quarta-feira, 23 de abril de 2008

Histórias do Billi J. - Um amor diferente...(parte 2 de... algumas)

(continuando...)

O Billi J. e a Gabi(simplificarei para cansar menos) sentavam lado a lado na sala de aula. O Billi J. no lugar de sempre(já dito nos outros textos), a Gabriela ao seu lado e a Renata ao lado dela. O Billi J. achou muito estranho o fato de agora que estava namorando, se aproximar mais de Renata do que em todos os outros anos anteriores(que nem o Billi J. lembra quantos foram) juntos. Com exceção daquele dia em que ele ganhou um beijo da Renata, fato que só os dois sabiam e que em um gesto obscuro e instintivo, decidiram esconder de Gabriela. E não mudava muita coisa. Ao saber disso, a Gabi no máximo, iria rir como ria quando o Billi J. começava a falar de geografia e depois percebia que ela não entendia muito disso.

A Gabi e o Billi J., ou o Billi J. e a Gabi eram muito diferentes. Ficou perceptível isso. Só que ela sempre dizia para ele aquele jargão "os opostos se atraem", frase que era sempre seguida com uma tímida e curta risada de Billi J.. Porque o Billi J. não usava frases feitas. E também por isso, a Gabriela, que morava em outra cidade, muito maior, e era acostumada a ouvir cantadas dos rapazes da sua antiga escola, se encantou por ele. E como a Gabi se apaixonou pelo Billi J., assim como ele se apaixonara, de anos antes até o presente momento, pela Renata. O Billi J. não esquecia a Renata, até porque, os dois começaram a conversar, até que bastante, por causa da Gabriela. Elas tornaram-se irmãs. O Billi J. entendeu isso e passou a ser amigo de Renata, assim como ela passou a ser amiga dele.

Em alguns momentos, algumas cruzadas de olhar, algumas risadas em comum, alguns sorrisos passados indicavam que algo estava errado ali. Mas nem Billi J., nem Renata e muito menos Gabriela sabiam direito o que acontecia. Os três estavam felizes. E como Gabriela era feliz. Sempre sorrindo, sempre pulando, sempre alegre. E como o Billi J. era feliz, achou alguém que o compreendia e que, ficava perceptível, o amava. Billi J. também amava Gabriela, mas não do mesmo jeito que ela o amava. Talvez a Gabriela soubesse disso, e até comentou algo com Renata algum dia, mas nada muito sério, porque Renata a fez esquecer. E como a Renata era feliz. Não sabia porque, mas como a prima, sorria sempre, mesmo não tendo um namorado ou o colar de conchas que tanto queria.

Billi J. e Gabi, agora esquecendo Renata, saíam muito. Não iam a festas nem nada, mas também não ficavam vendo documentários na TV escola. Faziam listas do que fazer na semana e cumpriam-na, mas não muito, porque os dois achavam coisas muito programadas sem graça, mais ela do que ele, mas ele ia cada vez se soltando mais. E como a Gabi era linda, e como seus cabelos balançavam quando ela saltava, sempre rindo e sorrindo, sempre exaltando e mostrando ao mundo que era feliz e que tinha um amor. Era muito legal vê-los assim, de mãos dadas, caminhando, quase que pulando como a Chapéuzinho Vermelho pulava indo para a casa de sua avó, de um lado para outro naquela cidade, que não era grande, mas também não era pequena.

O Billi J. passou a falar mais, com menos termos técnicos ligados à aula, e também começou a entender como era a lógica da juventude, viver. E como era bom viver, sempre cochichava Billi J. à Gabriela. E a Gabi passou a dizer menos palavrões, como f¢£@ e p*&¬ que pariu, passou a ir à igreja, com Billi J., é claro e passou a fazer algumas coisas que Billi J. fazia, como ler o jornal e comer maçãs com suco de laranja no intervalo das aulas.

(continua...)

Um comentário:

Vini Manfio disse...

CAMPANHA: UM COMENTÁRIO POR POST!


simples