quinta-feira, 31 de julho de 2008

Porque o tudo não passa de um nada disfarçado... agora sem o Billi J.

Sinto falta, necessidade, desejo e qualquer outro sentimento que possa ajudar a aumentar a expressão da falta que sinto por algo. Preciso, quero, tento, busco, corro atrás do que um dia já me fez feliz, já me trouxe algo que seja bom de lembrar, de imaginar, de recordar, de querer reviver, de tentar fazer novamente.

São palavras que saem, que são pensadas ou não, digitadas, certa ou erradamente. São palavras que fazem muito sentido, pois a ausência é algo que faz sim algum sentido. São palavras, que não fazem sentido algum, porque não há sentido que se dê a algo que torne esse algo qualquer um algo real, importante, bom de se lembrar... e por aí vai.

Tento pensar, tento buscar mas só consigo imaginar. Porque é mais fácil, porque não é difícil, porque é tão simples quanto qualquer texto de alguém sensato. Não sou sensato, mas isso não vem ao caso. Fujo de minha mente, irritante, inconstante, instigante, indescritível* e incessante. Fujo ou tento fugir, de pensamentos estranhos, que sempre me levaram a agir de maneira estranha, mesmo que essas coisas não passem de atitudes diferentes, de uma pessoa diferente.

Fujo da mente que se fechou, sem saber se há nela alguma porta ou saída de emergência, fujo de um cofre de banco de filme estadunidense, em que há mais metal na porta do que no resto do banco. Fujo dessa mente que só sabe pensar, e mais nada.** Fujo dessa mente que me faz voar longe, de tudo o que tenho e de tudo o que algum dia tive.

Esqueço essa idéia, de passado, de futuro, e até de presente, para me concentrar no nada. Porque o nada é a resposta para se achar alguma coisa que se perdeu. Porque o nada faz com que qualquer coisa que ache, torne-se muita coisa, porque o nada é nada, mesmo que em todo nada haja um tudo implícito e escondido. Assim como há sempre branco no preto, e vice-versa.

Fugi da minha mente. Fugi de mim.

Apenas para escrever um texto. Que não é um texto. São letras, palavras, frases e parágrafos que não fazem sentido. Porque não há explicação ou idéia contida nesse texto. O que ele aparenta mostrar, apenas aparenta, porque não mostra nada. Porque não quero mostrar nada. Porque não preciso mostrar nada.

E tudo por que?

Porque ainda não achei algo na busca pelo nada. Porém, ao mesmo tempo, também não achei nada na minha busca no tudo. No tudo que tenho, que tive, que terei.

Sabem... não faz sentido. E o melhor de tudo... não é pra fazer sentido! Porque o sentido é uma direção, um rumo, um caminho. E eu estou no meio de um deserto. De nada, e de tudo.


*tinha que ter uma palavra para mostrar que não há intenção de rima;
**não sei se há alguma função na mente(não no cérebro) além de pensar, é uma discussão muito técnica...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Eu não sei, se eu tô certo ou se tô errado... mas falo do mesmo jeito

Encontrei mais um tempo sem ocupação. Então estou aqui, escrevendo mais uma vez.

Mas agora vou escrever, talvez, um comentário sobre algo que as pessoas fazem. Que eu admito, que fazia. Verbo no passado. E que é uma atitude que irrita muitos, principalmente aqueles que possuem conhecimento no que está sendo feito, ou melhor, falado.

Pessoas que falam sem saber do que falam.

São tantas e sobre tantos assuntos que é complicado escrever isso. Mas ultimamente tenho ouvido, mas já vi também muito disso, pessoas falando sobre assuntos dos quais não sabem uma palavra. Eu posso ter um assunto limitado, basicamente falando, mas não fico inventando opiniões e fatos que não são reais apenas para manter uma conversa.

É um saco pra quem ouve diretamente pessoas falando coisas das quais não têm conhecimento. Mas é um saco maior pra quem entende do assunto, mesmo que não seja para si que a falta de conhecimento e opinião tenha sido proferida. Só que há algumas coisas que não fazem sentido nisso. Por que as pessoas ficam inventando fatos, geralmente extraordinários, só para impressionar outra pessoa, mesmo que essa não saiba nada, também, sobre o assunto?

E estranho também é por que ficamos com aquela cara de interessados, na maioria das vezes, se na verdade, sabemos que a pessoa não sabe nada do que está falando. Só que pior de tudo é quando a outra pessoa pergunta "concorda?" ou algo do tipo. E aquela cara de quem não sabe de nada entrega a nossa ignorância quanto ao assunto, ou o desconforto por saber que quem fala não sabe nada.

E as coisas são confusas, como os motivos para tais acontecimentos. E o assunto, volta e meia, por falta de inteligência, volta para o único assunto universal, pois não há outro assunto em que duas pessoas possam trocar, no mínimo, duas frases, sem discordar em um ponto qualquer: o tempo. Não o do relógio, mas o clima, quente ou frio, chuva ou sol, úmido ou seco. Só que essa concordância acaba se alguém disser que prefere dias frios. Porque o outro escolhe, se quer agradar, concorda, caso contrário, diz que prefere frio e que simplesmente odeia dias quentes, mesmo que ele odeie frio, como odeia mesmo calor...

E essa porcaria não passa de mais coisa para se pensar, inutilmente, e que origina textos, também inúteis, nesse blog, talvez inútil.

E... tão tá!

Só de passagem(4) e sem rumo

Faz tempo que não escrevo. Nem me lembro do meu último texto. E não é por desleixo ou por não querer escrever. Não digo que não seja por não saber o que escrever, porque um mínimo é isso. Mas não tenho tido tempo de sobra. Aula, reunião, aula, recortes, aula, reunião, missa, e por aí vai. E não tem me sobrado tempo, tanto que, nas duas últimas noites, fui dormir depois da meia noite.

E o pior é continuar sem conseguir pegar no sono facilmente. Eu penso, e tento dormir, fecho os olhos, e mesmo cansado não consigo dormir. Não tomarei remédio pra isso, mas é estranho. E sei lá, não tenho comido muito ou bebido cafeína para perder o sono. Aliás, não bebo algo que contenha cafeína, em quantidade que possa tirar o sono, há algum tempo.

Mas essa falta de tempo, não me é nova. De períodos em períodos acabo ficando sem tempo para escrever, mas dessa vez tem sido grave. Almocei rápido para poder deixar algo novo aqui. Algo que nem é novo, mas enfim, é diferente do último texto.

Mas acho boa essa falta de tempo, principalmente quando algo útil está sendo produzido. As coisas até são um pouco demoradas, mas nada que tire a paciência. E tem sido interessante o trabalho feito nos últimos dias. Sei que sentirei falta das risadas durante o trabalho, das piadas, ironias e afins, que surgem durante as reuniões e recortes e coles... hehehe

Fica a minha mensagem de que se alguém quiser ler algo mesmo, diferente, que leia os melhores textos do blog, cuja lista está ao lado. São os melhores pra mim, claro.

E é isso. Por hoje.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Músicas de filme, mas não só

Volta e meia, eu me deparo com uma situação tão complicada quanto achar uma roupa limpa embaixo da cama. Uma situação que preocupa muitos, mas que não me afeta muito, apenas um pouco no momento. Mas não deixa de existir, para poder ser comentada, mais uma vez inutilmente, nesse blog.

Estamos assistindo um filme e começa a tocar uma música tri massa. Mas daí, quem canta? Qual o nome da música? E se ela aparece só uma vez no filme, é bem mais difícil de achar. Como Breakout do Foo Fighters, que toca em "Eu, eu mesmo e Irene". Demorei anos para escutar aquela música denovo. E isso que é de uma banda, digamos, bastante conhecida.

E são tantas músicas que tocam no meio de tantos filmes que nos perdemos e, se muitas vezes nem lembramos o nome do filme, como descobriremo a música? Complicado isso. Aí fica a expectativa de alguém conhecer. Mas ninguém conhece. Porque ninguém sabe ao menos de que filme tu estás falando.

E haja procura para poder achar. Se é uma música mais antiga então, a situação piora muito mais, porque há pouco material sobre o antigo que fuja da linha de Beatles, AC/DC, Elvis e Ramones. Sim, infelizmente há pouco, mesmo que esse pouco seja o suficiente para deixar loucos como eu, mais loucos ainda só em ouvir "You'll never walk alone" do Elvis, que mesmo não sendo um rock é uma música fantástica, ou "Have you ever seen the rain" do Creedence, que não tem grande "presença" nas listas das pessoas que gostam de rock, que não fogem do "Metallica, Led Zeppelin e Ramones", que são bons, mas não são os únicos grandes do rock.

The Hollies, The Faces, The Small Faces e The Glove são bandas que tocavam tão bem quanto essas famosas. Como o The Kinks, que não teve muita divulgação, por existir, em seus bons tempos, na mesma época em que Beatles, Rolling Stones e Who também tiveram no auge.

Mas eu ainda busco alguma música que escutei em filmes... e põe alguma nisso...

E acho que não sou só eu...

E é só. Por hoje.

sábado, 26 de julho de 2008

Histórias do Bandiolo - Não faça isso seu porco

Tem um ditado, usado nos EUA ou na Inglaterra que diz: "When the pigs have wings", ou quando os porcos tiverem asas, ou seja, nunca. Usam-se esses provérbios para substituir frases ou explicações. Nunca, jamais e pra sempre são substituidos por frases menos duras ou menos sérias. Só que essa que eu citei, do inglês, é interessante nessa história que eu vou escrever agora. Bem, acho eu que seja uma história.

