domingo, 30 de novembro de 2008

Ainda não voltei, mas a vida segue

Eu já disse que o pior cego é aquele que não quer ver. Eu era esse maldito e miserável tipo de cego. Meu passado me persegue e me condena, mas mudei, para a felicidade geral da minha própria pessoa. Talvez o mundo agradeça por ter mais um diferente, mas não sei. A sociedade não agradece, pois vê em mim, como em todos os diferentes, motivo de chacota. "Eles são diferentes de nós, são idiotas, meros idiotas.". Que seja então.

Mas eu não quero xingar os normais. Pelo menos não hoje. Depois de um texto não-texto, pois não passou de um desabafo, não quero escrever algo que pareça despedida(né Jéssica?!) do blog. Hoje eu saí de casa com muita coisa ruim na cabeça. E as coisas só pioraram. Voltei para casa, tomei um banho(para tentar descarregar os problemas junto pelo ralo, né Sara?!) e saí novamente. Ajudar na janta do CLJ.

Por mais que eu tenha me irritado com a hipocrisia de alguns, a falsidade(não estou insistindo no mesmo sentido com palavras diferentes - redundância - ???) de outros e o maldito cinismo de outros, que pouco moveram seus miseráveis e tortuosos dedos para levantar a melhor carne de porco já servida em uma janta e que mesmo sem sequer saber o que acontecia, buscavam mandar e, conseqüentemente, desmoralizar o que era feito.

Mas nem tudo é coisa ruim.

Passei bons momentos, mesmo que muito poucos, ao lado de pessoas que merecem linhas aqui. Não preciso citar nomes, mas vejo nessas pessoas a mesma vontade que eu tenho de ajudar algo maior do que as pessoas, algo maior do que qualquer ação. Algo acima de qualquer ego e de qualquer ambição.

É tão bom chegar em casa com as pernas duras de tão cansadas, mas saber que o trabalho não foi em vão.

Por mais que o mundo seja constituído por, em maioria absoluta, covardes, eu sei que ainda há chance de mudar. O mundo não quer. Os covardes não querem. Os seus egos não deixam que façam algo melhor do que toda a sua burocracia egocêntrica atual.

Mas é como eu escrevi um dia, naquele marcador "frase do dia", "enquanto houver um sonho, ainda haverá esperança"(frase que está entre aspas pois é uma cópia de mim mesmo).

Eu comecei a escrever esse texto no sábado, às 23 e 55. Mas a internet parou de funcionar e só voltou a fazê-lo há alguns minutos, mas postarei o texto como se fosse domingo. Talvez não tenha algo muito concreto no texto, mas é que realmente eu perdi a vontade de escrever algo mais, pois só pensava em meios de xingar a brasil telecom.

sábado, 29 de novembro de 2008

Solidão, venha me buscar!

Vou embora daqui. Não que isso faça alguma diferença para alguém, mas para mim vai fazer. Espero.

Vou embora daqui. Porque já não agüento mais tanto roubo, tanta injustiça, tanta mentira, tanta hipocrisia.

Vou embora daqui. Mas não só por motivos externos. Minha mente já não se isola da mesma maneira, preciso recuperar a concentração.

Vou embora daqui. Talvez não seja a atitude mais correta, mas certamente é a que melhor me ajudará na minha recuperação.

Vou para longe daqui. Busco explicações para tanta coisa errada. Para tanto erro. Para tanta besteira. Para tanta distância.

Não vou em busca de um sonho. Não vou em busca de um recomeço. Muito menos de uma mudança. Vou embora, porque simplesmente preciso de ajuda. Ajuda que não encontro aqui. Ajuda, que só terei o dia em que conseguir entender tudo o que hoje me faz triste.

Vou em busca da solidão. Aquela que apavora, que gela, que distancia, que entristece. Aquela que mete medo e não tem pena de pobres coitados que não entendem sua importância.

Preciso ficar só. Isolado do resto do mundo. Uma ilha no meio da sociedade.

Voltarei. Não sei se recuperado ou piorado. Não sei se bem ou mal. Não sei se feliz ou triste. Porém voltarei sim, para terminar o que comecei.

Aliás, vou embora para tentar descobrir o que aqui deixei.

O triste fim foi do Policarpo Quaresma. O meu não é fim. Mas é triste. É meio. É só. E só.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A prova de que houve vida naquilo que parecia um buraco escuro


Só me restam os anos da faculdade. Talvez alguns meses de curso pré-vestibular, mas espero²³³³³³³ que não.
Hoje minhas aulas acabaram. Fim do ensino médio. Fim de um ciclo. Fim de uma parte da minha história.

Foram tantos problemas, tantas diferenças, tantas mudanças, tantos obstáculos, tantos pensamentos e tantas idéias, tantas certezas e argumentos. Tantos erros e acertos.

