terça-feira, 30 de setembro de 2008

Só de educado

Uma das mais intrigantes coisas que os seres humanos fazem é fazer, qualquer que seja a coisa, algo por educação. Não que seja uma coisa ruim, mas pode até ser. Não que seja errado, mas pode se tornar um erro. Não que não seja bom, mas talvez não seja mesmo.

O exemplo clássico é o do ir numa festa de aniversário e comer algo que não gosta só para não fazer desfeita. E nem precisa ser em festa de aniversário. Ir almoçar na casa daquele amigo e ter que comer uma pasta gelatinosa feita com tripa de galinha e casca de banana... e ainda ter que dizer que o gosto é muito bom.

Ou ter que cumprimentar alguém só porque esse é primo da tia da amiga da sua ex-namorada. Que saco. O cara tem que cumprimentar todo mundo então, porque de alguma maneira, em algum momento, acabamos conhecendo, nem que seja só de vista, as pessoas e, por educação, cumprimentamos. Mesmo que a pessoa seja um pé no saco bem dolorido.

Exemplos não faltam. Porque fazer as coisas por educação é costume de muitos. Parabenizar aquele imbecil que só conseguiu realizar alguma coisa legal porque roubou a idéia de outra, também é muito comum.

Não que seja hipocrisia. Não que seja falsidade. Não que seja ruim ou bom.

Porque afinal, é educação. E daquelas que o cara aprende em casa.

Agora, quem não aprendeu em casa, diz que não odeia comidas que têm abacate e sai da casa do amigo, indo comer um xis no bar da esquina.

Mas é...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Limpeza política = limpeza ambiental

Um dos assuntos do ex-momento(momento que antecede o atual, sendo deixado de lado por haver um motivo atual mais forte) era a "consciência global". Não que não seja mais assunto cabível para momento, mas com as eleições, nos EUA e aqui, esse assunto foi deixado de lado.

Tanto se falava no fim das sacolas plásticas, de mercado ou não. Como acabar com algo, no mínimo relativamente, útil sem haver prejuízo para ninguém, e ainda fazer o meio ambiente lucrar? Criar sacolas de outros materiais, como papel e pano, voltar a usar aqueles carrinhos de feirante, enfim, várias coisas foram ditas.

Só que ninguém se tocou que, em ano de eleição, a quantidade de plástico que é gasta na fabricação de todos os tipos de propaganda possíveis, é muito maior do que o gasto de sacolas plásticas, em períodos até maiores do que esses 5, 6 meses de intensa propaganda política.

E o pior é que não é só o gasto com plástico. Papel, naquelas porcarias de quadradinhos que insistem em chamar, ridiculamente, de santinhos, e em todo o tipo de porcaria de propaganda, e também madeira, como cabo das mesmas, e pano, são outros materiais gastos. Tintas e afins, mais um exemplo.

Ainda que foi proibida as propagandas em postes e muros públicos, o que diminuiu, se não tanto a poluição física, pelo menos a poluição visual. Só que ainda é pouco. Tanta propaganda, tanto material gasto, tanto dinheiro mal investido. Tudo jogado no lixo.

Não há planos de reciclagem de todo esse lixo. Isso deveria virar lei federal. Cada candidato que recicle, se possível, o seu lixo. Diminua gastos de papel, plástico e afins.

Será que é tão difícil fazer isso?

E depois colocam TODA a culpa nas sacolas plásticas...

sábado, 27 de setembro de 2008

Um dia eu volto...

Os dias estão passando.

Os meses estão passando.

Os anos passaram e vão passar.

Os minutos passam.

As horas passam.

Aí os dias passam, como já escrevi na primeira frase.

Tudo passa. E eu só não completo com aquela pífia "até a uva passa" porque eu não acho mais graça.

Mas não quer dizer que não seja engraçado.

As letras passam. As palavras passam. Frases e parágrafos, obviamente, também.

Os pensamentos passam.

As atitudes passam.

Os sentimentos passam.

Os sonhos passam.

Tudo passa. Como nada passa. A relatividade não será escrita.

Quem leu isso passou. Por letras, frases, idéias e pensamentos não desenvolvidos.

Porque mais uma vez eu escrevi um texto em frases.

Eu não tinha uma idéia. Mas tinha uma vontade.

Não que isso seja um texto. Mas é. Tecnicamente falando.

Como tudo o que tem letras juntas é palavra.

Ou não.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Demorei, mas cheguei... e falei

Não sei como demorei tanto para vir postar isso aqui.

Demorei dois dias para escrever. E uns duzentos meses para pensar.

Exageros à parte, não entendo como ainda não fiz qualquer crítica que seja à essa porcaria de ano eleitoral.

O ano da hipocrisia. Como todo ano eleitoral.

Porque quem está no poder não presta para um lado e é muito bom para outro.

Porque quem não está no poder fará milagres, tirará todos os coelhos de todas as cartolas e os reproduzirá sem qualquer controle.

Tudo pelo povo, certo?

São promessas de uma cidade melhor, mais justa, com prioridade para a saúde, os empregos, a educação, os idosos, enfim, tudo é prioridade.

E há acusações e trapaças também...

E o que nós temos com isso?

Optei por não fazer o título de eleitor esse ano. Acho que optei certo.

Porque são tantos que o têm e não sabem pra que serve. Vendem seus votos como venderiam suas almas. Por merrecas. Por misérias. Por litros de gasolina ou de cachaça.