Tinha um porco, que vivia de maneira estranha no chiqueiro. Ele comia pouco, não se sujava, estava sempre limpinho, pois da pouca água que recebia para beber, ele destinava um pouco para se limpar. Os outros porcos o xingavam, chamavam-no de idiota, pois porco era bixo sujo, tinha que comer bastante e feder mesmo. Só que esse porco, não dava ouvidos, e tentou ser diferente dos outros.

Ele via os pássaros voando e decidiu que um dia iria voar. Não sabia como, mas decidiu que antes de morrer, e de provavelmente servir de alimento para o gordão do dono da fazenda, voaria, nem que fosse por alguns poucos instantes. Só que todos os porcos riram dele, e o chamaram de idiota, mais uma vez, por querer ser, ainda mais, diferente.

Só que esse porco quis tanto, que um dia, um cientista apareceu com uma invenção, que prometia revolucionar o mundo. Eram asas para porcos. Então, o ditado citado no começo passaria a ser mentira. Colocaram as asas do porco à noite, e na manhã seguinte testariam-nas, naquele porquinho, que por ser o mais limpo, havia ganhado a oportunidade de voar.

Então giraram uma manivela, as asas começaram a bater e o porco começou a voar. Os pássaros não sabiam o que fazer, se riam de um porco voador ou se tentavam derrubar um concorrente no céu. O porco, viu um rio de águas limpíssimas, tão limpas que nem ele imaginava que existiam, e decidiu tomar um banho, para ficar mais limpo ainda.

Como não sabia pilotar aquelas asas, começou a se debater e começou a descer, rapidamente até o rio. Quando caiu, a máquina, de algum jeito, estragou e explodiu, matando o porquinho. Chegando ao céu(o que prova que aquele ditado "Deus te conserve na terra porque no céu não tem chiqueiro" é mais uma besteira), o porquinho foi perguntar para a primeira pessoa que viu caminhando nas nuvens, porque uma coisa daquelas, movida a energia mecânica e não elétrica, explodiu em contato com a água.

Essa pessoa lhe respondeu(em inglês, mas aqui será traduzido): "Porco filho da mãe, eu fiz aquela porcaria explodir para que ninguém ficasse falando que o ditado que eu criei não servia mais".

Moral da história: sempre tem um idiota pra atrapalhar um sonho

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Da série: Não é bem assim...(4) - agora não tem relação com orkut

É estranho como um comentário feito por uma patricinha pode ter originado um texto aqui nesse blog. Sim, mas originou. Esse texto. Bom, originou uns outros dois ou três, antigos, mas aqueles eram respostas, onde eu demonstrava extrema irritação com elas. Mas não vou criticá-las. Mas esse texto, talvez não tenha tanta relação com o comentário, mas uma frase contida nele me criou uma idéia.

Essa pessoa, que como a grande maioria das patricinhas que comentam aqui, não deixou e-mail nem nada para que eu respondesse. E também, não perderia meu tempo respondendo-a, apenas corrigiria, para incomodar mesmo, os grotescos e pitorescos erros de português, como o famoso "nois", agravado ainda mais pela falta do acento.

Então, ela escreveu algo como "ninguém inveja o feio e odeia o fraco", o que é profundo, se levarmos em conta que saiu da cabeça de uma patricinha. Brincadeiras à parte, porque não quero criar mais nenhum conflito(os textos contidos no blog já são o suficiente para ser xingado pelo "imenso" universo das patricinhas, e dos plaiboizinhos também), digo que essa frase pode estar correta, se levarmos em conta que somos brasileiros, que no nosso país não há educação de qualidade e que o nosso presidente é mais burro que qualquer criança de 2ª série(e com 9 dedos!!!). Porém, como eu não tenho a mente rasa, e acredito que quem lê o blog, tirando essas exceções, também não tenham, essa do ninguém inveja o feio é errada.

As pessoas invejam aquilo que não possuem. E se formos levar em consideração os números MENTAIS aparentes de quantas pessoas invejosas conhecemos, a maioria, ou talvez quase a maioria, possui certa beleza, ou seja, não é feia(esse feia relacionado com maioria, por isso no feminino). Está aí o erro. Até porque, o rico pode invejar alguém tão rico quanto, só porque aquele comprou o único modelo do carro mais potente do mundo que tenha vindo para o país. Elementar isso. Simples como plantar um feijão em um algodão. Esse invejar também está errado porque se o feio for rico, ele será invejado sim(e algumas mentes maliciosas diriam que esse dinheiro tornaria-o belo, mas eu não vou entrar em detalhes sobre isso).

Na segunda parte da frase, que vem após o "e", há o interessantíssimo "odeia o fraco". Se o fraco for um assassino, será odiado. Se o fraco for o cara que pisou no teu pé dentro do elevador, será odiado. Mais uma vez uma frase desmentida aqui. Elementar isso(2). E pensando um pouco mais, esse fraco depende muito da pessoa, e não falo de aspecto físico. Uma pessoa inteligente pode ser fraca se não souber usar a sua inteligência. Uma pessoa forte fisicamente pode ser fraca se não souber usar essa força para algo. Uma pessoa forte psicológicamente pode ser fraca ao se deparar com uma situação até então desconhecida. Ou seja, o fraco depende. E ele pode ser odiado sim. Porque o fraco foge, e quem fica vai odiá-lo. Se é que alguém entendeu.

Concluindo, ou não, foram explicações bem simples, que qualquer um poderia ter feito, mas como o comentário foi no meu blog, sobrou para eu fazer(porque mim não faz nada... hehehe). Não que o mundo fosse acabar se alguém não escrevesse isso, pelo contrário, o mundo poderia ter ficado sem esse texto, assim como eu poderia ter ficado sem o comentário no post "As patricinhas e uma tremenda falta de inspiração". Leiam e verão a quantidade de erros de português contidos nos comentários das... bom, dessas pessoas...

Tão tá!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A volta do incognificado

Vivo, não mais do que isso. Nem bem nem mal. Nem feliz nem triste. Nem falante nem calado. Irritado. Não me pergunte o motivo. Não estou irritado ao ponto de xingar tudo e todos. Não. Tampouco desconto essa raiva, que talvez nem exista, em quem me cerca. Não faço nada que não tenha feito antes.

Mas não sei, ultimamente tenho criticado demais. O tempo, os poetas e tantas outras coisas. E por esse motivo me vejo como um irritado. Não sou, mas talvez esteja mesmo irritado. Ou tudo não passa de um motivo para escrever aqui. Ultimamente os comentários têm surgido mais constantemente. Agradeço à todos. Mas é estranho isso. Os melhores textos do blog não tiveram o mesmo número de comentários que, por exemplo, aquele "não é bem assim(3)", onde, mais uma vez, critico alguma coisa.

Tenho dormido pouco, escrito pouco, pensado pouco. Ontem comi uma bergamota do pé aqui de casa, mas não quis comer outra. Estranho. É a primeira vez que como apenas uma bergamota. E as coisas parecem tão estranhas. O CQTS está ganhando coisas que só time mesmo tem, como hino e distintivo, originalíssimo, pra não dizer fenomenal.

É muita coisa que não faz muito sentido. É tanta coisa estranha que não tem preceitos. E ao mesmo tempo acredito que sejam coisas mais simples do que cortar uma fatia de pão. Só que agora não quero me aprofundar muito em pensamentos que possam esclarecer. Porque não há motivo para preocupação. Não tenho nada para fazer de urgente, o que me dá uma calma.

Segunda-feira volta às aulas, mas não sei. Talvez seja uma boa coisa, talvez não. E não sei o que essa volta às aulas me trará. Porque não sei o que faço aqui, escrevendo linhas confusas que saem de uma mente confusa. O momento seria de um novo "a cada dia um recomeço", mas preferi ficar com "a volta do incognificado".

Sei lá. Isso é o que define o momento, e por isso, o incognificado.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Também relacionado ao parágrafo abaixo...

Sempre que me foi pedido uma opinião, disse que não gostava de poesia. E não gosto. Mas aprendi a respeitar poetas. Os antigos, que eram poetas mesmo, que escreviam algo com algum sentido. Gente como Mário Quintana, que colocou em suas poesias uma genialidade que muitos dos grandes escritores atuais, sejam poetas ou não, invejam.

Então, os antigos, os verdadeiros poetas, eu respeito, mesmo não gostando de ler e não sabendo interpretar suas poesias. Só que atualmente, não existem poetas poetas. Virou tudo uma banalização do amor, da amizade, da solidão e do sofrimento. Esses "poetas contemporâneos" escrevem pensando e não sentindo. E entendo como poesia a expressão de sentimentos. Mas não há.

Existem aqueles que escrevem poesia sem banalizar, como percebemos lendo. Mas a maioria, não todos, apenas faz poesia para ganhar o status de poeta, de intelectual, que a sociedade acaba dando àqueles que escrevem 3 palavras em uma linha e rimam com a última linha da estrofe, ou com a 3ª, enfim, linha também com não mais do que 5 palavras.

Então, por criticar isso, e também por não gostar de poesia, jamais escreveria uma poesia aqui. Talvez algum dia isso mude, mas me sentiria muito estranho escrevendo uma poesia, ainda mais no lugar onde tanto critiquei poesia. Insisto, respeito poetas e poesia, mas estou no direito de dizer que não gosto e que atualmente não há uma poesia boa mesmo, só uma complexa e patética banalização de coisas.

Não quero, e agora também, não posso ser poeta. Melhor assim. Porque prefiro encher uma linha com bobagens, originais e sinceras, do que apenas colocar palavras bonitas sem fundamento, e principalmente, sem sinceridade alguma.

