domingo, 30 de março de 2008

Adeus à um companheiro

A vida é feita de fragmentos de lembranças que vem à nossa cabeça e nos fazem entender o que acontece. Não. Errado. Mas só toquei no assunto de lembranças porque achei escrito em um papel, dentro de um caderno, o seguinte trecho:

"Se você exige um determinado resultado para ser feliz, você tem um hábito. Se simplesmente deseja um certo resultado, você tem uma preferência. Se você não tem qualquer preferência, você tem aceitação. Quando você tem aceitação, chega à excelência."

Alguém me diga, quem escreveu isso? Se a resposta for negativa, o crédito é meu. Procurem no google ou no msn serch(para não dizerem que sou favorável apenas ao google, mesmo que o blogger seja dele). Se ninguém achar essa frase, eu que escrevi. E coloquem créditos, porque a frase é boa mesmo. Só que acho que não fui eu quem escreveu. Porque eu não me lembro de ter colocado a palavra excelência em alguma frase. Mas enfim, pode ter sido escrita em algum daqueles meus momentos de gente inteligente. Relampejos de inteligência que, talvez felizmente, só acontecem uma vez em muito tempo.

A frase é legal. É um fragmento de alguma coisa, muito provavelmente. Ou uma frase de volta para casa depois da aula. Enfim, não vem ao caso mesmo. Só que nada disso tem importância hoje. Porque estou triste. E só saber que o blog recebeu 250 visitas com 50 comentários nos posts que essa página exibe, me faria alegre. Sim, não conseguirei ficar alegre hoje. Porque uma história parece ter chegado ao fim.

Ignorando o fato de que o fim é relativo, como escrevi tão pífiamente em algum post abaixo deste que tu estás lendo, acho que uma história de amizade e companheirismo chegou ao fim mesmo. Será difícil reatar isso. Concertar o que foi estragado. Juntar os cacos e seguir em frente. Viver como antes, sem que nada mude, sem qualquer lembrança do passado. Viver, sem qualquer receio. Será muito complicado.

Foram anos de companheirismo, ajuda mútua, mostra de que são raros os companheiros como esse, que me mostraram que não há valor que o pague. Tantos bons momentos. Tantas vezes que me ajudastes em situações complicadas. Fazia sol ou chuva estávamos juntos. No frio, com meia ou no calor, com um ventilador ao nosso lado. Estávamos sempre juntos. Andávamos juntos. A verdade nunca fomos amigos, mas sim, companheiros. Se eu dissesse que éramos amigos, estaria banalizando a amizade. Éramos companheiros. E para todas as horas.

Só que ontem, companheiro. Tu me deixastes. Acredito que nunca mais seremos companheiros. Porque tu sofrestes muito desgaste. Fostes muito usado por mim. Acho que isso te magoou profundamente. Perdão lhe peço agora, acho que muito tarde, mas a intenção é o que vale. Perdão companheiro, pois admito, que sempre te usei, discaradamente.

Ninguém que te via, gostava de ti, isso nos tornava muito semelhantes. Só que tu também não te cuidavas. Qualquer água e tu já estávas fedendo. Ninguém gostava do teu cheiro após uma molhada. Ninguém gostava. Menos eu. Eu, já tinha me acostumado com isso. Te aceitei numa boa, mesmo tentando inutilmente, várias vezes, te tornar algo mais cheiroso, ou melhor, menos fedido.

Obrigado pelos anos de companheirismo. Sentirei saudades de te usar, meu quase amigo.

Meu chinelo arrebentou ontem, enquanto eu carregava um banco com o Ricardo. Quase 5 anos de uso contínuo. Muitas histórias para contar. Um bom companheiro, que nunca reclamou de mim. Coitado. Agora está aqui, ao meu lado, arrebentado.

Adeus, chinelo Olympikus tamanho 44.

sábado, 29 de março de 2008

Ridiculamente louco

(esse texto foi escrito para ser postado aqui mas foi postado primeiro no Tosco por ser tosco, por alguns motivos, só posto hoje aqui)

Agora, imaginando futuras e já vividas situações, como de costume, fico dialogando ou imaginando diálogos, que poderiam ou podem acontecer. Tudo num ato muito habitual meu: falar sozinho. Gosto de falar sozinho, mesmo que não perceba como a minha voz é realmente. Gosto de fazê-lo mais para treinar fala e raciocínio. Acredito ser o único a fazer isso para treinar raciocínio.

E em uma dessas possíveis conversas que eu teria(ou poderia ter tido) com outras pessoas, uma em especial me motivou a escrever. Esse texto, depois do já escrito no blog do maluco(como disse, esse também será postado lá). Mas aqui vou fazer uma relação, ou alguma coisa do tipo, escrita, sobre uma idéia ou noção que tanto mudou em minha cabeça. Ridículo. Sim, a noção, ou idéia de ridículo, mudou muito em minha cabeça.

Nem preciso falar que nos meus ínfimos e infelizes tempos de normal, eu considerava quase tudo ridículo. Principalmente se esse algo fosse visual ou aparente(voz é algo aparente, mas não visual...). E como era fácil julgar aparentemente alguém ou algo. Mais fácil ainda era tachá-lo de ridículo. Era até divertido, pois eu ria dos "ridículos", esquecendo que eu era um ridículo. Aliás, na época, eu nem tinha idéia do que eu era. O que evitou uma depressão - o mal do século.

O tempo foi passando, o espírito maluco falando mais alto e o ridículo foi se tornando mais incomum. Quase nada que fosse aparente era ridículo. Só se fosse algo muito escandaloso, como alguém usar calça rosa com camisa amarelo-limão. Mas ridículo se tornou o meu passado e as atitudes. A normalidade, com sua superficialidade e falsidade, se tornou ridícula. E eu percebi o quanto era bom ter virado um ridículo na visão dos outros(malditos outros) e ver que eu era ridículo, mas já havia me concertado.

E o tempo passou. Atualmente, nem a mais ridícula das aparências é ridícula pra mim. Posso rir, mas não acho mais ridículo. Porque cada um veste o que tem vontade, cada um cria a sua moda, o seu estilo. Que se danem aquelas imaginárias leis que impedem alguém de usar camisa social com chinelo de dedo velho, fedido e gasto. É. O ridículo para mim se tornou cada vez mais invisível. Antes eu achava ridículo fazer certas coisas. Hoje, as faço e rio muito, só saber que um dia as achei ridículas.

Cansei de escrever essa palavra que começa com ridí e termina com culo(quase o mesmo cula de ViNícULa). Então fico pensando em como terminar esse texto. Não quero pensar muito mais agora. Chega. O ridículo mudou na minha cabeça. Mas ele não mudou na cabeça de muitos. Eu mudei. Muitos não mudaram. Tudo muda mas nada muda. Parece o final do meu outro texto.

Ridículo é achar alguém ridículo, mas ridículo não é achar uma atitude ridícula. Superficialidade é ridícula. Já a falsidade não. Essa é patética.

Tão tá!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Um tapa no eu-lírico

Se existe uma coisa complicada e que hoje eu percebo ser mais complicada ainda é o tal do inglês. Porque depende do que vem antes e do que vem depois para saber o significado de alguma palavra, principalmente verbos. Existem os verbos mais chatos ainda, como o get, o go e o have, que possuem condições de existência diversas, e muito distintas.

Mas enfim. Tentar traduzir uma música é complicado. Por isso escrevo sobre o assunto agora. Traduzi 3 músicas do Creedence. 3 músicas que não tinham tradução. Foi legal. Letras meio desconexas, que não consegui traduzir seu real sentido, mesmo tendo entendido-as. É bem legal fazer isso. Tu percebes que o teu vocabulário é ínfimo e que precisas estudar mais.

É divertido fazer essas coisas. Além do mais, faço porque gosto. De aprender coisas novas e principalmente de Creedence. Não há nada melhor do que ouvir Creedence. E se há, não vai ser listado. Porém, não vou fazer uma outra exaltação ao Creedence, porque já o fiz há alguns posts. De fato mesmo é que tentei e consegui aprender alguma coisa.

Ah. Acabou a semana. Bom, só falta o sábado. Mas quase. Depois de domingo, volta a semana. Voltam as aulas. As provas. Os estudos. Que droga. Deveria ter estudado hoje de tarde, mas a minha mente e o idiota do meu eu-lírico não me deixaram estudar, estavam muito cansados. Que idiotas. Cansados de que?, se eles só pensam.

Pensam tanto que agora não pensam nada e não me ajudam a escrever alguma coisa aqui. Idiota. Meu eu-lírico é idiota. Ele não me ajuda. Só fica me incomodando e enchendo a paciência. E na hora de ajudar a escrever algo, ele se faz de salame. Que saco. O que vem ao caso é que eu gosto de gelatina.