Quem compra não presta. Quem vende, menos ainda.

Cansei dessa porcaria.

Mas enfim, daqui há dois anos teremos essa mesma merda de novo. Só que a nível nacional.

É necessário escolher representantes, comandantes.

O problema é achar gente honesta no meio de tanta corrupção...

Mas enfim, prefiro acreditar naquela regra que diz que para toda regra há uma exceção...


É...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Frase do dia:

O mundo é um troço estranho... o cara solta um cuspe no chão achando que vai fazer grande coisa... mas quando vê bem, já tinha um baita catarro lá...




Frase proferida por mim em conversa com meu primo. O contexto? Se alguém adivinhar...

Reflexões de um maluco(3) - se é pra ser uma saga, que seja então

Há anos luta-se por pessoas mais conscientes, que vivam a realidade. E há anos o mundo perdeu o rumo. Perdeu o sentido. Perdeu a grande maioria das poucas coisas que ainda faziam sentido nele. Ainda há um resto que, infelizmente, ainda lutam para que acabe.

Há anos luta-se por um mundo mais inteligente, mais real. Um mundo em que a preocupação com problemas sociais e ambientais seja cada vez mais transformada em ações. E o que se vê? Cada vez um descaso maior, com os necessitados, os excluídos, enfim, os pobres e miseráveis e uma perda completa de respeito com a natureza.

Há anos luta-se por uma evolução. Para isso precisamos saber de todos os detalhes do passado, inclusive os desnecessários. Uma evolução que melhoraria a interação do ser humano com o seu semelhante e com o ambiente. Evolução? Aproximação? Interação? Compreensão do passado? Alguém sabe me dizer se isso existe?

Computadores e todos os tipos de mini-aparelhos, que facilitam e simplificam coisas que antigamente eram "difíceis", como espremer laranjas e ralar queijo, foram criados para que o ser humano pudesse aproveitar mais a vida e perder menos tempo. Só que para ter isso, o ser humano trabalha(aqueles que têm a oportunidade) para ter dinheiro para comprar isso. E para ter um bom emprego, estuda(os que têm oportunidade) bastante. Ou seja, ao invés de ganhar tempo, perde ainda mais tempo.

Não vou criticar, agora, o consumismo. O capitalismo. A construção daquela inutilidade de acelerador de partículas e a falta de capacidade do ser humano, o mesmo que criou coisas geniais como o papel e a caneta(que não precisa ser Bic), em arrumar soluções para tapar todos os buracos deixados no meio do caminho. São esses buracos que explicam todos os problemas e todas as porcarias do mundo, gerados por uma sociedade egocêntrica e que perdeu todo e qualquer sentimento sincero e bom que havia em seus corações(ou para os realistas de hoje em dia, as impressões implícitas que não fazem diferença).

São tantas coisas que são vagas e ao invés de solucionar esses "buracos" deixados no meio do caminho da tal "evolução" do ser humano, queremos, ou melhor, querem logo descobrir o princípio e o final de tudo. O mundo acaba em 2012. Está em um livro, publicado. A culpa não é sua. A culpa, acredito eu que provavelmente, também não seja minha. Acredito também que o mundo, talvez infelizmente, não acabe em 2012, pois ainda há muito a ser piorado antes do fim. Se é que existe mesmo um fim.

Então, de quem é a culpa?

Buscam a Lua, as estrelas e nem ao menos conseguem explicar como uma flor só abre seus botões na noite de Natal.

Buscam vidas em outros planetas e ignoram a existência de vida na Terra.

O ser humano, que descobriu muitas coisas, criou tantas outras e busca novas descobertas ao horizonte, busca evoluir longe daqui. Longe daqueles que o cercam. Porque ele é mais importante que o que está ao seu lado, mesmo sendo, praticamente, igual.

Parabéns ao ser humano, que passou a ignorar o próprio ser humano em busca de... nem mesmo ele, o ser humano, sabe o que está buscando...

ENQUANTO HOUVER UM SONHO, AINDA HAVERÁ ESPERANÇA.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Histórias do Bandiolo(conhecidas em outro blog por Histórias do ViNícULa)

Era uma vez um guri. Ele não vai ganhar um nome nessa história porque, afinal, nem toda história precisa ter nomes. Então. Um dia, esse guri recebeu um cartão. No cartão, dizia que ele havia ganho mil reais. Ele ficou feliz, largou o seu emprego e, quando foi ao banco receber os mil reais, descobriu que aquilo era uma piada de primeiro de abril. Aí, ele foi falar com o seu ex-chefe, dizendo que o fato de ele largar o emprego era(também) primeiro de abril. Só que o chefe dele respondeu que, em primeiro de abril, se faz piadas e chamar o chefe de gay chifrudo não era uma piada.

O guri voltou para casa e decidiu que nunca mais ia comer bolacha.

Moral da história: haja o que houver, nunca acredite em duendes...

Fim.

domingo, 21 de setembro de 2008

Histórias do Billi J. - Cala a boca animal!(final)

(continuando...)
Dito e feito. O Billi J. comprou o pacote de bolacha(de chocolate com recheio de baunilha) e voltou para casa. Estranhou, pois em todo o caminho de volta, não sentiu um bilionésimo de ar em movimento, nem no momento em que correu sentiu o vento bater no seu rosto. Estranhou, mas enfim, melhor assim, pois não haveria falta de calor novamente.