E é isso!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Frase, ou melhor, parágrafo de hoje:

"Quando, deitando na cama, tentando dormir, minha mente pensava no que havia acontecido, então percebi que minhas palavras estavam se tornando poesia. Ri, pensando que poderia ser poeta. As palavras eram belas e os sentimentos estavam sendo idealizados, bem como um poeta dos tempos atuais escreve, e às vezes, banaliza. Então acordei, e percebi que a possibilidade de me tornar poeta não havia passado... de um pesadelo..."

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Histórias do Billi J. - Incondicional

Essa história é para provar que não há muita continuidade mesmo nessas histórias do Billi J.,porque essa é de antes de o Billi J. e a Renata se separarem. Era verão, e o Billi J. foi até a casa da Renata para assistirem um documentário que passaria na Tv Escola. Seria sobre a história romana, origem do calendário atual e afins. A Renata preparou a pipoca, o Billi J. trouxe laranjas de casa para fazer um suco e estavam eles lá. Ele, sempre amando-a e admirando-a em silêncio(o saco é que quem leu a saga sabe o que acontece com eles no quase final das contas, e isso tira a graça das descrições dele quanto à ela, mas enfim...).

Então foram até a sala, ligaram a televisão, que o Billi J. imaginava ter umas 200 polegadas, devido ao tamanho, já que a televisão na casa do Billi J. era daquelas de 29 polegadas, antiga, daquelas que pesavam pra caramba. Então ele sentou, ela sentou ao lado dele. Ele se arrepiou. Era a hora de se declarar, mas quando ouviu ela dizer "o programa vai começar", sentiu-se um idiota e apenas olhou para frente para assistir ao programa. Na verdade, ele sabia tudo o que aconteceria no documentário, pois já o havia visto.

Então foram comer e... cadê a pipoca?

-Renata, a casa é tua, vai buscar a pipoca...
-Ah Billi, to com preguiça, busca lá!
-Ah não Renata, eu sou visita aqui.
-Se você for buscar, eu te deixo ficar com a bacia no colo.
(nesse ponto pode-se haver uma desconfiança do público quanto às intenções do Billi J., porque para ele seria mais interessante que a bacia de pipoca ficasse no colo dela, aí ele se aproximaria e tal... mas o Billi J. não pensava assim)
-E se tu fores buscar eu te explico a matéria de matemática que cai na prova amanhã...
-E se você for eu te dou um saco de bergamotas, daquelas bem grandonas.. como é o nome?
-Pokan.
-Isso! Eu te dou um saco de bergamota pokan que o pai comprou de um mendigo que passou vendendo isso aqui.
-Mas eu tenho dois pés de bergamota em casa, sendo um de pokan.
-Ah Billi, mas daí você vai ter que ir lá colher.
-Mas eu gosto, aí aproveito, levo uma cadeira e fico aproveitando a sombra de lá.
-Mas eu estou com tanta preguiça Billi, faz esse favor...
-Da última vez que o teu pai me viu na cozinha sem ninguém por perto, ele quase me chutou daqui como se eu fosse um mendigo...
-Também, você estava comendo as bergamotas dele...
-Porque tu dissestes que eu podia comer!
-Ah é.
-Então, vai buscar né Rê?
-Só se você me disser uma coisa...
-O quê?
-O que acontece no documentário?

E deram-se conta de que a televisão passava os créditos finais, como produzido pela BBC e traduzido por tal empresa, enfim créditos rotineiros. Então o Billi J. disse:

-Sim, mas só se você fizer uma coisa...
-O que você pedir, porque eu preciso aprender esse conteúdo, porque vai cair na prova da semana que vem.
(outra vez o Billi J. poderia se aproveitar, mas ele era inocente e nem havia pensado em pedir um beijo de sua amada e linda Renata, que estava ansiosa para saber o que ele pediria...)
-Pega lá as pipocas!

domingo, 20 de julho de 2008

Frase do dia:

Sem ler o texto é complicado entender, o texto é o último(pelo menos parece ser o último) da saga "A cada dia um recomeço"(clique aqui para lê-lo), mas hoje eu preciso escrever essa frase, que mostra que mesmo sem perceber, consegui aprender e crescer com tudo o que acontecia, e hoje, ao invés de escrever mais uma parte dessa saga(que eu já encerrei, mas teria assunto para mais um texto), deixo apenas uma frase, e um desejo de boa semana àqueles que lêem o blog.

"...Não será um recomeço. Tampouco uma mudança. Muito menos um renascimento. Será apenas, mais um aprendizado."

Amigos...

Amigos são companheiros(Fão), são irmãos(Ricardo), são professores(Miguel). Dificilmente os teus amigos são muito diferentes de ti. Amigos não são nada além de humanos. Amigos podem muito bem parecer não lembrar de você(Cidi), mas do nada vêm falar contigo. Amigos podem muito bem esquecer que hoje é o dia do amigo. Amigos podem não dar a mínima ao receber um "feliz dia do amigo"(Tunder), ou podem ficar muito felizes(Aline).

Amigos são diferentes. Ninguém tem só um tipo de amigo. Pode ter dois do mesmo tipo, o palhaço maluco. A chance disso acontecer é pequena, mas se eles forem irmãos, essa chance aumenta(Cleiton e Cristiano). Amigos podem também não ser engraçados(Inácio), mas mesmo assim tu acabas rindo. Amigos são diferentes porque, insisto, são humanos, erram, acertam, te xingam(Duylho, mas pode ser o Miguel ou o Tunder também), ou pouco falam com você(Renato). Amigos não estão sempre presentes(Luiz Augusto), porque isso não é possível mesmo.

Amigos não te contam coisas(Sil) ou te contam tudo(???). Amigos te ajudam mesmo sem saber(todos). Amigos te ajudam só com a lembrança de momentos que, se não lembrados todos os dias, serão lembrados nos momentos mais importantes de nossas vidas.

Agora aos membros do CQTS e da Gurizada do PL, será difícil passar os sábados sem fazer PL... que saco.

Não que seja uma despedida agora, mas talvez seja daqui há alguns meses.

Mas as lembranças, das bobagens e das inúmeras noites de sábado, ficarão sempre gravadas como momentos fundamentais da minha vida.

À todos os meus amigos, um feliz dia do amigo...

sábado, 19 de julho de 2008

Histórias do Bandiolo - A morte em 2 minutos

Parecia cena de cinema. Típico confronto entre herói e vilão. O clima estava parecido com filme de faroeste(palavra mais mal traduzida da história, o que não vem ao caso). No caso, não chovia há dias, por isso o clima seco, que parecia com aqueles filmes, coisa já citada. Aquele negão, enorme, devia ter uns 5 metros de altura(eu tenho problemas de visão, mereço um desconto), pesava o quê, uns 200 quilos?, por aí. Era enorme aquele negão. Usava um colar de rapper, aqueles bem chamativos, de ouro(pelo menos pintado com amarelo ouro era...), só para se achar.

Ele conversava em uma esquina com uns amigos, também negões(não é preconceito, apenas estou descrevendo da forma mais simples), só que não tão grandes. Os outros pareciam pobres. Um usava uma camisa do L.A. Lakers, roxa, muito chamativa, número 24, do Kobe Bryant. O outro uma camisa de manga comprida, do Forsberg. Concluí que era do Colorado, time da NHL(hóquei no gelo dos EUA e Canadá). Bom, mas tudo isso não vem ao caso. Todos usavam tênis de skatista, bem largos, o que dava a impressão que seus pés tinham uns 60 centímetros de comprimento, sem contar a largura. Os dois, que pareciam pobres, deviam ser os "baba ovo" do negão com pinta de rapper, porque os vi buscando cerveja para o "chefe" pelo menos umas 5 vezes, isso em menos de 2 minutos.

Dois minutos. Foi o tempo em que temi pela minha vida. Eu, polaco, loiro de olho azul, usava óculos. Dirigia um Uno, que meu pai havia ganho no poker, jogando com uns velhos ricos e idiotas. Estava eu no meu trabalho de esvaziar o tanque para depois encher, quando viro à direita e dou de cara com aquele negão. Comecei então a temer pela minha vida. Não sou preconceituoso, mas vi que o cara com a camisa do Lakers ajeitou alguma coisa na parte de trás da bermuda, o que poderia bem ser uma arma. Andava lentamente. Voltei meus olhos pro negão. O negão maior. Ele me olhava. Então arrisquei e olhei pra ele. Ele me olhou. Olhei pra ele denovo. Ele continuava me olhando. Olhei para frente, por algum motivo que desconheço, reduzi ainda mais a velocidade. Ele continuava olhando para mim. Olhei para ele denovo. Temi pela minha vida...

No outro dia, saiu a seguinte manchete no jornal local: "Famoso rapper e seus dois capangas são presos por atirar em um polaco que dirigia um Uno".

Felizmente havia um outro polaco dirigindo um outro Uno.



*deixando bem claro que não há preconceito, é só uma bobagem...

Da série: Não é bem assim... (3)

Uma das maiores bobagens já escritas no orkut, e ditas em qualquer lugar onde haja uma reunião, ou encontro, entre ex-colegas:

"Eu era feliz e não sabia"

Quanta bobagem em uma só frase. "Eu era feliz e não sabia" reflete toda a falta de auto-conhecimento que uma pessoa pode ter. E traz à reflexão uma idéia de "eu sou um tongo", porque era feliz e não sabia. Pessoas dizem isso muito mais para puxar o saco de ex-colegas ou ex-amigos, ou pessoas com quem fazia festa junto há tempos atrás. É uma bobagem tremenda dizer isso. Até porque, quem é feliz, é feliz, não tem como não saber. É uma forma patética de utopia falsificada do passado. É querer imaginar que o passado era melhor do que o presente. É querer desmerecer o que se tem atualmente. E só não é mais bobagem pelo primeiro argumento, o do "eu sou um tongo". Pessoas que dizem essa frase geralmente a dizem para se fazer de coitadinhas e tentar receber um "o que aconteceu?" carinhoso de uma guria tri linda que eles querem conquistar. Ops, estamos no século XXI, então usa-se o termo "pegar". Tudo isso se baseia nos outros, porque são os outros que falam.

