem para isso). E ter que ajuntar tudo quanto é porcaria do chão não é fácil. Não me recordo de outras profissões, se alguém quiser, comente.

Voltando aos vendedores de rua, têm que ter cara de pau para abordar uma pessoa enquanto essa volta tranqüilamente para a sua casa. Tem que ter uma paciência, para agüentar os não's e possíveis xingamentos que aqueles que não querem o produto, deferem contra ele. São pessoas que precisam "vender o seu peixe" para poderem pagar suas contas.

Vendedores de rua são pessoas estranhas. Admiráveis mas estranhas. Tímidos não podem ser vendedores de rua. Pessoas muito respeitosas também não.

Nada mais a comentar. Nem crítica nem elogio. Apenas uma constatação.

Tão tá!

Explicando

Até é atrasado esse comentário aqui, mas enfim, no texto em que falo de fanatismo, em momento algum disse que apenas muçulmanos eram fanáticos e que todos eles eram fanáticos. Não escrevi essa generalização que consideraram. Mas é muito mais fácil lembrar de casos como aqueles em que homens explodem seus corpos em pró do além, ou algo do tipo. É só ler que fica fácil entender o que eu escrevi. Também não elevei à perfeição a religião católica, a qual sigo, e sei que existem fanáticos nela também. A religião, em uma frase, talvez mal colocada(mas já corrigida para evitar novos desentendimentos) ganhou uma abordagem que não deveria ter ganho, até porque, a intenção era falar de fanáticos por algum time. Escrevi muito pouco, o que foi bom, mas fui mal interpretado. Enfim, desculpo-me com aqueles que entenderam errado e se sentiram ofendidos.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - quando não existe ridículo(continuação)

(continuando...)


Então resolveu sair do banheiro e ir para a sua sala. Chegando lá, lançou um olhar tímido e meio de lado para Renata, enquanto tentava colocar a sua mochila sobre a sua mesa. O mundo era injusto pois Renata estava olhando para ele. E se ela risse, Billi J. não se preocuparia, afinal, todos riam dele. E ela podia, porque Renata era diferente, pensava Billi J.. Então, cada um olhou para um lado e a aula começou. E a aula seguiu. E a cada oportunidade, algum colega de Billi J. fazia uma piada, quase todas foram se graça alguma, sobre o cabelo dele. Seus colegas usavam gel, coisa que o Billi J. não usava pois tinha alergia a óleo de Rícino hidrogenado(isso existe mesmo).

Então a aula foi passando e Billi J. agüentou de uma maneira sobre-humana às provocações e tirações, e também aos tapas na nuca, que tornaram-se motivos de risada. Só que Billi J. não sabia se todos riam. E não importavam quantos rissem, só importava se ela risse. E Billi J. conseguiu sobreviver àquela aula. E ainda aprendeu muito sobre a Revolução Russa. Legal né?!

Quando finalmente a aula acabou, Billi J. fez o sinal da cruz, na sinceridade, e agradeceu à Deus pela paciência. Ele ficou sentado, esperando que todos, mas todos saíssem, quando não ouviu mais nenhum ruído, decidiu sair. Levantou-se e ao sair da sala, ficou apavorado, quase infartou, pois viu que Renata tinha esperado ele. Então voltou para a sala e viu que não havia mais ninguém lá. Billi J. então trocou olhares com Renata, que permanecia em silêncio. Quando Billi J. ia perguntar o porquê de Renata estar parada em sua frente, ela se aproximou e direcionou sua cabeça em direção da cabeça de Billi J., que naquele momento pensou que morreria mesmo. Ela beijou-o, mas na bochecha, então sentiu o vestígio de pasta de dente e riu. Billi J. percebendo o motivo do riso de Renata, também riu. Billi J. pensava que poderia morrer naquele momento, pois havia conseguido se aproximar de Renata, mesmo que não trocassem uma palavra sequer. Só que Billi J. não entendeu o porquê daquele gesto de Renata. Foi quando ela aproximou-se mais ainda dele e disse-lhe bem baixinho, ao ouvido: “Parabéns”. Então ela se afastou aos poucos e seguiu o seu caminho, voltando o seu olhar para ele enquanto estava no final do corredor que levava à saída. Billi J. permaneceu todo aquele tempo parado. Apreciando o seu caminhar. Billi J. olhou para cada detalhe do angelical corpo de Renata. E como o seu caminhar era leve, parecia que ela flutuava sobre uma nuvem. Billi J. então se deu por conta que estava mais de meia hora atrasado para o almoço, então saiu em disparada. Correu como no dia em que a mesma Renata o entristecera. E como ela era linda. Billi J. quase caiu umas 6 vezes até chegar em casa, porque não parava de pensar no parabéns que Renata o dissera. Bom, para ser sincero, o Billi J. não parava de pensar no beijo que ganhou na bochecha, porque entendeu muito bem o porquê dos parabéns que Renata lhe dissera. E aquele beijo não sai da mente do Billi J. Tanto que ele sentiu tanta raiva de seu irmão quando lembrou que Renata beijou no local onde seu irmão havia passado pasta de dente, que queria matá-lo, mas essa raiva foi embora, pois o sorriso dela compensou tudo isso.

Billi J. não aprendeu nada naquele dia, nem se empolgou com o fato ocorrido. Só que Billi J. percebeu que tudo o que ele passava, todas as provações, lhe trouxeram algo bom. Não só por Renata, mas porque ele se sentiu forte e capaz de enfrentar qualquer coisa que pudesse lhe derrubar. Assim como entendeu que os irmãos são feitos apenas para sacanear e no dia seguinte a esse fato, decidiu não pentear mais o cabelo e riscar todos os cds com jogos que seu irmão tinha.

domingo, 13 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - quando não existe ridículo

Pensando em determinado assunto, lembrei-me de uma história do Billi J., sim, ele mesmo, o cara louco lá, diferente de tudo e de todos. Ou quase.