Passaram-se as horas e, mesmo com a janela aberta, o Billi J. não sentiu mais o ar em movimento. Desde que havia reclamado do mesmo, não sentiu mais vento. Via as árvores balançando, sinal de vento, mas não sentia-o. Aquela bolacha deve ter um efeito alucinógeno. Mandou até um email para a empresa que fabricava as bolachas dizendo que as mesmas que havia comido deixaram-no alucinado. Foi dormir.

No outro dia, por um incrível e inacreditável momento de reversão completa do tempo, mesmo no inverno, o dia amanheceu quente. E bota quente nisso. Parecia que o Billi J. estava em pleno sertão nordestino, tamanho calor e clima seco. Vento? Billi J. continuava sem saber mais o que era aquilo. Mas enfim. Tinha que sair. Tinha aula, se bem que estava atrasado.

E que calor. Mais de quarenta graus aquele maldito termômetro da praça marcava. E nada de vento. O Billi J. sentia falta do vento. Quantas vezes em dias quentes fora agraciado com o prazer de ser refrescado por um vento, que mesmo não gelado, já aliviava aquele "bafo" que o calor, em meio à cidade toda concretada, gerava.

Misteriosamente, viu-se, novamente, só. Estranho, eram quase 10 da manhã e ele caminhava sozinho pelo campus da universidade. Nem 10 horas da manhã e quarenta graus de temperatura. O inferno era ali. Então pediu, mentalmente, que o vento aparecesse. Mas ouviu, mentalmente, um não. Não conseguia entender como poderia ser deixado na mão em um dia tão quente como aquele. Porém, lembrou-se que no dia anterior havia reclamado do vento.

E como foi burro o Billi J.. Sentiu-se o último dos animais na Terra. Havia reclamado de algo tão essencial. Havia reclamado daquele que nunca o fizera mal. O vento congelava sim, mas não matava ninguém. Ele só fazia a parte dele. E o Billi J. sentiu-se mais idiota ainda quando percebeu que só ele é que não sentia o vento. As árvores e todas as outras pessoas que, de longe, o Billi J. agora via, estavam tranqüilas, pois ventava bastante.

Ajoelhou-se e pediu perdão. Ao vento, pela reclamação, por ter sido injusto. Que animal esse Billi J. mesmo. Tem coisas que só acontecem com o Billi J. e isso ninguém pode discutir. O vento respondeu, na mente do Billi J. que o havia perdoado, mas que era a primeira e única vez que o faria. Então, um vento forte soprou sobre o Billi J. que já não sentia mais o calor de segundos atrás.

Depois desse momento de completa reversão do tempo, outro momento, também de completa reversão do tempo, veio e as coisas começaram a esfriar... mas essa é uma oooooutra história...

*a moral está implícita

sábado, 20 de setembro de 2008

Hoje é o meu dia, é o nosso dia... VIVA O POVO GAÚCHO!

(eu não gosto de postar coisas que eu não tenha escrito, mas esse texto é muito inteligente)

O conceito de nação gaúcha

Há muito que entendo que o povo gaúcho constitui uma Nação dentro da pátria brasileira. Devo reconhecer e ir logo dizendo que para mim o gaúcho é diferente dos demais brasileiros sem qualquer depreciação aos outros, porque ele possui uma herança histórico-cultural própria, alicerçada em suas origens multifacetadas e um destino comum de todos aqueles que se agasalham sob a mesma bandeira tricolor.

Até os nossos dias, não existe um conceito que possa satisfazer ao que se deve entender por Nação. Nunca se confundiu Nação com Estado ou com nacionalismo, muito menos com um povo que habita em certo território. Na Idade Média, chegava-se a dizer que o cidadão, em primeiro lugar, deveria se identificar como cristão para depois se considerar francês. Portanto, não será a lei civil, reconhecendo o nacional deste ou daquele país que irá determinar o conceito de Nação. Quando o Império Britânico se estendia por todos os quadrantes da Terra, alguém nascido em alguma ilha da Oceania não se sentia britânico só por estar sob o domínio da Corte de Saint James.

A União Européia, que veio se organizando desde o Tratado de Roma, em 1957, para buscar uma forma integracionista entre os países subscritores do Tratado de Maastricht, em 1992, não tem o condão para conseguir fazer com que um alemão possa se considerar também francês, belga, holandês ou de qualquer das outras nacionalidades integrantes da União Européia, apesar da lei os considerar cidadãos da Europa. Também não será o idioma comum que identificará um inglês e um americano do Norte como membros da mesma Nação.

Ernest Renan (1823-1892) afirmava que “a Nação é uma alma, é um princípio espiritual. Dois aspectos da mesma realidade concorrem para esta unidade espiritual – um deles é a riqueza de um passado comum; o outro é o entendimento, uma verdadeira vontade de vida em comum, de contribuir ao máximo para o patrimônio coletivo". Sente-se, pois, a partir de um movimento tradicionalista enraizado na alma gaúcha que o elo de união não se estabelece apenas entre aqueles que residem ou trabalham no solo gaúcho – a Nação Gaúcha vai por onde se encontrar todo aquele que recebeu em seu sangue a marca pampiana, mesmo que esteja fora do território brasileiro.

A Nação Gaúcha não está adstrita a um território ou submissa a um governo; a Nação Gaúcha é um estado de espírito que se multiplica, transmitindo aos pósteros todas as venturas e desventuras acumuladas durante estes quase três séculos de povoamento desta região pelos nossos antepassados. Esta Nação não se consolidou pelas possíveis conquistas territoriais de seus integrantes, o que amalgamou a todos foram os sacrifícios enfrentados em uma guerra aterradora, com perdas memoráveis de cidadãos, que deram o sangue para que com ele germinasse uma nova Nação.