Assim como eu gosto de fazer análises. É divertido, por mais que eu me irrite, ou não, fazendo esse tipo de análise. Não só em textos, mas em conversas msn a fora. Analisar e entender como as pessoas agem se tornou algo divertido. Até porque, já sei bem como eu sou. Meu nível de auto-conhecimento é bom. Eu acho pelo menos. Por isso perco, ou não, tempo analisando outras pessoas.

O que se torna divertido na medida em que tu fazes perguntas e as pessoas não sabem responder. É complicado, para elas, mas bem divertido, para mim. Rio muito lendo certas coisas. Indecisões em certezas, dúvidas e situações concretas. E percebo que nada jamais ficará imutável. Tudo depende. Tudo muda. Até a minha opinião. Que pela teimosia, não deveria mudar nunca, mas o nunca é tão superficial quanto a beleza. Eu mudei e continuo mudando, com pequenas mas nem tão significativas mudanças. As pessoas mudam. O mundo muda.

Só que algumas coisas mudam sem mudar. Se alteram sem perder a essência. Esse é o lado bom e ao mesmo tempo, o lado ruim do mundo, da vida. Se tudo perdesse o sentido seria ruim, assim como é, mudar sem perder o sentido.

Sem quebrar a cabeça para entender. É tão simples como dizer "Yes, i am".

Bom final de semana!

quinta-feira, 27 de março de 2008

E o que sobra para nós?

Decidi que o título é esse, mesmo sem saber sobre o que vou escrever. Como diria o Arnold sobrenome complicado, no filme dos Simpsons, "eu gosto é de mandar". Então ordenei e cumpri a ordem de colocar o texto assim. Não gostou? Pare de ler agora e vá chamar a mamãe porque eu te chamei de retardado.

Pois é. Nada disso. Apesar que algum deve ter parado de ler o texto mesmo. Não duvido. Como também não duvido que alguém já tenha pesado um monitor com ou sem programas abertos(a Física me pira). Enfim, fazia tempo que eu não escrevia aqui. Acho que uns 10 dias. Bom, menos, mas senti falta de escrever. Só que o tempo não ajudou. Enfim, tempo maldito, parece que chove, que vai me matar com um raio, mas depois consigo ver até plutão em colisão com o sol. Ops, aquilo era uma lua. Bom, não vem ao caso.

Como o costume nos faz errar. Não vou dizer sobre os meus erros. Não me desculparei. Não me arrependo. Chega de ser o Vini atual. Aqui é o ViNícULa. Porcaria mesmo. Dupla identidade. Eu lírico sacana. Cala a boca. Não, cala a boca você, meu eu-lírico tongo. Te fecha idiota, vai chupar uma bergamota. Eu iria, mas não tem. Ah, droga, então continua o texto.

Depois dessa auto-discussão, fico pensando no costume falativo. Aquele que nos faz falar errado. Assim como eu escrevo errado. Falta de concordância nos tempos verbais e nas pessoas verbais, se é que elas existem. Palavras novas, como as usadas nos meus textos(onde está o incognificado?) ou abreviações patéticas e cabíveis de expulsão de alguma coisa. O vamos vira vamo. O nós é tido como a gente, ou agente para aqueles que têm a preguiça ou a falta de capacidade de colocar um espaçamento(é que bater na barra de espaço pode quebrar a unha...)(nota: sem brigas, é apenas constatação e afirmação verídica)(nota(2): não é com alguém por cima, é específica essa crítica, feita também, diretamente, o que não torna isso uma sacanagem).

Mas há um costume, que se analisado desse jeito inútil, como costumo fazer, muito pior.(nota(3): impossível não gostar de Creedence). Costume de palavras mesmo ignorando a teoria e olhando o prático e vivido delas. Porque alguém, e digo isso por ser um daqueles que por costume acaba dizendo, mesmo que sem sentido algum, pergunta se está tudo bem para outra pessoa? É a mesma coisa que perguntar se a outra pessoa tem uma vida perfeita. Sim, o tudo generaliza, assim como os meus textos generalizavam, e dependendo da situação, com razão. Não há porque dizer o "tudo bem?". É melhor perguntar um "como que tá?", num, ops, em um português muito popular ou um "como estás?", usando muito bem o sujeito oculto e o verbo conjugado muito bem para a 2ª pessoa do singular.

Que droga. Não era isso que eu queria escrever, mas enfim, vou até o fim agora. Preciso escrever o porquê desse título idiota e suicida(???²). Mas o fato é que preciso encher essa linha aqui com alguma bobagem, então... vamos pulando assim, de um lado para o mesmo lado só que mais a frente, numa figura de linguagem inexistente e que irrita extremamente os quase nulos, em quantidade, visitantes, ou melhor, leitores desse blog. Consegui encher um parágrafo com bobagens irritantes. Que legal.

Voltando ao texto. Fico pensando o que as pessoas que desejam para outra "tudo de bom" têm na cabeça. Sim. Porque o tudo generaliza(2)²(entenda-se a diferença da potenciação dentro e fora dos parênteses como uma diferença entre quantidade e quantatividade - tente entender). Sim, se eu desejo tudo de bom para alguém, o que sobra para os outros. O que sobra para nós? O que sobra para aqueles que não ouvem um "tudo de bom pra você/ti/tu/vossa pessoa"? Nada. Sim, porque se o tudo está de um lado, mesmo que sub-dividido, o nada está para os outros, e mais subdividido ainda, só que é pior repartir o nada do que repartir o tudo. Questão de lógica. Se eu tenho um, quer dizer que eu vou ficar com alguma migalha, mesmo dividindo esse 1, no caso o tudo, com milhões de pessoas que ouvem o "tudo de bom" em suas direções. E se eu não tenho nada, vou dividir o que?

Acho que só resta dividir o sentimento de ausência, solidão e desposse(????????) das coisas. Que merda. Eu não tenho nada. Mas há aqueles que possuem menos que eu. Que foda(o uso do palavrão, pela minha fase, tornou-se permitido, desde que um por texto, se é que eu lembro dessas merdas de regras) é o mundo. Tem gente que possui menos do que o nada. Ou melhor, que não possui nem o nada. Que f... mesmo.

Porém, nada posso fazer. É costumeiro do ser humano dar para poucos tudo o que tem. Se é que ele não dá para si mesmo, em um egoísmo digno de ser relatado.

Pensemos nisso. Se é que sobra alguma coisa para pensarmos.

segunda-feira, 24 de março de 2008

No recomeço...(2) - não é o que pode parecer ser

Sem comentários. Para quem postou como anônimo no post mais comentado do blog, sem comentários. Como alguém comentou depois, não há realmente um grande motivo para tanta "decepção". Enfim, nada mais a comentar.

Mas preciso de férias. Com pouco tempo de aula, mas com projetos(mais importantes) paralelos, acabei cansando muito rápido nesse ano. Só que ao contrário dos outros anos, sinto que estou aprendendo alguma coisa. Turma com menos alunos é bem melhor. Nada mais a comentar(2).

Eu já me desculpei publicamente aqui pelas minhas generalizações, por isso não o farei novamente. Mas percebi que há esperança no mundo normalizado. Há esperança de que raças se misturem. Dizem que fui preconceituoso comparando galinhas com patricinhas. Mas não vi nada disso. Até porque, nunca chamei uma guria de preconceituosa quando a mesma proferiu uma frase dessas "quanto mais conheço os homens mais gosto dos cachorros".

Vi uma foto, de uma pessoa hoje. Foto cujo conteúdo me impressionou. A pessoa, junto com outra, que tinha um olhar muito chamativo, com olhos azul-piscina. Belos olhos. Mas ela era pintadinha. Conheço pessoas pintadas. Chamam-nas de sardentas. Mas sei lá. Me chamam de narigudo. Sou mesmo, assim como aquela pessoa é sardenta. Mas não reparei tanto nela e nem na outra. Reparei no gesto. Na foto em si. Na frase da foto. Acho que aquilo não é aparência. Nem vou julgar agora, até por não conhecer tanto a pessoa. Nada mais a comentar(3).

Estranhem a minha atitude. Antigamente, principalmente por escrever quase sempre em um tom de desabafo, eu criticaria. Acusaria. Generalizaria tudo só por casos separados que conheço. Mas atualemente não. Depois que decidi deixar de lado alguns fatores que sempre me incomodaram(dentre os quais não se incluiam as patricinhas, como supôs alguém algum dia), decidi deixar tudo o que me incomoda para trás. Assim como fiz com certas coisas do meu passado, que mesmo sendo recente, é passado sim. Porque o que eu comi ontem é passado. Bom, tirando a ida ao banheiro de hoje em virtude do passado de ontem. Nada mais a comentar(4).