Não quero mais pensar no que de ruim aconteceu nesse meu caminho. Já não me importa mais esse passado. Aprendi a usar a meu favor tudo aquilo que me derrubava. Tudo aquilo que me fazia mal. Tudo aquilo que me forçou a mudar.

Talvez não tenham me entendido. Como talvez não tenha entendido-os. Os buracos foram tapados. As pedras, jogadas para longe. Os abutres já perderam a esperança. De cabeça erguida, olho para um céu azul. Coisa boa. Vento frio, que alivia o calor.

Ficam apenas as boas lembranças. Dos risos, das histórias, das conversas. Do que foi vivido mesmo. Do que foi bom mesmo. Do que foi proveitoso mesmo.

Ficam as lições aprendidas. Dos grandes, e põe grandes nisso, mestres que tive. Gente inteligente. Gente competente. Gente que é muito mais do que gente. São grandes. Foram grandes. Serão sempre grandes. Pelo menos para mim.

Um adeus. Um até logo. Tanto faz. As lembranças, só as boas, ficarão. Na mente, no coração. Talvez até no dedão. Ou em qualquer outro ão.

Obrigado por também fazerem parte da minha vida.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O céu é só promessa...

Relendo(palavra que levará hífen, segundo alguém, após as novas, e estúpidas, normas da língua portuguesa) o título, fica fácil perceber que não há plágio nenhum do trecho(que talvez seja até o título) daquela famosa música do Engenheiros do Hawaii.

Então posso começar a escrever, depois de explicar, usando o meu tosco jeito, o que poderia ser pensado.

Ontem, fui até a cozinha e olhei para fora. O céu estava azul. Um azul Grêmio, bonito de se ver. Aquele azul que acalma qualquer visão cansada e faz um cérebro irritado descansar e esquecer dos problemas, mesmo que por instantes.

Só que reparei bem, e na direção... sul(?), vinham várias e várias nuvens, para não dizer um "nuvão", escuro, indício de chuva. Alguns minutos se passaram e aquelas nuvens cobriram boa parte do céu. Saí de casa e fiquei imaginando que pegaria chuva na volta, ou até mesmo na ida, cujo caminho era longo.

Então imaginei, tolamente, que deveria pensar em todos os meus problemas, pois quando chovesse, eu poderia simplesmente descarregá-los junto com a chuva, que os levaria para o esgoto ou para qualquer buraco das esburacadas ruas da cidade onde vivo.

(eu não consigo mais agüentar esse meu jeito "certinho" de escrever, acho que vou dar um tapa na minha cabeça para voltar ao habitual bocó)

Então minha cabeça só pensou em coisas ruins. Problemas diretos e indiretos. Futuros certos(???) e incertos. Passados vividos e imaginados.

Eu já não agüentava mais.

O fato é que, resumindo a história(para o bem da humanidade), eu voltei para casa e não choveu. Ou seja, não consegui aliviar os meus problemas. Não consegui tomar um banho de chuva. Perdi tempo pensando em coisas ruins que só me deixaram irritado e decepcionado. E não pude sequer gritar para ninguém ouvir o que eu pensava(quem nunca tomou um banho de chuva e começou a gritar tudo aquilo que sentia, como se fosse um desabafo espiritual e, por que não, físico?).

O céu é muito mentiroso. Ele é maldoso, porque em alguns lugares não chove. Em outros chove demais. Mas tem que ver, que ele não agüenta a ingratidão de alguns, que reclamam quando chove e quando não chove.

Mas o céu é o céu... e o Billi J. resolveu reclamar um dia do vento, deu no que deu(clique aqui para ler mais detalhes sobre essa bisonha história do bocó-de-mola do Billi J.). Então eu decidi não reclamar da falta de chuva.

Mas isso não quer dizer que eu não olhei para o céu e disse "seu mentiroso".

Espero que ele não leve a mal... eu só estava brincando.



(falando em chuva, não poderia deixar passar a oportunidade de colocar uma música do Creedence, a mais conhecida deles, aqui: Creedence Clearwater Revival - Have you ever seen the rain)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

No ritmo da caminhada

Caminhar quase sempre é bom. Pensar é uma das coisas mais úteis e produtivas que pode-se fazer enquanto se caminha. E, indo para meu curso, acabei chegando a uma conclusão, que transformei em um parágrafo.

Uma rosa não faz um buquê.
Uma nuvem não faz chuva.
Uma laranja não faz salada de fruta.
Um sonho não muda o mundo.

Eu sei que há certas contradições, mas o fato é que, por cima, no geral, sem pensar muito, isso faz sentido.

E sim, um sonho pode mudar o mundo, mas se, e somente se, a coragem estiver presente também.