Mas essa é, como as outras, indefinida temporalmente, ou seja, ninguém, talvez nem o Billi J. saiba quando ela aconteceu precisamente. Só sei que tinha passado algum tempo desde que o Billi J. caíra nos dois sentidos e percebera que nem tudo o que parece é. Mas nem tanto tempo assim. Só que um dia o Billi J. estava indo para a escola, só que todos os que passavam por ele, riam.

Billi J., nas 3 ou 4 primeiras ocorrências desse fato, achou normal, ou seja, não pensou que poderiam estar rindo dele. Então o Billi J. viu 3 gurias vindo em sua direção e repentinamente, tropeça e quase esfola a cara no chão. Ele não caiu, mas quase. Então as três gurias passarm rindo dele, o que ele achou normal, mesmo que não tivesse muita graça para ele.

Então outras pessoas foram passando, e também riam. Billi J. começou a ficar preocupado. Como não era uma guria, não tinha um espelho para ver se tinha pasta de dente em sua cara ou não. E o pior, não havia uma janela em que ele pudesse se ver e descobrir se a risada era de sua engraçada cara, porque ele estava passando por um baita de um terreno baldio. Em subida ainda. Além de cansar, Billi J. se arrependera por ir, naquele dia, pelo mais curto, e mais cansativo caminho que o levava até o seu colégio.

O que será que motivava as pessoas que por ele passavam a rir? Billi J. não entendia. Mas quando chegou à escola, foi insultado por dois de seus colegas, que o tacharam de ridículo e bichinho da maçã(não sei se em alusão ao fato dele gostar muito de maçãs). Billi J. baixou a cabeça e pensou que aquele seria o pior dia de sua vida. Billi J. então viu Renata, já dentro da sala de aula, e pensou o que ela acharia ao vê-lo com... aliás, o que o ele tinha? Para descobrir isso, Billi J. foi até o banheiro e, que merda, tinha uma tira de pasta de dente, não muito grande mas tinha, em sua bochecha, colocada por seu irmão sem que ele percebesse. "Aquele piá de bosta vai ver..." pensou Billi J.(é, o Billi J. aprendeu a falar nomes não bonitos).

Só que aquilo não era o pior. Billi J. tinha deixado seu cabelo crescer, e ele já estava muito maior do que algum dia havia ficado. Estava na hora de cortar, pensou Billi J., mas ele sempre se esquecia de fazê-lo. O motivo das risadas daqueles que passavam por Billi J. não era só a sacanagem com pasta de dente que seu irmão fizera em sua bochecha. O seu cabelo, todo estabanado, em uma cidade em que ou o cabelo era liso ou você era um idiota, chamara a atenção e provocara as risadas. Billi J. pensou então que jogando água conseguiria ajeitar o seu cabelo, mas não havia toalhas para tirar o excesso de água.

É perceptível que agora o Billi J. está mais crescido em relação aos primeiros textos e que ele ainda é colega de Renata. Billi J. pensou muito e resolveu ser motivo de piada, de risos, enfim, de todo e qualquer tipo de chacota que pudessem fazer com ele. Billi J. percebeu que as pessoas que moravam naquela cidade, não todas, mas aquelas que riram do cabelo de Billi J. porque ele não era liso e não tinha gel, eram idiotas e não valiam o esforço de molhar a cabeça e ficar com ela molhada. Billi J. também pensou que fazendo isso, poderia gripar-se.

(continua...)

sábado, 12 de abril de 2008

Só de raiva

Eu tento falar e me impedem, por motivos desconhecidos. Volto para casa e não tem mais presunto para colocar no pão. Vou para o jogo e percebo que estou animado. Faço lançamentos bons, mas meus companheiros perdem muitos gols. Livre, não recebo passe. Reclamo, e me irrito por estar reclamando, mesmo que com razão. No final de tudo, ainda descubro que uns 4 ou 5 não pagaram, bando de caloteiros. Fico mais irritado ainda.

Volto para casa e piso em algo, a casa começa a feder, era uma daquelas merdas de aranha que fedem mais do que banheiro de posto de beira de estrada. Então vou tomar banho, mas antes preciso procurar a roupa. Onde estão as minhas bermudas? Reviro o guarda-roupa e todos os locais onde poderiam estar as minhas bermudas, descubro então, algum tempo depois, que uma delas já estava no banheiro, bem a que estou usando.

Tomo banho e desço para a sala, vou para o computador, tento falar com duas amigas com quem não falo há tempos, pelo msn, mas nenhuma me responde, decido então escrever um texto. Escrevo primeiro no Tosco por ser tosco, porque eu não o atualizava com um texto há algum tempo.

Então venho para esse blog e não sei sobre o que escrever. Faço uma porcaria do relato do meu chato, porém divertido, dia e acabo o texto aqui.

*existem dias piores, mas depois do jogo e dos caloteiros, não tenho paciência para escrever muita coisa...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Por isso ninguém gosta de matemática

A matemática é uma ciência exata, mas isso todos aqueles que passaram pela 3ª série do ensino fundamental sabem. Mas essa ciência exata explica a existência do ser humano, do planeta, de tudo o que acontece, enfim, a matemática explica porque 1+1=3, ops, 2. O fato é que tudo se explica por números. Só que ninguém conseguiu ainda achar a explicação para tudo.

