sexta-feira, 30 de maio de 2008

No vento de inverno, frio pelas calças

O outono chega ao seu momento inverno de ser. Não que esteja frio, pois já comentei sobre a inexistência do mesmo e sobre essa farsa ser puramente psicológica(sim, o frio é psicológico), mas está menos quente que nos últimos dias, onde eu cheguei a usar bermuda e camisa de manga curta.

Só que agora é época de tirar jaquetas e moletons do armário, para usar sem restrição alguma. Sem exageros, porque senão quando as coisas piorarem, o sol não bater mais e a única coisa ouvida será o vento, que gelará ainda mais o seu corpo, principalmente as extremidades, mãos e pés, nariz e a dupla auditiva. Portanto, não é bom se aquecer muito agora, porque as coisas vão ficar mais geladas, menos quentes, e mais paradas.

O inverno, o uso de muitas roupas, traz consigo um aumento no uso de sabonete e desodorante. Sim, porque quanto mais roupa, mais suor, quanto mais suor, mais cheiro, quanto mais cheiro, mas precisa ser lavado, ou prevenido, com desodorante. É tão lógico isso, mas alguns custam a acreditar. Claro que no verão o gasto é excessivo, mas no inverno é pior, porque as roupas cheiram mais.

Agora, talvez o maior motivo pelo desgosto das pessoas pelo inverno seja a calça jeans. A moda de usar calça jeans faz com que as pessoas passem necessidade calorífera, porque duvido que alguém não sinta a baixa temperatura quando usa calças da moda. E nem precisa ter aqueles ridículos buracos que juram ser coisa legal, mas no fim é só mais um motivo para aumentarem o preço das calças.

Eu prefiro muito mais usar calça de moleton, porque esquenta mais. Mas é estranho, porque eu nunca me vesti muito no inverno, só o suficiente para não tremer. O que não deixa de ser necessário, porque tirar roupa durante o dia é um saco, suar no inverno é a mesma coisa que dizer que se está com frio quando o termômetro marca 15 graus no começo do inverno. Ridículo, a menos que haja uma atividade física. E quando eu escrevi que no inverno, por serem usadas mais roupas, as pessoas suavam mais, disse suar "interiormente", ou por baixo da roupa, não suar de passar calor. Enfim, se não entendeu quem leu, muito menos quem escreveu(???).

De resto, as pessoas não gostam do inverno por causa de calças jeans. Maldita invenção de algum norte-americano, suponho. Tudo é coisa desses estadunidenses arrogantes. Aliás, lembrei agora, é calça de brim. Hehehe. As calças fazem as pessoas não gostarem do inverno. Mas é bem bom o tal do inverno. Minha estação do ano favorita, principalmente quando é possível ficar em casa, lendo o jornal em cima do sofá, ouvindo desenhos antigos que de tanto serem vistos, já foram decorados, e tomando um leite, mas não quente, frio mesmo, porque prefiro mesmo leite frio, independentemente da estação.

Como é bom um leite frio. Mas não de caixinha, porque aqueles não tem gosto nenhum. Leite natural mesmo, trazido da casa da vó. Esse é dos bom. Tem gente que não gosta, porque é muito gorduroso, mas eu é que não consigo tomar aquele leite falso, que é um pó branco misturado com água e colocado em uma caixinha. Eita coisa sem gosto. Por isso que a primeira coisa que eu quero fazer quando for morar em outra cidade, será levar uma vaca leiteira junto comigo. Imagine só, tirar o leite e tomar, sem frescura alguma. Toda manhã. E de vez em quando levar a vaca para passear, claro.

Porque será que eu sou tachado de louco quando digo isso? Seria tão legal...

Tão legal quanto rir das pessoas que reclamam do inverno por causa das calças que lhes fazem sentir frios. Mas há aqueles espertos, que burlam isso, usando o pijama por baixo. Gente esperta é outra coisa. O que seria dos espertos se eles não fossem espertos? Acho que seriam tão burros quanto os próprios burros, não os quadrúpedes, mas sim os humanos que não sabem que calça de brim no inverno é só pra tremer por ausência de calor.

Papel é um bom isolante térmico, só que não consigo imaginar sem rir, alguém colocando folhas de jornal nas calças. Seria ilário ver umas folhas de jornal caindo da calça de alguém. Ou não também. Infelizmente o papel é a única coisa que sobra para algumas pessoas... mas se não faltar na hora da limpeza, é a conta.

Antes que eu comece a emendar um punhado de desfundamentações causadas pelo vento gelado, que tanto deixa o meu problemático grande nariz roxo pela má circulação do sangue, vou-me embora para um ensaio. Pois é.

Avante, e ao vento!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O sono de cada dia

Não há mais dúvida, eu tenho problemas. Sim, porque não é possível que em todas as segundas e quintas-feiras eu sinta tanto sono. Tá certo que segunda porque enfim, é segunda, e quinta porque quarta tem jogo e eu assisto até o fim, mas não está certo. Essa coisa de sono excessivo começa a me irritar. Eu tenho algum problema que me deixe com tanto sono.

Se bem que nos outros dias não é muito diferente, mas pelo menos consigo prestar mais atenção nas aulas. Só que em segundas e quintas, é cada vez mais difícil. E olha que eu tento, e muito, mas chega uma hora que a cabeça pesa para a frente, o corpo escorrega pela cadeira, as pernas precisam ser alongadas, e as mãos se cruzam, seguidas por um baita dum bocejo. É o sono, e não há nada que me faça evitar isso. Dormir mais cedo adianta. Para as outras pessoas, porque pra mim não muda nada.

Comer algo de manhã adianta, para as outras pessoas. Para mim, comer e não comer tem o mesmo resultado: sono. Fazer um alongamento ou tomar um banho só ajudam no momento da execução, porque depois o sono volta. Eu chuto e ele volta. Eu grito e ele volta. Eu rio e ele volta. Eu converso e ele volta. Eu ando e ele volta. Parece bumerangue que vai e volta(há os defeituosos, mas enfim...).

Bah, e bem nos únicos dias que eu tenho biologia. Não que eu goste de biologia, pelo contrário, acho coisas a nível celular tão inimagináveis quanto irreais. São coisas que nada me prova que realmente acontecem, mas eu sei que acontecem, meio que por instinto. Só que mesmo com uma baita professora como a Nilva, a biologia tem sido para mim um sonífero e tanto.

Eu não gosto de dormir em aula, é falta de respeito. Mas a cada dia isso parece menos falta de respeito, porque o sono é incontrolável. Que saco. Agora tenho sono. Mas preciso estudar para uma prova. Acho que vou tomar um banho, correr um pouco pela casa e ingerir glicose, não necessariamente nessa ordem. Talvez eu afaste o sono por uns 15 minutos, tempo suficiente para estudar.

Tão estranho quanto costurar uma roupa rasgada com um palito de dente. Acho que tenho feito isso nos últimos dias, ou não(que saco ter que escrever isso pelo menos uma vez em cada texto). Mas as coisas estão como argila molhada(nota: situação que veio à mente dos meus tempos de jardim de infância). Só que quando secar, será difícil demais, diria praticamente impossível, arrumar de um outro jeito. Só que agora, acho que não precisa mais de arrumação. Nem sim nem não, talvez um talvez venha aqui. Ou não(se alguém riu depois disso, eu ganhei o meu texto)*.

Nem 10 horas e estou com sono. É, problemas me afligem. Só preciso dormir um pouco para tentar descobri-los. Droga, tenho que estudar antes.

Tão tá!


*depois do segundo "ou não" do texto, eu ri, por um motivo indescritível(menos Vini... menos...), por isso supus que alguém, se é que alguém chegou a ler isso, possa ter rido.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Dia diferente... ou melhor, dia igual, mas com uma cabeça diferente

Se hoje acontecesse há uns 6 meses, ou mais, eu escreveria algo como "Fico imaginando o que poderia ter acontecido se as coisas tivessem sido diferentes", mas hoje eu não escrevo isso, porque é perda de tempo imaginar o futuro de um passado que jamais chegou a ser um dia de sol.

Depois de tanta chuva, bem num dia, de chuva, eu consigo perceber que certas coisas não aconteceram, que certos dias não foram vividos e que certas palavras nem sequer foram pensadas. E que eu não sou o único errado, mas por errar, já sou culpado.
Sem desculpas ou perdões, sem acusações ou palavras. Sem nada do que eu costumava escrever. Porque o passado não faz mais diferença hoje e nem sequer influenciará no meu futuro. Não faz mais diferença, e acho que pela segunda vez, tenho certeza disso. Não consigo deixar de agir por impulsos nervosos, racionais e emocionais, mas esse "vamo, vamo" de qualquer jeito já não afeta mais o que virá.

Porque a cabeça não pensa do mesmo jeito. Os dias de chuva, escuros, onde o sol é imperceptível, já não acontecem mais, diferentemente da rotina. Será que os óculos é que precisavam de um pano que limpasse? Acho que não, porque não tive qualquer pano em minha mão nos últimos meses.