Mudei sim. Mudei mesmo. Me sinto estranho assim. Mais... racional e menos "desabafo". Mais pensamento e menos precipitação. Mais especificidade e menos generalização. Quando achei que o que eu tinha em mente é suficiente, caí mais uma vez(só que sem o "a cada dia um recomeço(5)"). E aprendi ainda mais. Não aprendi vendo. Não aprendi lendo. Não aprendi ouvindo. Não aprendi pensando. Não aprendi com exemplos. Mais uma vez aprendi vivendo.

E mesmo que pareça um pedido de desculpas escondido, não é. Porque repito e insisto, assumo tudo o que escrevo e escrevi. Não tenho medo de "acertar contas" por algo escrito aqui. E nunca quis esconder nada, caso contrário, nunca teria escrito aqui ou teria tornado o blog particular. Não é nada do que vocês podem e devem estar pensando. Mais uma vez, não é o que aparenta ser.

E me vejo inteligente o suficiente para ver o que é e o que podem parecer as minhas atitudes. Até o fim agora.

Tão tá!

domingo, 23 de março de 2008

No domingo mais importante do ano, apenas um comentário sobre uma frase

Sorte de hoje: Seu destino mudou completamente hoje

O orkut não me surpreende mais. Mas essa é uma boa frase, mesmo que insensata e desnecessária. O meu destino não mudou hoje. Não estou sendo cético. Apenas digo que ele não mudou HOJE. Meu destino mudou no dia em que nasci. No dia seguinte em que nasci. Mudou ontem. Mudou hoje. Mudará amanhã.

A vida é fragmentada. Qualquer coisa que eu faça muda o meu destino. Se é que essa palavra existe mesmo. Não acredito muito nessa coisa de destino, mas isso não me impede que 
eu pense que ele, se existir, muda a cada escolha. Em um dia ele vai e volta. Vai e volta. Vai e volta.
Ele nem vai, nem volta. É tão complexo mas não é difícil de entender. A cada atitude, a cada pensamento, meu destino, insisto, se ele existir, muda.

Não é hoje. Aliás, não é só hoje. Nem há uma situação em especial para o meu destino mudar. Por isso é bobagem ficar pensando em destino. Entra nisso aquela coisa do "alma gêmea", "tampa da panela", enfim, todas essas coisas que o povo diz e crê existir. Mas isso fica para outro post.

Essa frase do orkut deveria ser escrita todos os dias, para todos. Mas como não teria graça, eles mudam, mas nunca colocam novas frases. Se bem que ler aquela que diz que "Você receberá uma herança em breve" é muito engraçado.

Tá. Não é engraçado. Mas enfim.

O meu destino, ..., mudou agora, enquanto eu escrevia esse texto. Ou não.

sábado, 22 de março de 2008

Será que existe o fim?

Se não é bom é porque não chegou ao fim. Muitos já devem ter lido ou ouvido uma frase dessas, ou semelhante. Mas fico pensando se existe mesmo um fim para as coisas. O final feliz de um filme pode muito bem ser ignorado em uma seqüência do mesmo. É tão relativo o fim que muitos, quando chegam a esse fim, ignoram o resto e tentam achar outro fim.

Essa busca interminável por um fim é que faz com que muitos não percebam que essa história de fim é muito relativa. Tudo pode ter um fim assim como nada tem um fim. Depende do ponto de vista. E pode parecer mais um texto confuso(não que não seja), mas tem um sentido, é só analisar.

Quando dizemos que algo chegou ao fim, é porque nada mais vai acontecer naquele sentido. Por exemplo, quando alguém morre, dizemos que a vida dessa pessoa chegou ao fim. Sim, dizemos. Mas alguém sabe o que acontece depois? Não. Ninguém sabe. É tudo um mistério. A fé da pessoa faz ela acreditar no que acontecerá. Vamos para o céu ou não? Pagaremos os nossos pecados? Ou será que apenas se extingue tudo, que não há mais nada referente a nós depois que morremos?

É. Aí está. O fim é relativo. Mas há outros casos. Quem nunca ouviu alguém dizendo "acabou tudo entre nós". Quem nunca ouviu? E quantos desses já não viram as mesmas pessoas de mãos dadas novamente. Então. O fim é relativo. Ele é parcial. Ele existe ou inexiste. Na verdade, nem o próprio fim sabe se ele é só uma palavra ou um fato concreto.

Difícil imaginar que algo não tenha fim, mas é só para pensar algo. O mundo existe como é há uns 10 mil anos, mais do que isso é imaginação de cientistas tapados que ganham para iludir pessoas com mentes vulneráveis. E nesses 10 mil anos, o apocalipse já foi anunciado. Nostradamus, que nem sei quem foi, fez umas previsões pessimistas. Jesus Cristo, filho de DEUS, morreu pregado em uma cruz, condenado por ajudar as pessoas e encarar de frente o que surgia, apenas com palavras, e sábias palavras. Mas ele morreu? Não. Continua vivo no coração daqueles que acreditam. E continua vivo também para os idiotas dos cientistas, que tentam provar que Ele não foi quem foi. Cegos. Ele não morreu. Mesmo que o Seu "fim" tenha ocorrido há quase 2 mil anos.

Sei lá. Muita coisa já foi dita e escrita. Atualmente, se fala no fim da vida na Terra. Mas quem daqui saberá? Ninguém. Estaremos todos mortos, talvez em virtude de todas essas agressões ao nosso meio. Mas ninguém aqui estará sentado na frente de uma cadeira para escrever em um blog: "O MUNDO ACABA EM 2 DIAS".

Ninguém sabe. Ninguém conseguirá saber. Muito menos esse idiota narigudo que lhes escreve agora. O fim, seja de um filme, de um relacionamento, seja de uma vida ou de milhões de vidas, é relativo. Ninguém consegue explicar se existe mesmo um fim.

E também, para que saber sobre o fim? Eu quero mesmo é saber se o ladrão vai devolver o meu dinheiro e se eu vou ganhar uma recompensa por ter tirado um gatinho do alto de uma árvore...

Tão tá!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Registrando o nada

É complicado pensar no dia em que tu percebes que os teus problemas são muito menores do que aparentam, muito maiores do que poderiam ser, mas iguais a zero na nonagésima potência. Não há problemas em minha vida, hoje. Não há o que fazer se eles existirem. Existem sim, mas sem existir. Há algum tempo tenho percebido que o meu bloqueio pensativo me faz esquecer certas coisas.

Queria eu ter um tempo maior para pensar. Mas não há. E como é bom que não haja tempo para, por exemplo, chegar em casa e ler o jornal. E como é bom estar ocupado. Cansaço acumulado, um pedaço da unha do dedão do pé direito detonado, dor nos ombros, nas costas, cansaço muscular. Enfim, estou cansado. Mas é legal assim.

Chega um momento em que aquele um kilômetro tão tradicional, percorrido sempre com calma e segurança, não é mais tão fácil. Mas e daí? O importante é rir, trabalhar, ajudar, viver. O resto, se é que há um resto além das preocupações, fica em segundo plano. Aliás, segundo plano que é jogado para baixo do tapete e grampeado.

Tudo isso feito de coração. Claro que há coisas não boas no meio, mas como eu disse, bota pra baixo do tapete, carpete, enfim, o que der para esconder...

Tão tá!

quarta-feira, 19 de março de 2008

A cada dia mais normais...(3) - sem radicalidade com o orkut, mas insisto que eles não merecem viver...

(como em toda a saga desse blog, ou como em toda a saga que tenha uma 3ª parte, coloco os links para aqueles que querem perder tempo lendo os textos antigos que geraram esse aqui, mesmo que só tenham ligação nos títulos...)

A cada dia mais normais

A cada dia mais normais...(2) - eles não merecem viver...

Se eu começar com alguma coisa do tipo "não, chega, para, acaba com isso, perdeu o sentido", quem lê vai achar que é só mais uma bobagem que eu escrevo. O que não deixa de ser, mas hoje eu realmente me apavorei. Isso deveria estar no Tosco, mas eu tinha que escrever isso aqui.

Tive educação física, joguei mal, mas era só porque eu passei o tempo todo aquecendo, mas mesmo assim, contrariando o idiota que disse que eu não sei fazer gol de cobertura, fiz 3 logo num jogo, e poderia ter sido mais se eu estivesse jogando com um tênis velho, porque quem joga sabe que tênis velho é o melhor para jogar(nota: ganhei um tênis novo sim, mas porque estava na promoção, e bota promoção...).