Não que a matemática explique aquela viagem de cientista chamada big ban, não que a matemática explique como nasceram Adão e Eva. Não que a matemática explique porque uma mãe deixa joga o seu bebê em uma lagoa ou um pai joga sua filha pela janela. Não que a matemática explique porque o Diogo sempre acha alguma coisa para dizer que meus textos possuem poréns que eu não explico mais por simples falta de vontade. Não que a matemática explique porque hoje choveu mesmo que os raios de sol estivessem batendo simultaneamente na minha cabeça.

A matemática não explica isso. Porque? Porque nenhum idiota pensou em procurar as respostas nela. E não quero falar em conta de quantidade/tempo ou freqüência. Não também para a possibilidade desse maluco que escreve dizer como a matemática pode explicar o mundo. Mas eu sei que pode, assim como ela pode explicar tudo o que acontece com "apenas" números. Então porque eu escrevo que a matemática explica tudo se não sei como fazê-lo.

Aí está o caso. Eu não sei como chegar ao produto final que sei que existe. Mas pensando bem, sabendo que alguém come uma bergamota, depois outra e mais outra, e no final disso ele comeu 291 bergamotas, saberemos porque ele está feliz. Alguém que come uma bergamota fica feliz, mas quem come 291 bergamotas fica muuuuuito feliz e irradia a sua felicidade, dando as 321 bergamotas que sobraram para outra pessoa, que, gostando de dividir, come apenas 120 e dá as outras 201 bergamotas para outro, e assim vai. Quem comeu mais bergamotas é mais feliz, mas aquele que comeu menos e dividiu, é mais feliz ainda. Ou tem remorso do que fez.

Realmente não sei mais o que dizer. Não gosto muito de matemática, mesmo tendo certa facilidade mas, acredito que o dia em que as pessoas descobrirem um método de visualizar o mundo pela matemática, resolverão os problemas com maior facilidade. Mas não será muito bom, porque senão, os tímidos não sofreriam como sofrem para conversar com uma guria com segundas intenções, eles apenas fariam um cálculo e colocariam as suas mãos em determinado ângulo que atrairia a guria em questão e esta perceberia assim que ele é um cara legal. Não teria graça ou nenhuma graça, ser tímido.

E os feios em geral, os não inteligentes, os meio cegos, os cabeludos, narigudos, até plaiboizinhos e fúteis teriam seus problemas resolvidos com a matemática. Não teria graça. A matemática pode, mas felizmente ninguém se atentou ao fato de que ela pode sim, resolver todos os problemas e explicar tudo o que acontece.

A matemática não conseguiria explicar a existência de Deus. Aliás, ela nem precisa fazer isso, porque aqueles que param para pensar compreendem que não foi uma explosão que gerou tudo o que existe hoje, em sua magnífica complexidade quase indecifrável.

Entendo agora, ao final desse texto, porque são raros aqueles que gostam, não os que têm facilidade, de matemática. Alguém descobriu que ela pode resolver e explicar tudo(ou quase tudo), como fiz agora, e foi passando para todos os que conhecia que a matemática era ruim e que não era para gostarem de matemática. Isso se espalhou mas ninguém sabe o porquê a matemática é tão ruim assim. Ainda bem que alguém no passado pensou que isso poderia facilitar e monotizar a vida dos posteriores, como eu e você.

Tive que escrever isso pois espero que depois desse texto, o mundo pare de odiar a matemática e vejam que a cura do câncer pode estar nela. Só não vale tentar entender porque uma pessoa mata outra com um tiro porque isso seria complexo demais e a cabeça da pessoa que descobriu explodiria, também possivelmente com um tiro que surgiria de algum lugar.

Esse texto parece algum tipo de teoria de conspiração? Então, depois disso, quem materemos?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Frase do dia(de algum dia foi):

"Eu não preciso provar todas as frutas para saber que gosto de bergamota".

Tentem entender...

Fanatismo não é bom**

Hoje não é um dia para comemorar. O Grêmio perdeu nos pênaltis. Também, com o técnico, o dirigente que só fala merda e jogadores como Tadeu e Hidalgo, só podia dar nisso. Melhor assim. Que caia antes para não fazer um fiasco maior.

Mas quanto à isso, fiquei pensando e analisando algumas coisas, se hoje, de segunda, e de todos os outros dias pós jogo. Pós qualquer que fosse o jogo. Cheguei a uma conclusão. Pessoas infelizes são fanáticas por times de futebol. Sim. Concordo que existam exceções, e muitas até, mas essa regra é válida.

Porque caso contrário, o que leva alguém a sair no soco só porque um torcedor do time rival tirou com a tua cara porque o teu time perdeu? O que leva alguém a interromper assuntos importantes para ficar discutindo sobre futebol? O que leva alguém a chamar o torcedor do time rival de gay? Insanidade. Essa insanidade é o tal do fanatismo.

Fanáticos religiosos são os mais perigosos, isso quem prova são os muçulmanos(judeus, cristãos, enfim, não é só para muçulmanos). Fanáticos por política são os mais idiotas, porque não há lado certo ou errado, há apenas um lado, o errado, e ainda ficam discutindo que o errado a é certo e o errado b é o errado mesmo, e sucessivamente assim. Mas e o fanático por time de futebol? Meio termo entre isso eu diria.

Porque não há coisa mais insuportável do que alguém te chamar de alguma coisa só porque tu torces para determinado time. De gay por exemplo. É insanidade. É falta de confiança no próprio time. Digo isso porque já chamei muito colorado de gay. Amigos meus inclusive, mas com eles era só brincadeira mesmo. Mas não entendo o que leva alguém a colocar em alguma coisa pública que os torcedores do outro time são gays. Que idiotice.