E bem hoje, num propício, e físico, dia de chuva, as coisas ficaram claras como um anel de diamante, emitindo uma luz como se fosse uma estrela, mas ainda parecem ser tão passageiras como uma estrela cadente. Só que já não faz mais diferença se amanhã vai chover ou não. E não por costume, mas porque de tanto chover, consegui água para limpar os olhos e os ouvidos, e então ver e ouvir melhor.

Bom, no caso, o ver e o ouvir nunca foram o problema. Aliás, onde estava o problema? Alguém sabe?


Tão tá!


(preciso dizer que pela segunda vez um texto meu tem um fim não muito interessante, mas enfim, é mais divertido assim)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ãhn??? Nem eu tentendi...

Abrir um caderno antigo e ler uma frase escrita há anos. Seja uma bobagem ou algo que seja útil no presente, é quase sempre interessante ler uma frase escrita há anos. Esses dias remexendo alguns cadernos enquanto eu tentava estudar, achei uma frase, escrita atravessadamente na folha, era algo como "idiotas são aqueles que pensam que a pior dor que existe é causada por uma decepção amorosa, para aqueles que disserem isso, vou mandar eles inflamarem suas amídalas para verem o que é dor".

Eu ri. E como ri lendo isso. Foram tempos difíceis, dias praticamente sem comer, só tomando chá e antibióticos e antiinflamatórios, enfim, mal mesmo. Não poder sequer engolir saliva que doía, respirar doía, malditas amídalas. Era época de Libertadores(aposto em uma final América x Boca esse ano, com o título para os mexicanos - eu quase sempre aposto na zebra). Perdi de tomar uma Polar com o Diogo e com o Dicaman(where is Dicaman????), mas nada que me faça falta hoje.

Acho que dor semelhante àquela, só senti quando arrebentei toda e qualquer forma de tecido que existia sobre o meu joelho esquerdo, quando eu tinha uns 8 anos, em um acidente de bicicleta. Sem cicatriz, mas uma dor mais do que infernal. Prum guri novo que nem eu era então... era como ser impedido de comer chocolate com as mãos(???).

Concordo que aquelas decepções amorosas, ou por algum tipo de traição, são complicados de se resolver, mas a dor física é muito mais efetiva, e não há palavra que ajude no momento. Principalmente se chega um filho da mãe de um engraçadinho que diz algo como "olhe pelo lado positivo...". Que raiva que eu tenho de pessoas que falam "olhe pelo lado positivo" após algum tombo que trouxe conseqüências negativas para quem o caiu.

Tem gente que não sabe o que fazer da vida mesmo. E fica avacalhando e irritando aqueles que sofrem com dores muito piores do que um simples corte no dedo ou um chute no canto do sofá. Gente desocupada... e ainda tentam ser positivistas. Mas não tem como. Na hora em que tu estás sendo agraciado por algum infortúnio com uma dor miseravelmente grande(???), não há palavra positivista que te faça achar que aquela dor terá alguma conseqüência boa.

Se bem que dependendo do caso, tu vais para o hospital e pode ficar babando que nem bebê quando quer o sorvete do filho do vizinho, pela nova enfermeira que usa um daqueles baita decotes. Isso nunca me aconteceu. Droga... lembrei dos meus tempos de assistir filmes nas tardes sem aula. Quase 6 anos que eu não tenho todas as tardes livres para assistir todos os filmes ruins já feitos. Ou pelo menos uma boa parcela.

Outra, lembrei agora, que dói demais ouvir alguém dizer que "A Lagoa Azul" ou "O pestinha" ou "Curtindo a vida adoidado" são filmes muito bons. E pode parecer exagero meu, mas já ouvi isso de algumas pessoas. "Só tem filme bom na sessão da tarde, e eu não estou ironizando", disse-me alguém algum dia de verão.

E a pessoa falava sério mesmo.


Afinal, alguém sabe me responder qual o assunto do texto?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - porque o tudo não passa de um nada disfarçado (parte 4 e última)

(continuando)

Percebeu, que Johnny era o amigo que tanto desejara, inteligente, conhecedor de tudo e de todas as coisas. Percebeu que Deus era o que faltava em sua vida. Percebeu que ao matar Johnny, as coisas não voltaram ao normal. Já não sabia mais o que fazer. Viu então uma ave no céu. Reanimou-se. Mas desejou tanto ser aquela ave, que naquele momento ela caiu, e pegou fogo. Era uma fênix, havia de ressurgir das cinzas. Mas passaram-se horas, dias, mas a fênix não ressurgiu das cinzas.

Billi J. estava só. E percebeu que tudo o que ele desejava ser diferente, havia sumido. De alguma maneira, fora castigado pela sua falta de reconhecimento daquilo que existia. Billi J. só não tinha uma vida perfeita porque essa perfeição não existe. Billi J. então chorou, porque havia destruído seu mundo. Então as lágrimas iam caindo sobre as cinzas da fênix.

Alguns instantes após o começo das lágrimas, ainda com Billi J. chorando, a fênix ressurgiu, mais quente do que antes. Voou para longe. Billi J. nunca mais viu uma fênix. Aliás, era um felizardo por ser a única pessoa no mundo a presenciar o renascimento de uma fênix.

Tudo o que havia sumido voltou. E tudo fazia sentido. Billi J. decidiu que daquele dia em diante, nunca mais pensaria que as coisas que tinha e as pessoas que o cercavam deveriam mudar para que ele fosse mais feliz. A ambição e o egoísmo destruíram a vida de Billi J.. Logo ele, que era tão legal.

Pensou então em Johnny, mas não achou nada que fizesse parte dele. De algum modo, tudo o que foi por algum tempo Johnny, já não existia mais. Billi J. ouviu então seu irmão cantando “Velhas fotos”, sua mãe fazendo o almoço e seu pai lendo o jornal embaixo da laranjeira. Viu que Renata estava lhe ligando e deu graças à Deus porque tudo havia voltado ao normal.

Billi J., que se considerava cristão e totalmente crente em Deus, percebeu que era tudo mentira. Seu mundo era mentira, sua cabeça não passava de uma mente vazia e que seu coração era tão oco quanto o sepulcro escoriado. Tudo fez sentido. O tudo que ele tinha, o nada que ele teve, a incerteza de um futuro, o choro da solidão.

Então riu, porque tudo isso não passava de um sonho. Um sonho que o fez chegar atrasado à aula de matemática. Mas enquanto corria para a sua escola, viu algo vermelho passando no céu. Parecia um pássaro pegando fogo. Imaginou ser uma fênix. Então riu novamente, mas logo percebeu que aquele sonho não era um sonho. E que o tudo era mesmo o tudo e o nada não passava de uma ilusão muito confusa.

Mas o que aconteceu depois disso, é uma outra história...

domingo, 25 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - porque o tudo não passa de um nada disfarçado(parte 3)

(continuando...)

Billi J. então começou a preocupar-se. Pensou no que poderia ter acontecido. Tentou procurar algo na internet, mas o computador sequer ligou. Como poderia tudo sumir, do nada? Não havia frutos, flores, pássaros, árvores, pessoas. Lembrou-se de Renata e de sua família, e chorou. Como poderia tudo isso ter sumido. Johnny foi consolá-lo. Conversaram aos prantos de Billi J., porque Johnny não chorava. Johnny não tinha sentimentos. Sabia de tudo, entendia tudo, mas não tinha sentimentos.

Billi J. não entendia como alguém como Johnny sabia de tudo. Perguntou-lhe o que havia acontecido com todas as coisas vivas da Terra. Johnny lhe respondeu que tudo não passava de um sonho de Billi J.. Mas Billi J. tentava e não conseguia acordar. Como poderia acordar daquilo? Resolveu esperar.

O tempo foi passando, passaram-se dias, e nada se alterava. Billi J., de tanto conversar com Johnny, já sabia mais do que todos os monges tibetanos juntos. Mas de que adiantava tanto conhecimento se não havia alguém para ver aquilo. De que adiantava ter criado a vida se ninguém mais havia visto aquilo?

E repetindo isso, percebeu que ali estava o seu erro. :Jamais um mortal poderia criar uma vida. Lembrou-se das aulas de catequese. “Nem uma folha cai de uma árvore sem o consentimento de Deus”. Mas o que poderia fazer para que tudo voltasse ao normal? Perguntou à Johnny, e esse lhe disse que só ele poderia achar a resposta. Billi J. não sabia o que fazer.

Não tentaria mais nada. Ficaria parado sobre a luz do Sol. Mas percebeu que nem o Sol estava mais lá. Como sobrevivia se não tinha nada mais do que objetos inanimados? Nem o Sol e nem a Lua estavam onde deveriam estar. Era só o concreto, e Johnny. As únicas coisas além dele que não haviam desaparecido.

Billi J. perdeu-se em um mundo. Não havia outra saída. Lembrou-se novamente que ele jamais poderia ter criado a vida. Então como Johnny estava lá? E no mais brutal dos gestos, pegou o taco de hóquei de seu irmão que estava em cima do sofá, e começou a bater em Johnny. Se acabasse com Johnny, tudo iria voltar ao normal, porque as coisas começaram a desaparecer quando ele criou Johnny.