Enfim, nada do parágrafo acima tem sentido ou relação com o texto. Mais uma vez um post meu tem como tema o orkut. No meu tempo livre depois do almoço, resolvi fazer uma brincadeira e deixei recado para 90% das minhas amigas no orkut. Não deu outra, quando voltei, vi que tinha recebido 30 recados novos. E olha que eu só mandei oi. Só pra tiração mesmo. Porque, como está no meu perfil, "o orkut virou piada, então vou rir com o resto".

Só que há pouco, recebi um email, do Cavalcanti, um cara que mora e trabalha na Argentina, moderador da comunidade, que por sinal é a melhor do orkut, "Tá, e daí?". Ele me mandou um email contendo um profile em que, dos 18 últimos recados que uma guria recebeu, 15 eram iguais, só mandados por pessoas diferentes. Era uma daquelas mensagens prontas. Mas na verdade mesmo, como ele me mandou o link e os depoimentos em seqüência, nem me dei ao trabalho de olhar o primeiro para saber quem era.

Não queria me irritar mais ainda. Onde está a originalidade? Onde está a sinceridade? Onde está o verdadeiro sentimento que motiva uma pessoa a escrever depoimento para outra? Não sei. E não me venham com essa de que uma coisa pronta expressa um sentimento. É bobagem. Mesmo que tu escrevas apenas um "oi"(nos meus recados ele não foi muito sincero, foi mais para rir com as respostas), que seja sincero.

Mensagens prontas em recados. E várias pessoas tiveram a idéia de mandar para a mesma pessoa. Ah, esqueci, aliás, vi agora, que no final tem aquele "mande para seus amigos que ganharás um bombom que cairá do céu na tua cabeça oca".

Que merda. E depois ser sincero e ser maluco, é uma ofensa...

Normais... bando de baúcos mesmo...

-Maluco!; -Não me ofenda... -- porquê ofensa?

É tão estranho chamar alguém de louco e ser reprimido, como se loucura fosse pecado. Como se ser louco fosse a pior coisa do mundo. Porque eu sou reprimido por chamar alguém de louco, de maluco, mesmo que na brincadeira e uma vez na vida, como se eu tivesse o chamado de gay, brasileiro, tivesse ofendido a sua mãe ou dito que ele, ou ela, rodam bolsinha na esquina para vender os seus corpos. O que tem de errado em ser louco, ou melhor ainda, o que tem de errado em ser maluco?

Não me passa pela cabeça um motivo, concreto e fundamentado, que me convença de que ser maluco é ruim. O nome do blog tá aí. Eu estou aqui. A Graziela é uma das que lerá. O Maurício não lerá mais, mas se lesse, comentaria uma besteira sem cabimento. Qual o problema em ser maluco? Qual o problema?

Várias frases surgem em minha mente. Várias frases que fazem algum sentido e que podem responder essa pergunta. Mas nenhuma dessas frases me convence, mesmo que elas sejam boas. Não consigo pensar em uma coisa que responda à pergunta acima. Elas mostram os lados bons de ser maluco, mas não respondem qual o problema em ser maluco.

Mas entendo que minha preocupação em achar essa resposta se deve ao fato de não saber como os normais pensam, porque o meu tempo de normal já passou. Qual o problema em ser maluco? Pergunte aos normais. Porque eu realmente não sei o problema em ser maluco.

E mesmo que esse maluco fosse no sentido de atrasado mental(conhecidos vulgarmente como retardados), não consigo entender porque se ofender com isso. Beira o inaceitável essa idéia retrógrada e insolente de que malucos são idiotas. E se fossemos, qual seria o problema?

Tudo tão confuso em minha cabeça. A vida, e o blog, só voltarão ao que eram na segunda-feira, depois da páscoa. Mas jamais aceitarei a idéia de que ser maluco é uma coisa ruim, uma ofensa, como a grande maioria acha. Que se dane a maioria. Não faço parte dela mesmo...

Tão tá!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Gostando ainda mais de Creedence

Não consigo descrever o que passa pela minha cabeça. Essa é uma daquelas sensações que iniciam uma longa história, seja qual for o motivo, seja qual for a história. Como diz a música abaixo, do Foo Fighters, "i'll never surrender", que seria traduzido como "eu nunca me renderei". Mas eu tenho que me render, nesse caso. Me rendi nesse momento.

Não me rendi na luta contra os normais, ou contra a hipocrisia ou a superficialidade. Não. Continuarei lutando, enquanto houver um motivo justo e sincero na minha cabeça e no meu coração. Se o ideal é sincero, não há nada que me fará parar, desistir.

Mas me rendi, mais uma vez, ao Creedence Clearwater Revival, a maior banda de TODOS os tempos, isso que eu não gosto de fazer listas, mas só o Creedence é listado. São poucos que tem esse gosto em especial. Não gostar de Creedence é burrice, falta de cultura, ou de agricultura, como diria o meu vô. Mas gostar e listar como banda favorita, que eu conheça, só eu.

Mas me rendi hoje, porque estava eu cantando as músicas, lendo as partes que eu não conseguia transformar em palavras. Mas é algo do outro mundo. Isso sim é que é música. E a cada começo de música, eu já me lembrava do refrão, ou da melodia, ou do solo de guitarra no final.

Não consigo entender como podem chamar essas coisas modernas, como funk, pagode e som de corno, de música. Não consigo entender como podem banalizar até a palavra música. Os gêneros citados, entre tantos outros, não passam de ruídos que tentam explorar o povo mais humilde e que não tem a oportunidade de escutar Creedence, Elvis, Beatles, enfim, música de verdade.

O que toca nas rádios? Pagode, axé, funk, samba, sertanejo(ou som de corno), rap, hip-hop, reggae, enfim, essas batidas, esses barulhos, esses ruídos, que por si só já não me agradam, e agregados a eles, letras idiotas, afobadas e sem fundamento algum, que expressam banalidades do povo, ficam piores ainda.

Já fiz uma crítica sobre esses ruídos que insistem chamar de música. Façam-me um favor, se alguém tiver coragem, defenda esses ruídos, mas não como anônimo. E tenha algum fundamento em sua defesa. Cada um com a sua opinião, cada um com o seu gosto, mas não posso deixar de criticar aqueles que não sabem o que é música e saem por aí dizendo e acreditando que qualquer ruído pode ser chamado de música.

Hoje eu me passei a gostar mais ainda de música, passei a ser mais admirador do Creedence. Hoje, eu me tornei um pouco mais conhecedor de música, só pelo simples fato, de cantar sozinho, nessa pequena e abafada sala de computador cheia de livros, "hey tonight... gonna be tonight... don't you know i'm flyin'... tonight... tonight..."

E viva o bom e velho rock!

The pretender - Foo Fighters

Keep you in the dark
You know they all pretend
Keep you in the dark
And so it all began

Send in your skeletons
Sing as their bones go marching in... again
The need you buried deep
The secrets that you keep are at the ready
Are you ready?
I'm finished making sense
Done pleading ignorance
That whole defense

Spinning infinity, boy
The wheel is spinning me
It's never-ending, never-ending
Same old story

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

In time or so i'm told
I'm just another soul for sale... oh, well
The page is out of print
We are not permanent
We're temporary, temporary
Same old story

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

I'm the voice inside your head
You refuse to hear
I'm the face that you have to face
Mirrored in your stare
I'm what's left, I'm what's right
I'm the enemy
I'm the hand that will take you down
Bring you to your knees

So who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?

Keep you in the dark
You know they all pretend

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

What if I say I'm not like the others?
(Keep you in the dark)
What if I say I'm not just another one of your plays
(You know they all... pretend)
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

What if I say I'm not like the others?
(Keep you in the dark)
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?

So who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?

*créditos para o Letras.mus.br

domingo, 16 de março de 2008

O começo, o meio e o fim, uma metáfora não metafórica, mas com um título tonto(tonto não, besta!)

Acendem-se as luzes, porque o show teria que começar. Na verdade não era um show, espetáculo ou coisa parecida, mas sim, uma missão. Que ninguém venha a comentar algo ou alguma coisa que esteja imaginando. Garanto-lhes, não é. Mas como todo começo necessita de um clarão, pelo menos no sentido de idéias, aí é que entra o acendem-se as luzes.

Abrem-se as janelas, porque o ar tem que circular, senão fica aquele cheiro de pó, mofo, e se ouver um fogão para assar ou preparar algo, ficará cheiro de fumaça. Ao abrir as janelas, há uma ventilação, entra aquele ar puro, ou não, o ar pode estar mais fedorento, em virtude de um caminhão de lixo que acabara de passar.

Tiram-se as cadeiras de cima da mesa, aquelas só estavam lá para haver uma limpeza do chão, que percebe-se agora que não foi limpo, mas será daqui a pouco. Então as cadeiras devem ser tiradas de cima da mesa para que a mesa possa ser ocupada para planejar algo, ou comer, se houver o tal do fogão ou alguma outra coisa pronta, que não precise ser preparada, como uma bergamota(bergamota assada? hum...).