Não tenho nada mais para dizer hoje. Espero que alguém consiga entender o que eu quis dizer.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sem risos

O contador de piada é um tipo de pessoa. O engraçado é outro tipo de pessoa. O divertido é outro tipo ainda. E o sem graça também, óbvio.

O contador de piadas está sempre pronto para contar alguma... piada. O engraçado fala coisas sem fundamento, o que o faz engraçado. O divertido se aproveita de situações atuais para soltar umas frases interessantes, que acabam sendo engraçadas, dependendo da situação. O sem graça é aquele que faz tudo isso, mas o faz sem qualquer qualidade.

O sem graça é o cara de pau. É o que solta a última, e sem graça, frase da conversa. O que pensa muito, mas mesmo assim acaba falando bobagem. É o que geralmente julga-se pronto para ser o centro das atenções, mas não consegue ser o centro de si mesmo. Quer agradar a todos mas muitas vezes nem ao menos sabe o que lhe agrada.

O sem graça é aquele que ri sozinho depois do que fala, porque ninguém mais acha graça.

Coitado.

Pelo menos ele tenta ser engraçado. Mas quando não se é, não adianta tentar.

Rir sozinho e depois mudar o assunto para "as ações da bolsa andam caindo muito né?!" na tentativa de diminuir a sua bisonhice(termo que vem de bisonho, que não é nada mais do que tosco).

O sem graça não é tão sem graça assim.

Só que infelizmente, para ele, a graça dele não é percebida no momento...

sábado, 22 de novembro de 2008

Histórias do ViNícULa - vamo que vamo gaúcho

Ele um dia quis bater o recorde mundial de caminhada. Era um gaúcho. Saiu de sua casa, na distante Uruguaiana(claro, gaúcho bagual tem que ser de uma cidade tipo Uruguaiana, ou Alegrete) e decidiu que caminharia até cansar.

Passou pela "gigantesca" Frederico Westphalen, por São Miguel do Oeste, por Cascavel, por Campo Grande, para caminhar mais foi até São Paulo, pegou a Via Dutra e foi para o Rio, depois Vitória, Salvador, e assim foi. Eu não consigo listar todas as cidades que o bagual passou, porque foram umas 2351 cidades nesse inutilmente gigantesco Brasil.

Ele foi caminhando, pegando barcos e caminhando, sem parar, sem dormir, sem descansar. Comendo e bebendo, mas em pé, sem sentar. Durante 6 anos. Quando chegou ao Canadá, com 14° negativos, disse um "Bah tchê, tá começando a ficar frio" e comprou uma camisa de manga longa.

Seguiu caminhando, passou até pelo Alaska, quando decidiu voltar. Tava com uma saudade do churrasco do tio Hélio que tinha que voltar. Mais 4 anos(em descida a coisa rende mais...) até chegar em Uruguaiana novamente.

E se passaram 10 anos e nada do nome dele estar gravado no tal livro dos recordes. Foi então que lhe avisaram que o fiscal que estaria com ele na viagem, decidiu dormir em uma capital e não o achou mais. Então, caminhando em busca do gaúcho gaudério dessa história, ele acabou registrando como seu o recorde mundial.

Filho da puta que dormiu no posto porque tava cansadinho. Era uma bixinha aquele fiscal. Uma bixa completa.

O gaúcho ficou tão louco da vida que decidiu ir atrás do idiota. Quando o achou, deu um tapão na raiz do ouvido e disse assim "mas tchê, por que tu não me avisastes que eu podia dormir um pouco?!!!".

(importada do Tosco por ser Tosco, mas de minha autoria, o que é perceptível pelo conteúdo)

3 coisas que não rendem

Agora que eu não tenho nada para escrever, pois me falta material complementar para tal(certas fotos tiradas ontem...), eu vou fazer mais uma lista. Então vamos aos fatos:

3 - Cortar a barba com lâmina sem fio.

Pára com isso também. É sacanagem, o cara lá, geralmente com pressa, e a lâmina do aparelho de barbear(não lembrei de outro termo que não fizesse referência a uma marca) está sem fio. Ou seja, tu tens que passar duzentos e cinqüenta vezes no mesmo lugar para poder cortar os dito cujos pêlos que habitam, e devem incomodar, o seu rosto. De 10 minutos, um tempo bem razoável que alia qualidade e velocidade, uma lâmina sem fio(porque dizer desafiada ficaria... estranho? e ninguém entenderia) não lhe permite fazê-lo em menos de 20 minutos. Uma porcaria.