Billli J. não havia entendido que não era Johnny o culpado. Desejara tanto as coisas diferentes, desejava tanto pais amorosos, mas percebeu que seus pais sempre o amaram e sempre estavam com ele. Desejava tanto ter Renata ao seu lado, mas percebeu que ela sempre estava ao seu lado, mesmo quando ela não estava bem e ele é que julgava-se mal. Percebeu que queria tanto deixar de ser tímido que não percebera o quanto sua mente desviava os seus fracassos para essa timidez que na realidade não existia.

(continua...)

sábado, 24 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - porque o tudo não passa de um nada disfarçado(parte 2)

(continuando...)
Se fosse fazer novamente, Billi J. não conseguiria. Porque os gênios só fazem coisas estúpidas como essa uma vez. Que o diga Frankenstein. Só um. O Billi J. nunca entendeu como conseguira, mas havia criado uma vida. Sem uma gota de sangue, sem chips modernos, sem coração, sem fio na tomada. Ele havia criado só com a sua inteligência e um pouco de bobagens da tv e do rádio.

Arrancou a corrente da bicicleta e fez um cabelo para a sua criação. Chamou-o de Johnny. Assim como o Johnny B. God que alguém cantou algum dia, eu acho. O Johnny era o Billi J. versão metal, no sentido literal. Estava lá a maior criação sem fundamento da história. Johnny falava com Billi J.. Conversavam sobre a situação sócio-político-econômico-estudantil do país. De alguma forma, Johnny sabia mais de tudo isso do que Billi J. no auge de seus estudos contemporâneos.

Saíram os dois. De carro. Johnny não tinha carteira, mas se não havia gente, logo não havia polícia, logo, Johnny poderia dirigir em paz. Saíram. 90km/h, cabelos ao vento no Chevette conversível do pai de Billi J.. Tão legal sair sem rumo, sem ninguém no caminho. Tirando os buracos, era fantástico tudo aquilo.

Só que o Billi J. não percebeu que Johnny não passava de um robô. Pensou que ele seria amigO que nunca tivera. E foi contando coisas de sua vida. Johnny era o símbolo da capacidade de Billi J. Então foram atrás de pessoas para poder mostrar toda essa genialidade.

Mas não havia ninguém. Olhava Billi J. para os lados, para frente, trás, mas nada. Entraram nas mais estranhas ruas, nos mais afastados caminhos, por todos os lugares, mas nada. Nem animais e muito menos pessoas. Pássaros voando? Nem tentando não conseguiam achar. Aquilo já estava preocupando Billi J..

Voltaram para casa. Billi J. disse para Johnny ligar a televisão da sala, porque a da cozinha fazia parte de Johnny. Ligou, mas nada apareceu. Tudo branco. Não havia canal algum, sinal algum. Tentaram o rádio, mas um chiado insuportável tomara conta de tudo. Nada. Nem uma emissora.

(continua...)


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - porque o tudo não passa de um nada disfarçado(parte 1)

Estava o Billi J., o grande Billi J., entediado em uma tarde de outono. Não havia maçã para comer no pé, não havia sequer um limão furado para fazer um suco. Estava tudo muito estranho. Em pleno outono e nem um limão sequer? Não era fácil de se acreditar, mas enfim, pensou o Billi J. que alguém havia roubado os limões, e para não ficar nessa depressão pela falta de limões, resolveu voltar para dentro de sua casa.

Mas ele não ouvia ruídos. Tudo estava em silêncio, a casa inteira em um silêncio apavorante. Porque geralmente seu irmão berrava alguma música do Tequila Baby pelos cantos ou a empregada cantava quase chorando algum hit do Guilherme e Santiago. Seu pai quase sempre estava lendo o jornal em silêncio, mas nem ele estava lá naquele momento. Sua mãe não estava na cozinha preparando o almoço. Já era quase meio dia e ela não estava lá.

Billi J. estava só. Percebera somente agora porque acordara há pouco. Ligou o rádio, sintonizou na emissora local. Tocava Forever Young do Alphaville. Um baita clássico da música, pensou consigo mesmo Billi J.. Mas não se conformava com a ausência das pessoas. Subiu para o segundo andar mas não achou ninguém. Pegou o celular e ligou para seu pai e para sua mãe, mas nenhum atendia. Depois o Billi J. foi perceber que eles haviam saído sem celular.

Não tinha fome. Não precisava de nada. Nem um pensamento sequer passava pela sua cabeça. Estava só, e isso era bom. Tinha um tempo para fazer o que os outros não gostavam. Colocou então o LP do The Kinks no rádio, volume máximo, e foi para a frente da sua casa, ver o movimento da rua. O LP tocava mas ninguém passava na rua. Olhou para os lados e não via sequer uma porta aberta. Ninguém em casa alguma. Ninguém na rua. Foram abduzidos pensou consigo. Logo riu de sua idéia sem fundamento. Completou com um “que bobagem de et o que...” e riu novamente.

Vestiu-se e decidiu procurar uma alma viva. Caminhou sozinho pelas ruas das esquinas de qualquer e todo lugar da cidade mas nada. Nem um cachorro passou por ele enquanto caminhava. Nem uma mosca para zumbir em seu ouvido. Nada. Voltou para casa. Percebeu que havia esquecido a porta aberta, mas nada disso fez diferença, porque não havia ninguém na cidade. Não que ele tenha procurado em TODA a cidade, mas ele caminhou um bocado e nada.

Chegando em casa, do nada, pensou ser capaz de criar alguém para lhe fazer companhia. “Vai que todos sumiram e a cidade está vazia mesmo”. Calculou com seus miolos, pegou todas as chapas de ferro que um vizinho tinha na frente de casa, desmontou um rádio, uma televisão, e cortou um bocado de tubos que estavam mais velhos que a própria Dercy Gonçalves.



(continua...)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Estou escrevendo e ao mesmo tempo não escrevo nada. Sim e não, não e sim, o talvez está de férias

O copo não está cheio. Mas felizmente não está vazio. Se bem que tanto faz. Não agüento mais tomar nada. Até porque está doce demais. Mas engraçado que antes eu precisava de um doce, agora não quero mais nem chegar perto de algo que seja doce. Só que sei que amanhã terei novamente vontade de alguma coisa doce, porque só salgado não adianta.

Esses extremos, ou doce ou salgado, ou agora ou nunca, ou bergamota ou leite, são coisas mais rotineiras do que ver muita gente na missa de Corpus Christi. Mas diferente da missa, esses extremos acontecem todos os dias. E vai dizer que não... se for, diga nos comentários.

Mas ou tu escolhes um suco de laranja ou um de limão. Nunca os dois. Por que isso acontece? Porque não posso eu espremer um limão e uma laranja no mesmo copo e tomar? Por que eu não posso comer bergamota e tomar leite ao mesmo tempo? Por que eu preciso escolher só um dos dois?

Será que é pelo mesmo motivo que eu não como mais iogurte depois de comer um bife? Talvez sim, talvez não, mas preciso experimentar comer uma bergamota e tomar um leite ao mesmo tempo. Porque a rotina de escolher é muito cansativa. O cara acorda e tem que escolher se vai comer ou escovar os dentes primeiro. Mas só após decidir se vai tomar banho ou não. E o dia começa assim, nem vou relatar então o resto das escolhas.

Porque é sempre escolher. Ou a ou b. Ou 1 ou 2. Ou xingar um idiota ou elogiar ele. Ou ser sincero ou ser falso. Ou ser humilde ou arrogante. Ou ser egoísta ou ser generoso. Ou ser amigo ou não. Ou usar msn ou google talk. Ou usar orkut ou myspace. Ou blogger ou wordpress(nesse caso eu uso os dois, mas não deixa de ser escolha).

Que saco. Um dia eu não vou escolher nada. Vou só pelo acaso. Que nem um rio. Que merda, o rio escolhe se vai para a direita ou para a esquerda, se tem peixe ou não, se desemboca no oceano ou não. Mas um dia eu não vou escolher nada. Não vou ficar entre duas opções. Não sei como ainda, mas vou planejar todo o dia para poder não escolher nada.

Se bem que não escolhendo eu vou estar escolhendo do mesmo jeito. Que porcaria isso. O orkut não para de encher com aquele content supressed e eu me irrito aqui. Será que um maluco não pode não escolher o que fazer em um dia? Ficar dormindo não deixa de ser uma escolha.

Então vou tentar o contrário. Fazer todo o possível. Tomar banho e não tomar ao mesmo tempo. O que percebo, em pensamentos mais profundos, que é bem possível. Vou tentar lembrar como eu fazia quando era criança. Não que eu fosse um porco imundo, o que em alguns dias foi verdade(como no dia que eu voltei para casa no porta-malas do carro de um colega meu, junto com o meu colega), mas era legal fingir que eu tomava banho e não tomava.