Escrito por Renato Levy

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Histórias do Billi J. - Cala a boca animal! (parte 1 - dessa vez talvez tenha alguma moralzinha no final... eu disse TALVEZ)

Era uma fria tarde de inverno. O Billi J. saíra de casa para comprar um pacote de bolacha de chocolate com recheio de baunilha. Julgou-se valente o bastante para colocar apenas uma jaqueta, até porque, não estava muito frio mesmo e também, caminhando eu me esquento, pensou ele.

Apesar de não ser tão grande a ausência de calor, o Billi J. sentia a falta dele. Estava com frio sim. Mas não porque o dia estava frio. Mas porque havia vento. E era um vento intenso, gelado. O nariz de Billi J. escorria pois, com aquele vento, sua gripe se expandiu de vez. Suas orelhas estavam mais brancas que um finlandês albino(!!!).

Não conseguia sequer abrir a boca para reclamar do dia, do vento, daquele frio... congelante. Vendo-se caminhando, quase congelado, em meio à uma rua deserta(o termo deserto é usado em referência à falta de pessoas e de qualquer outra forma de vida, mesmo porque, no deserto, à noite, também é frio pra caramba) pensou bem e chegou à conclusão de que valia a pena sim, caminhar naquele frio para comprar um pacote de bolacha de chocolate com recheio de baunilha.

Então, para conseguir continuar, decidiu reclamar, mas mentalmente. Entrou em contato, mentalmente, com o vento. Disse-lhe que parasse de existir, pois não o agüentava mais. Estava irritado com aquele incessante vento gelado. Era alérgico à lã e odiava usar "roupas" na cabeça. Por isso reclamava. Sem contar na sua gripe.

Segundos após a reclamação, sentiu que o vento cessara. O vento parou mesmo. Do nada. Não havia mais resquício de ar em movimento. Aí então o Billi J. agradeceu à Deus por ter lhe dado a benção que foi o ar parar de se movimentar. Sem vento, sem frio, mas ainda com o nariz fungando, o Billi J. seguiu seu caminho até o mercado, onde compraria o pacote de bolacha de chocolate com recheio de baunilha.

(continua, é óbvio)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Para diminuir, ou melhor, aumentar a ignorância

Um bando de idiotas que se julgam inteligentes, vindos dos países que falam a língua portuguesa, a mesma que lhes escrevo agora, julgou ser necessária uma mudança na nossa língua, uma espécie de unificação. Só que esqueceram que deveriam facilitar a língua para que os fala, ou seja, nós, os portuga, os angolano, enfim, todos os que moram nesses países. Criaram regras PATÉTICAS e ESTÚPIDAS que tiram acentos aqui, colocam ali, tiram hífen de um lado e colocam e outro, claro, tudo com suas exceções, que nesse caso, são o que sobra do nosso português atual, o correto, o que, mesmo sendo cheio de regras, era pelo menos cabível.

Vou ao trecho escrito por mim na aula de Português hoje:
Um pinguim achou que era difícil comer peixe com tanta frequência, então, decidiu comer linguiça. Os outros pinguins se revoltaram e convocaram uma assembleia, porque tinham a ideia que linguiça não era coisa de pinguim. Chamaram-no de anti-ibérico, deram-lhe uma boia e disseram-lhe: "olha este ceu e vê se isto aqui é lugar de comer linguiça". Jogaram-no ao mar. Mas o pinguim não sabia nadar. Outros tempos... outros tempos... aqueles que creem, reveem seus conceitos.

Obviamente o texto não tem fundamento mas, notaram alguma diferença? Pois é, ele será escrito dessa maneira, por causa dessas estúpidas trocas e regras criadas para dificultar, ainda mais, a compreensão da língua que falamos por parte de nossas crianças. O que era ruim vai ficar pior. Ouvir linguiça não vai mais ser ridículo. O que faremos nós, que prezamos uma boa escrita e uma boa pronúncia? Teremos que falar e escrever, mesmo que nas normas, de maneira errada e ridícula. Céu perderá seu acento. Mas chapéu não. E como explicar isso para um guri de 2ª série do ensino fundamental? Como explicar que se diz lingüiça e não linguiça?

O português nunca foi uma língua fácil de ser aprendida, mas pelo menos as regras eram aceitáveis e faziam, mesmo que pouco, algum sentido. Só que agora esculacharam. Nos tiraram anos de aprendizado, milhões, quem sabe bilhões, de livros escritos da mesma maneira, que terão de ser refeitos, pois o governo não deixará que livros permaneçam nas bibliotecas com erros de português. IDIOTAS são aqueles que julgaram-se inteligentes ao criar essa reforma ESTÚPIDA e desnecessária.

Para alguns não fará diferença, pois quem não sabe vai saber menos ainda. E para quem sabe, reaprender não será fácil, pois uma folha com as mudanças em mãos será obrigação. O trabalho de anos de estudo e ensino será jogado no lixo.

Parabéns PSEUDOintelectuais, vocês, que se julgam tão sábios, mostraram que são tão ignorantes quanto o presidente daquele país chamado Brasil...