E por aí vai né.


Essa série prova o quão boba é a sociedade atual, com frases feitas e idiotas pra lá e pra cá, feito bola de pingue pongue em mesa chinesa.*

*os chineses são os maiores ganhadores de medalhas no pingue pongue na história das Olimpíadas...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

(sonho, dormir, tentativa frustrada, imaginação, tênis, relógio, tempo)*

Deito na cama, viro para o lado e tento dormir. O dia não tinha sido cansativo. Nada havia feito para ficar cansado e dormir tranqüilamente. Mas não esperava não conseguir dormir. Porque, mesmo tendo certa dificuldade para dormir, ultimamente eu ficava ouvindo rádio e pegava no sono. Então liguei o rádio. Ouvi uma entrevista com um psicólogo, sobre relacionamentos. Mas como ouvintes ligavam para perguntar e eu não agüentava mais uma pessoa muito chata que ao telefone falava, desliguei o rádio.

Virei para o outro lado e voltei a tentar dormir. Aí surgiu o barulho do relógio. E quando se percebe que o relógio faz barulho, este começa a ser irritante. Porque é um toc toc e não um tic tac. E eu não queria levantar. Estiquei o braço, peguei o chinelo e atirei contra o relógio, que é daqueles de parede. Droga, eu errei o alvo. Peguei então um tênis, atirei, no escuro, sem ver direito o alvo, e acertei. O relógio caiu no chão e o barulho se foi.

Pensei que poderia dormir tranqüilo, mas não. Os cachorros latiam. E como eu odeio aqueles guaipecas da casa da frente, e os vira-latas da oficina. Que raiva, qualquer mosca que passa na frente e começa uma barulheira infernal. Eu deveria ter atirado alguma coisa neles, só que teria que achar uma pedra antes, e no meu quarto, pelo menos até agora, não há pedras. Esperei que o barulho cessasse para então dormir.

Após alguns minutos de silêncio, percebi que não era o rádio, ou o relógio, os aqueles malditos cachorros que não me deixavam dormir. Minha mente falava mais alto. Pensamentos borbulhavam feito experiência de cientista de filme, sem nenhum sentido claro. Pessoas passavam, situações passavam, momentos passavam, mas nada muito claro. Resolvi dar um nó na mente e comecei a pensar em algo fácil. Futebol.

Organizei a minha mente para o futebol e até comecei a falar sozinho, discutindo a rodada do brasileirão. O flamengo perdeu, o inter ganhou, o Grêmio deixou de ganhar, e por aí vai. Aí então percebi que não adiantava fazer aquilo, eu não conseguia dormir. E duvido que houvesse algum remédio que me fizesse dormir naquele momento.

Sem perceber, acordei hoje de manhã, próximo das 9 horas. Com sono. Só que acordei pensando que havia vivido demais nesse tempo no sonho. Uma longa história, com pessoas e fatos reais, mas distorcidos, aconteceu. E parecia tão real. Foi divertido lembrar do meu sonho, dessa imaginação do meu subconsciente. Divertido porque eu realmente acordei pensando se não havia feito aquilo mesmo. Sem maiores detalhes sobre o sonho porque já escrevi demais. E o mais importante, que eu não conseguia dormir, e dormi do nada, sem nenhum remédio ou fórmula mágica como contar carneirinhos, já foi escrito.

Tão tá!


*o título é composto pelos marcadores, porque não há um título cabível para esse momento

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Que a noite traga...

Acabei de ir chavear o portão, lá fora de casa, óbvio, então olhei para o céu, vi estrelas, vi a Lua cheia, refletindo luz e idéias para meros terráqueos loucos como eu. Hoje, nem a vitória do Inter me tira, não um sorriso, mas uma alegria, mesmo que não haja um motivo concreto para tal.

Só posso terminar esse pequeno post escrevendo um trecho de uma música bem bacana...

"... que a noite caia, de repente caia, tão demente quanto um raio, que a noite traga, alívio imediato..." - Engenheiros do Hawaii

Histórias do Billi J. - uma rua não muito familiar (final)

(continuando...)


Na última casa da rua morava uma jovem, linda por sinal, mas que ouvia sertanejo o dia inteiro. Diziam que ela era filha do dono de uma grande empresa multinacional com uma alemoa que fora deserdada pelos pais e morta em um incêndio em uma loja de extintores, mas nada disso passava de boato, imaginação, porque ninguém sabia ao certo o que acontecera. Só que essa guria estudava também. Algumas vezes ia conversando com o Billi J. dentro do ônibus. O nome dela era Marina. Morena ela. Até lembrava um pouco a Renata. Mas enfim. O Billi J. nunca tinha a visto sorrir, exceto no dia do casamento da velhinha com o rapaz estiloso, quando a banda tocou "Coração sertanejo", sua música favorita. Bom, no lado da casa dessa guria, morava um jornalista, muito inteligente. Discutia sobre qualquer coisa, sempre tendo razão. Sim, ele achava que tinha razão sempre, que a sua opinião era a certa. Queria trabalhar no New York Times um dia, mas nunca fez menção de aprender inglês. Dizia-se bom demais pra isso.

O Billi J., em pouco tempo, conheceu todos os vizinhos. Estavam sempre na rua no final das tardes, conversando. Eram uma quase família. Tirando o Pedrão, que pouco falava e pouco aparecia, mesmo sendo sempre convidado, os outros tratavam-se como vizinhos. Claro, que toda semana tinha uma briga para ver quem iria limpar a sujeira dos deliciosos, mas farelentos, bolos que a velhinha fazia, mas nada que impedisse que eles comessem o resto do bolo no outro dia.

Voltando à velhinha, ao contrário do que todos pensavam, o rapaz estiloso não era um golpista. Descobriu o Billi J., que ele era um grande Engenheiro Químico, dono do maior laboratório de pesquisa do país. Ninguém acreditou no Billi J., até que ele provou mesmo. Então todos foram perguntar para o rapaz estiloso, por que ele havia se casado com uma velhinha, que mesmo sendo simpática, não passava de uma velhinha. Ele respondeu que tinha uma doença degenerativa e que sentia-se obrigado a fazer feliz aquela velhinha que tanto ajudara a sua mãe. Casou-se com ela para que a mesma ficasse com todo o seu dinheiro quando morresse. Não queria que os acionistas do laboratório usassem um só centavo do que ele havia batalhado para conseguir, sem nunca sequer roubar um centavo de alguém.

Passaram-se algumas semanas e ele morreu. O rapaz estiloso. Fora enterrado na frente da casa da velhinha, o que deixou os outros vizinhos apavorados, menos o Billi J., que nunca teve qualquer problema com esse tipo de coisa. Afinal, os mortos estão mortos. O Billi J. sentia-se mal apenas por pensar, influenciado pelos outros vizinhos, que o rapaz poderia dar o golpe do baú. Então ficou triste. Até porque, descobriu tudo o que o rapaz estiloso fez, todas as pesquisas, e o tinha agora, como um exemplo de caráter. O Billi J. seguiu a sua vida, estudando cada dia mais, mas nunca se esqueceu da lição que aprendeu com aquele rapaz estiloso...

Seu irmão, começou a conversar mais seguidamente com a Marina, a colega de conversa do Billi J. na ida para a faculdade. Ela nunca tivera qualquer intenção com ele, mas sem querer, ele se apaixonou por aquele olhar triste que ela emitia ao mundo. Só que, se alguma coisa aconteceu, eu já não sei dizer, porque talvez, isso seja assunto, para uma próxima história do Billi J. ... .

Histórias do Billi J. - uma rua não muito familiar (parte 2)

(continuando...)
Bom, voltando ao rapaz que sempre visitava a senhora da casa amarela, deve ser dito que aquela era uma senhora mesmo. O irmão do Billi J. descobriu que ela tinha mais de 70 anos. Aquele rapaz devia ser neto dela, ou filho, ou namorado da neta, enfim, alguma coisa racional. Nunca pensaram besteira, até o dia em que, ao se despedir, a senhora e o rapaz olharam para os lados, não viram ninguém na rua, luzes todas apagadas e se beijaram. Com fúria, com amor, com paixão e com sei lá mais o que. Só não contavam que Billi J. e seu irmão estavam caçando vaga-lumes ao lado da casa. E viram a cena.

Sentiram-se perdidos no mundo. Como poderia uma mulher tão velha beijar um cara tão novo? São os novos tempos, pensaram. Logo, a imagem de bondosa que aquela senhora lhes deu ao, no momento em que se mudaram para a rua, dar-lhes um bolo, daqueles tipo tortinha que só senhoras velhas sabem fazer, aquela imagem, havia desaparecido. Porque a senhora não se continha e estava pressionando o rapaz contra a parede. Sim, passaram-se os comentários, o espanto de Billi J. e seu irmão, e a velhinha continuava beijando o rapaz, que não negava nada e continuava no aperto também. Algum tempo depois descobriram que ela se julgava novinha ainda porque tinha sido miss bairro em mil novecentos e lá vai paulada. E sempre estava se arrumando, para o seu amado rapaz. Todos os vizinhos desconfiavam dele. Tinha bem o tipo de ser um golpista. Será que ele não queria dar o golpe do baú na velha?