Por favor, antes de xingar alguém por que essa pessoa torce para tal time, pense bem. Muitos perdem coisas importantes por causa desse fanatismo. E como o fanatismo é irritante. Geralmente os fanáticos são arrogantes, porque o time deles é o melhor e o outro é o pior. E não discuta. Quem ousa discutir só ouve bobagem e mais bobagem.

A insanidade é a causa do fanatismo, seja político, religioso ou esportivo. Porque ser fanático por futebol é uma coisa, digo isso porque eu era um quando assistia até o campeonato da 4ª divisão de algum estado pela Rede Vida, e ser fanático por time é outra. E bem pior.

Torça na sua, na dos teus amigos ou próximos que torçam para o mesmo time mas nunca seja preconceituoso com alguém porque ele torce para o Juventude ou para o Grêmio. Se não essa insanidade que leva ao fanatismo, torna-se uma falta de inteligência completa.


*Esse blog escreve isso baseado em fatos e não em pessoas específicas...
**O título é medíocre sim, eu sei, mas estou com pressa agora...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ainda aguentando...

(Àquelas que leram e não gostaram dos textos o meu sincero desejo de que achem o que lhes agrade, se não é aqui, não posso fazer nada)


Os dias vão passando(não, essa não será mais uma bobagem sobre tempo) e eu realmente não sei como ainda me mantenho calmo. Chega a ser irritante quando tu falas e alguém te interrompe. Mas quando isso se repete, é muito mais do que irritante. Pegar no pé, encher o saco, enfim, coisas assim, cujos sinônimos não me vêm à mente nesse momento, são atitudes muito incômodas para quem as recebe.

Não sei mais o que fazer para evitar que isso aconteça. Cada palavra dita, cada pergunta feita, cada sugestão, tudo é motivo para uma interrupção com um "cala a boca!" implícito. Não fiz nada para chegar nesse ponto. Nada mesmo e se fiz, deveria haver uma conversa direta quanto à isso. Não sei porque, mas ainda não retruquei.

Deveria sim, para mostrar o quanto insuportável é isso mas não, mudei tanto que até evitar confronto direto é uma atitude. Sensatez. É, acho que me tornei alguém sensato nos últimos dias. Nada contra o meu anterior, até porque a grande parte dele forma o eu atual, mas me tornei mais sensato.

Bom ou não, o fato é que o eu antigo, dos tempos de 2ª série já teria proferido no mínimo 5 palavrões, em alto e bom tom, para toda a escola ouvir, em retribuição de um "cala a boca!" implícito. É um saco isso. Não posso nem comentar nada que aqueles olhares já pairam sobre mim com, assim como as palavras proferidas pelas mesmas pessoas que me olham, um "cala a boca!" implícito.

Por favor. Dêem-se ao respeito e cuidem do que vocês falam. Não quero confronto algum, por isso não respondo. Mas por favor, chega.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - são coisas do amor(final)

(...)

Billi J. não merecia aquilo, mas foi então conversar com alguém que entenderia o seu problema. Só que seu pai não entendia aquilo, disse para seu filho crescer e parar de pensar em uma guria. “Para que pensar em gurias nessa idade piá, vai jogar bola e brigar com os maricas dos teus colegas ao invés de ficar correndo atrás de uma guria. Tu vais ter muito problema no dia que casar.” Billi J. decidiu ouvir seu pai. Ligou para o Borongo(apelido originado por um chute mal sucedido em um porongo), seu vizinho e o convidou para irem jogar bola no campinho da rua. Borongo estudava em outra escola, e no período contrário ao de Billi J., por isso se encontraram.

Estavam jogando até que em determinado momento, num acirrado gol-a-gol, Borongo mostrou ao mundo de Billi J.(que era o único a ver) o que era um chute. Forte, sem qualquer intervenção, se uma mosca passasse naquele momento, seria explodida como um coco verde assando dentro de um microondas). Seria o gol perfeito. Iria entrar no ângulo, mas por incrível que pareça e para provar que o gol só é marcado quando a bola entra, Billi J. fez o que nunca havia feito em sua vida, se atirou sem medo de se machucar, acho que motivado pela raiva sentida pela fatídica cena vista na escola, e defendeu de maneira espetacular. Billi J. não acreditava no que fizera. Muito menos Borongo. Só que Billi J. comemorou sem perceber o tombo que iria levar. Billi J. caiu no chão. A queda foi feia. Ele abriu o seu joelho tamanha a esfolada. E ainda por cima bateu sua cabeça na recém colocada trave de taquara verde. Que dor. Quase que a taquara do travessão cai na cabeça dele. Billi J. estava sentindo muita dor.

Só que abrir o joelho e bater a cabeça na trave de taquara foi a melhor coisa que poderia ter acontecido com Billi J.. Louco sou eu em pensar isso. Até o Billi J. se achou louco por pensar naquilo. Porque tamanha dor seria benéfica para ele? Billi J., sozinho agora, pois Borongo havia ido para sua casa chamar seu pai, percebia que havia dores piores que aquela sentida na escola durante a educação física. Billi J. Nem sentia mais a cabeça, mesmo que o calo tenha sido maior do que uma goiaba. Nem sentia mais o joelho aberto, mesmo que doesse mais do que comer chocolate depois de tomar suco de limão. Billi J. estava bem, pois descobrira que tudo aquilo que ele considerou dor, não passava de ilusão.(ou seria desilusão?)