Limpa-se o chão, para que os pés não fiquem mais sujos do que podem estar e também para poder causar uma boa impressão em quem chega ao local. Na verdade, é só mesmo para ver se algum idiota esqueceu alguma moeda por lá.

Joga-se fora o lixo, porque ele pode trazer insetos que conseqüentemente trarão doenças, que serão seqüenciadas pela perda da oportunidade de fazer alguma coisa importante e legal, seja dentro ou fora do recinto. Joga-se fora o lixo também para ser alguém politicamente correto e para gerar empregos, mesmo que como catador de lixo ou lixeiro, afinal, todos temos que viver.

Liga-se o aparelho na rede elétrica, onde ele receberá a energia necessária para funcionar direito. Só que isso não acontece por muito tempo, porque sempre, ignorando as exceções, aparece uma porcaria de um problema e o aparelho tem que ser mandado para o concerto. Mas o bom é que não há técnico nisso melhor do que aquele que lida, ou mexe, com o aparelho.

Por fim, depois de tudo isso, vou dormir, porque não agüento mais.

Não entendeu a moral do texto? Não se preocupe, não serás o único, porque a única exceção aqui, serei eu, se é que amanhã me lembrarei que escrevi esse texto.

Tão tá! Boa semana aos meus leitores.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Só de passagem(2)

Tenho tido pouco tempo para o blog. 1 ou 2 horas, no grande máximo, em virtude de tudo o que me acontece. Ou que eu tento fazer o possível para que aconteça. O fato é que me sinto muito bem por não ter tempo livre. É menos tempo possível para se pensar em coisas que não valham a pena.

Sempre quis ter tempo livre para poder pensar. Gosto desse tempo livre, mas estou muito bem adaptado à uma nova rotina, mais ocupada. Não só em virtude do CLJ, mas também porque tenho me dedicado aos estudos, não tão fervorosamente como deveria, mas enfim, tudo tem um começo. E como é bom começar algo, mesmo que não seja a coisa mais favorável no momento...

Minha mãe sempre disse que mente parada pensa besteira. Eu sempre concordei, completando com o já famoso "ou não" ou com um "depende", muito bem colocados na explicação subseqüente. Infelizmente só fui realmente perceber o verdadeiro sentido dessa frase há poucos dias, quando começou a minha semi-quasenada- maratona de ocupações.

Mas nada disso é muito. Lembro-me de um papa que disse que só dava encargos para aqueles padres que já tinham ocupações. Porque quem não tem ocupação, reclamaria demais e acharia muita dificuldade para se adaptar, mas quem já tinha várias ocupações, saberia como encontrar tempo para tudo.

O que é bom. Só que não agüento mais tentar ler "os sertões". É uma coisa que realmente não entra na minha cabeça. E é descrição até do mijo de uma formiga. Chega ao patético ler aquilo. Acho que se eu não conseguir mais ler 10 páginas seguidas, desisto, vou estudar a guerra de canudos e pronto.

Não me passa pela cabeça mais nada que eu possa escrever. Então termino por aqui.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Só na minha cabeça

Estou naquela fase de pensar e não pensar. De olhar e não ver. De tentar e não conseguir. De estar vivo mas nem perceber isso. De escrever sem sentido. Bom, tirando a penúltima, as outras são rotineiras para seres humanos como eu. Incrível como não faço a menor idéia de como escreverei. Incrível como eu sempre escrevo isso.

Fiquei afastado ontem, de tudo relacionado a computador, mesmo usando o computador de noite. Mas não postei em nenhum dos blogs, até porque estava pior do que hoje, criativamente falando. Aula cansa, mas nem vou reclamar. É preciso.

Se bem que eu discordo do sistema educacional. É tudo tão sintetizado e grande parte disso não será usada em nossas vidas. Parece o típico discurso de aluno que não quer estudar, mas a coisa está errada. E nem é tanta culpa do semi analfabeto que os brasileiros elegeram e adoram chamar de presidente, o tal do cachaceiro amigo de pobre e de índio.

Se eu tiver a intenção de cursar, algum curso na área de exatas, porque preciso perder tanto tempo me dedicando a estudar, só para ganhar nota, matérias como literatura e história? Ou o contrário, se eu sou um aficcionado por história, porque me incomodar tanto com a chata da matemática. É perda de tempo e de capacidade.

Nesses anos do ensino médio, sugiro eu, mesmo tendo a certeza de que isso nunca acontecerá, que haja uma especialização ao invés dos 3 anos do 2° grau. Eu só aprendo, e de maneira muito mais intensiva, o que eu vou ocupar na minha profissão, assim, terei um conhecimento mais amplo. A sociedade teria profissionais mais especializados. Quem gosta, vá pro laboratório ou fique grudado em atlas.

Não adianta, mesmo sendo bom aluno, gostado, ou pelo menos fingindo gostar, de todas as matérias, sempre há aquela onde a vontade é maior, a dedicação é maior. Seriam, nesse meu sistema que só existe na minha cabeça, 3 anos de preparação para o vestibular, que seria específico também. Eu não preciso de literatura se vou fazer física, assim como não preciso de matemática, para ser um professor de história.

O básico, se aprende até a 8ª série. Sim, até a 8ª, o básico usado de outras matérias em determinada área é aprendido.

Enfim. Apenas uma teoria, que nem foi bem explicada, mas já consegui escrever algo, mesmo que meu olhos estejam cansados de ler.

Nota: mesmo lendo, lendo, lendo, lendo, não consegui acabar ainda o livro "os sertões". Que saco.

Vou voltar a ler.

Tão tá

terça-feira, 11 de março de 2008

Vivendo como o bichinho da maçã...(2) - de fato, o título não está relacionado com o texto

Não me esquecerei, até me esquecer. Do dia em que eu me sentia bem até perceber que aquela alegria não passava de superficial. Até que foi bom. Mais uma vez. Não foi mais uma queda. Por isso esse não é mais uma continuação da saga mais séria e tosca dos blogs em português. Porque não foi nada de novo. Nada de diferente. Mas foi uma lembrança de um passado que eu julgava já ter esquecido.

Me fizeram lembrar do meu passado. Me fizeram lembrar o quanto é bom ser maluco. Me fizeram lembrar o quanto eles são normais. Aliás, quem são eles? O que eles ainda fazem em minha vida? Porque voltaram e insistiram em algo que não vale-lhes a palavra ou o gesto? Por quê? Sinceramente, queria que hoje as coisas tivessem sido diferentes. Não. Não queria que tivesse ficado com aquela alegria superficial. Queria nem ter aceitado começar a conversa, que começou sobre José de Alencar e acabou em tipos de maionese a sua composição.

Achei que toda aquela desavença mútua já era passado, até porque eu, mesmo não querendo me juntar, havia esquecido, ou pelo menos ignorado o passado, para poder terminar o 2° grau da maneira mais simples o possível. Mas ainda há vestígios do passado na cabeça, e principalmente, na vida, de alguns. Mesmo que o grande prejudicado pelo passado seja eu, alguns não esquecem da minha sinceridade, que nem foi tão aguda pela falta de oportunidade.

Enfim. Retomo a parte das maçãs, há tanto esquecida. Me vejo como aquele que pegou a penúltima maçã da feira. Uma maçã nem tanto vermelha, por isso foi deixada de lado pelas outras pessoas. Mas é uma maçã saborosa, só pelo fato de ser uma maçã. Então, sobrou a última maçã para a pessoa ao meu lado. Só que essa maçã, mesmo sendo igual à que peguei, era bichada. Que culpa tenho eu se a maçã dela está bichada? Que culpa tenho eu se o bichinho da maçã está na maçã dela e não na minha? Várias pessoas deixaram aquela maçã de lado, assim como deixaram a minha. Eu apenas peguei a maçã. Sem analisar. Sem bater nela para saber se algum bichinho da maçã, como o dos livros infantis, morava dentro dela.

Essa situação é igual àquela em que 10 pessoas estão reunidas, uma delas leva um saco de bergamotas, só que uma não come. As bergamotas começam a emitir o seu cheiro, para mim aceitável, mas para essa pessoa que não come bergamotas, muito ruim. Então essa pessoa me culpa pelo cheiro. Porque eu? Todos estávamos comendo bergamota, muito animadamente. Porque eu sou o único culpado?

Cada um tem o seu bode expiatório, diria um chavesmaníaco. Mas não é o fato de bode expiatório ou descontar a raiva em alguém. Isso não aconteceu uma vez só. Mas sempre. É preconceito. Ou melhor, pré-conceito. Ou melhor. Já não sei mais o que é isso. O passado traz ao presente coisas que podem afetar o futuro, numa relação que só faz sentido em textos e em pensamentos reflexivos.