Essa dúvida durou por muito tempo até que todos os moradores da rua sem saída, incluindo Billi J. e seu irmão, foram convidados para o casamento da velha, digo, daquela velhinha simpática, porém safadona, que morava na casa amarela, a única casa amarela da rua. O casamento seria lá mesmo. Trancaram a rua e o altar ficava ao final da rua, onde havia um muro, do qual a poucos metros, passava um imenso duto por onde passava todo o lixo da indústria de bonecas loiras polacas. O altar, o padre, os noivos, todos prontos. O casamento aconteceu com muitas interrupções, pois os convidados conversavam muito sobre o golpe do baú. Nunca acreditaram que ele amasse-a mesmo. E aquela velha, que tonta, cair num golpe desses. Casaram-se então os dois. A festa, realizada ali mesmo, contou com a animação de uma banda, que ninguém sabe ao certo qual era. Especula-se que eram os Detonautas, porém, outros acham que era o NX0, mas outros ainda diziam que não passava do Mano Lima camuflado. O fato é que durante toda a tarde a banda tocou tudo quanto é tipo de música.

Ninguém sabe ao certo como, mas os dias se passaram e o casal não se desgrudava. Saíam juntos todas as manhãs. Dividiam até bombons no meio da rua. Jantavam fora de casa, e aquela cena em que as pessoas comem do mesmo prato de macarrão, e de repente vão chupando o macarrão até se beijarem, era rotineira. Chegava a ser engraçado. Porque eram apenas eles que faziam isso. Tinha o Pedrão Pneumático, dono de um mercado, que era rabugento e se julgava bom demais para o estabelecimento e para tudo o que tinha, inclusive bom demais para os vizinhos.

O professor da universidade, que dava aula de música só para dizer que tinha emprego, porque queria tocar em uma orquestra fora do país, era outro morador daquela rua sem saída. Tinha a esposa dele, que se julgava tão boa empresária quanto o milionário do Roberto Justus. Tinha a Ritinha, negrinha ligeira, que só não roubava mais porque na sua casa não cabiam mais coisas. Só que ela roubava em outros bairros, o que deixava os outros vizinhos tranqüilos. Tinha o vereador gordinho que puxava o saco de todo mundo e criticava o atual prefeito, já que era época de eleição e ele iria ser candidato a prefeito. Mas queria ser mesmo era presidente do país, isso sim era cargo para alguém como ele. O vereador era casado, mas sofria com acusações da imprensa de que ele traía sua mulher com uma coveira, o que era sempre negado pelo mesmo.

(continua...)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Histórias do Billi J. - uma rua não muito familiar

(para ler as histórias do Billi J., clique aqui)

Depois que fora obrigado a separar-se de Renata, Billi J. mudou-se para fazer faculdade de Engenharia Química. Tinha muito para estudar, até porque, mesmo com as boas notas, no ensino médio, apenas aprendera o básico, porque seus olhos só olhavam em uma direção. Billi J. precisou usar óculos, o que agora era bom, porque ele já tinha a mania de ajeitar o óculos, mesmo sem usá-los. Billi J. estava diferente, usava camisas de gola e escovava os dentes 4 vezes por dia. Tomava banho 2 vezes ao dia, o que dava uma enorme conta de água no final do mês.

Mudara-se para uma cidade bem maior, uma semi-capital do país onde vivia. Mas, ao contrário de todos os outros, decidiu por morar em uma casa, até porque, o fato de seu pai receber uma aposentadoria gigantesca por ser ex-militar, lhe dava o direito de viver bem. Uma casa, em uma rua sem saída, no bairro mais seguro da cidade. Os moradores pagavam a polícia para que fizesse uma segurança especial, o que tinha levado o bairro ao Guiness Book como a localidade mais segura do mundo, sendo imune de assaltos há mais de 4 anos.

O Billi J. morava na casa da esquina. Saía cedo. Mas antes acordava seu irmão, que estava terminando o ensino médio. Billi J. conversava pouco com os vizinhos, mas seu irmão, lhe contava tudo o que acontecia, tudo o que via passar naquela rua. Porque afinal, eles moravam na esquina, então, sabiam de tudo o que entrava e saía. O irmão de Billi J., cujo nome não me recordo até o momento, era muito detalhista, e conhecia as pessoas só pelo jeito de andar. Billi J. o admirava por isso. Queria aprender a ser assim, mas todo o estudo de estruturas químicas não lhe dava tempo. Sentia falta de Renata, e quanto à isso nada poderia ser feito. Falavam-se por longas, mas curtas, horas no fim de semana, quando ele não dormia apenas para falar com ela(ela morava agora em Liverpool, e o fuso horário era um saco).

Todos os dias, lá pelas três da tarde, vinha um rapaz, que só por ter barba e cabelo de roqueiro não era um guri, caminhando. Adentrava a rua com calma e sempre batia na porta da casa amarela, a terceira do lado direito da rua sem saída. As casas não tinham grades, eram como as de filme no EUA, só um gramado na frente, com umas merdas de uns anões de jardim. Ah, como o Billi J. odiava anões de jardim. Seu irmão sempre ria desse hábito do Billi J. de xingar os anões de jardim.

(continua...)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Bah, esqueci o controle remoto

Cena 1: eu e o Fão, grande goleiro do CQTS, estávamos assistindo a um jogo no sábado. Em determinado momento, motivado pelas interessantes conversas, não prestamos atenção em determinado lance. Alguém gritou lá da quadra: que acharam da minha defesa? Como não vimos o lance, pedimos o replay, mas como não era jogo de tv, ficamo sem ver a defesa.

Cena 2: um tongo vai colocar uma camisa, mas acha que ela está virada, então desvira-a, só então percebe que ela estava na posição certa para ser usada e fica pensando "porque eu não posso voltar 5 segundos atrás?".*

Nessas duas, e em tantas outras centenas de situações, gostaríamos de poder voltar atrás, para ver o lance novamente, para não virar a camisa que está do lado certo, para evitar que pisássemos naquela maldita poça de água, para que não esquecêssemos da carteira, enfim, para tudo o que se faz sem querer. Ou sem saber das conseqüências.

Não quero entrar em um sentido mais profundo do que a intenção desse texto. Porque não quero falar de voltar atrás e evitar os erros, até porque, errar é bom, é aprendizado, é recomeço. Até porque, se fosse escrever sobre momentos em que queria voltar no tempo... escreverei por muitas linhas... . Então fiquei pensando apenas nessas situações casuais. Ocasionais. Rotineiras. Situações que todos enfrentam. Quem não gostaria de voltar 5 segundos no tempo e evitar o nó desnecessário que foi dado em uma corda, ou o empurrão que derrubou aquela guriazinha do balanço da pracinha.

Quem não enfrenta no dia, uma daquelas claras situações que acontecem quando assistimos um filme no DVD, ou no agora antigo, VHS, que não entendemos o que o cara disse, ou queremos rever a cena, de tão engraçada que foi. Apertamos um botão e pronto, podemos ver novamente a cena. Seria tão fácil se cada um tivesse um controle imbutido. Para poder voltar 5 ou 10 ou até 1 minuto, só para, não evitar um erro, mas evitar uma tragédia, como molhar o tênis branco recém comprado ou sujar o chão recém limpo com aquela meleca chamada geléia de uva.

Quem não gostaria de, pelo menos uma vez, ver como é voltar no tempo, no sentido literal e não apenas com pensamentos, que por vezes, só atrapalham a vivência. Parece superficial e é para ser superficial essa volta, porque insisto, não quero pensar em algo sério hoje. Mas seria muito estranho. Se alguém voltasse no tempo, como ficaria o resto do mundo? Essa pessoa teria 5 segundos a mais de vida? Enfim, são questões que só o Billi J. poderá responder um dia.

Até lá, sigo me arrependendo de ter esquecido o controle remoto no momento em que nasci. Porque seria bem útil naquele momento da camisa.

Tão tá!


*sim, o tongo era eu

Sobre o blog

Há algum tempo deixei de apenas colocar blogs por motivo de parceria. A lista ao lado, remodelada graças ao nosso amigo blogger.com, contém alguns blogs, dentre os quais os meus outros 3, sendo que leio-os quando posso, ou melhor, quando quero ler alguma coisa. Li vários blogs interessantes hoje mas infelizmente esqueci de copiar o link. Enfim, um dia desses eu acho denovo. E coloco na lista.

Acho que é bom evoluir. O blog evoluiu agora. Espero que o dono do blog também possa evoluir. Se tornar mais prático. Ainda.

Mas é isso.

Férias interrompidas hoje pelo curso de inglês.

E é só.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Histórias do Bandiolo - Sobre uvas e cachos

Em uma região montanhosa, propícia para o plantio de videiras. Os chefões, que arcavam com os gastos em busca dos altos lucros que as uvas daquela região geravam, com o vinho mais apreciado por todos aqueles que algum dia já beberam vinho, não vêm ao caso. Os pau-mandados dos agricultores, ou colonos, como queiram, também não entram na história.

Mas tinha uma uva, que não era um cacho, mas sim, apenas uma uva, uma bolinha de um cacho, que se sentia muito apertada. Também, tinha pelo menos umas 7 uvas que praticamente a espremiam. Ela ia ficando a cada dia mais murcha, porque até o cabinho(se alguém souber o nome certo daquilo, comente, que lhe chamarei de inteligente)* não conseguia lhe fornecer todo o alimento que precisava, até pelas outras uvas o espremerem e também por puxarem para si a seiva elaborada(que seria o alimento? - não sou bom com biologia)*, deixando para essa uva, pouca coisa.