Billi J. então riu, porque nunca se imaginara tão idiota. A lembrança de Renata veio novamente à cabeça de Billi J., mas o porquê disso ele nunca entendeu. E como ela era linda. E como os cabelos dela acompanhavam a direção do vento. E como os seus finos e delicados braços acompanhavam as suas leves passadas. Renata caminhava como se não houvesse chão. E como aquilo fez Billi J. sorrir. Ele esqueceu-se do mundo e ficou admirando-a mentalmente, até que seu pai chegou e o levou para o hospital.

Billi J. já não pensava mais na sua decepção, no motivo da sua decepção e nem na sua espetacular defesa. Billi J. agora sim, só se preocupava com seu joelho aberto e que sangrava mais do que emo cortando pulso com bolacha maria(essa parte do emo nada tem relação com o comentário do Mestre dos Magos supondo que a história do Billi J. havia se tornado emo). Sua cabeça também doía. Finalmente Billi J. sentiu o que era a dor física e percebeu que essa é muito pior que a dor emocional. Pelo menos ele achou isso. E não deixa de ter razão. Billi J. aprendeu caindo, no duplo sentido da palavra. Só que Billi J. não esperava que pudesse haver uma dor maior. Mas havia. E ele a sentiu no momento em que fora colocado mercúrio no aberto e sangrento joelho.

Não há moral nessa história. É apenas uma das muitas histórias vividas pelo diferente Billi J.

ps. Nunca soube se o guri que causara tamanho revés nos sentimentos do Billi J. era irmão da Renata, se é que alguém se perguntou ou concluiu isso lendo a segunda parte.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Tempo x tempo. Ou não também

Como o tempo é relativo. Há algum, tempo(2) eu percebi isso mas hoje essa relatividade do tempo(3) me chamou a atenção. Durante algum tempo(4) eu pensei que ler fosse uma coisa legal. Depois passei a achar cansativo, depois sonolento(leitura de livros, quero dizer) e agora voltei a gostar, mesmo que de uma forma bem esquisita, lendo aquele maldito livro "Os sertões". Até porque, já li outro cuja história se passa no sertão nordestino e provei que é possível sobreviver a isso.

O tempo(5) torna-se relativo não só quando você compara quem está dentro e quem está fora de um banheiro público lotado, no caso, ambos estão com muita vontade de fazer o número 2. O tempo(6) também é relativo quando estamos fazendo coisas que gostamos e coisas que não gostamos. Mas isso todos percebem.

O tempo(7) é relativo na medida em que tu precisas fazer algo. Quando tu precisas fazer algo rápido o tempo geralmente passa mais rápido. É a tal da equação da falta de precaução ou da relação tempo disponível/tempo necessário(como se fosse uma fração). O tempo(8) também é relativo perante outras situações. Agora não me recordo a situação que passei para dizer que o tempo(9) era relativo.

Peraí. Vou pensar.

Ah, acho que lembrei. Quando estava lendo hoje, precisava ler apenas mais 5 páginas para poder entregar o livro hoje e acabei tendo que renovar para entregar somente amanhã. O tempo não passava. Eu estava sem relógio, o que me deixou meio perdido quanto ao tempo, tamanho o costume de usar relógio(o blog do maluco adverte: usar relógio ao sol pode deixar o seu braço com uma tira mais clara que a sua pele no seu braço). Mas passou e não passou. Consegui ler mais de 20 páginas em 15 minutos, um recorde pessoal. E olha que as letras não era muito grandes e a leitura não era das mais simplórias.

Enfim. O tempo(???) é relativo e eu estou sem muito tempo para escrever coisas diferentes aqui. Isso é ruim. Mas pelo menos amanhã termino a história do Billi J., o que me dispensa de escrever um texto com pressa como esse.

domingo, 6 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - são coisas do amor(parte 2)

(...)
Mas os dias foram passando, e esse amor platô... digo, esse amor verdadeiro(???) do Billi J. pela guria só aumentava. Billi J. falava muito nela. Porque ela é a mais isso, a mais aquilo, porque quando ela olha para o lado direito a sua orelha sempre mexe, como quem diz “pode falar”. Enfim, o Billi J. transformava em palavras todos os gestos daquela guria. E como ela era bonita, sempre me disse o Billi J. Mas os dias continuaram passando, o amor continuou crescendo, porém o Billi J. não trocava palavra com a guria. Esqueci-me de dizer, o nome da guria, era Renata (assim como a música do Los Hermanos).

A Renata tinha se tornado para o Billi J. o que as formigas são para um tamanduá(não entendeu? pergunta para o Billi J.). Ela passava e o Billi J. parava o que estava fazendo, independente do que ele estivesse fazendo. Só que como o Billi J. era inocente, ou melhor, diferente dos outros, nunca percebeu que a Renata passava na frente dele porque queria se aproximar. Renata era tão tímida quanto Billi J., mesmo que não aparentasse isso, pois estava sempre conversando com alguém, fosse esse alguém um colega ou o seu irmão, que estudava também na escola. Mas Renata achava Billi J. diferente, mas não sabia o porquê de Billi J. chamar a sua atenção.

Pobre Billi J.. Nunca soube dessa intenção de aproximação de Renata. Mas algo mudara em Billi J.. Ele viu durante uma aula de educação física um guri, duas séries à frente da dele(nunca ficou específico em que série do ensino fundamental o Billi J. estudava), estava falando e se divertindo com a Renata. Com a sua Renata! E o pior de tudo é que ele era tímido demais e educado demais para poder fazer algo. Sentiu-se um idiota naquele momento. Sentiu-se incapacitado. Era óbvio que a Renata nunca seria sua namorada, porque ele era tímido, covarde, enfim, Billi J. era Billi J.. De nada adiantava ele saber falar inglês, ao contrário de todos os seus colegas(será que a Renata sabia falar inglês?). De nada adiantava ele ter feito um curso de auto-defesa, por pressão de seu tio, que dera um curso desses.