2 - Comer um pacote de bolacha de água e sal

Sei que existem pessoas que o fazem, como eu um dia já fiz, mas é notável a dificuldade em conseguir comer um pacote inteiro(que seria metade do que se compra, já que elas vêm divididas em duas partes) de bolacha de água e sal. Mas demora. Muito mais do que comer a mesma quantidade de bolacha maria. E não rende também porque é uma bolacha meio sem gosto. Você começa a comer uma, aí vai pra duas, três, mas começa a ver que, aparentemente, quanto mais se come, mais se tem bolacha para comer. E isso entristece qualquer um, mesmo que a fome seja grande. Quem come meio pacote, no mínimo, fica alguns minutos sem comer e logo vai atrás de outra coisa, que tenha gosto.


1 - Matar pernilongo no verão

Eu já escrevi um texto cujo título era "... em meio a uma chacina pernilonguística", o que prova que sei do que estou falando. Pernilongo, mosquito, o raio que o parta. Ninguém gosta e ninguém sabe para que servem tais indivíduos, mas, também, ninguém defende-os de uma possível(na verdade impossível) extinção, pois... não acaba nunca. Vamos ao seguinte raciocínio, você mata 10 pernilongos, uma boa média, em uma noite. Você acabou de eliminar pelo menos uns 1254 outros que nasceriam a partir daqueles. Porém, eles já tinham se reproduzido, então diminua aquele 1000 e alguma coisa. Sempre haverá um pernilongo, seja dia ou seja noite. Quase sempre, porque no inverno esses desgraçados não aparecem. Mas a vida segue, e a caça a eles também.


Voltarei...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

5 maneiras para se tornar o centro das atenções(primeira parte)

Muitas pessoas confundem chamar a atenção com espontaneidade. Coisas parecidas na essência, mas diferentes, e muito diferentes, na realidade. Espontâneo é aquele que faz as coisas sem qualquer intenção de atrair olhares ou algo do tipo. Ele faz porque acha legal ou porque quer fazer. Tem sinceridade relacionada. Agora, quem quer chamar a atenção, faz de tudo para aparecer e nunca faz o que não lhe trará um olhar sequer. Vamos à lista:

5 - Quem quer chamar a atenção sobe, literalmente, em alguma coisa. Seja na cadeira, na mesa ou em na escada onde o pintor subiu para pintar a parede da escola. E não faz a menor menção de descer enquanto alguém não chamá-lo de "o cara" ou disser que o que ele está fazendo é legal. Quem quer chamar a atenção busca sempre estar mais alto do que as outras pessoas, pois só assim pode ser visto, e "admirado" por todos, em qualquer lugar que seja.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Frase do dia:

(lembrando e deixando bem claro que não copio essas frases de alguém ou de algum lugar. Escrevo-as.)

"Transformar o impossível em possível é o objetivo de vida dos malucos."

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Até os bocós evoluem

Há algum tempo, eu estaria escrevendo um texto sobre a minha falta de idéias, de assunto para ser escrito. Reclamaria de alguma coisa, que seria o motivo para tal "má fase" psicológica e criacionística(se é que se pode chamar de criação as minhas bobagens).

Não que eu reclamasse em vão. Muito pelo contrário, só escrevia reclamando da falta do que escrever quando não havia o que ser escrito. O cansaço prejudica mesmo. Atrapalha o raciocínio. E era cansaço físico e mental. Como hoje.

O fato é que não vou escrever isso porque não preciso mais. O tempo passa e aqueles que conseguem aprender alguma coisa com o passado, com aquilo que já foi, bem ou mal, vivido, evoluem. Não que eu tenha evoluído muito, mas enfim, o que eu quero dizer é que aprendi muita coisa.

Ninguém me ensinou. Ninguém tinha que, e o que, me ensinar na verdade. Coisas como essas a pessoa aprende, se achar necessário, sozinha. E acabei aprendendo muita coisa.

Como diria uma amiga minha "é bem legal na teoria, mas colocar em prática nos leva a uma outra dimensão". Não que ela tenha dito exatamente assim, mas adaptei a frase para um melhor entendimento. Ou não.

De tanto tentar, acabei aprendendo. De tanto errar, acabei aprendendo. De tanto ver, ouvir e escrever, acabei aprendendo. De tanto querer, acabei aprendendo.

Eu fazia o mesmo que faço hoje. Mas de um jeito diferente. Se há algum tempo eu ouvia música e vinha escrever aqui no blog(e o futebolista) sem deixar de ler os blogs que lia, hoje faço o mesmo. Só que com mais qualidade. Consigo prestar mais atenção ao que faço. Mesmo que sejam várias coisas ao mesmo tempo. Não é possível escrever dois textos ao mesmo tempo, mas ler um para a escrita futura de outro é possível sim. E sem deixar de cantar "...eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo...".

Definitivamente, e por incrível que pareça, até os bocós(como eu) evoluem, é só eles quererem(como eu quis)... (e ponto final).