Essa uva, esse grão de uva, ia perdendo a cada dia a forma de um grão de uva. Já não era mais redondo, mas enfim, ainda estava viva, ou vivo. Só que aquilo não bastava. Ela queria ser maior do que era, maior do que todos os outros grãos de uva do cacho(ch ou x?)*, e quem sabe, de toda a videira, ou melhor, de todo o mundo. Queria ser a maior. Custasse o que custasse, queria ser lembrada nos livros de biologia de todo o mundo como o maior grão de uva da história.

Então tanto esforço fez, que conseguiu, de algum jeito, conseguiu crescer de maneira espantosa. As outras uvas, ou os outros grãos, como queiram, não sabiam como, aquela uva tinha crescido tanto, mas nem por isso ficaram com inveja. Aquela uva se sentia o máximo, porque era a maior, a que continha mais conteúdo dentro de si, a que mais renderia vinho, da videira, e da história do planeta.

Queria que o vinho que fosse feito consigo, tivesse na embalagem "feito com o maior grão de uva da história". Seria uma edição única. Até porque, era única. E como se sentia orgulhosa por ser única. Era diferente de todas, maior que todas, melhor que todas, mais pesada e bonita que todas.

Só que tudo isso estava prejudicando o cacho. Ela era pesada demais para o cacho. E julgava-se já pronta para ser transformada em vinho. Só que não contava com o filho da mãe do filho do agricultor, que quando a viu, simplesmente gritou "essa é a maior uva que eu já vi" e depois a comeu.

A uva não fora transformada em vinho, e tampouco virou lenda, porque o guri, após mastigá-la, afogou-se com tamanha quantidade de conteúdo* que havia dentro da uva. Sim, a uva não foi transformada em vinho e ainda conseguiu afogar o guri. Toda a ambição da uva não tinha rendido nada e ainda prejudicara alguém inocente.

A moral da história não é "não tenha os olhos maior do que a barriga" ou "contente-se com aquilo que você tem".

Essa história não tem moral. Ela é apenas uma história, diferente. Mais uma história que será esquecida um dia depois após ser lida.

O que não é tão ruim assim...

*tudo isso prova a falta de conhecimento desse escritor de blog

domingo, 13 de julho de 2008

Lembrando que...

... não há nada tão ruim que não possa piorar...

Parabéns

Não importa se é Beatles ou Elvis, se é Creedence, Ramones ou Green Day. O importante é que seja rock. Isso sim é música. Assim como o jazz.

A melhor banda é opinião pessoal. A maior banda, é complicado dizer. Quem mais vendeu foi o Elvis, quem chegou ao topo mais rapidamente foram os Beatles. Mas são tantas bandas que não ganharam destaque, mas que fizeram um rock tão bom quanto as famosas. The Faces, The Kinks, Cream, Rush, não são comentados, se comparados com ruídos que ouvimos, mesmo que não querendo, diariamente, mas foram tão boas quanto as grandes bandas do rock.

Começou e nunca vai terminar. Esse é o rock, que molda gerações, mas que ainda tem os seus problemas, o que no caso, não afeta o rock, mas sim, quem faz. Ultimamente não ouvimos grandes bandas, mas o passado nos salva.

E sempre salvará.

Parabéns ao rock. Ao bom e velho, Rock'n roll!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Respondendo às mentes vulneráveis

Quando tenho tempo livre ou quero descansar de um grande esforço, procuro ler. Jornal, revista, blog, enfim, o que tiver letras e algum sentido, que não precisa ser literário, eu leio. Porque gosto mesmo, assim como gosto de escrever. Me diverte, até alivia algum tipo de tensão. Exceto por um tipo de leitura, a de comentários de outros blogs.

Não gosto de ler a opinião dos outros em comentários, até porque, isso provavelmente basearia o meu comentário, se é que o faço. Então não leio. Só que quando não vou comentar, e dependendo do assunto, eu leio. Quando acho que algo pode ser útil, leio. Mas há tempos eu tenho ficado muito incomodado com comentários em alguns blogs.

Aquela história de gaúcho viado, já é conhecida por todos. Usada apenas pelos ignorantes asnos que têm ainda a petulância de se julgarem seres inteligentes. Estúpidos aqueles que julgam um povo por terem sido manipulados, historicamente, pelos meios de comunicação dessa merda de país que chamam de brasil. Não sei quem foi o idiota que começou com essa bobagem infundada.

E também tanto faz. Porque todos sabemos que homem não é quem se proclama, como os animais de outros estados, que se julgam superiores só por serem o estado mais povoado ou por terem as mais belas praias. Eu prefiro o pôr-do-sol do Guaíba à qualquer outra praia. E não é fanatismo. É defender uma causa. Uma luta.

É tão fácil chamar o povo gaúcho de gay, que nem graça tem. Toda superioridade aparente indica uma inferioridade real. E vocês, que tanto se julgam homens, machos, fortes, só porque fumam e bebem sem qualquer respeito à vida, não passam de montes de merda. Se bem que merda ainda serve para adubar terreno. Vocês, nem isso.

Antigamente eu ficava irritado mesmo, mas há tempos não. Tenho coisas importantes com as quais devo me preocupar. E essas merdas todas que são ditas e jogadas em vossas mentes vulneráveis que guiam pessoas sem personalidade alguma. Falam apenas por falar, porque os outros falam. Falam porque não são inteligentes o suficiente para fazer algo que preste.

Esse chapéu vai cair na cabeça de quem merece. E que não me venham com a história de que ofendi qualquer outro povo, porque a minha resposta é direcionada apenas àqueles que merecem.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Da série: Histórias do Bandiolo... "Inacreditável"

Um sítio. Uma fazenda. Um rancho. Tanto faz. Porque aquele era um lugar afastado do mundo. Da sociedade. Da violência urbana. Roubo só se fosse de perna de salame do idiota do José Pato. E mesmo assim, só quando ele ia visitar a filha dele na capital e deixava a tonta da Jacozinha cuidando da casa. E era uma guria bem bocaberta aquela lá. Tonga que dói. Era só dizer que o dono da casa tinha mandado buscar uma perna de salame, que ela deixava pegar quantos quisesse.

Só que a tonga e o idiota do José Pato não entram na história. Bom, não participam mais. Nem eu, o contador desse causo. Nem o dono do sítio onde ocorreram os fatos. Se é que os fatos podem mesmo ser contados aqui. Enfim, como sou contra qualquer tipo de censura, vamos, ou melhor, vou à história.

Ele era jovem. No auge da idade. Talvez tivesse o mundo a seus pés. Porque ele, além de forte, era inteligente. Bom, não muito, porque nessa história há aquele paradigma de que força e inteligência são coisas que só se pode possuir uma. Assim como beleza e inteligência. Ou você é um, ou é outro. Então. Ele queria mais era aproveitar a vida. Correr por aí, livre. Já que morar no meio do nada, sem qualquer tipo primitivo de civilização, por si só, já dá uma grande, talvez imensa, liberdade.

Sempre arrastara a asa para a fêmea do sítio vizinho, aquele sítio do idiota do José Pato. Sempre arrastou uma asa para aquela fêmea linda, estonteante, mais bela do que a própria beleza de uma cachoeira que derramava a sua água ali perto. Seu sonho era levá-la para ver o pôr-do-sol no alto daquela cachoeira. Seus amigos que já haviam feito tal feito, com outras fêmeas, é claro, diziam que era o que de melhor poderia ser feito para que ela caísse aos seus pés. Ficaria louca por ele.

E ele, todo se achando, o fez. Lutou e tentou convencê-la de que ele não era mais um. Trabalhou para ajudar a família dela. Conseguiu comida. Acabou com uma série de pequenos furtos que aconteciam no galpão da família dela. Nem olhava para qualquer outra fêmea enquanto estivesse com ela, por mais que a fêmea fosse uma baita de uma beleza de fêmea. Não era mais o garanhão de outras épocas.

No final de tudo, o esforço valeu à pena. Levou-a até o alto da cachoeira e dois meses depois ela já estava grávida dos seus primeiros filhos. Só que um imprevisto aconteceu. Começou uma epidemia. Que matou todos os machos da região. Menos ele, o nosso forte e disposto protagonista. Ninguém conseguia explicar como apenas ele, e só os machos, haviam morrido.

Mas como a espécie seria procriada? Depois de todas as outras fêmeas insistirem, a esposa do nosso "herói" permitiu que ele fosse objeto de uso de todas as outras fêmeas, para o bem da espécie. E, aproveitando a deixa, o nosso protagonista entrou no espírito e foi a caça. Era uma atrás da outra. E não parava. De um lado para o outro, do outro para o um e do um para o outro, o nosso "herói" ia fertilizando todas as fêmeas da região(isso não é uma bobagem, leiam o final e entenderão).

Chegava no final dos dias exausto. Sim, para todas aquelas fêmeas eram necessários vários dias. Porque havia uma época, depois no resto do ano, elas ficariam apenas comendo milho e cuidando das crias. Tudo pelo bem da espécie. Os dias foram passando e o nosso herói já não sabia quem faltava. Supunha que estavam se aproveitando dele. Decidiu então ir para a horta e se enforcar num pé de cebola. Pensou em sua esposa. Ela se aproximou dele(tudo muito rápido, eu sei), e simplesmente, deu-lhe uma bofetada na raiz do ouvido. Como poderia deixá-la criando o filho deles sozinha?