De nada adiantava ele ser muito dedicado e ler o jornal inteiro todos os dias, quando a maioria lê somente os quadrinhos e olha as figuras. De nada adiantava. E naquele momento Billi J. foi ao que ele descobriria depois ser um inferno astral, uma crise de existência. Coitado do Billi J.. O mundo era tão injusto com ele. Billi J., na opinião das suas antigas colegas(nunca soube a opinião da sua amada), era um bichinho da maçã. Não dou a minha opinião porque desmereço a beleza. Mas enfim, Billi sofreu muito, só em ver a sua amada ao lado de um carinha mais velho, conversando e rindo muito.

Billi J. sofreu. Sofreu mais do que uma formiga carregando uma folha de bananeira sozinha. Billi J. decidiu que não amava mais a Renata. Decidiu fugir da aula de educação física naquele momento. Saiu correndo, foi para a sala de aula e pegou a sua mochila e num instintivo “vou embora” saiu correndo portão afora. Ele não queria mais ver aquilo. Seu amor, ou melhor, seu antigo grande amor, nos braços de outro. Ele não queria entender. Apenas queria esquecer. Chegando em casa, chutou a mochila para o lado, tirou o tênis sem desamarrar, subiu as escadas de meia, quase caindo de boca e quebrando os dentes da frente e pulou em sua cama. Chorou. Chorou como um bebê que acaba de levar uma palmada na bunda de um médico.



continua...

Frase do dia(de ontem):

"-Já que não temos dinheiro para comprar uma marreta, vamos quebrar as paredes com pedras!"

Frase, que por si só é uma pérola, mas no contexto não, proferida por mim(o que é meio óbvio) para o Ricardo Pato, durante uma discussão sobre o futuro da equipe integração do CLJ.

sábado, 5 de abril de 2008

E o que nós podemos fazer?

Quem lê pela primeira vez esse blog, achará até interessante ler um texto cujo título é uma pergunta. Mas quem lê há algum tempo, ou já leu alguma vez na vida o blog, já está acostumado com perguntas ou coisas semelhantes no título ou repetições de perguntas durante um mesmo texto. Enfim, não escrevo para os velhos nem para os novos, mas acho que esse texto não ficará tão bom quanto quero, até por uma longa interrupção.

O fato é que quase tudo está errado. Mães abandonam seus filhos dentro de sacolas em lagoas, pais atiram suas filhas pela janela do prédio, pessoas se matam por uma régua ou por um copo de cachaça, jovens se drogam e bebem até estarem em condições de matar mais alguém em um acidente de carro. As pessoas não sabem mais como piorar a situação.

E eu realmente não entendo o que pode ser feito para melhorar. Aqui entra a pergunta. O que nós podemos fazer? Cobrar dos governantes por medidas mais radicais de segurança e leis que punam aqueles que matam, roubam e estupram? Não. Eu acho que o futuro, o futuro melhor, não passa pela mão da política. Nada os governantes, políticos, que chupam o dinheiro do povo(ainda não digo nosso dinheiro pois não declaro imposto de renda) para as suas contas bancárias em paraísos fiscais.

Não venham me dizer que existem políticos bons, porque político bom é aquele que esconde tudo o que faz de errado. E se há político bom, ele ainda não nasceu. É uma rede de sujeira, desvio e roubos inimaginável. Nem eu consigo imaginar o tamanho dessa sujeira. Por mais que eu tente, não consigo mesmo. Mas deve haver alguma exceção, pelo menos um entre os mais de 500 deputados não deve desviar dinheiro.

Cabe ao povo escolher melhor os seus representantes. Balela. Bobagem. Perda de tempo. Ninguém espera muita coisa. Estamos todos parados. Vem eleição, passa eleição e nada muda. Tudo a mesma merda. Tudo a mesma porcaria. E o que nós podemos fazer?

Eu deveria ter uma proposta aqui, mas realmente não sei o que fazer. Estou como tantos outros, querendo uma mudança sem saber por onde começar. Mas enfim, está bom assim né, os nordestinos ganham tudo e os gaúchos que sofrem com a seca ficam sem apoio do governo. É, está tudo bem. Para que revolta, sempre foi assim. É o tal tira dos trabalhadores para dar para os pobres. E porquê? Para ganhar eleição.

Todos esses projetos como bolsa escola e bolsa eleição são feitos apenas para ganhar votos. Porque aqueles inúteis não pensam e nem se importam com o fato de que, são eles que poderiam melhorar a vida dessas pessoas. Estradas melhores, escolas, saneamento básico, empregos. Falta tudo isso. E ainda acham que esse país tem condição de sediar uma copa do mundo?

Eles mentem tão bem, que enganaram até os caras da fifa para trazer a copa para cá. Enganar o povo já não era suficiente. O que nós podemos fazer?

Alguém sabe?



(comentem sobre a mudança no layout também)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - são coisas do amor (parte 1)

Essa é do tempo que o Billi J. ainda era conhecido por Bilionarico(nome originário de um tio analfabeto que ouviu bilionário no rádio e achou que aquilo fosse nome, mas sem acento).

Diz o Billi J. que isso aconteceu alguns anos antes do fato ocorrido na 8ª série, que foi o começo dessa saga. Mas então, ele, Billi, desde que o conheço é tímido, mas quando está entre pessoas que o entendem e o incentivam a falar, fala como se fosse uma criança descrevendo um jogo novo. É engraçado quando isso acontece, mas o Billi é assim mesmo. Acho que por vezes sou assim também, mas enfim, essa é história do Billi e não minha.