*Ah, o texto, escrito de maneira CORRETA, a atual que será obsoleta daqui há pouco tempo, seria assim:
Um pingüim achou que era difícil comer peixe com tanta freqüência, então, decidiu comer lingüiça. Os outros pingüins se revoltaram e convocaram uma assembléia, porque tinham a idéia que lingüiça não era coisa de pingüim. Chamaram-no de antiibérico, deram-lhe uma bóia e disseram-lhe: "olha este céu e vê se isto aqui é lugar de comer lingüiça". Jogaram-no ao mar. Mas o pingüim não sabia nadar. Outros tempos... outros tempos... aqueles que crêem, revêem seus conceitos.(espero ter corrigido todos a tempo)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O 6° passo para ser um plaiboizinho

(para conferir os outros 5 passos, clique aqui)

6 - Não menos importante do que os outros 5 passos escritos em outro texto, é imprescindível que você, como piá que só aparenta ser, que só quer ser, mas principalmente parecer, bonito, pegador, popular, rico e afins, ou seja, como já dito, não deve demonstrar inteligência alguma, tu deves, para ser um legítimo plaiboizinho, falar errado. Muito, mas muito errado. Falar gírias, de preferência aquelas de paulista, tipo "sai fora meu", "se liga mano", "tu tá entendendo?", "é sério cumpadi" e outras tantas que eu não me recordo agora. Essas gírias demonstram que tu estás "por dentro" dos "bagulho"(ou bagUio), da moda de uma maneira geral. Coma letras em todas as palavras, se possível. Fale frases sem sentido. Quanto menos inteligência tu demonstrares, maior será a tua popularidade. Até porque, pessoas inteligentes e que falam corretamente, são caretas... "tá ligado mano?".

Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha

domingo, 14 de setembro de 2008

Eu preciso de respostas? (parte 2)

(continuando)
A natureza humana é muito complexa. A racionalidade pode explicar teorias que indicam possíveis caminhos. A emoção pode explicar o que sentimos, assim, com o coração no lugar, teremos condições de buscar o caminho sem sensações e tristezas inexplicáveis. Só que nada disso nos leva à uma resposta concreta.

Já critiquei a busca por repostas para o "de onde viemos?'' e "para onde vamos?", e não são essas respostas que tento achar aqui, agora, escrevendo de maneira simples e complicada. A resposta concreta que o ser humano deve buscar varia muito, mas afinal de contas, para que respostas? Só para termos mais perguntas depois. Para não ficarmos parados no tempo, no espaço, no cosmo. Quem lê pensa que são bons argumentos. E podem até ser. Mas no final das contas, só são argumentos para aqueles que buscam, pelo menos buscavam, nesse texto, alguma resposta.

Não tenho respostas que possam explicar alguma coisa. Nem ao menos consegui tirar a lama de cima das respostas que me foram jogadas no chão, como poderia então responder a alguma questão? Talvez o que está sujo de lama não sejam as minhas respostas. Talvez sejam apenas mais perguntas.

Por isso, viro as costas e vou-me embora... não pra Pasárgada, mas sim, para comer uma bergamota.

Ah!... se as pessoas buscassem nas bergamotas as respostas para seus problemas... o mundo não teria tanta gente correndo atrás do que não quer ver, do que não quer ser, do que não quer saber... mas finge, para os outros e para si, pensar querer...

E porque fingem querer ver, ser e saber?

Essa é mais uma pergunta que eu não quero responder.


E vocês?

Pergunta:

Alguém tem uma teoria, mesmo que estúpida, que seja capaz de explicar o porquê da existência dessa frase "(...) quanto mais aptos formos a tornar consciente o que é inconsciente e o que é mito, maior parcela de vida integraremos." no meu perfil do orkut?

sábado, 13 de setembro de 2008

Eu preciso de respostas?(parte 1)

É ouvindo música que minha mente gera idéias. É ouvindo música que consigo aliviar palavras entaladas na garganta. É ouvindo música que tenho a oportunidade de refletir e cantar algo que condiga com o que estou pensando. É ouvindo música que meu eu-lírico consegue tirar as conclusões mais absurdas sobre mim. E foi ouvindo música que pensei no assunto desse texto.

Durante algum tempo, há algum tempo atrás, tentei buscar respostas da maneira mais estúpida o possível: usando unicamente a racionalidade. Porque pensando e sabendo no que pensar, pode-se tirar muitas conclusões, a grande maioria correta, e as que não são, levam à outras corretas. O racionalismo tende a nos levar à uma correção de erros, porque, acima de tudo, a racionalidade sempre buscou a elevação do homem sobre tudo e sobre todo os outros, ou seja, quem fosse mais racional, seria mais, melhor e enfim, seria perfeito.

Só que chega um momento em que a racionalidade tenta e não consegue explicar certas coisas. São sensações de tristeza, decepção, por sentimentos não correspondidos ou não compreendidos. A racionalidade não sabe, e nunca soube, explicar essas sensações, esses sentimentos de uma maneira que nos levasse a compreensão dos mesmos. Porque todos sabemos que na hora em que realmente seria útil saber e entender a teoria das coisas, e como as mesmas funcionam, a racionalidade torna-se tão inútil quanto aquela porcaria daquele acelerador de partículas citado, e amplamente criticado, no post abaixo.

