domingo, 30 de março de 2008

Adeus à um companheiro

A vida é feita de fragmentos de lembranças que vem à nossa cabeça e nos fazem entender o que acontece. Não. Errado. Mas só toquei no assunto de lembranças porque achei escrito em um papel, dentro de um caderno, o seguinte trecho:

"Se você exige um determinado resultado para ser feliz, você tem um hábito. Se simplesmente deseja um certo resultado, você tem uma preferência. Se você não tem qualquer preferência, você tem aceitação. Quando você tem aceitação, chega à excelência."

Alguém me diga, quem escreveu isso? Se a resposta for negativa, o crédito é meu. Procurem no google ou no msn serch(para não dizerem que sou favorável apenas ao google, mesmo que o blogger seja dele). Se ninguém achar essa frase, eu que escrevi. E coloquem créditos, porque a frase é boa mesmo. Só que acho que não fui eu quem escreveu. Porque eu não me lembro de ter colocado a palavra excelência em alguma frase. Mas enfim, pode ter sido escrita em algum daqueles meus momentos de gente inteligente. Relampejos de inteligência que, talvez felizmente, só acontecem uma vez em muito tempo.

A frase é legal. É um fragmento de alguma coisa, muito provavelmente. Ou uma frase de volta para casa depois da aula. Enfim, não vem ao caso mesmo. Só que nada disso tem importância hoje. Porque estou triste. E só saber que o blog recebeu 250 visitas com 50 comentários nos posts que essa página exibe, me faria alegre. Sim, não conseguirei ficar alegre hoje. Porque uma história parece ter chegado ao fim.

Ignorando o fato de que o fim é relativo, como escrevi tão pífiamente em algum post abaixo deste que tu estás lendo, acho que uma história de amizade e companheirismo chegou ao fim mesmo. Será difícil reatar isso. Concertar o que foi estragado. Juntar os cacos e seguir em frente. Viver como antes, sem que nada mude, sem qualquer lembrança do passado. Viver, sem qualquer receio. Será muito complicado.

Foram anos de companheirismo, ajuda mútua, mostra de que são raros os companheiros como esse, que me mostraram que não há valor que o pague. Tantos bons momentos. Tantas vezes que me ajudastes em situações complicadas. Fazia sol ou chuva estávamos juntos. No frio, com meia ou no calor, com um ventilador ao nosso lado. Estávamos sempre juntos. Andávamos juntos. A verdade nunca fomos amigos, mas sim, companheiros. Se eu dissesse que éramos amigos, estaria banalizando a amizade. Éramos companheiros. E para todas as horas.

Só que ontem, companheiro. Tu me deixastes. Acredito que nunca mais seremos companheiros. Porque tu sofrestes muito desgaste. Fostes muito usado por mim. Acho que isso te magoou profundamente. Perdão lhe peço agora, acho que muito tarde, mas a intenção é o que vale. Perdão companheiro, pois admito, que sempre te usei, discaradamente.

Ninguém que te via, gostava de ti, isso nos tornava muito semelhantes. Só que tu também não te cuidavas. Qualquer água e tu já estávas fedendo. Ninguém gostava do teu cheiro após uma molhada. Ninguém gostava. Menos eu. Eu, já tinha me acostumado com isso. Te aceitei numa boa, mesmo tentando inutilmente, várias vezes, te tornar algo mais cheiroso, ou melhor, menos fedido.

Obrigado pelos anos de companheirismo. Sentirei saudades de te usar, meu quase amigo.

Meu chinelo arrebentou ontem, enquanto eu carregava um banco com o Ricardo. Quase 5 anos de uso contínuo. Muitas histórias para contar. Um bom companheiro, que nunca reclamou de mim. Coitado. Agora está aqui, ao meu lado, arrebentado.

Adeus, chinelo Olympikus tamanho 44.

4 comentários:

Maurício disse...

e essa
eu lembro um dia, tu largo teu chinelo num canto e eu fui tomar água e molhei o chinelo sem querer
uhahuahuahuahuahuauhuhahuaha

SiL disse...

pzé.. eu n dei adeus a um chinelo
mas a um amigo mesmo
bom
talves nem fosse amigo
=(

bjux vini

SiL disse...

assuntos q machucam a gente n eh facil de falar neh vini ..

bjux t amo ti :D

SiL disse...

ah, e n se apavore, adeus na amizade, n de vida entende ..