domingo, 2 de novembro de 2008

Eu gosto é de roupa velha...

Repito, eu gosto de roupa velha, gasta, usada, desgastada, enfim, aquelas roupas que nos trazem lembranças. Um jogo, um encontro, um momento. Vários momentos. Roupas são coisas tão usadas que muitos não dão valor a elas. O que não deixa de ser aceitável, pois estamos falando de objetos inanimados que não possuem sentimento algum. Ao menos aparentemente.

Olhar para uma camisa e lembrar que a usou em algum momento que te faz parar e pensar "bah, aquele dia foi massa mesmo" ou simplesmente "puta merda, eu to ficando velho". Muitas coisas vêm à mente quando olho para minhas camisas, bermudas e moletons quase pré-históricos, de tanto que foram usados.

E geralmente é difícil se desfazer de uma roupa. Nesse caso não por materialismo, mas por uma coisa, que se fosse com outra pessoa seria chamada de elo, mas nesse caso deve, ou ao menos pode, ser chamado de... enfim, o termo faltou agora, porque não imagino uma palavra que complete essa lacuna com um sentido aceitável.

Ver uma roupa gasta, com princípios de buracos ou manchas que não saíram mais depois que foram colocadas lá, é bom. Prova de que o dinheiro foi bem investido. "Dá até para pagar de novo" dirão alguns mais exaltados, ou simplesmente "essa bermuda é bagual". Roupa velha é mais confortável, não te faz sentir-se estranho e ainda por cima, é um meio de identificação. Em cidades grandes isso pode até não servir, pois devem haver umas 520 pessoas com uma camisa rosa com tiras amarelas e azuis na rua. Mas em cidades pequenas, uma pessoa pode ser sim reconhecida, e ter seu nome escandalosamente gritado durante um andar na rua.

Tênis velho. Outra coisa interessante. Até porque, um tênis precisa ser muito bom para poder ser chamado de velho. Um ano de uso, atualmente, é requisito mínimo para "envelhecer" um tênis. Mas, no meu tempo de... criança(!!!), os meus tênis duravam uns 2 anos, mesmo jogando futebol no calçamento, inimigo mortal de tênis novo. Eu só comprava, ou melhor, pedia um tênis novo de presente de alguma coisa, quando ele, o tênis que não foi especificado, começava a apertar o meu pé...(para chegar ao tamanho 43/44 o meu pé cresceu um pouco...).

Eu sei que ler isso traz a impressão de que estou escrevendo uma coisa inútil, porém, analisando e interpretando algumas frases específicas, é possível fazer uma relação de roupa velha com qualquer coisa duradoura dentre as relações inter-humanas.

Não que eu tivesse essa intenção, mas a coisa fluiu(!) de um jeito que achei interessante continuar depois da primeira frase.

5 comentários:

Flor Di Lís! disse...

Oiii Vinicius! Nossa amei o seu texto! vc é igual a mim! eu tbm nun jogo roupas fora! eu gosto de usa-las bastante! por isso fika até meio dificil axara alguma coisa dentro do meu guarda-roupas!
e nun é só assim com as roupas, mais com a vida tbm! são tantos momentos velhos que nos fazem sentir nos bem né?!

E sobre o meu post! Acredita q eu e ela somos amigas a 13 anos e nunca fiz uma homenagem pra ela?!
que vergonha!!


bjo** volte sempre!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

hum, gostei do texto...
eu tenho umas roupas velhas q eu amo e não troco por nada...hehe

ótima semana

Anônimo disse...

Nunca tinha parado para pensar no assunto...Mas é uma verdade incontestável.
Pelo que percebi pelo texto do texto (adorei a sua expressão), você é bem nostálgico. Como é bom ver em um objeto algo que marca uma vida, não?

Beijos e volte sempre ^^

Camila disse...

engraçadoo hein auhauhah :)
boom ótimo como sempre, mas eu dou todas as minhas roupas velhas pra crianças carentes :)
domingu deei umas 7blusas e uma capri velha hehee, sou alguem de bom coração ahuahuauhauh


bejoo