No momento em que, além de sensações originadas por sentimentos, outros fenômenos não conseguem ser explicados, a racionalidade baixa ainda mais o seu nível, tornando-se obsoleta e ultrapassada. Ineptidão(de inepto) completa, o que nos leva a crer e ter a certeza de que Maquiavel e seus descendentes só quiseram colocar seus nomes na história mesmo, pois nada de produtivo fizeram. Tentaram revolucionar mas o que vemos hoje é o homem lutando para descobrir de onde veio, pra onde vai e esquecendo que pode morrer em um assalto na próxima esquina.

(por ter ficado grande para um texto só, dividi em duas partes...)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Humanidade... inutilidade... ou melhor, curiosidade?

Como tudo o que merece um comentário e é atual, ou não, eu comentarei, ou tentarei comentar, se a indignação me permitir, sobre aquela inutilidade de acelerador de prótons/partículas/raio que o parta que começou a funcionar ontem, ou hoje, enfim, aquela inutilidade(2).

Que diferença faz acelerar aquelas porcarias de ultra-micropartículas que "recriariam" o tal do big-bang, fato que, de fato, nunca explicou de maneira concreta o mundo como é hoje. E os tais cientistas, sim, aqueles palhaços chupadores de microscópios, que não têm nada para fazer da vida além de gastar dinheiro construindo aparelhos que não ajudam na luta contra o câncer, contra a aids, ou contra coisas simples, como fome e decepções amorosas.

São bilhões e mais bilhões não divulgados, jogados no lixo. Ainda se fosse no lixo espacial, mas nem isso. Tanto quanto a corrida espacial, mandar o homem para lua ou macacos para uma nave espacial que fica parada fora da atmosfera tirando fotos do nosso planeta, esse acelerador hiper-mega-caro (se fosse no brasil seria hiper-mega-ultra superfaturado) é inútil. Bobagem. Para que aqueles idiotas querem recriar algo que talvez, e únicamente talvez, tenha acontecido há bilhões de anos atrás. Tá, peraí. Bilhões também não, vamos parar com mais essa bobagem.

É tanto dinheiro gasto só para alimentar a curiosidade de pessoas que ganham muito bem para inventar bobagens, tão absurdas quanto essa, que não fazem sentido algum e não trazem retorno algum, à sociedade, ao mundo e também a eles próprios. A curiosidade matou o rato e, se eu fosse um pessimista, diria que, mataria-nos também. Mas eu sei que nada vai acabar com esse planeta habitado por seres tão idiotas quanto os criadores dessa bobagem.

Vamos jogar umas bolinhas invisíveis, umas contra as outras, e fotografar(!!!) as explosões para poder explicar o inexplicável, aquela pergunta " de onde viemos?". Parabéns, a humanidade superou o nível de ignorância aceitável.

O possível buraco negro deveria surgir para acabar com essa humanidade que ultrapassou todos os limites da ignorância. Agora, quem é mais idiota, quem cria uma bobagem dessas, quem financia uma bobagem dessas ou quem acha que isso é uma coisa importante?

Pensemos nisso...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O que o meu eu-lírico pensa de mim:

O Vinícius Manfio é um guri chato. Puta merda, nunca vi cara mais chato que ele. Acho muito estranho que existam pessoas que consigam conviver com esse ser extremamente teimoso... e chato. Quando ele quer, consegue ser mais irritante que aqueles barulhos de giz quando "arranha" o quadro. E é tão teimoso que, por vezes, parece arrogante, mas não é. É o jeito atrapalhado e empolgado dele. Falar alto, quase berrando também irrita, mas não é irritação dele. Ele fala alto porque... ele fala alto. Mas mesmo sendo chato e irritante, ele deve servir para alguma coisa além de incomodar. Mesmo falando muita bobagem, ele é um cara sincero, que fala aquilo que está pensando e/ou sentindo. Quando ele não quer manter relação alguma com alguém, demonstra isso na cara da pessoa, não fica se fazendo de amigo e falando mal quando a pessoa não está presente. Intrigante a forma de agir desse ser muito estranho. Algumas vezes ele faz alguma coisa do nada e outras vezes, pensa muito antes de fazê-las. Ele não se declara amigo de todo mundo, apenas se declara amigo dos seus AMIGOS, aqueles da Gurizada do PL, do CQTS, de algumas gurias e de outros que não entram nessas duas organizações sem fins lucrativos. É um sonhador, que acha que pode ser diferente em um mundo de iguais, porque ele acha que o que importa não é o rosto, o cabelo e as roupas bonitos(as), mas sim o que a pessoa faz, pensa, sente. Ele é maluco porque não acha que o dinheiro, e todos os outros bens materiais, sejam a coisa mais importante do mundo. Mas tem uma coisa que eu admiro nesse bocózão: ele não se importa com o que os outros pensam dele. E isso é bom. Personalidade e caráter não faltam a ele. Católico, gremista, gaúcho. Nunca escondeu nada disso. Nem que é do CLJ. Nunca escondeu que tem orgulho de ser um Manfio. Já caiu várias vezes e levantou, sempre tirando uma lição das derrotas. Já errou muito e se arrependeu um pouco, como também já se arrependeu por não ter errado mais, por não ter tentado mais. Aquela coisa chamada "boa intenção" também está presente na vida desse sujeito chato, porque ele é sincero, não adianta. Quanta bobagem que esse animal fala. Nem eu agüento. E quando ele começa a falar comigo então... Mas afinal de contas, sou obrigado a conviver com ele todo dia. Mesmo tendo um punhado de defeitos, mesmo tendo várias pessoas que não gostem do jeito dele, admiro ele, só um pouco, mas admiro. Porque ele é MALUCO. Mas que ele é chato, ah, isso ninguém discute...