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Frase do dia:

(eu sei que deve ser um saco fazer o esforço de abrir esta página e ler apenas uma frase, mas enfim, como são poucos os textos que tratavam de assuntos da realidade, é só olhar o histórico do blog, ou a parte que está no final da coluna à direita onde está a lista com alguns dos melhores(ou menos piores) textos escritos aqui, e achar algo a mais para ler.)

(ah, em virtude do falecimento de Dom Bruno, bispo emérito da nossa paróquia, o blog, assim como a cidade, está de luto, pois foram muitos os feitos alcançados por esse que deixou esse mundo ontem. E não é puxa-saquismo, pois devo, quase que diretamente, muita coisa a ele)


"A intensa atividade mental desgasta muito mais do que a intensa atividade física."

sábado, 15 de novembro de 2008

Mudando de idéia no meio do texto

Cansado.

Não da vida. Talvez do mundo. Sim da prática de futebol de hoje.

Não que alguém tenha interesse em saber isso, mas eu olho para minhas pernas e vejo uma mancha quase preta no joelho e uma bola inchada na canela.

Mas hoje eu queria xingar alguém.

Não, o juiz não merece ser xingando.

Tampouco meu time, que mesmo jogando várias partidas seguidas, contra adversários descansados, chegou a um honroso 4° lugar.

Muito menos ainda as pessoas que me cercam. Amigos e família.

Hoje eu queria xingar alguém.

Não pela injustiça cometida com alguém.

Também não pelas injustiças gerais que acontecem todos os dias. Depois de saber que meu amigo recebeu dois reais a mais no troco e, mesmo longe, voltou para devolver esses dois reais, passo a acreditar, mesmo que muito pouco, mais em uma possível mudança na mente daqueles que hoje destroem o planeta.

Voltando ao caso, eu queria xingar alguém por mim.

Não que pelas, poucas mas efetivas, pancadas recebidas. Nem por ter sido ofendido e subestimado. E não também por qualquer outra coisa que possam ter feito contra mim.

Pensando bem, eu não quero mais xingar alguém. Porque mesmo que alguém tenha culpa nesses pessimistas, ou melhor, realistas, pensamentos, eu não tenho o direito de fazê-lo.

Pois é.

Eu não quero mais xingar alguém. Ninguém. Qualquer ém existente.

Porque não faz diferença xingar ou não. Mas qualquer conseqüência negativa poderá ter grandes efeitos.

Fico quieto a partir deste ponto.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Frase do dia:

Entre tantos pensamentos que volta e meia surgem, ao mesmo tempo, na minha já complicada e estranha mente, uma frase foi pensada duas vezes, ganhando o direito de ser considerada como frase do dia:


Quando a mente não acompanha o corpo, nem os melhores continuam sendo os melhores.



*baseada em fatos reais

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Queimem as chapinhas!

Antigamente, tempo que corresponde há uns 20 anos, que é quase a minha idade, o simbolo da beleza eram os cabelos cacheados, voltuosos e volumosos. Mas como eu odeio a moda, não vou comentar mais sobre isso. Porque afinal, essa tendência mudou muito. Agora a onda é o cabelo liso(acredito não ter sido minha intenção esse infame e ridículo trocadilho). Aquelas que não o possuem, apelam para a chapinha.

Não sei, e também, nem quero saber quem criou tal objeto, mas se eu encontro o sujeito na rua, mesmo sendo eu um sujeito pacífico, ia dar uma tunda de laço nesse animal(o que seria uma surra, uns tapão na raiz do ouvido). Porque somente o dinheiro pode ter levado a tamanha inutilidade.

Agora vem o coro me xingando nos comentários. Porque chapinha é bem útil, porque isso e aquilo, e bababá e cacacá e merda acolá. Chupem o dedo então, porque repito, chapinha é uma ferramenta inútil.

Quer mudar a aparência e assim chamar a atenção? Bom, pinte a cara de rosa, o corpo de amarelo e desfile no centro da cidade. Chamarás muita atenção.

Sou contra o uso desse símbolo da futilidade pois, como colono(com orgulo) do quinto dos infernos do Rio Grande do Sul, aprendi a apreciar o natural. Por que algumas, mulheres e bixas, e até alguns, bixas também, acham que cabelos lisos são mais bonitos que os voltosos e irritativos como o meu?

Podem até ser, mas eu, repito, EU não abandono a minha idéia de uma busca constante por simplicidade e naturalidade, óbvio. O ser humano possui tantos detalhes, tantos sorrisos, tantos olhares, tantas voltas e linhas quase retas que mudar isso, tentar esconder ou disfarçar, é ser ingrato com aquilo que lhe fora proporcionado, quando nasceu e durante a vida.