Depois eu vou comer e escovar os dentes ao mesmo tempo. Depois eu vou à escola e não vou, o que é bem passível de ser chamado de rotina por alguns atualmente. Depois eu volto para casa e não volto. Depois almoço e não almoço. Depois vou à aula denovo e não vou. Depois volto e não volto. Depois fico em casa e saio. Tudo ao mesmo tempo. Depois assisto um jogo, leio um jornal, e ao mesmo tempo também, não faço nada.

E é tudo passível de escolhas. Lanço uma campanha: aproveite o seu dia ao máximo, usufruindo todas as tuas opções, fazendo e não fazendo tudo o que lhe for possível, querendo mesmo sem querer.

Podem começar com esse post. Lendo sem ler. Visitando o blog sem visitar. Comentando sem comentar.

Tão tá!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os sentidos

Existem coisas que não é sempre que podemos, e devemos, fazer. Por exemplo, tentar melhorar os 5 sentidos. Não é todo dia, e nem em todo lugar, que tu podes fechar os olhos para melhorar o sentido de direção e até a audição. Porque a qualquer hora tu podes dar de cara com um orelhão, ou perceber que fostes roubado e só fostes ver quando abristes o olho. É melhor treinar em casa antes de se fazer de cego para mostrar que tens um bom sentido de direção ajudado pela audição.

Outra coisa é tapar os ouvidos. Bom, isso é fácil. Talvez a audição seja o menos dos essenciais dos nossos 5 sentidos. Claro que faz falta não ouvir, mas ficar sem ver é pior. Mas em todos os casos, tapar os ouvidos até que é bom, ficamos sem escutar bobagens e tal, barulhos, bozinadas, enfim, coisas do tipo. Só não sei o que podemos melhorar tapando os ouvidos. Talvez nada, talvez alguma outra coisa. Bom, próximo item.

Nem comento sobre o tato, porque não existe maneira de parar de sentir. Porque o vento, o sol, a chuva, um cutucão e até um ladrão tentando roubar a tua carteira, são coisas que sentimos. Parar de sentir seria uma coisa das mais improváveis. E também não sei que vantagem traria. É... bom.

Parar de cheirar é outra coisa improvável, porque sem cheirar não respiramos. E sem respirar, bom, não vou nem complementar. O tato e o olfato estão muito interligados. E só podemos melhorar esses nossos sentidos treinando mesmo.

Agora, para melhorar a visão, é possível tampar os ouvidos. Melhorar a visão é estranho, mas enfim. Por exemplo, tu tapas os ouvidos e tenta atravessar uma rua, só vendo. Possível sim, claro, mas é bom tomar cuidado, porque pode haver em um carro, um idiota que está tentando melhorar a percepção auditiva e para isso resolveu fechar os olhos. Ou seja, tu não queres ouvir e ele não quer ver. No final de tudo, tu podes conseguir a façanha de não sentir e nem cheirar mais nada.

Só que nada disso foi muito interessante.

Pouco importa. Foi divertido escrever tamanha bobagem.

domingo, 18 de maio de 2008

Por uma nova negação

Chega de negações(a primeira parte do texto foi apagada porque... bom, é o blog do maluco, as coisas não podem acontecer de uma maneira muito coerente e explicada aqui, apesar de vários textos terem um maldito parênteses que nada mais faz do que explicar alguma coisa mal escrita por esse narigudo). Sim, amanhã tem aula. Sim, amanhã tem reunião. Sim, quinta feira é feriado e sexta emenda o feriado ficando então um feriadão. Sim, ou pelo menos talvez, quarta-feira chegam as camisas do C.Q.T.S.. Sim, é... bom... continuo. Sim, fiz o trabalho de literatura. Sim, consegui pagar o meu almoço de hoje. Sim, parabenizei o grupo. Sim... continuo(2).

Eu escrevi alguma vez, ou algumas vezes, que eu não via limites em sonhos, fosse o quanto fosse difícil. Sempre fui um daqueles que acredita que é possível fazer um colorado admitir que o juiz nem sempre tem culpa no resultado. Eu gosto de acreditar nas coisas boas, em desejos sinceros, e incentivo aqueles que me dirigem a palavra, para que façam o mesmo. Acreditar no difícil e no improvável é muito mais divertido do que acreditar que amanhã será só mais um dia, um dia como foi hoje.

Esse pessimismo leva muitas pessoas à depressão. Talvez em uma realidade simultânea e alternativa que aquelas comédias, que dizem ser "ficção científica", mostram, eu tivesse esse mesmo problema. Mas segui um rumo diferente. Ou melhor. Fui levado à seguir. E mesmo não acreditando, vi um mundo se transformar.

Não é difícil de acontecer. Porque eu também já escrevi que cada um pode mudar o seu mundo, porque oportunidades não faltam. E também escrevi que a cada dia, com escolhas, mudamos o nosso mundo, muito ou pouco, agora ou no futuro. Então não tenho mais que escrever isso.

Voltando a algo relacionado com sonhos, acho muito mais fácil acreditar no improvável do que no certo. Aquele desejo oculto de "vai entrar pra história", talvez não demonstrado, é o principal causador de decepções. Só que ninguém entende. Porque ninguém sabe disso. E daí ninguém imagina que as coisas não sejam como são.

E ninguém não passa de ninguém. Porque ninguém é ninguém e ninguém é de ninguém. E no final do texto, ninguém torna-se um sonho em vão, que sempre fora improvável e talvez até impossível, mas como ninguém não é nada, não custava acreditar... mesmo que ninguém acredite no final de tudo isso.

E o ninguém não passa de uma negação. Mas enfim, ninguém não é nada então o ninguém não é o não e o não não é o ninguém, mesmo alguns afirmando esporadicamente(se é que isso existe) que sim.



*Esse blog precisa de uma reforma.

Gincana da Integração

Agora eu deveria xingar o mundo. Mas não. Porque não vale à pena.

Apesar da torcida contra, valeu à pena sim.

Com poucos, e talvez(hehehe) nem tão bons assim.

Valeu à pena.

Só.

Ah, a Integração terá por pelo menos alguns dias, uma nota de 100 reais no seu caixa. Até que nós entreguemos o dinheiro pro tio Ede. Para quem teve prejuízo, justificado, ter uma nota de 100 reais, ou um peixinho, como diria o Ricardo, é uma grande vitória. Mesmo que seja uma derrota.

No final, todos ganharam. Até o irritado do Vini Manfio.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

É tão frio quanto pisar no chão, descalço, no inverno

Pés quentes, recém saídos da cama, igualmente quente. Os dias tem sido frios, as noites mais ainda. Não muito frio, mas o suficiente para derrubar guerreiros com a mais simplória das doenças. Gripe é diferente de resfriado, que não é só nariz fungando nem só tosse. Mas os meus pés tocam o chão frio.

E gela. E esfria. Os pés, o corpo, a cabeça. A garganta dói. Tossir já não é mais novidade. Tossir, guspir, jogar pra fora, cantou algum dia Humberto Gessinger. E isso não passa de uma renovação de inverno, que é uma coisa tão tosca quanto promessas de ano novo. Porque é bobagem achar que tossindo tu melhoras, assim como é bobagem achar que não tossindo tu melhoras. O fazer e o não fazer levam ao mesmo caminho, ou melhor, não levam, porque a gripe só desaparece algum tempo depois, porque na verdade, tem que desaparecer mesmo.

E as coisas passam. As pessoas passam por nossas vidas. E são tantas, todos os dias. É difícil lembrar de 5% que seja delas. São tantas que passam por nós. Na rua, na escola, na frente da nossa casa, no consultório do dentista. São tantas e em tantos diferentes lugares. Não há como lembrar.

Mas lembramos sim, daquelas que sabemos o nome, ou não, lembramos de alguém apenas por um rosto, um gesto, um comentário. Lembramos porque há um motivo para lembrar, ou para esquecer. Lembramos muitas vezes do que fizemos de errado há anos atrás, mas não lembramos daqueles que nos ajudaram a superar um problema. Não lembramos de como aquela tonga daquela atendente do supermercado nos tratou. Ela era tonga, mas gente boa. Porque será que não lembro o nome dela, mesmo lembrando que várias foram as vezes em que olhei o crachá, por achar o seu nome esquisito.

Eu não lembro de muita coisa. Não lembro nem o que almocei ou fiz ontem à tarde. Ah, agora lembrei o que eu fiz, mas não me recordo mesmo o que almocei. E o que importa também. Talvez nem esteja mais no meu corpo o que eu comi. Foi tão passageiro e tão insignificante que não me faz diferença lembrar. Mas o que me fez mal em um final de ano, jamais esquecerei. Tomar iogurte depois do bife, algo horrível.

Assim como é muito mais fácil lembrar do cachorro que te mordeu quando tu chegastes na casa do teu amigo. Mas tu não te lembras daquele cachorro que latiu mas depois foi lamber o teu pé e ainda correu atrás de um gato idiota no teu lugar. E como é fácil lembrar do ruim e esquecer o bom.