Voltando ao fato importante, o Billi J. sempre foi aquele guri diferente. Pelas histórias dele, pelo começo da história dele no blog ficou evidente isso. Mas ele era diferente dos outros porque acreditava no amor. Quantos guris acreditam no amor? Quantos não têm vergonha em falar? Só conheço, mais uma vez, o Billi J.. O Billi J. sempre foi o guri que esperava por um grande amor. Mas isso desde pequeno. E no momento em que ele viu aquela guria, cabelos escuros, mais do que pretos, com olhos cor-de-mel, como ele mesmo definia e com um sorriso mais bonito do que uma macieira carregada de maçãs(para lembrar, o Billi J. gosta muito de maçãs), pensou que ali havia encontrado o seu amor.

Era ela. Billi J. achou, mesmo sem conhecer, que aquela seria a sua namorada, o seu grande amor. Billi J. nunca escondeu isso, mas também nunca demonstrou, bom, pelo menos, quase nunca. Porque o Billi J. tremia e se arrepiava só pela tal guria passar por ele para apontar o lápis na lixeira de plástico da sala. Sim, a guria conhecia uma colega do Billi J. então se sentou ao lado dela, no fundo da sala. Billi J., que sempre foi um grande estudioso sem óculos, sentava na primeira classe, a da extrema direita, para ter uma visão melhor do quadro e porque era mais fácil de sentar longe dele, então o empurraram para esse local.

Billi J. era muito engraçado. Ele arrumava os óculos, mesmo sem ter óculos, só para ter uma desculpa para olhar para trás e ver aquela guria(nem eu consigo entender direito como isso é possível). E como era linda. A cada dia o Billi J. descobria mais uma coisa bonita nela. Ela era engraçada, supôs Billi J., porque todos riam quando estavam com ela. Ela era inteligente, porque sempre era a primeira a acabar as provas. Ela era simpática, porque todos queriam estar perto dela. Tudo isso o Billi J. supôs, pois nunca trocou uma palavra com ela. Mas acima de tudo, sempre pensava ele, ela era bonita. Na verdade, ele achava ela “apenas” bonita porque não conhecia a palavra linda. Sim, o Billi J. era muito estudioso mas não conhecia a palavra linda. E alguém ousa ainda a dizer que o Billi J. não era diferente?


Continua...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ou nem

Ou tu comes chocolate ou tu comes uma laranja de umbigo. Ou tu lavas a louça ou tu estudas. Ou tu sabes para onde vai ou tu sabes que fica. O ou é a palavra, se é que pode ser chamado de palavra tão minúscula junção de letras, mais insuportável e indefinida da linguagem mundial. Sim, independente do idioma. O ou é tão indefinido quanto o ãhn pode ser expontâneo. Há uma relação de quantidade/uso muito correta, ou nem tanto.

E analisando é possível ver e entender alguma coisa nesse sentido. O ou dita a nossa vida. Ou pelo menos tenta. Porque não há alguém no mundo que não tenha uma dúvida que use o ou. O ou é tão patético quanto usar a inteligência contra a humanidade. O ou é tão curto quanto um momento de felicidade. Dura pouco mas deixa marcas, nem que sejam gráficas.

E são tantas coisas, são tantos ou's que surgem a cada dia. Nem vou aprofundar esse pensamento porque estaria repetindo o que eu escrevi, ou acho que escrevi, há algum tempo, dizendo que uma escolha muda tudo, que a cada escolha a vida muda. Não. Apenas fico pensando na complexidade de escolher entre coisas que estão antes e depois do ou. Esse ou é um saco.

É a ou b. Nunca ab. É Grêmio ou Inter, nunca os dois. É rock ou sertanejo, nunca os dois. É bem ou mal. É escrever ou deixar em branco. Saber ou não. Esquecer ou lembrar. Fazer ou não. Sentir ou não. Amar ou odiar. Dessas acho que só a última pode ter um meio termo, que existe quando é uma relação entre pessoas, como aquele "nem me sobre nem me desce".

Falando nele, o nem é pior do que o ou. "Vais lá? - Nem.". É uma merda o nem. Mas é divertido usar, até porque ele, o nem, é muito mais simples e exige muito menos compreesão, mas muito mais saliva, pela sua letra a mais em relação ao ou. Enfim. O ou é um saco. O nem é um saco. Eu sou um animal, como vocês também são. Hehehe

Legal legal. Nada e tudo. Viu, não usei o ou. Nem o... ops, acabei de usá-lo.

Fui...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A vida do Billi J. - parte 2

Só que um dia, seus colegas, inclusive as gurias, cansaram de ver Billi J. comer todo dia uma fruta e fazer um suco de laranja em um copo de café. No dia em que ele levaria banana, que geralmente era na terça-feira, decidiram que iriam acabar com essa mania. Ou o induziriam a trocar de escola. Seus colegas não o agüentavam mais. Só que Billi J. tinha problema de visão, talvez psicológico, e mesmo não tendo amigos nos seus colegas, nunca tinha reparado o quanto não gostavam dele. Billi J. nunca levara em conta o fato de ser o único a não ser convidado para as festas da turma como um sinal de que não gostavam dele. Billi J. sempre achou que um dia iriam mudar suas opiniões quanto à ele. Mas Billi J. estava enganado.