Utópico, antigo, mais uma vez, colono, mas eu não consigo achar legal ficar se pintando, se mudando, se escondendo, daquilo que se é. Mais uma maneira de fugir. Mais uma maneira de mentir. Mais uma maneira de se enganar. Mais uma maneira de mostrar ao mundo o quanto a opinião dos outros e agradá-los influencia a sua maneira de viver. Lamentável.

Ninguém tira o meu direito de fazer essa crítica. Leitoras, que já são poucas, deixarão de passar por aqui. Nada posso fazer. Como também não posso obrigar alguém a não fazer. Se quiser, faça-o. Mas insisto... é mais uma maneira de fugir...

Pouco importam as aparências. Sim. Digo até que nada importam as aparências. Mas sabe... chapinha, gel, o raio que o parta... isso tudo seria muito mais útil na lata do lixo.

E olha lá.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Histórias do Bandiolo - cuidado com a chuva

Ele era o cara. Bonitão, gostosão e garanhão, menos do que isso não era chamado pelas mulheres que estavam por perto. Ele era o cara, não adianta. As mulheres se jogavam aos seus pés. Os amigos babavam seus ovos como se fossem mortos de fome olhando para aqueles frangos que ficam rodopiando na frente de mercados.

O cara era bom em tudo. Futebol, basquete, história, química. Incrível. Sabia sobre tudo, e todos. Conhecia a vida de todos os grandes, e até dos pequenos, da história, antiga, moderna ou contemporânea.

Só que ele tinha um problema, assim como o Aquiles teve o seu calcanhar, esse cara, que não ganha nome(eu insisto, nem todo idiota das minhas histórias precisa ganhar um nome) tinha um problema respiratório. Não, ele respirava normal, mas não podia andar na chuva sem guarda-chuva, se não se afogaria, pois suas narinas eram voltadas para cima(fenômeno da natureza, aberração? Vejam nas próximas linhas)(outra coisa, não me perguntem como um cara com as narinas voltadas para cima poderia ser tão lindo para as mulheres... não me perguntem...).

Só que um dia ele achou que era bom demais para ter medo de uma simples garoa, que não era bem mesmo uma garoa, mas enfim. Decidiu sair. 12 passos depois e menos de 10 ml de água respirados, ele caiu de costas, morto.

A arrogância leva pessoas do nível máximo para o medíocre.

E tenho dito.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Histórias de bergamota(4)

Não era época de bergamota. Não havia uma bergamota sequer nos mercados, da cidade, do estado e do país. Não havia uma bergamota sequer no mundo inteiro. Ele entrou em desespero. Seu estoque de bergamota para épocas como essa havia acabado. Teria que passar mais dois meses sem comer bergamota. Não poderia.

Alguém como ele não tinha a capacidade de agüentar mais de 1 dia sem comer bergamota. Só ele não conseguia ficar um dia sem comer bergamota. Era o fim. Não poderia viver mais naquele mundo em que não havia uma bergamota sequer.

Estava no inferno.

Em um ato de desespero, recorreu ao outro nome da bergamota, tangerina, para ver se alguém no mundo possuía uma tangerina para que ele pudesse comer.

Também não encontrou ninguém.

Era mesmo o fim, até que, foi conversar com o padre. Pediria a extrema unção para poder ir para o céu comer uma bergamota lá, afinal, as nuvens devem ser bem férteis.

O padre lhe ofereceu um suco. Ele, como que por instinto, sentiu que seu corpo estava ativo. Aquele era suco de bergamota. Mas como aquele maldito padre conseguiu uma bergamota para fazer suco e eu não?

O padre lhe respondeu:
-É suco de pacote meu filho, é artificial.

Para ele não importava, poderia passar dois meses apenas tomando suco de pacote de tangerina, que tinha o (quase) mesmo gosto de bergamota de mercado, e assim viveria até poder reencontrar seu verdadeiro amor: a bergamota pokãn.

Comprou 5.000 pacotinhos de suco artificial de tangerina e assim conseguiu viver, mesmo que em uma doce, e artificial, ilusão, pelos meses que se passaram sem bergamota.

domingo, 9 de novembro de 2008

Eu escolho o que me faz feliz



Se tem uma coisa cuja referência feita no blog sempre, mas sempre mesmo, foi positiva, é a tal da amizade. Porque é uma coisa tão inexplicável quanto o amor, até por ser uma forma de amor. No caso atual, do meu agora presente, mesmo que exausto e com dores nas pernas, quero simplesmente escrever. Porque gosto. Mesmo. E essa é outra coisa que não canso de escrever, mesmo sabendo que é um saco ler frases daquele, e também deste tipo.