Isso foi parar no meu perfil no orkut...

Só o meu eu-lírico, se é que esse idiota existe mesmo, faz coisas desse tipo...


*eu insisto... têm coisas que só acontecem no Blog do Maluco mesmo...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Histórias de bergamota(3)

Um dia um guri plantou um pé de bergamota. Passados alguns meses, o pé começou a render frutos, ou melhor, bergamotas. Porém, vendo todos os cuidados que ele tinha com a bergamoteira, sua namorada disse-lhe: Ou ela(a bergamoteira) ou eu!

Ele pensou muito e concluiu que não havia o que fazer. Não há como escolher entre uma guria e uma bergamoteira. Só os idiotas pensariam nisso.

Minutos depois da pergunta, sua namorada saiu correndo e chorando, pois havia sido preterida pela bergamoteira.

E ela, a bergamoteira, e ele, o guri, viveram felizes por muitos anos, até que uma erva daninha matou-a(a bergamoteira).

domingo, 7 de setembro de 2008

Uma luta, um sonho(2)

Seria mais fácil... existir ao invés de viver, marcando presença aqui na Terra apenas por seu nome constar em certidões de nascimento e óbito. E só esse fato deve ser comemorado, porque são muitos os que nem isso tiveram, em anos e anos de existência da sociedade como vemos hoje.

Seria mais fácil... aderir aos costumes das outras pessoas, dos outros habitantes do planeta onde vivemos. Até porque, são eles que dominam e comandam o mundo como ele é hoje, então, porque querer ser diferente? Bobagem né...

Seria mais fácil... viver apenas sonhando, porque afinal, podemos moldar nossos sonhos e neles inexistiriam guerras, violência e tudo aquilo que não queremos que aconteça conosco. Enfim, sair da realidade é uma boa alternativa para quem não quer ver o que não gosta, então, viver apenas a sonhar acabaria com as decepções com o mundo.

Seria mais fácil ... ser apenas mais um a banalizar sentimentos e desprezar as coisas importantes da vida. De fato, todos os que tentam agir de maneira diferente acabam sofrendo uma pressão monstruosa para aderirem ao "sistema".

Seria mais fácil ... pensar apenas em mim, porque no fim das contas, sou eu quem vive a minha vida né?! Então, esquecer de pensar nos outros e só fazê-lo quando há uma necessidade pelo outro, é uma coisa bastante aceitável...

Seria mais fácil... simplesmente se entregar à primeira derrota, à primeira crítica, ao primeiro obstáculo. Também, quem não desiste é teimoso e além do mais, se conformar e desistir evita que novas batalhas sejam perdidas, que novas críticas sejam recebidas e que novos obstáculos surjam. É muito mais fácil deitar dentro do buraco e achar uma posição confortável para dormir.

Seria mais fácil... viver de aparências, em um mundo lindo, apenas com pessoas lindas e ricas, que têm tudo o que querem. Afinal, o que importa mesmo é parecer algo bom, e não ser algo bom. E tem outra... o mundo real é muito feio, muito sujo, muito... real...

Seria mais fácil... fazer como todo mundo faz... o caminho mais curto... produto que vende mais...

Uma luta... um desafio... uma idéia... uma convicção... enfim... apenas um sonho...

sábado, 6 de setembro de 2008

A morte do 7 de setembro

Amanhã é o dia de honrarmos e parabenizarmos nossa pátria. Balela. O 7 de setembro só é comemorado por aqueles que precisam de nota ou ganham algo em troca da escola, como um dia de folga. Virou uma hipocrisia desfilar e cantar o hino nacional. Não há mais uma nação, um sentimento nacional.

Por aceitar tudo o que acontece, por discriminar seus conterrâneos, por achar que o seu ego é muito mais importante. Por tudo isso não há mais um sentimento nacional. Porque ninguém mais canta o hino nas horas cívicas, salvo raras exceções. E os que cantam, só o fazem por serem remanescentes de uma época que não existe mais.

Está na constituição essa bobagem de hora cívica, que os alunos só apreciam por perderem aula. Não há mais sentimento algum pela nação, porque essa, não corresponde à qualquer expectativa. Estamos ligados à uma sociedade acabada pelo materialismo e pelo preconceito. O EU é tão importante que o nós, inclusa nisso a nação, é esquecido.

Não desfilo no dia 7 de setembro há muito tempo. Só o fazia para ganhar nota. Hoje, nem isso. Não há mais razão alguma para mostrar o orgulho nacional, até porque, não há orgulho de viver no pior país do mundo, o Brasil.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Sobre xebas e xebas

Esse é um texto complicado demais para ser iniciado, porque a história, o texto ou a análise a ser feita, não tem um começo. Surgiu do nada, assim como o limo numa calçada, como as traças em papéis que não são usados há tempos e como alguns dizem que o ser humano surgiu. Do nada também, é a origem do seu, ou seus, nome(s), o que torna qualquer análise mero pedaço de uma história obscura e, com toda a certeza, estranha. Não há muito o que ser contado em forma de texto, pois qualquer definição feita terá pontos improváveis em seu corpo.

O título me tira algumas linhas de introdução extra para poder então dizer do que se trata. Os xebas surgiram... assim como, ... desse modo surgiu esse nome. Alguns insistem em dizer que é com ch, mas chebas ficaria uma coisa pateticamente ridícula. Tá, xeba não é um termo muito bonito, mas quem se importa com a beleza? Eu não. Por isso uso com x, por ser mais rápida a escrita.