Como é fácil dizer oi para um desconhecido, bom dia para um professor, e sequer cumprimentar seu pai. Como é fácil. É humano fazer isso. É humano ser mais gentil com o que não se conhece, com o que não se tem. Com o que se pode ter algum dia. Ou mesmo que não haja possibilidade para tal, deixar uma boa impressão é o que conta.

Como as pessoas são ignorantes. Vivemos em um mundo triste, desigual, preconceituoso e superficial, porque somos ignorantes. Sejam lembranças ou cumprimentos. Precauções ou certezas. Somos ignorantes porque valorizamos o que queremos ter e não o que temos. Somos ignorantes porque deixamos tantas coisas passarem. Por medo ou falta de coragem. Oportunidades únicas. Somos tão aficcionados por coisas sem valor. Pelo menos sem valor para nós. O cartão de visita é mais importante que o sofá da sala. Ridículo. Mundo superficial.

"Traga, a sua alegria, inunde minha vida, a sua beleza é, bem-vinda..."

Que eu possa um dia abandonar completamente esses maus costumes, que tanto me fazem perder tempo.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pare para pensar

Pegue uma caneta e um caderno, ou uma folha de papel. Enfim, algo para escrever e uma outra coisa onde escrever. Sente-se confortavelmente, mas em uma posição que lhe permita também escrever. Vá para perto de uma porta ou de uma janela. Desde que possa ver o céu, azul, e sentir o vento que passa pelo seu rosto, é a conta. Independentemente de onde for.

Então, quando estiver confortável e pronto para escrever, largue o papel e a caneta em algum lugar acessível e olhe para o céu, ou para árvores, enfim, uma paisagem que lhe lembre paz(gosto não se discute, mas não vou mandar alguém olhar para o pôster do NX0 ou de qualquer outra banda emo, ou não emo). Feche os olhos. Sinta o vento que bate no seu rosto. Ou sinta o cheiro de alguma coisa boa, como... lima.

Pense. Reflita. Analise. Pense novamente. Como Deus é perfeito. Tudo tão harmônico. Tudo tão simples. O ver é simples, é muito bom, mas o sentir é o mais magnífico dom que recebemos. Na minha humilde opinião. Continue pensando. Lembre daquelas pessoas que gostaria que estivessem contigo naquele momento.

E tudo é tão simples. As coisas que nos envolvem são tão simples que parece mentira. Ou pegadinha do malandro. Não parece real que nesse momento tu estás a sós, refletindo e sendo objeto da magnífica obra de Deus.

Então pegue o seu caderno quando achares que conseguistes uma auto-análise boa. Comece a escrever. Suas qualidades. Porque é muito mais fácil escrever o que gostamos em nós mesmos primeiros, aí deixamos o ruim para depois. O ruim, os defeitos, escreva depois, atrás da folha, ou em outra folha.

Então pense mais um pouco.

Que ninguém me pergunte o objetivo dessa "dinâmica".

Quem sabe amanhã o dia nasça mais belo. Quem sabe nasça mais feio. Mas de qualquer maneira, será lindo. Com sol ou chuva. Vento ou não.

Tão tá!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Só mais uma bobagem

Quando tu achas que tu te conheces, pense mais um pouco e perceberás que tu não te conheces. Eu fiz isso. Achava que já entendia o que acontecia ou estava acontecendo. Aí veio o "A cada dia um recomeço" 2 e 3, porque o primeiro e os dois últimos não têm muita relação com isso.

Aí tu pensas que já tinha passado por determinada situação, talvez até mais do que uma vez. Só que nada disso é verdade. E tu olhas para o teu passado e ri, porque não há outra coisa a ser feita a não ser rir. E no caso, é engraçado, rir, e também o motivo do riso. Porque nada daquilo tinha sentido, mesmo que no momento tu achasses que era uma grande coisa, uma coisa muito importante.

Precipitação. Sou um grande precipitado, por isso escrevo aqui. Sempre acho antes, penso antes, vejo antes, sinto antes, escrevo antes. Quase sempre erro. Mas poucas as vezes em que me arrependo. São lições, aprendizados, conhecimento adquirido ou conquistado.

E as coisas tornam-se tão ínfimas que nada daquilo que um dia fora importante é nesse momento realmente importante. E todas as tuas piadas tornam-se ridículas e incabíveis. Porém, não há porque mudar. É passageiro, ou melhor, pode ser passageiro. Se não for também, o problema é teu.

Talvez seja só mais uma das milhões, digo, dezenas de centenas de asneiras já escritas aqui. Mas é divertido pensar que todo o buraco era tão pequeno se comparado a outras coisas. Só que naquele momento parecia tão grande...

Chega a ser incompreensível isso. Mas não é porque faz sentido. Com um equipamento melhor e 0 de precipitação, o buraco nem será visto. É só colocar uma tábua, bem grande e resistente, que o buraco será atravessado sem perigo algum.

Chega. Espero não escrever mais nada desse tipo por um bom tempo.

Nem tudo o que parece é... mas bem que poderia ser...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Nada pode expressar melhor do que isso...

Piano Bar - Engenheiros do Hawaii

O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor.

O que você não pode, eu não vou te pedir.
O que você não quer, eu não quero insistir.
Diga a verdade, doa a quem doer.
Doe sangue e me dê seu telefone.

Todos os dias eu venho ao mesmo lugar,
Às vezes fica longe, imposível de encontrar
Mas, quando o Bourbon é bom
Toda noite é noite de luar.

No táxi que me trouxe até aqui Willie Nelson me dava razão,
As últimas do esporte, hora certa, crime e religião.
Na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução.

Toda vez que falta luz,
Toda vez que algo nos falta
O invisível nos salta aos olhos,
Um salto no escuro da piscina.

O fogo ilumina muito por muito pouco tempo
Em muito pouco tempo, o fogo apaga tudo.
Tudo um dia vira luz.
Toda vez que falta luz
O invisível nos salta aos olhos.

Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia.
Era o princípio num precipício.
Era o meu corpo que caía.

Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia.
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

Ontem à noite, eu conheci uma guria que eu já conhecia
de outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

No início era um precipício um corpo que caía
Depois virou um vício.
Foi tão difícil acordar no outro dia.
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

A cada dia um recomeço(5) - talvez a última parte dessa saga

Escrever aqui sempre me fez pensar. Bom, quase sempre, porque para toda maldita regra há sempre uma, nem sempre maldita, exceção. E começo com dois malditos porque quero simplesmente escrever. Ignoro assim, nesse texto, a "responsabilidade social" que eu sempre tentei ter. Mais dois comentários em textos antigos sobre patricinhas, comentários em que fui chamado, mesmo com o perfil e o nome na assinatura, de guria. Como se eu fosse uma invejosa. Que gay isso aqui. Mas eu não xingo mais patricinhas aqui. Eu já encerrei esse assunto. Até porque, são pessoas assim que não têm o que fazer, as únicas que comentam, com exceção de amigos que cumprimentam só por amizade. Devo um comentário à um guri que comentou duas vezes, mas o farei, se lembrar, só quando acabar esse texto. Parágrafo desgraçado esse. Olha o tamanho.

Bom. Pela hora do post, que jamais será alterada por mim, mesmo que isso seja melhor, tenho que confessar que não fui à aula. Se bem que isso não é pecado. Minha garganta dói, não posso respirar pela boca senão tusso e a garganta dói mais ainda, mas isso não é explicação. Há tempos eu vinha tentando encerrar essa saga. Não coloco o link dos outros posts porque clicando no marcador "a cada dia um recomeço" no final do texto, verás os outros.

Hoje tenho um motivo para escrever. Confesso que ontem à tarde, eu tinha planos de escrever assim que chegasse em casa, ou "eu posso mudar o mundo - o retorno" ou "A volta do maluco(?) - dessa vez em definitivo". Mas prefiro terminar essa saga que tanto me ajudou. E agora aos fatos.

Acho que já escrevi isso, mas como não leio textos passados a menos que haja um grande motivo para isso, talvez esteja escrevendo algo repetitivo. Azar. O visitantes não são repetitivos, então por quê eu não posso ser? Acabando com bobagens e escrevendo o que deve ser escrito, avisei que me afastaria por um bom motivo. Que foi bom mesmo, aprendi certas coisas e conheci pessoas bem legais. Algumas me fizeram pensar muito. Uma... bom, deixa pra lá.

E hoje eu não fui à aula porque precisava dormir e pensar mais em como recomeçar, mesmo que eu não tenha caído. Fui traído pelo idiota do tempo(não esquecer de escrever um texto xingando o tempo). E acho que sei o porquê disso.

Sempre que me diziam que o tempo é a resposta para tudo, eu ria e negava. E continuo rindo e negando quando ouço isso. O tempo não é a resposta para tudo. Pro inferno o tempo. Ele passa e um dia a música vai acabar(valeu Cristiano). Sempre aproveitei o tempo, mesmo que não da maneira mais correta. Bom, então eu nem sempre aproveitei o tempo. Mas nesses 3 dias e 4 horas passados, aproveitei demais.