Voltando à amizade, preciso dizer que hoje os meus amigos estavam diferentes. O motivo, e o contexto, para tal, não serão comentados aqui, até porque, não faz diferença, mesmo. Nunca fui tão ironizado e tão sacaneado quanto hoje. Nunca não, mas fazia tempo que não riam tanto da minha cara.

O pior da história é que isso me fez bem, mesmo que eu tenha desferido alguns poucos, e duros, golpes, que também não machucaram ninguém, felizmente. Me fez bem porque percebi o quanto algumas pessoas fazem a frase "o que importa é quem você tem na vida" ter algum sentido real.



Nem uma manada gigantesca de borrachudos(mosquitos menores, mais redondos e que chupam mais sangue), dentre as vítimas posso citar a minha orelha direita, nem um refrigerante de laranja sem gosto, nem as tentativas incansáveis de buscar a glória e a fama de alguns terceiros(que não serão citados pois seus nomes me fazem ter vontade de parar de escrever), nem a decisão inesperada, e ridícula, do antecipamento da volta, nem todas as risadas já citadas.

Nada me faz pensar que hoje foi um dia ruim. Nem o problema que tivemos com o carro do Fão, o que nos obrigou a ir de ônibus(ouvindo a famosa música da barata, dentre tantos "hits" de corno e de gente que só pede uma corda para se enforcar). Nada.

Porque afinal de contas, sou eu quem escolhe o que me faz feliz, o que me deixa feliz. Eu mesmo. Sem arrogância nem petulância, apenas com uma visão bem definida de algo que, hoje parece fazer muito mais sentido do que em qualquer outro dia que já tenha sido vivido, ou infelizmente apenas existido, por mim.


Um dia as pessoas crescem, dirão alguns. Discordo. As pessoas ganham oportunidades todos os dias, sejam elas de crescimento, evolução ou simples mudança. Aproveitar isso é que faz a diferença. É o que difere os normais dos malucos. É o que mostra quem é original e quem é cópia.

Hoje, ou melhor, ontem, foi um dia diferente. Um dia bem diferente. Um dia bem bagual. Muito bem aproveitado. Um dia que seria como qualquer outro, se a gurizada não tivesse se encontrado, se as conversas não fossem brincadeira, se as risadas fluíssem, se eu não visse aquele sorriso...

Tão longe e inexplicavelmente tão perto...

sábado, 8 de novembro de 2008

Sob condicional

Supõe-se que depois de uma aula de Português, onde a estrutura de frases e palavras fora ensinada, e quem sabe(quem sabe...) aprendida, a pessoa em questão, no caso eu, comece a escrever melhor.

O fato é que isso não vai acontecer. Não por achar que não é necessário(hum...) ou que é inútil. Mas apenas porque isso não condiz com o blog. Ele foi, e ainda é, feito por uma mistura de coisas, que não devem fazer muito sentido, afinal, a minha mente não faz muito sentido.

Esse troço, ou blog, que conseguiu a façanha(inacreditável) de já ter 3 pessoas que o acompanham, sempre foi marcado pelos erros, tanto sintáticos quanto semânticos, mas principalmente, pelos mentais.

Pessoas que possuem problemas na cabeça, e que conseguem(inacreditavelmente) não serem internadas no hospício(que ninguém me denuncie...), não conseguem escrever coisas ditas úteis. Exceto quando se sentem dispostas a fazer tal coisa.

Claro, um aprendizado significa, geralmente, um crescimento, nem que seja apenas do cansaço mental e da insanidade(quem estuda muito acaba fugindo da realidade, principalmente se o assunto é mecânica quântica, o que, no caso, não vem ao caso). Ler, estudar e conseqüentemente aprender, é um dos grandes desafios que a sociedade em si, possui. Porque afinal de contas, se buscamos alguma coisa melhor(quem sabe um mundo melhor?), devemos aprender, de todas as maneiras possíveis, para poder então usar esse conhecimento, esse aprendizado, em pró do nosso objetivo.

Na relação aprendizado x blog, não há essa necessidade, pois blogs melhores são aqueles que... bom, são aqueles em que o blogueiro está feliz com o que faz. Contente com seus textos, com suas idéias, que podem, ou não, retratar fatos que ocorrem com ele, ou mesmo suas idéias.

Talvez haja, inconscientemente, uma mudança nesse blog a partir de um aumento na minha carga horária de estudo. Talvez e somente talvez. Mesmo que eu tenha criticado esse talvez em um texto abaixo.

Não é certo e não é descartado. Mas que hoje me sinto, mesmo que quase nada, mais inteligente do que era ontem, ah, isso eu não posso negar.

O problema é que não tenho certeza de que saberei amanhã o que aprendi hoje...

Enfim, o condicional é definitivo para todo esse texto.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sim... talvez... não.