Para aqueles que não moram na cidade de Frederico Westphalen, xeba é um termo municipal(pouco expandido para outros lugares, inclusive para a própria região) que designa meninos de rua, marginais, garotos pobres que possuem vários problemas familiares e que são discriminados pela sociedade, enfim, xebas.

Antes de mais nada, é preciso escrever que nem todo xeba é um marginal, mas todo marginal é, com raras exceções, um xeba. Depende do contexto social, moral familiar e do local onde o mesmo habita, mas a consciência de que é muito mais fácil se sentir excluído do mundo e pedir dinheiro pro governo, e como renda extra, roubar, leva muitos xebas a se tornarem marginais. O péssimo hábito de subir em bergamoteiras, quebrando seus galhos, para pegar bergamotas, geralmente verdes(ao contrário da história abaixo), rebaixa ainda mais o nível desses, que são, em sua maioria, drogados em potencial.

Não há como negar que a sociedade dá um baita empurrão para que eles se tornem assim, mas como eu sempre insisto, a consciência é que define mesmo. Enfim, as origens já não fazem diferença. Até porque, não coloquei a origem do nome, o que retira a necessidade do outro. Então, os xebas cometem atos normais e patéticos, como roubar boné dos plaiboizinhos(toma pra eles), corrente dos plaiboizinhos(toma pra eles(2)), dinheiro dos plaiboizinhos(toma pra eles(3)), bolsas de mulheres, cheias de maquiagem e às vezes com dinheiro. Enfim, roubam muitas coisas, mas no fundo, não sabem o que fazem. O fazem apenas para poder dizer "eu roubei aquele plaiboi lá".

Por esse fato, podem ser chamados de justiceiros. E até certo ponto são, mas poderiam, para confirmar isso, lutar mesmo por uma vida melhor para suas famílias, ao invés de ficar andando acompanhados pelas ruas de qualquer lugar, sem destino nem objetivo, apenas com uma vontade de achar alguma coisa para fazer. Ah, xebas também são aqueles que chamam qualquer guria/mulher que passa por sua frente, de gostosa.

Xebas são seres estranhos. Que roubam. Que são pseudo-justiceiros. Que fazem pouco e não tentam fazer mais do que isso. Xebas são seres estranhos... não tão complexos quanto os malucos, mas estranhos por terem motivos diferentes, idéias diferentes, e bonés diferentes.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Frase(ou parágrafo) do dia:

Já corri tanto atrás de sonhos que cansei. E tento mas não consigo me lembrar por onde passei. Portanto hoje, eu quero mais é caminhar olhando para os lados, sem me importar se chegarei mesmo, algum dia no lugar que tanto quero...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Histórias de bergamota(2)

Era uma vez um pé de bergamota. Plantado em um canteiro que dividia uma avenida. Aí, um dia, um xeba, vendo as bergamotas bem laranjadas, subiu no pé, quebrou os galhos e pegou as duas bergamotas que havia no pé. No dia seguinte, quis comer uma bergamota, mas como havia pego as únicas que havia no pé, ficou com fome e morreu.

Fim.


*quase baseada em fatos reais...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Porque hoje... eu só quero escrever

Eu não sei... não faço a menor idéia... não consigo entender o que passou pela minha cabeça no momento em que te vi chegar.

Eu não sei... não faço a menor idéia... não consigo entender como fiquei tanto tempo sem te ver, sem te ouvir.

Eu não sei... não faço a menor idéia... não consigo entender por que não saí correndo e gritando à quem pudesse ouvir que naquele momento eu estava feliz.

Eu não sei... não faço a menor idéia... não consigo entender como demorei tanto tempo para te dizer aquelas poucas palavras, poucas mesmo.

Eu não sei... não faço a menor idéia... e sabe, não quero nem saber... não quero explicação... não quero nem pensar no porquê de hoje, a última coisa que eu posso fazer é sorrir.

Deveria eu, sair correndo pelo mundo, gritando tudo aquilo que hoje, e já há algum tempo, me sufoca, como o ciúmes, como a inveja, como qualquer outra coisa que faça alguém perder a respiração.

Porque hoje... depois de tanto tempo... pude ter a certeza que... nada do que eu disse não deveria ser dito... que nada daquilo que poderia ser imaginação é imaginação... tudo o que eu queria é tudo o que eu quero... e o pior de tudo... é que aquela que, muitos consideram como defeito mas eu, considero uma das grandes virtudes, está presente nisso tudo. Sinceridade... se não fosse ela, nada disso faria sentido.

Talvez fosse melhor que hoje eu olhasse para trás e risse daquilo que era imaginação, que era bobagem, que era encanto.

Talvez fosse melhor mesmo, saber que mais uma vez fui um tolo, impulsivo, precipitado.

Talvez fosse melhor ter a certeza de que é melhor mesmo, o fato de as coisas estarem como estão.

Talvez fosse melhor...

Mas não é.

E a tendência é que as coisas piorem... não para o mundo... não para a sociedade... não para alguém... muito menos para ti. As coisas vão piorar para mim, pois será mais difícil a cada dia, entender e aceitar que, mais uma vez, estou longe de chegar a algum lugar.

A ti que, pela primeira vez, ouviu aquelas palavras que tanto demorei a dizer.


...


(Blog do Maluco: ninguém entende...)