Mas ele teria que sustentar todos os outros filhos. Decidiram e fugiram. Esqueceram os problemas. Fugiram como covardes. Como galinhas. Será porque era mesmo, galinha e galo? Sim. Também por isso. Mas o nosso "herói", que agora foi revelado ser um galo mesmo, teria que alimentar todos aqueles bicos. E já não agüentava ser usado como objeto de satisfação daquelas galinhas que só pensavam nas melhores espigas e nos melhores enfeites para se usar durante a botação dos ovos.

Fugiu dos problemas. Como uma galinha. Mas ninguém ia saber daquilo mesmo.

Então bicou o último milho da espiga, subiu na cerca e dormiu no pau da cerca.

No sítio, nunca mais tiveram notícia do galo. Nem precisava, porque a raça foi extinta. Não havia mais galinhas lá no sítio, e na região inteira. O galo era estéril...

E essa, é mais uma das histórias, que o povo conta... ou pelo menos começará a contar a partir de hoje...


Que bobagem einhô Batista?!


Tão tá!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Histórias de bergamota

Era uma vez uma bergamota. Aí eu comi ela.

Fim.



*baseado em fatos reais...

Exagerado...

Em qualquer conversa que conte com a participação de pessoas com a mesma opinião, ou basicamente a mesma opinião, chega sempre o momento do exagero. As pessoas podem até tentar, mas dificilmente conseguem ser racionais durante toda uma conversa. Porque o exagero faz parte de uma conversa da mesma maneira que uma semente faz parte de uma melancia. É um saco tirar, por isso sempre deixamos ele, o exagero, ou ela, a semente, lá, seja esse lá a conversa ou aquela suculenta melancia.

O exagero é representado, geralmente, por um sempre, nunca, são todos, é tudo, ou termos relativos com um mesmo significado. Até seria possível extinguir esse exagero das conversas, sempre cuidado os exageros dos outros e pedindo que cuidem do nosso. Mas já é tão difícil prestar atenção em algumas pessoas, imagine então se tivéssemos que cuidar dos exageros delas, ou deles.

O começo do texto fala em opiniões iguais de pessoas diferentes. Mas talvez, dependendo muito do caso, haja um exagero maior, mais radical, em conversas de pessoas diferentes com idéias, muito, diferentes. Para quem ouve uma conversa dessas então, é uma graça. Porque o exagero é usado para, não só elevar a sua opinião, como, talvez principalmente, denegrir e esculachar com a opinião do outro.

Porque aquele cara sempre foi um idiota, aquele jogador sempre jogou mal, aquele cantor sempre erra o tom, aquela guria sempre usa rosa com bolinhas amarelas, aquela outra lá então, sempre fazendo fofoca, a outra tonga lá, sempre emotiva. E para quem pensa que o exagero é ruim, tenho que discordar um pouco.

Não que ache bom exagerar, mas até por muitas vezes, ter exagerado, até demais, em críticas e textos sem fundamento, não posso simplesmente criticar o exagero aqui. Porque seria uma mudança exagerada, radical, e nesse caso, desnecessária. Quem exagera, o faz por algum motivo. Talvez questão de personalidade. Mas quem exagera deve continuar exagerando, sem exageros.

Porque dizem, leiam bem, dizem, é necessário sempre um equilíbrio, para que nada saia do normal. Como não sou adepto de uma normalidade banal, é necessário que haja um exagero, em qualquer lugar que seja. Se é pra xingar, xingue mesmo. Se é pra gritar, grite até ficar rouco. Se é pra ficar quieto, não fale uma palavra. Porque manter tudo no equilíbrio é monótono. Sempre chegar até tal ponto e parar, só para manter o equilíbrio, desanima. Não que eu aprove aquela do, se é pra beber, vamos beber até cair. Mas as pessoas precisam exagerar para mudar um pouco a forma de ver o mundo. Sempre do mesmo jeito, sempre equilibrado, sempre sem exageros, sempre passivo.

E pode até ter ficado a impressão de que o exagero esteja associado a inconseqüência, mas não. O exagero está associado ao sair da rotina, na qual, sempre buscamos o equilíbrio. Há tempos tenho tentado me equilibrar, mas é difícil deixar de exagerar totalmente. E percebo que esse difícil é bom para de vez em quando, sair da rotina de sempre baixar a cabeça e olhar para os pés. Mas se começamos, vamos até o fim.

Claro, sem exageros.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Já não sei mais

As pessoas têm defeitos. O mundo tem defeitos. A vida em si é considerada por alguns um defeito da evolução. E claro, eu também tenho defeitos. E vários. Mas sem descrever nada em específico sobre os graves defeitos que tenho, escrevo sobre um que talvez nem seja um defeito, mas que impede uma auto-definição de mim por eu mesmo, de uma maneira simples.

O cenário, hoje, era a aula de português. Orações subordinadas e afins, só coisas que realmente vão me ajudar a ser uma pessoa melhor, assim como saber o que é a mórula. Então a professora passava a frase, pedia a explicação e a relação entre os termos e enquanto era feito todo um raciocínio lógico, eu simplesmente disse algo como "é porque especifica tudo", frase que foi tomada como resposta errada.

Bom, no final das contas, a resposta não passava de um "é porque especifica tudo" para inteligentes. Então entra o resumir tudo, simplificar para facilitar a vida e as relações intra e inter-pessoais. Característica que se contrapõe com aquela que quem lê o blog seguidamente pode perceber: a do fala, fala e fala, mas não fala nada. Resumindo(depois de escrever um desses eu só mereço ter aula de Física mesmo...), eu não resumo.

Aí, se é que alguém chegou até aqui, quem lê já não entende mais nada. E talvez nem eu esteja entendendo. Mas a enrolação do começo explica a do final. Porque eu resumo e não resumo. Ou seria melhor dizer que cada caso é um caso. As coisas dependem do contexto. Ou não. Fica a critério de cada um escolher se eu sou "resumido" ou "complicador" ou "os dois", ou ainda "tanto faz".

Porque, se eu fosse responder, não seria algo muito diferente de "tá, e daí?", frase que levaria à uma resposta como "que mal educado", que seria seguida por um riso, não-irônico, meu.

São rotinas. São ações. São resumos. Ou complicações. E no final disso, não era para rimar com clareza, porque a única verdade, é que não há certeza.*

Hahahahahaha. Agora vem a votação, o que foi pior, o texto ou a rima?

Ah, também, não faz diferença.

Tão tá!

*Legal é que quem não conhece acha que eu quis rimar nessa frase, mas não passou de um acaso, que quando percebido, foi seguido e ironizado por risos e mais risos desse humano que lhes escreve.

domingo, 6 de julho de 2008

Do meu tempo de normal: O mundo em frases

Coisas estranhas, em uma frase, cada uma, para mostrar que viver é um ato muito estranho.

Um erro só e tudo o que fizestes de bom, é esquecido.

Mesmo que tu concertes o erro logo em seguida, te lembrarão sempre daquele erro.

Uma palavra fora de lugar basta para te dar uma moral negativa.

Com essa moral negativa, as pessoas se afastam de ti.

E por mais que use palavras certas sempre, daquele momento em diante, não conseguirás mudar a primeira impressão.

A primeira impressão não é a última que fica, mas é a que define quem conversa contigo porque gosta e quem nem olha na tua cara.

Tu não percebes e passa por algum conhecido, que te cumprimenta, mas tu não o cumprimentas.

Tu passas a ser mal educado, e a pessoa passa a fingir que não te vê toda vez que tu passas por ela.

Atitudes valem pouco se comparadas à aparência, portanto, se queres causar uma boa primeira impressão, aparente ser o que não és, depois que te conhecerem os teus defeitos serão apenas defeitos.

O mundo é muito diferente do que era.

Na verdade, acho que o mundo sempre foi assim.

A prova disso, é que vivemos em meio a ignorância.

Em meio a superficialidade.

E em meio ao dinheiro.

Quem tem, é legal.

Quem não tem, não é legal.

Quem tem é amigo.

Quem não tem, não é amigo.

Quem fala o que pensa é grosso.

Quem omite o que pensa é educado.

Quem é sincero é grosso.

Quem é falso é educado.

O mundo é uma coisa muito estranha.

O que torna o ato básico de um ser humano, o viver, uma coisa muito estranha.

Porque precisamos fazer o que os outros gostam.

Para que os mesmos gostem de nós.

Mas se mesmo assim eles não gostam de nós.

O que poderemos fazer?

Acho que viver contra tudo e contra todos.

O que não seria ruim, se fossemos seres autotróficos, como as bactérias.

Que não precisam das outras para viver.

Mas há controvérsias.

Só que isso não importa agora.

Acho que é só.


Esse texto foi escrito por mim há mais de 2 anos, no começo do momento mais complexo que já vivi. Acho que escrevi numa aula de biologia, só pelas bactérias. Mas sei lá.

Estranho... mas sei lá. Não custava nada escrever uma coisa antiga dessas nesse blog.

Mas concordo com o meu eu antigo quando ele escreveu que o mundo é muito estranho, viver é muito estranho mesmo. E pensar que hoje eu penso muito³° diferente do que pensava. Mas a essência é a mesma. O sentimento de ser diferente já se manifestava naquela época.

E era.

Agora é.


Tão tá!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Dizendo sem desdizer*

Sentado em frente ao computador, sem muitas idéias na cabeça, mas com uma vontade de escrever algo. Um elogio, um xingamento, um pensamento, ou nada disso também. Quero mais é escrever, sem analisar como, e se os meus parágrafos possuem um desfecho próprio ou se eles estão de acordo com as normas da língua portuguesa.

Blogs não existem para ser bem escritos, nas normas. Podem ser, mas a maioria não é. Porque cada blogueiro é diferente, com idéias e pensamentos, que por mais que se assemelhem, nunca serão iguais. Blogueiros podem ser pessoas normais, o que não é necessariamente ruim, ou malucos, como eu.