Não vou dizer que já estou acostumado, pois fazia tanto tempo que isso não acontecia, que me desacostumei. Não vou me fazer de forte, dizendo que isso não me afeta, porque é redundância. Apenas digo... que venha. Porque se alguém precisa aprender algo nesse mundo, esse alguém sou eu. Se alguém precisa mostrar alguma coisa boa nesse mundo, esse alguém sou eu. E escrevo sem arrogância. Na sinceridade mesmo.

Que venha. Já está no meu perfil do orkut, vamos à guerra contra os normais. Mesmo que eu tenha que lutar novamente sozinho, porque um maluco abandonou a guerra. Desistiu. Vou à guerra, à luta. Mas sem agredir. Mas sem falar. Mas sem fazer nada. E é com isso que eu tenho a certeza, que mesmo perdendo a guerra pois não viverei tempo o suficiente para ganhar alguma coisa significativa em questão de números, ganharei uma batalha. A batalha psicológica. Pois não há nada que um normal deteste mais do que a indiferença. Mais do que a sinceridade. Mais do que a realidade. A indiferença quanto às suas atitudes, corrói a mente normalística que faz os normais serem como são...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Vivendo como o bichinho da maçã... - um começo sem fundamento

O que se pode dizer de uma macieira? Primeiramente, dizemos que é uma árvore frutífera, cujos frutos são as maçãs. Mas o que podemos dizer mais sobre essa árvore? São poucos que a conhecem. Eu mesmo, não me lembro quando foi a última vez que vi uma macieira na minha frente. Sinceramente, não lembro mesmo.

Mas os mais entendidos diriam coisas técnicas, que só pessoas que estudam mesmo, que vivem disso ou que ainda lembram do conteúdo do 2° grau, o atualmente chamado ensino médio. Enfim, não há muito o que se dizer de uma macieira. Suas folhas são boas para fazer chá? Não sei. Chá do fruto mesmo, é bom, mas das folhas... talvez. Nunca tentei. E não tenho uma macieira perto do galinheiro para testar agora.

E tudo numa irrealidade simples, que alguém algum dia entenderá. São mais de 450 posts nesse blog, poucos realmente bons à visão de quem lê, se é que mais de 5 pessoas o lêem. Spams não param de chegar ao meu email. Pessoas saem da comunidade "Tá, e daí?" do orkut. Pessoas nascem e morrem. São milhares por dia. Milhões, melhor dizendo. Assaltos então. E o que isso tem relação com o post? Acho que nada. Mas enquanto tudo isso acontece, eu estou aqui, escrevendo em um blog. Ou lendo um livro muito ruim. Ou estudando. Enfim. A grande maioria das coisas que se passa no mundo não me afeta.

Aliás, não afeta ninguém. Só quando é diretamente ligado à nós. E quantas vezes pensamos nisso? Só quando alguma coisa acontece nas nossas proximidades. Ou quando entramos em um blog como esse, quase sempre por acaso, nos deparando com um lixo literário como este aqui, como tantos outros lixos literários presentes nessa imensa rede, que vicia muito mais do que clicar e desclicar uma caneta para torná-la apta à escrita.

Nada de mais, mesmo sendo algo que pode mudar uma vida. E em quantas mudanças de vida pensamos diariamente? Nenhuma... Ou no máximo uma. A nossa. Somos tão egoístas que dificilmente pensamos no que pode acontecer com a vida de alguém, mesmo que esse alguém nos pareça tão comum, mesmo sendo tão único.

Não escrevo isso em virtude de alguma tragédia pessoal. Muito menos em virtude de uma tragédia tão próxima e ao mesmo tempo tão longe de mim. Não escrevo isso por algum motivo. Escrevo apenas por escrever. Para registrar e quem sabe um dia, entender o que se passava na minha cabeça no dia 10 de março de 2008, dia do 50° aniversário do meu pai.

Talvez eu entenda, talvez não, mas o certo mesmo é que talvez nunca me esqueça desse dia. Não por uma tragédia. Não por uma felicidade diferente daquela "acordei, estou vivo". Não porque aconteceu alguma coisa fantástica ou inesquecível em algum lugar do mundo. Não por algum fato futebolístico. Não para todos os outros imagináveis por quem lê, e até por mim.

Não me esquecerei mais. Do dia em que nada de novo aconteceu. Chovia enquanto voltava da aula, molhei meus pés, minha mochila, quase os meus cadernos. Nada de novo. Perdi 10 reais para pagar o xerox(fotocópias) de português e literatura. Nada de novo. Mas não me lembrarei imediatamente desse dia. O blog me lembrará. Enquanto ele existir. ...

(continua amanhã)

domingo, 9 de março de 2008

Apenas mais um reflexão

Eu procuraria, no mundo inteiro da informática, pessoa por pessoa, e acho que não encontraria, em um email pessoal, que não é divulgado para muitas pessoas, como emails de blogueiros famosos, algum que recebesse mais spams do que eu. Pouco depois do almoço, antes das 13h, apaguei os meus spams, da conta de email desse blog. Eram 70 e poucos. Mas agora, 18h, fui olhar e me deparo com 48 spams. 48 SPAMS. Em pouco mais de 5 horas. quase 10 spams por hora.

Mas eu poderia fazer um relato do tipo de spams, só que não quero. É um saco isso. Só que pelo menos tem o botão de apagar todos sem precisar selecionar um por um.

Não sei como começar esse parágrafo. Na verdade, não sabia, porque eu já comecei. Voltando da casa da minha vó(dessa vez o tareco da marasquinha não incomodou), com o tão tradicional tarro de leite na mão, muita coisa passou pela minha cabeça. Por vezes eu ria, por vezes ficava mais sério do que de costume. Para mim não mudava nada, apenas estava expressando pensamentos. Porém, percebi que as pessoas que passavam por mim estranhavam as minhas expressões faciais. Sabe quando alguém olha pra ti te estranhando ou não te reconhecendo? É, bem com essa cara.

Agora fiquei pensando se sou só eu que represento pensamentos com expressões faciais. Nunca ouvi ou vi alguém assim. Não que eu seja único, mas que é estranho, pelo menos para mim, o único que conheço que faz isso, é.

Voltando ao assunto do segundo parágrafo, que não é necessariamente o assunto do texto, me veio em pensamento, as pessoas. A diferença entre as pessoas. Não físicas e nem psicológicas, mas as diferenças sociais. Não entre ricos e pobres, ou aqueles que moram em locais "limpos" e os que moram e favelas. Eu pensei nas diferenças entre a sociedade que cerca as pessoas. Não entre plaiboizinhos ou marginais, mas na quantidade relacionada ao local. Bom, leiam o resto, que tentarei explicar.

As pessoas, geralmente, acordam de manhã, cedo, para trabalhar ou para ir à aula(com exceção daquelas que trabalham e/ou estudam de tarde ou de noite, mas não pensei nas exceções). Então. Essa pessoa tem uma rotina. Ela encontra com pessoas, conversa com pessoas diferentes daquelas com quem conversa em casa. Ela cria uma "rede social", que boa ou não, lhe permite expressar opiniões, idéias e comentar fatos.

Então, pensei nas exceções, não de horário, mas nas exceções pessoais. Naquelas pessoas que não têm uma "rede social" e que conseqüentemente, não conseguem expressar suas idéias, opiniões e comentar fatos, com outras pessoas diferentes daquelas que moram com ela. Essas pessoas ficam isoladas, por vários fatores. Não os menciono porque cada caso é diferente.

Fiquei me perguntando se essas pessoas, que não conseguem se expressar, são menos felizes que as que conseguem se expressar. Ou se elas se sentem mal por não compartilhar algo pessoal com outras pessoas? Claro que há a família, mas é diferente expressar-se com a família, que tu já conheces a opinião, do que com outras pessoas. Não há um debate sobre um assunto como, o flamengo sempre é favorecido, em família. Geralmente há uma concodância(se bem que o mundo inteiro afirma e percebe isso). Não há uma troca de opiniões também.

Mas re-pensando isso, respondi-me negativamente. Não. Pessoas sem essa convivência podem muito bem, como eu(mesmo que eu tenha uma convivência suficiente para me expressar, até por causa do blog), falar sozinhas. É uma forma de se expressar. Eu gosto de falar sozinho. Claro que não é a mesma coisa, mas eu debatia comigo mesmo certos assuntos(basicamente futebol). E assim, evitamos discussões acirradas, que podem até virar briga, se a outra pessoa for uma idiota ou uma fanática(se referindo à pessoa) pelo contrário do que tu defendes.