Nem tudo foi bom. Eu nem sempre sorri. Mas me dediquei para mudar alguma coisa. Principalmente para que eu conseguisse, não mudar, mas sim, me aperfeiçoar. Sei que nunca chegarei à perfeição, e jamais desejei isso, mas preciso me aperfeiçoar para poder achar o que tanto procuro.

Tentar não é conseguir, mas é aliviar a mente de uma decepção.

A cada dia um recomeço. Com caminhos, escolhas e tudo o que eu não escrevi ainda. Jamais acertaremos todas, assim como jamais erraremos todas as escolhas. O importante não é acertar, mas sim, tirar proveito dos erros, para acertar, e dos acertos, para então conseguir aquilo que se quer.

"Se podemos sonhar também podemos tornar nossos sonhos realidade" - Escrevi isso para algumas pessoas um dia no passado, e hoje recebi isso devolta, de uma delas. Obrigado.

Talvez seja só o mal estar, a gripe, o cansaço, a dor de garganta, talvez seja só isso. Mas o mais provável é que não.

O passado já não me incomoda. Ele estará sempre lá, mas nunca mais me fará mal algum. Obrigado.

Não será um recomeço. Tampouco uma mudança. Muito menos um renascimento.

Será apenas, mais um aprendizado.

Em palavras

Voltei.

Diferente.

Mas voltei.

Eu acho.

Ou não.

Voltei.

Feliz.

E triste.

Mas voltei.

Estranho.

Pensativo.

Talvez arrependido.

Porém, muito lisonjeado.



Obrigado Deus por esses quase 2 anos de CLJ. Obrigado Jesus Cristo, por toda paz. Obrigado amigos, pelos abraços em momentos de solidão. Obrigado pai e mãe, por metade do que sou. Obrigado CLJ, pela loucura que assola a minha mente e me faz pensar que um dia poderei mudar o mundo.

domingo, 11 de maio de 2008

As tuas escolhas definem o teu futuro, mas todas elas levam a um mesmo lugar

Tu acordas e pode:
- ir à aula ou continuar dormindo;

Se tu vais à aula, tu podes:
- prestar atenção e aprender algo ou apenas conversar;

Já se tu não vais à aula, tu podes:
- sonhar com aquele gol em uma final de copa do mundo ou sonhar com um futuro em que tu não tenhas que ir à aula e mesmo assim aprender;

Agora, se tu prestas atenção, tu:
- vai bem nas provas e ganha um chocolate da mãe ou mesmo estudando vai mal, perdendo o direito de usar o computador por 1 mês;

Se tu apenas conversa na aula, tu:
- ou sabes de tudo o que acontece na escola, ou se irrita com aquela patricinha fútil que te deu um corte;

Em ambos os casos de sonho, tu não tens mais nada pra fazer.

Se tu ganhas um chocolate:
- tu comes tudo sozinho e fica com espinhas na cara e alguma coisa de gordura na barriga ou tu dás o chocolate pra patricinha fútil que em outra opção te deu um corte, para que ela engorde;

Se tu perdes o computador por um mês:
- tu podes alugar o de um amigo, enchendo o saco o dia inteiro, só para trovar aquela tua vizinha gostosinha lá, ou ir em uma lan house, pagar e não ganhar lanche de graça da mãe do teu amigo;

Se tu sabes tudo o que acontece na escola:
- tu podes contar para os outros ou guardar as informações para si;

Se tu levas um corte daquela maldita patricinha arrogante:
- tu podes devolver o corte, humilhando-a ou pode simplesmente dar uma bofetada na raiz do ouvido e sair como se nada tivesse acontecido;

Se tu vais a casa do teu amigo para usar o seu computador:
- tu podes usar a tarde inteira, comer um lanche da mãe dele, deixar ele pensando "que cara folgado" e no final da tarde ser expulso pelo pai do seu amigo porque ele não agüenta mais um vagabundo usando o seu computador a tarde inteira ou podes usar o tempo suficiente para marcar um encontro com a tal vizinha, quando os pais dela não estão em casa;

Se tu vais na lan house:
- tu perdes dinheiro, não tem o lanche e não tem tempo suficiente para conseguir o encontro com a vizinha. Ou seja, não valeu de nada gastar os teus últimos reais naquela merda de lan house;

Se tu contas as informações para os outros:
- tu ficas com a fama de fofoqueiro, ninguém te conta mais nada e ainda inventam algo de ruim sobre tu;

Se tu vais para a casa da vizinha que está sozinha:
- tu descobres que o irmãozinho dela está em casa e que ela só marcou aquilo para que tu fizesses companhia para o guri enquanto ela saía com o namorado;

Se tu devolves o corte ou humilha a patricinha:
- tu voltas para casa feliz, mas sabendo que no outro dia todas as tuas colegas vão te cortar assim que possível;

Se tu guardas as informações pra si:
- tu percebes que não valeu a pena não prestar atenção na aula;

Se tu dás a tal bofetada na metida patricinha:
- tu percebes que valeu a pena acordar cedo e não ter ficado sonhando bobagem.

Fim.

*postado originalmente no Tosco por ser Tosco, mas não é plágio, porque sou o presidente do Tosco.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pensamentos não fluem

E o tempo vai passando e eu continuo sem o meu computador. Uma semana sem os textos, as fotos e o firefox adaptado à todas as minhas necessidades básicas, como visualizar uma página antes de abri-la. Uma semana sem muita diferença. Uma semana em que pensei pouco, fiz pouco e de pouco em pouco vi o tempo passar. Muito pouco perto do que deveria ser, e até, do que era. Entre sexta e domingo não postarei, no máximo, no domingo de noite. Tenho meus compromissos e espero que estes me façam voltar ao habitual, de pensamentos.

Mesmo que hajam diferenças, mesmo que não será do jeito que eu gostaria, mesmo que eu esteja acima do que eu gostaria de estar(se alguém entender eu ganho o meu texto). Mas acho que algo de produtivo eu poderei tirar. Pessoas novas, idéias novas, calma, afastamento da rotina, distanciamento de computador, tempo para reflexão. É. Acho que vai ser útil.

É uma necessidade do ser humano ter um descanso, um tempo para pensar, para descansar. Um "tempo para si mesmo". Necessidade sim. Não somos máquinas que podemos agüentar até a hora de trocar uma peça. Bom, não vem ao caso o fígado, que pode ser trocado(ou não) quando ele não funciona mais, devido ao excesso de bebidas alcoólicas ingeridas. Não vem ao caso mesmo.

Nem tanta calma, mas sim distanciamento. Pensar de um jeito diferente. Ver o meu pé esquerdo de um ângulo diferente, se é que alguém consegue entender essa filosofia incomum. Não quero mudar. Não. Chega de mudanças. Quero é corrigir alguns erros e evitar erros futuros. Não que essa viagem me traga isso, mas ela me trará tempo para pensar em como corrigir os erros. Espero, pelo menos.

Até amanhã acho que escrevo algo. Quando chegar da aula, tentarei escrever algo. Mas não será nada forçado.

Pensamentos me vêm à mente, porém, estão mais para mais uma história do Billi J.

Tão tá!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - sem título nem contexto

O Billi J. dizia que o tempo(maldito tempo) era a chave para todos os problemas. O tempo passa e as coisas se resolvem. Discordo do Billi J. nessa do tempo, mas o que conta aqui não é a minha opinião. Só que ele foi começando a mudar de idéia no momento em que não percebia melhora para o seu problema.

Então, voltando à história, o Billi J. estava em uma fase de adolescente. Tinha ele se tornado insuportável. Porque ele olhava para a Renata, conversava com ela, tinham os dois maravilhosos(na opinião dele) momentos juntos, ele a amava. Só que nunca conseguira declarar-se. Coitado do Billi J.. Era mais tímido do que... bom, não há uma comparação nesse momento, e o Billi J. não quis me ajudar com isso.

Em virtude dessa timidez monstruosa em expressar os seus sentimentos, o Billi J. se irritava quando olhava para a Renata, eles estando sós, ou pelo menos não acompanhados de algum desocupado por perto, e não conseguia se declarar. Dependendo do momento e do tempo(maldito tempo) que estava ao lado da Renata, o Billi J. até preparava tudo o que ele iria dizer e como iria dizer. Parece ridículo mas sei como os tímidos se sentem quanto a expressão de seus sentimentos. Só que o Billi J. jamais conseguia dizer o que sentia.

Após um fato desses, ele chegou em casa, chutou alguma coisa que havia no chão, que ninguém conseguiu descobrir o que era, por ser uma caixa que chegara por correio para o próprio Billi J., ou seja, ele ganhou um presente mas num acesso de raiva descontrolada o quebrou. Ele via casais na rua e os xingava. Como poderiam eles serem tão felizes e ele, por uma infeliz timidez, não conseguia sequer demonstrar seu sentimento sincero. Algo que começou de criança e tornou-se real, mesmo que isso pareça fábula.