Chegou então a fatídica terça feira. Quando chegou o intervalo, chamaram Billi J. para longe da possível visão dos professores e, em um gesto rápido, tiraram a maçã e a laranja das mãos de Billi J. e pisaram em cima delas. Fizeram então Billi J. comer aquilo. Billi J. se sentiu ofendido. Magoado. Traído. Percebeu o quanto o seu problema de visão era uma desculpa que ele dava para aqueles que o ouviam, como eu. Desculpa que escondia o que ele sabia mas nunca quis ver. Nunca quis aceitar que ninguém gostava dele, só porque ele era, diferente.

Mas Billi J., não saiu da escola. Decidiu que como aquele era o seu último ano naquela escola, ficaria até o final. Pensou até em parar de levar e comer as suas frutas, mas mudou de idéia. Decidiu que não mudaria só porque foram ridículos com ele. Decidiu que se o fizessem comer novamente uma fruta esmagada no chão, que nesse caso era um baita gramado, ele comeria novamente. Billi J. decidiu ignorar o seu problema de visão. Billi J. decidiu não mudar, mesmo que qualquer um no seu lugar, mudasse. Billi J. agiu não como um guri, mas como um homem. Billi foi um gaúcho naquele momento. Um gaúcho macho.

Que viessem enfrentá-lo. Que viessem bater nele. Que viessem aqueles grandalhões com falsos músculos de academia. Billi J. não era forte. Billi J. não era inteligente, mesmo que gostasse de estudar. Billi J. não queria se vingar. Billi J. não era o que imaginavam. Billi J. não era um idiota. Billi J. não era o que seus colegas queriam que ele fosse. Porém, Billi J. percebeu que tinham inveja dele. Tinham inveja porque só ele tinha um grande pomar em sua casa no interior, por isso chamavam-no de colono. Billi J. percebeu que tinham inveja da sua educação, por isso fizeram-no comer frutas esmagadas contra a terra e contra a grama. Billi J. percebeu que tinham inveja da sua visão do mundo, por isso tentaram derrubá-lo.

Mas Billi J. percebeu, que acima de tudo, ele era um ser único. Quem mais agüentaria o que Billi J. agüentou (dadas às proporções de 8ª série)? Quem mais continuaria andando de cabeça erguida, sabendo que não deve nada a ninguém, mesmo tendo sido reprimido? Quem mais não se vingaria após uma humilhação dessas? Acho que só Billi J. Só ele conseguiria fazer aquilo.

Porque Billi J., esse sim, era um guri legal. Grande Billi.


*Billi não quer dizer necessariamente que tenha sido inspirado em Billy Joe, do Green Day


*Continua, ou não, em futuros textos ou capítulos ou partes de uma possível nova saga

terça-feira, 1 de abril de 2008

A vida do Billi J. - parte 1

Billi Johansson era um cara legal. Bah, super gente fina o guri. Gostava muito de frutas, tanto que todos os dias do ano, levava para a aula uma fruta. Não todas diferentes, porque ele nunca escondeu a sua preferência por maçãs(o que elimina mais ainda a possibilidade desse Billi ser um eu-lírico meu). Mas enfim, todo intervalo, ou recreio, ele comia a sua fruta. Gostava mais das azedas. Gostava de maçã verde mais do que de maçã vermelha. Não sei se há relação da cor com o gosto, mas dizia que as maçãs verdes eram azedinhas.

Mas Billi J.(apenas J porque Johansson é muito longo para ser repetido com exaustão) enfrentava alguns problemas por causa de suas frutas. Seus colegas guris, que eram altos e tinham músculos de academia, mesmo estando na 8ª série do ensino fundamental, sempre o sacaneavam e dificilmente Billi J. conseguia terminar de comer a sua fruta. Ele? Ele não era nem alto nem baixo, nem magro nem gordo, nem feio nem bonito. Era apenas um guri. Não usava óculos, embora precisasse. Sempre reclamava por seus pais nunca terem levado-o ao oculista.

Billi J. achava interessante usar óculos, ainda mais porque ele precisava. Sim, Billi J. tinha algum problema, que anos depois, seria descoberto como câncer de pupila, algo que hoje, ao meu ver, é inimaginável. Mas naquela época isso só atrapalhava ao ver pessoas. Billi J. as enxergava e sempre via alguém bonito. Billi J. gostava de gente bonita. Billi J. não tinha preconceito. Mas tinham preconceito contra Billi J. Simplesmente por ele não ter preconceito. Gente ruim né?!

Seus colegas achavam que ele era gay. Porque ele nunca chamara alguém de feio. Nunca fizera uma daquelas piadinhas machistas e nem tinha passado a mão na bunda de uma guria na frente dos outros. Sim, todos os colegas de Billi J. já tinham feito isso. Só que Billi J. era respeitoso, sabia o que podia ou não fazer. Billi J. cuidava muito das coisas por educação. Billi J. gostava de ser educado. Pena que ninguém reconhecia isso nele. Só que Billi J. nunca mudou seu jeito educado para poder mostrar para seus colegas guris que era um guri mesmo.

Billi J., na visão de suas colegas, gurias, óbvio, era estranho. O típico CDF. Só que Billi J. estudava porque gostava. Acho que CDF's estudam porque gostam também, mas Billi J. não era CDF. Ele só era diferente. Quem que tu, que estás lendo esse texto agora, conhece que leva todo dia uma fruta para a aula na 8ª série? Eu não conheço ninguém. Só o Billi J. mesmo. Só ele não tinha vergonha em levar o que gostava de comer. Só ele não tinha vergonha em não comprar um pastel gorduroso de queijo e presunto e ao invés de tomar uma coca cola, Billi J. pegava um copo de plástico da sala dos professores(ele pedia aos professores com muita educação um copo de café, de café!) e espremia uma laranja comum. Billi J. gostava de suco de laranja.

(continua...)