Pessoas "isoladas" da sociedade, vivem muito mais tranqüilamente do que nós, que temos uma "rede social". Sim. Vivem sem preocupações em falar o que pensam, gritam onde e quando querem, xingam qualquer um, inventam novas coisas e pensam com uma liberdade maravilhosa. Não há influência pessoal ou por atitude. Não há nada disso.

Preciso falar mais sozinho. Voltar a ter aquele espírito de auto-reflexão não só quando escrevo no blog. Acho que é isso que falta para mim atualmente. Se bem que o maldito livro está tirando um bom tempo do meu disponível, mas enfim, amanhã, voltando da aula, em vez de ficar cantando músicas de bandas gaúchas ou do Creedence, promoverei um debate com o meu eu-lírico. Vai ser legal.

Boa semana àqueles que disponibilizaram o seu tempo para ler esse texto.

As dondocas de Frederico Westphalen fazem estrago...

(Achei legal esse meu texto, mesmo que ele seja um lixo literário, formalmente falando. Mas esse texto foi escrito, e obviamente postado, primeiro no outro blog, o Tosco por ser tosco. Esse texto é para substituir o que não foi escrito ontem, mas que será escrito hoje)

E quem diria, aquelas histórias das mulheres de antigamente, que se impunham pela idade, pelo dinheiro, ou por alguma coisa a mais(cabe ao leitor imaginar essa alguma coisa à mais, porque eu não tenho idéia, no momento). Sim, elas se impunham e conseguiam o que queriam, junto aos seus maridos, que na verdade eram uns bostas também.

Mas enfim, em pleno século XXI, na era da tecnologia e da consciência ambiental, eis que surge um grupo de senhoras, cujos maridos possuem muitos bens e influenciam o comando da cidade. Esse grupo de senhoras, que não tem nada mais para fazer da vida a não ser caminhar para emagrecer e ir no cabeleireiro, influenciou e conseguiu mais uma vez o que queria. Não foi nenhuma mudança drástica no comando da cidade, como a instalação de um salão de beleza 24 horas. Não. Aliás, poucos perceberão.

Elas conseguiram que a estrada de chão, que passa em frente à minha vó, fosse patrolada e "calçada". Sim, porque jogar pedras lá para evitar barro é burrice. Qualquer senhora de idade, pisa em falso e cai um baita tombo naquelas merdas de pedras soltas. E ainda por cima cavocaram os barrancos que ficam ao lado da estrada, deixando alguns palanques da cerca do terreno de meus avós, pendurados nos arames.

Essas senhoras, são dondocas. Eram patricinhas, bundinhas, agora são velhas, coroas, dondocas. Não é falta de respeito escrever isso. Só que é insuportável pessoas que passam lá para ir no santuário, ficar uns 5 minutos lá, e voltar, quererem mandar em algo que não lhes diz respeito. Não gosta da estrada? Toma outro caminho então.

Dondocas infelizes. Não têm mais nada pra fazer da vida mesmo. E como patrolaram a estrada, a terra ficou solta, aí passa um idiota de carro, a uns 50km/h e já levanta uma poeira desgraçada. Mas que raiva mesmo. Aí elas reclamam da estrada que faz barro(e ainda vão caminhar de tênis branco... - idiotas), que o silo da cooperativa, que gera empregos, faz poeira, enfim, reclamam até do vira-lata que caga na rua da casa delas, e esquecem-se que os poodles ou chiuauas(não sei escrever mesmo o nome dessa raça, infeliz por sinal) delas fazem mais sujeira nas calçadas das casas dos outros. E esquecem-se que os carros delas, que só servem para passeio e para gastar gasolina e aumentar o problema ambiental, fazem fumaça e pioram a qualidade de vida da cidade.

Acho difícil que as dondocas de outras cidades sejam iguais às daqui. Acho muito difícil. Até porque, em cidade grande, elas não conseguem mandar, pois são muitas e discordam sempre umas das outras. Mas em Frederico Westphalen... as dondocas fazem estrago. Mas uma ouviu alguns impropérios* meus, mesmo que eu não sabia da existência dela atrás de nós(eu, meu primo e meu tio voltando da missa). Mas se soubesse, falaria do mesmo jeito.

Tão tá!

*impropério: ato ou palavra infamante, repreensão ofensiva e injuriosa - segundo o dicionário Larouse

sexta-feira, 7 de março de 2008

Coisa de brasileiro

Aquela onde de terror, pânico, bagunça, desordem e violência inimaginavelmente atingiu minha família hoje. Nada que consiga me matar ou matar meus pais. Mas um filho da puta de um desocupado invadiu o escritório do meu pai, deu um tiro na mesa, fez um baita buraco e acabou só levando a bolsa da secretária do pai.

Os detalhes maiores não vêm ao caso, mas sério, na boa, não acredito que um idiota entra num escritório, modesto, onde o maior valor material é um computador, dá um tiro na mesa e só leva uma bolsa. E sai correndo. Se fosse homem, iria de mãos limpas e sairía no soco, mas não é homem o suficiente.

Idiota. Se é pra roubar, se é pra mostrar com todas as letras que é brasileiro, roube um banco, algum mercado, onde possa tirar bastante dinheiro ou coisas de valor. Mas enfim, repito, o cara só fez isso para mostrar que é brasileiro. Idiota.

Esse é mais um que vota no lula. Não era um favelado, morto de fome, que roubou para comer. Ele tinha um revólver. Miseráveis mortos de fome não têm revólveres. Então. O cara roubou porque é brasileiro, porque é ganancioso, porque é um infeliz, porque acha que tirando o que é dos outros ele ficará mais alguma coisa.

Sem demasiados comentários. E não me venham com aquela choradeira que é falta de educação. Porque isso é falta de caráter. E caráter, mesmo que tu sejas pobre, miserável, more na favela, conviva com o crime, tu é que moldas, a sociedade apenas te inclina, mas tu é que cais para o rumo.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Vestibular, desenvolvimento e um comentário pessoal...

Depois de aliviar a minha raiva mental no Tosco, perdi um pouco da vontade de escrever. Mas acho que... bom, não acho nada. O fato é que... bom, não há fato também. Vou tentar escrever diferente nesse texto. Eu sempre uso os mesmos recursos de linguagem, não todos em todos os textos, mas nunca falta um eu acho ou um bom..., ou qualquer coisa do tipo(esse coisa do tipo, também não falta nunca).(esses parênteses também não).

O ano começou. O escolar. Minha responsabilidade de estudar também. Mas ter que ler "Os sertões" é uma ofensa à minha vontade de ler. Bah, mas que livro ruim. É descrição disso, daquilo, do local onde se passa a história, de outros locais, onde nem há resquícios de história. E é detalhe disso e daquilo. Li, li, li, li, li, pulei partes, li, li, pulei mais umas partes, li, li, pulei mais umas partes. E ainda não acabou a descrição. Mas que merda. São livros como esse, leituras obrigatórias para o vestibular, que fazem com que alunos como eu, que gostam de ler, deixem de gostar. Não tem um livro de crônica do L.F. Veríssimo ou do David Coimbra como leitura obrigatória. Não tem nenhum livro sobre futebol. Mas que merda.

Essas histórias antigas, de sertão, de paisagem, de índio, com liguagens mais antigas do que arcaicas. Livros feitos à partir de desenhos em cavernas. Sacanagem isso. É uma afronta, um desrespeito com aqueles que podem mudar o país. Sim, os que não passam por isso, tem mais chance de virar presidente do país lá de cima.

É necessária uma mudança no sistema de qualificação dos estudantes. Deve-se valorizar o histórico do estudante, assim como é feito em outros países, que não por acaso, são muito, mas muito, mas muuuuuuuuuuuuito, mas MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
UUUUITO mais desenvolvidos que aquele fanático por dinheiro e por futebol, o brasil. Gosto muito de futebol, mas não fico discutindo à toa.

Dizem que nada é por acaso. Porém, essa é apenas meia verdade. Se bem que além de não acreditar em sorte, azar, não acredito no acaso. Como ouvi uma vez, de alguém que ainda acho que pensa assim, o acaso é o pseudônimo de Deus. Não acredito que nada seja por acaso, porque acho que ELE nos coloca em algumas situações, de propósito, o que nos faz crescer, se soubermos aproveitar.

Que venha o vestibular. Seja onde for. Seja por acaso. E que eu consiga terminar de ler esse maldito "Os sertões", mesmo que eu duvide muito que caia alguma coisa relativa sobre ele em qualquer vestibular que eu faça. Que o ano prossiga.