Pelo que a maioria pensa, só temos duas opções para cada situação. Basicamente pensam, talvez até pensamos, dessa maneira. Só dois caminhos a seguir. Ou a certa ou a errada. Não existe meio termo quando pensamos em decisões, rumos a dar para nossas vidas.

Porém, a algumas pessoas, inclusive as daquela maioria, sabe bem que existe meios-termos. Porque para sair de um sim e chegar a um não temos que passar por algo. O talvez. O talvez deveria, talvez, desaparecer do vocabulário. Vamos ou não? Talvez. Pro inferno mesmo.

Não é bem assim. O talvez existe e faz parte do cotidiano, do costume, da cultura... é, talvez seja isso mesmo. O talvez é um dependente tão chato quanto o se é um condicional irritante.

É difícil imaginar alguém decidindo algo(como quase sempre os textos aqui não definem muitas situações) pensando no talvez, no meio termo, no quem sabe, não no sim ou não. Complicado não ter uma idéia. Se é mais sim do que não, então que seja sim. Porque a indecisão, a enrolação, a centralização de decisões não têm muitos aspectos positivos.

O talvez permite um adiamento, já que ele depende de fatores externos ao... ao treco a ser decidido ou escolhido ou o raio que o parta. (cansei de escrever assim) Só que esse adiamento é ruim. Adiar sempre é ruim. É uma fuga de compromisso, de oportunidade, de obrigação.

Não gosto dessa fuga de compromissos. Desse adiamento. Desse talvez. Quem sabe farei isso, mas só se acontecer aquilo. Que saco. É o grande sinal de acomodação. Talvez, quem sabe, pode ser que sim ou que não, enfim, tudo isso é mostra de preguiça, de falta de vontade, de outras tantas coisas que não me ocorrem agora.

Isso é uma crítica. Àqueles que mereceriam ler. Àqueles que acham que se acomodam. Àqueles que viram uma dessas frases se encaixar em suas vidas. É uma crítica a mim também.

Droga!

Hahahah

domingo, 2 de novembro de 2008

Eu gosto é de roupa velha...

Repito, eu gosto de roupa velha, gasta, usada, desgastada, enfim, aquelas roupas que nos trazem lembranças. Um jogo, um encontro, um momento. Vários momentos. Roupas são coisas tão usadas que muitos não dão valor a elas. O que não deixa de ser aceitável, pois estamos falando de objetos inanimados que não possuem sentimento algum. Ao menos aparentemente.

Olhar para uma camisa e lembrar que a usou em algum momento que te faz parar e pensar "bah, aquele dia foi massa mesmo" ou simplesmente "puta merda, eu to ficando velho". Muitas coisas vêm à mente quando olho para minhas camisas, bermudas e moletons quase pré-históricos, de tanto que foram usados.

E geralmente é difícil se desfazer de uma roupa. Nesse caso não por materialismo, mas por uma coisa, que se fosse com outra pessoa seria chamada de elo, mas nesse caso deve, ou ao menos pode, ser chamado de... enfim, o termo faltou agora, porque não imagino uma palavra que complete essa lacuna com um sentido aceitável.

Ver uma roupa gasta, com princípios de buracos ou manchas que não saíram mais depois que foram colocadas lá, é bom. Prova de que o dinheiro foi bem investido. "Dá até para pagar de novo" dirão alguns mais exaltados, ou simplesmente "essa bermuda é bagual". Roupa velha é mais confortável, não te faz sentir-se estranho e ainda por cima, é um meio de identificação. Em cidades grandes isso pode até não servir, pois devem haver umas 520 pessoas com uma camisa rosa com tiras amarelas e azuis na rua. Mas em cidades pequenas, uma pessoa pode ser sim reconhecida, e ter seu nome escandalosamente gritado durante um andar na rua.

Tênis velho. Outra coisa interessante. Até porque, um tênis precisa ser muito bom para poder ser chamado de velho. Um ano de uso, atualmente, é requisito mínimo para "envelhecer" um tênis. Mas, no meu tempo de... criança(!!!), os meus tênis duravam uns 2 anos, mesmo jogando futebol no calçamento, inimigo mortal de tênis novo. Eu só comprava, ou melhor, pedia um tênis novo de presente de alguma coisa, quando ele, o tênis que não foi especificado, começava a apertar o meu pé...(para chegar ao tamanho 43/44 o meu pé cresceu um pouco...).

Eu sei que ler isso traz a impressão de que estou escrevendo uma coisa inútil, porém, analisando e interpretando algumas frases específicas, é possível fazer uma relação de roupa velha com qualquer coisa duradoura dentre as relações inter-humanas.

Não que eu tivesse essa intenção, mas a coisa fluiu(!) de um jeito que achei interessante continuar depois da primeira frase.