O Billi J. xingava qualquer coisa que passasse por sua frente ou na sua mente após ele pensar nas tantas oportunidades que teve de se declarar e não o fez. Certa vez, até começou a dizer, mas o tongo do pai da Renata os interrompeu e levou-a para casa. Ele não só não aceitou a carona oferecida, como xingou o pai de Renata como se ele fosse o culpado por tudo. Chutou um anão de jardim que estava no lixo, o que levou seu dedo a quebrar também. Que animal.

Mas ele era legal. Jamais descontou ou demonstrou alguma irritação com Renata por isso. Seus pais que tinham mais do que a obrigação de agüentá-lo. Se bem que ele nunca descontara sua raiva em seus pais. Os pés é que pagavam pela "inocência" dele achar que mesmo chutando coisas como anões de jardim e postes de luz não se machuraria. Mas alguém disse uma vez na televisão "dor purifica". Então está aí a explicação do Billi J..

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Renascer em poucas palavras

Hoje comecei a ler Otelo, o mouro de Veneza, do Shakespeare. É um teatro escrito, mas é bom. Gostei, pelo menos até onde leio. Não sei porque, mas diálogos são coisas legais de se ler. Leiam esse aqui, se possível(clicando no link). Não é um grande exemplo de diálogo, mas é um texto separado em fragmentos, e com travessões.

Bom. Há tempos não comento sobre visitantes no blog. Já são mais de 25 mil que passaram por esse humilde e não muito querido blog escrito por um maluco muito irritante. Às vezes fico imaginando como as pessoas me vêem, após conhecerem o meu eu impulsivo e ansioso. Ansiedade que precisa ser controlada.

Enfim, é só mais um problema a ser resolvido, que no caso, prejudica apenas a mim. Seria bom se eu, e quem está lendo se pensa da mesma maneira, pudesse ser como a fênix, não pela longevidade(uns dizem que ela vive 500, outros dizem que são mais de 10.000 anos(tu não lestes errado)), mas sim pelo renascer.

Mudar é uma coisa. Alterar é outra. Adaptar outra. Recomeçar outra. Renascer é a mais complexa de todas as coisas semelhantes citadas. É um começo absoluto, do zero, do nada, das cinzas. A fênix ressurge das cinzas e honra seu pai, levando as suas cinzas ao altar do deus do Sol. Bom, não vou contar toda a história, quem quiser saber mais sobre a fênix, clique aqui.

Esse renascimento deve ser a coisa mais significativa e menos oportunitiva(não existe, mas enfim...) existente. É uma limpeza e ao mesmo tempo um esquecimento do que já passou. Acho que todos deveríamos passar por um renascimento. Assim como a fênix. Não proponho queimação em praça pública para vermos se conseguimos ressurgir das cinzas. Não. Aliás, não posso propor nada, porque não tenho poder algum para fazê-lo.

Apenas acho que deveríamos ter a chance de recomeçar do zero. Mas não tentar reconquistar algo. Não. Buscar algo, sem saber o que aconteceu antes do renascimento. Ou sabendo só o teu nome e data de aniversário. O básico.

Renascimento. Fênix. Otelo. Nada a ver com nada. Mas quem sabe haja algo relacionado no final do livro. Quem sabe...

Quem já leu sabe.

E mais um texto sem final. Droga.

domingo, 4 de maio de 2008

"... Afasta de mim a vaidade e as palavras mentirosas, não me dês nem a pobreza nem as riquezas, dá-me somente o que for necessário para viver..." - Provérbios 30, 8

Tá no meu perfil do orkut há algum tempo, mas eu tinha que colocar aqui.

Vitória e derrota

Síndrome no dicionário é tido como um conjunto de sinais que caracterizam uma situação ruim. Não estou falando de síndromes físicas, como a síndrome de Down, que é um distúrbio genético*, entre outras, cujos nomes são desconhecidos para a maioria, como as síndromes de Benjamin*(que é um transtorno de identidade de gênero, ou mais simplificado, transexualidade) e a síndrome de Raynaud*(que é uma descoloração das pontas dos dedos e de outras extremidades).

Mas falo de outras síndromes, psicológicas. Bom, só podem ser psicológicas, pois não há outra explicação para certos fatos. Domingo é um dia muito propício para tentar entender essas síndromes. Como por exemplo, a síndrome da inferioridade.

Alguns chamam de complexo de inferioridade, só que isso eu usaria(digo eu porque não sei mais o que é o certo perante à regras) apenas para pessoas, que se diminuem perante às outras. Se bem que isso é o que acontece. As pessoas se julgam inferiores às outras, e aí tragédias acontecem.

Essa síndrome da inferioridade, é muito comum em times pequenos, como os interioranos e aqueles que se julgam grandes mas não passam de pseudo-grandes. Falo em futebol e o exemplo desses pseudo-grandes é o Botafogo. Concordo que o juiz sempre ajuda o flamengo, mas nada pode passar por cima do complexo de que esse time não ganha nenhum título importante há mais de uma década. Nunca ganhou Libertadores e o único brasileiro da história foi roubado do Santos.

Os pequenos aqui no RS, como 15 de Campo Bom e Juventude, que mesmo tendo ganho uma copa do brasil, é pequeno, são um exemplo de sofredores da síndrome de inferioridade. Porque sempre vão à finais e nunca ganham. E não por méritos de quem ganha, mas por um fraco e mal-preparado desmérito de quem perde.

Não desmerecendo o Internacional, campeão gaúcho, mas se o Juventude tivesse um psicológico realmente preparado, não teria perdido como perdeu. Ridículo. A Internazionale na Champions League sofre com isso, assim como o Liverpool no inglês. A pressão é desculpa, só falta confiança, falta uma coragem e uma cabeça melhor voltada para entender e aceitar que a vitória é possível.

E o que o futebol nos passa hoje? Que devemos preparar o nosso psicológico para as derrotas? Não, como eu já disse, devemos nos preparar para a vitória. Porque o pior perdedor é aquele que não sabe vencer. Porque ganhar qualquer um pode ganhar, mas conviver com isso é para poucos. Por isso uns sobem e logo caem, porque não sabem se manter no topo. Não sabem conviver com as vitórias, as conquistas.

Só vence quem sabe que pode conviver com isso.

Atitude de vencedor, e .(ponto final)



*fiquei sabendo após ler na Wikipédia


Parabéns tricolor para o nosso co-irmão.

sábado, 3 de maio de 2008

A maior farsa existente

O frio é a maior farsa que existe. Simplesmente, porque ele, não existe. E até que alguém me prove que essa porcaria de frio existe, eu continuarei dizendo, que o frio não existe. Aprendi isso lendo uma mensagem para o CLJ e depois fui pesquisar e confirmei que esse tão assombroso frio, não passa de uma farsa.

Porque alguém já conseguiu medir quanto frio está? Se alguém responder que sim, mesmo que diga -99 C, estará errado. Ninguém consegue, ninguém pode medir o frio. Porque esse frio é o termo usado para designar ausência de calor. O calor sim, podemos medir, o frio, não.

Aí entra outra, que o frio é psicológico. O que não deixa de ser, porque se tu achas que estás com frio, estás mesmo, se acha que não, pode sair de bermuda e camisa de manga curta num dia como hoje, que está meio chuvoso e quase meio frio, que não sentirás frio. Concordo se alguém dizer que a gripe depois será desastrosa e pavorosa. Mas cada um escolhe o que quer ou não pegar(sem malícias).

Essas cosias físicas, são muito irritantes quando se aprende, mas depois é divertido escrever um texto desses e ser chamado de idiota após a primeira frase ser lida. É legal isso. Não pelo fato de ser verdade, mas porque acho que pelo menos um, que poderá se mostrar nos comentários, pensará que o dono do blog não tem nada na cabeça. E seu eu começar a falar que roupas também são coisas falsas, porque não esquentam, mas sim, impedem a passagem de calor, é aí que eu serei chamado de insano. Mandarão a polícia até a minha casa. Mas em será tão ruim, porque ficarei preso no máximo, 4 anos.

Eu tive aula ontem, após o feriado, dia de trabalho mesmo para mim. Tive aula hoje. Só que não de física. Então é mais estranho ainda eu estar escrevendo esse tipo de coisa sem influência alguma. Só que eu não iria escrever um texto sobre o núcleo da célula, porque seria muito mais longo e "inútil" do que esse já escrito.

O frio é uma farsa, assim como aqueles que "morrem'' de frio também são. Calma... é só brincadeira. Tem gente que sente mais frio do que outros. Aceitável isso. E como. Nossas diferenças nos tornam iguais. Alguém disse isso. Discordo. Nossas diferenças nos tornam diferentes, óbvio. Um outro alguém, cujo nome não falarei, até por não lembrar a grafia correta, disse que definir-se é limitar-se. E podem procurar no google como essa frase foi dita por alguém famoso. Só que eu discordo também. Definir-se não é limitar-se, é tentar mostrar a alguém um pouco sobre você. Ou tudo, só que esse tudo é muito relativo.