Consegui estudar hoje. Mesmo que não tenha gostado muito. Revisei o caderno de história, usado nos 3 anos do ensino médio. Tudo uma bagunça. Mas enfim, acho que consegui me entender nele. E toma pra marasquinha, foi pro terreno do baúco do Ceu e tava se engalfinhando com uma vaca que mais parece um touro. Levou o dela. Tentou fugir mas o maluco do Mauro Manfio foi lá e prendeu ela, com a ajuda do maluco do Gilberto, ou melhor, Beto, ou melhor, véio leão, que deu-lhe pau naquela vaca assanhada do Ceu. Toma.

Até!

terça-feira, 4 de março de 2008

Daquela velha frase

Já ouvi que depois da tempestade, vem a calmaria. Pfff. Balela. Depois da tempestade vem a contabilização do prejuízo e o "mãos à obra" para reconstruir o que a tempestade trouxe.

Sem análises longas hoje, por falta de tempo. Apenas quero deixar registrado aqui que tudo o que eu escrevo é por vontade própria, o que penso e sinto no momento, como podem ver na descrição do blog.

Enfim. Só deve ficar aquela de que não adianta, por mais que use-se cola, e ela seja Tenaz ou qualquer marca vagabunda por aí, não dá pra reconstruir algo que foi quebrado. Pode-se sim, colocar uma fita madeira e pintar de alguma cor legal, como amarelo fosforescente ou laranja marinho(???)(ps. não existe isso, mas para não colocar azul bebê, inventei uma cor, tentem misturar azul marinho com laranja para ver no que dá). Só que torna-se coisa de normal, superficial demais.

Não preciso mais escrever nada depois disso.

Tão tá!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Do nada ao... nada(2) - quem sabe mais uma saga

E como as coisas mudam. Quando parece que alguma melhoria acontece, vem alguém e apaga essa melhoria, tornando as coisas piores do que estavam. Enfim, não há ninguém que saiba sobre o que escrevo, porque esse post não tem relação com o post abaixo.

Mas não agüento mais essas coisas que se tornam boas e depois ruins. Chega. Se pudesse, evitaria que um começo se tornasse uma coisa, para que essa coisa fosse boa e depois ruim. Enfim, se eu pudesse, evitaria esse bem-me-quer, mal-me-quer que se tornam essas coisas.

Hoje, caindo de sono na aula de biologia, não entendi nada. Na aula de português, menos ainda. Mas de tarde consegui acompanhar e aprender algo. Não vem ao caso o que aprendi, mas enfim, o importante não é o que, não é a quantidade, aliás, não é nem a qualidade. O importante é aprender(frase de pára-choque de caminhão - hehehe).

Mas o que me leva a escrever hoje? Não sei. Acho que nada. Porque não há muito o que eu possa escrever. Aliás, não tenho mais a intenção de escrever algo legal. Apenas quero escrever. Aquele momento de "silêncio interior" em que não pensei em nada, me fez pensar muito mais em momentos "livres". Não que todos devam fazer isso, mas enfim, pra quem quer tentar algo novo, talvez sirva.

De resto ou de bom, ou até de ruim, deixo o sincero desejo de boa semana à todos... aqueles que merecem.

Ah, meus pais chegaram. Obrigado Deus!

Tão tá!

domingo, 2 de março de 2008

Histórias do Bandiolo - sozinho pelas ruas das esquinas de qualquer lugar

Ele caminhava. Sozinho. Pelas ruas. Das esquinas. De qualquer lugar. Enfim, era apenas mais um. Mais um caminhante. Mais um solitário. Mas naquele momento, nada mais importava pra ele. Nada mais. Ele era invisível. Ninguém conseguia enxergá-lo. Na verdade, até hoje ele tem dúvida sobre isso. Talvez, não quisessem enxergá-lo.

Mas na verdade, nada disso importava. Ele não queria nada além de uma palavra. Só uma palavra mudaria tudo isso. Ou um gesto, sincero. Só um gesto sincero era necessário para que ele voltasse a ser o que era. Mas não. Nada disso aconteceu. Ele ficou cego e surdo. Talvez nem falar mais conseguisse. A vida dele virou uma escuridão.

Relembrando coisas, durante a caminhada, viu o quanto o mundo mudou. O quanto certas coisas simples, aquelas que ele tanto queria mas não tinha, tinham perdido valor perante a esse mundo. Descobriu o quanto cruel era esse mundo. Aliás, o quanto cruel tinha se tornado esse mundo. Nada mais naquele passado lhe fazia sorrir. Nada mais lhe fazia chorar.

Ele perdeu quase tudo. Perdeu amigos, perdeu diversão, perdeu felicidade. Talvez até, tenha perdido sua família. Nada mais lhe instigava algum sentimento. Nada mais. E tudo o que tinha vivido até então, perdeu o sentido. Tudo. Inclusive suas convicções.

Mas não havia nada que ele pudesse fazer. Então ele voltou para sua casa. Sozinho. Sentou no sofá, olhou para fora no mesmo instante em que começou a chover. Ficou pensando que sua vida era como chuva passageira. Bom no momento, mas depois as coisas pioram.

Percebeu também que tudo aquilo que vivera até então, era como uma bergamota no pé, se não comida quando madura, apodrece e perde o valor. Ninguém se importa com uma bergamota podre.

Ele... continua por aí, sozinho. Atordoado com o mundo. Atordoado com as pessoas. Atordoado com aqueles que lhe fizeram feliz, mas que hoje nem sequer dizem-lhe oi.

Tão tá! Boa semana para quem lê.

sábado, 1 de março de 2008

Apenas mais um momento

Não havia nada para fazer. Meia noite. Já era outro dia. Então, percebo que a chuva começara há algum tempo. E era uma chuva persistente, não muito forte. Mas aquele ar gelado tomou o ambiente, porque uma janela estava aberta. E com aquele ar gelado, veio aquela vontade de sair de casa. Como eu não tinha pra onde ir, resolvi sair pela porta dos fundos.

E o guarda-chuva era um mero detalhe. Até porque eu esqueci ele no colégio. Mas eu não o usaria, mesmo se o tivesse em mãos. Estava mesmo é com vontade de fazer algo diferente. Então tirei a camisa, para não molhar e fui para a chuva. Gelada a princípio, mas acostumei, como todo tipo de água que encosta em um corpo, mais frio ou, nesse caso, mais quente. De fato a temperatura da água estava próxima dos 18.5°C, imagino eu, segundo uma análise baseada em estudos do meu cérebro naquele momento.

O que se passa na cabeça de alguém que sai do calor de sua casa, de suas roupas secas, e vai para fora de casa apenas para se molhar. Não tomei banho de chuva. Claro que não. Eu não tinha sabonete nas mãos. Então apenas me molhei na chuva.

As galinhas no galinheiro estavam quietas. As galinhas no terreno do vizinho estavam quietas. Enfim, todas as galinhas da cidade, exceto as que talvez estavam sendo roubadas, estavam quietas. E isso não tem nada a ver com a chuva, mas é uma constatação incoerentemente ruim. Mas enfim, não quero fazer nada que preste mesmo, pelo menos não agora.

O barulho da chuva faz alguns dormirem melhor, mais calmos. O barulho da chuva nos faz pensar. Olhar a chuva cair nos faz pensar. Mas isso quando vemos a chuva. Estava tudo escuro, eu não via nada. Também não ouvia nada além do barulho das folhas do velho e produtivo limoeiro. E o cansativo barulho da água batendo em um balde vazio que o meu vizinho acabara de colocar em baixo de uma goteira.

Não havia motivos para me concentrar e pensar em algo específico. Mas uma sensação de liberdade, mesmo com as paredes, o galinheiro, o limoeiro e principalmente as grades, veio no instante em que percebi que ninguém poderia me ver. Tudo o que eu fizesse seria invisível a olho nú. Se bem que mesmo quando querem ver, eu não me importo e faço. Mas é uma sensação de independência sem um pingo(???) de independência realmente relacionada. E no momento em que voltei para casa, peguei a toalha e me sequei, vi que aquilo tinha sido bom. Mesmo com a possibilidade de uma forte gripe bater o meu organismo no dia, ou nas horas seguintes, estava eu a pensar que por um momento, parei de pensar.

Diferentemente do que diz um comercial que ouvi(porque estava lendo revista na frente da tv) esses dias, eu posso parar de pensar. Nós podemos para de pensar. Chamem-me de louco, ou melhor, de maluco, mas percebi isso. Dá pra parar de pensar e simplesmente contemplar a maravilha da natureza, como bem disse o Mestre dos Magos hoje, que é a criação de DEUS. É possível. Talvez algo não muito motivacional, mas enfim, não quero ajudar ninguém com os meus textos, apenas tento me ajudar, sem ser egoísta.

Uma sensação de liberdade, de contemplação, mesmo que 6 passos a frente, eu bateria com a cara na grade. Enfim... apenas mais um momento.

Tão tá!