Antes de entrar em tudo e nada, e relatividade entre esses e outros termos, vou-me embora.

Tão tá!.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - um salto para a prosperidade (final)

(continuando..)
A janela deveria ficar a uns 3 metros e meio do chão, e o animal do Billi J. ainda foi de cabeça. Quebrou o vidro da enorme janela, e caiu, de pé, mas logo rolou umas 4 voltas de costas e de lado, sujando toda sua roupa. Não pagaria aquela maldita conta de jeito nenhum. Se recuperou e saiu correndo em direção ao seu caminho de volta para casa. Quando, de repente, um carro o atinge. Puta merda, que azarão do Billi J. Atropelado. Bom, nem tanto assim, mas enfim, o Billi J. foi mesmo atropelado. O carro acertou o seu joelho esquerdo, o motorista saiu correndo e xingando-o, ele se levantou e tentou continuar a correr, mas não conseguia. Parecia que nem tinha sido atropelado. Tentou mas foi puxado pela camisa pelo motorista do carro, que queria saber que idéia idiota era aquela de atravessar a frente do carro sem olhar para o lado.

Billi J. ficou sem resposta, mas quando ouviu um "Pai, ele é meu amigo", ficou atônito. Quase que o Billi J.cai duro, não pela queda após o salto pela janela e nem pela batida do carro no seu joelho esquerdo. Quase caiu duro porque a voz era de Renata. Sim, o pai dela, com ela e o resto de sua família junto, havia atropelado-o. Conhecer os pais dela naquela situação, não era uma boa coisa.

Então o Billi J. explicou a situação para Renata e seu pai(sua mãe, irmã da mãe de Gabi, já o conhecia, mas não interviu, pois ficou cuidado do irmão mais novo de Renata, que havia engolido uma bala por causa da brusca parada). Renata começou a rir, mas logo parou porque seu pai havia começado a dar um sermão em Billi J.. Só que quando o Billi J. disse que havia deixado dinheiro para pagar o seu almoço e um pedaço do vidro(ele pagou o pedaço que ele quebrou e não um vidro novo inteiro), o pai de Renata olhou para ela, e num gesto amável, jogou Billi J. na carroceria da caminhonete branca, que deveria ser uma daquelas S10, e seguiu rumo à cidade. Renata foi na carroceria, com o machucado e muito sujo Billi J. Ela explicou para Billi J. que seu pai comentara, sem que ele tivesse ouvido, que jamais comeria em um restaurante em que as pessoas acham um absurdo comer costela com a mão e lamber o dedo depois, para limpar.

Contra a sua vontade, Billi J. foi levado para o hospital, mas nenhum exame foi feito, pois todos os médicos estavam em uma palestra com o Jack Bauer, digo, Jairo Bauer. Então, levaram Billi J. para sua casa e... e. Pararam um pouco para conversar, os pais de Renata com os pais de Billi J. e os dois, Billi J. e Renata, foram para a cozinha. Ela o chamou de louco e o perguntou como ele tinha conseguido criar tamanha coragem para saltar uma janela, já que ele sempre fora tão certinho e educado. Ele respondeu que não sabia direito porque fizera aquilo. Billi J. levantou a sua cabeça, olhou para Renata e ambos ficaram assim, numa troca de olhares tão complexa quanto o contexto sócio-econômico do país. Só que esse momento "eu olho pra ti e tu olhas pra mim" foi interrompido por um grito agudo, que ecoou em algum lugar, fato que foi estudado dias depois pelo Billi J., e atrapalhou os dois. A mãe de Billi J. gritara "Bilionáaaaaaaaaaaaaaaaaaarico venha cá!!!". Ele então baixou a cabeça e riu, gesto também feito por Renata. Foram então para a sala.

Foi a vez do Billi J. tomar uma mijada(um sermão) daquelas de sua mãe, que só não foi pior, porque o pai de Renata e o pai de Billi J. entraram em acordo e o defenderam baseados no lamber os dedos com gosto de costela. O Billi J. estava mais encrencado por ter pulado de uma janela alta do que por ter fugido de um restaurante, sem pagar "tudo o que devia". Então os pais de Renata estavam indo embora, após longas horas de conversa, mas Billi J. criou coragem e antes que Renata entrasse no carro, ele gritou: "Foi por ti".

Cara, o Billi J. me surpreendeu dessa vez. Até porque, mais do que nunca, essas histórias estão virando um romance. Que saco. Mas o que eu posso fazer, tenho que contar o que acontece de importante no mundo(hahaha).

Renata sorriu envergonhadamente, Billi J. estava mais feliz do que nunca, mas sorriu timidamente. Cada um foi para o seu canto, Renata teve que ouvir várias perguntas sobre essa frase. Billi J. não, porque correu para o banheiro para tomar banho. Mas o Billi J. menor, o irmão do Billi J. cujo nome ainda não fui informado, ficou gritando enquanto o Billi J. tomava banho: "o Billi tem namorada, o Billi tem namorada", algo típico de ser gritado por uma criança, que já não era mais tão criança assim, mas enfim.

A vida do Billi J. teve muitos momentos estranhos, alguns deles já citados, mas sei lá, essa é uma vez ímpar(odeio quem fala em vez ou oportunidade ímpar, porque o 3 também é ímpar), digo, única, ou quase, em que o Billi J. vai fazer uma loucura sem muito sentido. É... bem... é... ou não também. E o Billi J. aprendeu sim uma lição dessa vez: pular de uma janela de e cair mais de 3 metros até o chão é uma coisa tão simples quanto plantar uma macieira.

Tão tá!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - um salto para a prosperidade(parte 1)

É difícil pensar em algo para fazer da sua vida depois que tu terminas algo que foi muito importante pra ti. E aconteceu isso com o Billi J. depois que ele se separou da Gabriela. Mas era tão estranho aquilo, ele e Renata tinham se aproximado muito mais do que qualquer um dos dois esperava, mas ainda havia algo entre eles.

Chegou um dia em que o Billi J. precisou fazer um trabalho extra, indo para outra cidade, próxima a sua, mas muito menor. Ninguém conhecia o Billi J., e isso era bom, porque ele não gostava de aparecer. Mas então, o Billi J. nunca me disse o que foi fazer nessa outra cidade, a não ser que era uma ajuda à um amigo.

Só que a volta dessa cidade, o Billi J. resolveu sair do ônibus em uma parada, ainda na rodovia federal, e caminhar um pouco. Faltavam mais de 2 km para chegar à sua casa, mas ele não se importava, pois gostava de caminhar sozinho pelas ruas das estradas de qualquer lugar, de preferência perto da sua cidade.

Com fome, Billi J. resolveu entrar em um restaurante, daqueles típicos de beira de estrada, com um posto ao lado e tal. Então ele resolveu que só comeria carne, pegou um prato e ficou esperando os espetos com deliciosos churrascos surgirem na sua frente, ou melhor, no seu prato. Billi J. foi comendo, até que decidiu provar o último pedaço, de costela. Pensou que ninguém o veria, então pegou o osso com os dedos e tascou duas ou três bocadas no pedaço de costela, retirando toda a carne. E como era bom o gosto.

Após comer, resolveu limpar os dedos, mas não trouxera guardanapo, então resolveu lamber os dedos, assim como crianças fazem depois de comer chocolate que está há uns 10 minutos entre os seus dedos. Aquilo, na sua casa e em casas de família normal, sem frescuras, era normal, mas ele se esquecera, devido a sua enorme fome, que aquele restaurante era só para pessoas bem avantajadas financeiramente falando. Mas enfim, um piá de bosta, que devia ter uns 6 anos, olhava para ele enquanto ele lambia o gosto de carne que havia em seus dedos. E o piá gritou para sua mãe, perguntando porque o Billi J. estava fazendo aquilo e ele não podia fazer também. Sua mãe se levantou, puxou-o pelo braço e o levou até a porta do restaurante, onde falou com alguém, que devia ser o gerente.

Então o gerente foi até Billi J. e disse que ele deveria pagar o almoço de 3 pessoas, já que ele havia "espantado" dois clientes com os seus "maus hábitos". Só que o Billi J. não ia pagar aquilo, até porque, só tinha dinheiro para pagar o seu próprio almoço. O gerente disse que ele não sairia do local sem pagar a sua conta. Billi J. pensou em chamar a polícia, só que não o deixariam ligar, já que seriam prejudicados. Pensou sair correndo e pular a janela. Bom, foi isso o que o animal do Billi J. fez. Ele nunca mais passaria por aquele lugar mesmo.

E no mais veloz que pode correr, foi em direção à janela que ficava no fundo do enorme corredor entre-mesas do restaurante, mas viu que dois empregados fecharam a janela, então viu a imagem de Renata(não me perguntem o porquê disso agora) e resolveu continuar, pularia e quebraria aqueles vidros. Antes disso, largou os 20 reais do almoço(15 almoço + 5 para ajudar a comprar um novo vidro) e pulou, de cabeça mesmo, como se fosse marcar um gol. Que animal.

(continua...)