Hoje eu quero escrever, porque não acho que o meu dia tenha sido bom. Exceto pelo fato de estar vivo, e de agora, comer bergamota, não foram muitas as coisas que me fizessem pensar que o dia foi bom. Porque na verdade, os dias não precisam ser bons, mas apenas ser. Bom, isso é assunto para outro texto.

Quero escrever, em uma situação onde outros iriam beber, fumar, namorar(e afins) ou dormir. Porque atualmente, só me resta escrever mesmo. O blog, aliás, os blogs, são talvez a única forma de aliviar a cabeça que possuo. Uns tocam violão, outros cantam, outros praticam algum esporte. Mas eu não. Não tenho aptidão especial. Mas gosto de escrever.

Hoje eu estava animado. Me desanimei. Tinha estudado, pouco adiantou. Descansei, mas de maneira errada. Caminhei, mas surpreendentemente fiquei cansado demais. Li, mas pouco entendi. E agora escrevo, sem saber se alguma coisa que possa ser lida foi escrita. Queria poder descontar em alguém. Xingar alguém por nada.

Só pelo ato de xingar. Acho que aquela almofada da sala vai ficar surda hoje. Porque ninguém merece ser xingado por mim, por mais que eu mereça xingar alguém. Aliviar a raiva, melhor dizendo, seja xingando, brigando, batendo, ignorando. Aliviar algo que prende pensamentos úteis e interrompe raciocínios fáceis.

Essa porcaria chamada raiva muda as pessoas. Muda o pensamento das pessoas. Muda até a fisionomia, que outrora fora alegre. E tudo por que? Porque um idiota simplesmente o olhou torto. Porque aquela tonga daquela patricinha foi pra aula usando rosa. Porque um orelhão saiu do lugar e atingiu a tua cabeça sem que visses. Tudo porque eu queria ter ficado deitado na cama hoje, dormindo, e esquecendo que não importa o que eu faça, não conseguirei o que queria para hoje. E para ontem, e para alguns outros dias.

Só que essa raiva, essa birra, com tudo, com todos, inclusive comigo, não pode me impedir de sair de casa, chutar uma laranja podre e comer uma bergamota lá na casa da vó. Não pode, e nem consegue, porque por mais que tente, a decepção e a tristeza, que vem das mais diversas formas, com os mais diferentes tipos de abordagem, seja direta ou indireta.

E não me sinto mal por querer o que não tenho. Não me sinto mal por isso. É sempre bom buscar algo melhor. Mas valorizo o que tenho sim, por isso simplesmente não ignoro tudo movido pela raiva e influenciado pela teimosia, pela idéia de que o mundo está contra mim. Pelo que tenho sigo em frente, sabendo que os dias passam e não voltam, que a cada dia novos objetivos precisam ser planejados.

E só. Acho que a almofada vai ouvir muita conversa ainda...

*eu sei que o título não tem nada a ver... a culpa é dos Simpsons.(não me perguntem o porquê)

Nem que seja por uma bolacha

(Para mostrar a mobilidade que esse blog possui, um texto, recém postado no Futebolista? Porque vive descendo lenha, será postado aqui também. Talvez de noite venha algo diferente.)

É praticamente impossível e está descartada a hipótese de que haja algum ser humano, mas especificamente alguém que vive em um país onde o primeiro esporte é o futebol, e o segundo e terceiros também sejam o futebol, apenas por nenhum esporte ser capaz de elevar e aguçar tanto os nossos melhores, e piores, sentimentos.

E no brasil não se fala em outro esporte que não seja o futebol. Digam vôlei, basquete, corrida de carro(que para mim não é esporte), mas não há uma discussão concreta, a menos que seja com um especialista ou fanático. O povo gosta mesmo de futebol. E creio que seja melhor assistir um jogo de futebol do que uma novela. Não porque o futebol incentive o esporte. Que é isso. Ele incentiva o ócio também, mas pelo menos mata menos neurônios do que as mesmas histórias, nos mesmos contextos, nas mesmas putarias que as novelas mostram.

O futebol deixa alguém feliz e triste no mesmo jogo. Em poucos minutos, às vezes, segundos. São gols, faltas, expulsões que incitam e aumentam sentimentos por vezes ocultos. Ninguém imagina que aquele grandalhão com cara de Silvester Stalone e força daquele cara de pedra do Quarteto Fantástico(existe um cara de pedra no quarteto fantástico ou eu errei o filme?) possa algum dia chorar porque o time dele, possivelmente um time de marombeiros, como o Corinthians, foi rebaixado.

Assim como em outras situações, como morte daquela avó que fazia aquele bolo de laranja que nenhuma outra pessoa no mundo fazia, ou naquele dia em que levamos a primeira bolada no membro masculino, mostramos como realmente somos. Humanos. No segundo caso homens também. Mas humanos, porque choramos, xingamos, reclamamos, ficamos tristes, somos nós, só nós mesmos, e aquela dor que não quer passar.

E por mais que queiramos, tudo é muito pouco.

Só que não ficamos triste pelo futebol. Mas sim pelo nosso time, ou pela nossa seleção. Mais pelo nosso time. Porque se tem uma coisa que é complicada de se explicar é porque torcemos para uma entidade que não nos dá dinheiro nenhum. Só para tirar com a cara do filho da puta que torce para o time rival quando o mesmo toma 5×0 em casa? Só para dizer que torcemos para algum? Só porque fomos obrigados pelos nosso pais? Torcemos, ou passamos a torcer, para ganhar uma bolacha do pai, que insiste em fazer esse tipo de chantagem?

Cada um com seu motivo, mas a escolha do time define como a pessoa será. E como essa escolha é feita, se é que não há uma pressão absoluta e repressão no caso de negativa, também definirá como a pessoa é. E isso poderá ter conseqüências inimagináveis para a pessoa. Certos times trazem certas escolhas que a pessoa precisa fazer. É ou vai ou racha. E para alguns, é racha de uma vez, porque não tem como ir.

Eis que surge a característica do time. Time peleador, com estilo, depende dos jogadores, mas acima disso, o torcedor tem que ver se o time tem alma. Se não tem, será ele, torcedor, sofredor para sempre.

Time sem alma não ganha Libertadores. Eu disse e repito.

Sem querer cornetear, mas o Fluminense, assim como Botafogo e outros clubes, não tem alma. Serão apenas motivo de chacota, mesmo que ganhem um título nacional aqui ou ali. Nada mais.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Um retrato mal tirado de um país sem cultura

Tantas fórmulas, tantas frases, tantos métodos, tantas regras. E saber que menos, e bem menos, de 1% da população mundial usa mesmo isso, mesmo que seja para o bem de todos, ou quase todos. E saber que preciso disso saber. É a Química, assim como é a Física, como é a Matemática. O Português até se faz necessário, mesmo que sejam poucos que falem, ou ao menos, saibam escrever corretamente. Admito que não gosto de aprender, mas tenho a consciência de que sem isso, seria muito pior. Ler um livro, mesmo que sobre reações químicas, é melhor do que ler o resumo das novelas no jornal da cidade.

Somos, eu e os estudantes, obrigados a aprender, ou pelo menos fingir que aprendemos, conteúdos que talvez não viremos a usar nunca em nossas vidas. É uma questão de despache e carimbo. Nos é enviado o conteúdo, para que carimbemos em nossas mentes, embora todos saibam que guardar tanta informação, de certa forma inútil, é tão difícil quanto comer uma melancia sozinho. Claro que depende do tamanho da melancia, mas peguemos uma padrão. Tamanho grande. Tá, mesmo assim tem gente que devora fácil, como o meu tio, mas exceções.

Temos, eu e os estudantes, capacidade para aprender tudo isso. Só que ao invés de nos aprofundarmos em conteúdos realmente úteis, como troca de resistência de chuveiro e de canos quebrados, insistem em nos jogar poemas do Mário de Andrade e ligações de Van der Waals, apenas para nos exigir isso em um exame futuro, que na verdade, muitas vezes não mostra se o aluno sabe, mas sim se ele decorou o conteúdo.

Num país com tanto ignorante(desculpem-me o tom agressivo, mas enfim...), simplesmente jogar matéria, conteúdo, seja lá o que for, na cabeça de alunos, que muitas vezes não querem nem ao menos saber como nascem. O método de ensino é fraco, tanto que temos um dos piores ensinos do mundo. Jogar gente na escola e nas universidades, apenas para mostrar ao mundo que aqui sim, as pessoas vão à escola, é inútil, e desnecessário.

Não apóio a vadiagem, o analfabetismo e coisas do gênero. Muito pelo contrário. Gostaria que as pessoas lessem mais, estudassem mais, mas não depende de mim. E não é forçando-as a isso que elas o farão. Talvez sim, mas não saberão o que e nem o porquê de estarem fazendo-no. Precisamos mudar a situação, e não é ensinando meiose e mitose que deixaremos o nosso povo mais inteligente.

Português e matemática, tirando algumas funções realmente desnecessárias para as pessoas em geral, são o básico. Mas porque não, ao invés de simplesmente socar conteúdo por socar, ou melhor, tentar socar conteúdo apenas para dizer que algo é feito, não aumentar o número de cursos técnicos e profissionalizantes? Porque não incentivar, ainda mais, as crianças a ler? Porque não mostrar aos jovens que saber o valor de Pi é mais importante do que o resumo da novela?

Porque investir na educação não traz retorno. Infelizmente é a verdade. Não se investe em educação. Se investe em aparência. Sim. Escolas cheias de alunos, é aparência. A grande maioria nem sabe porque vai à escola. Só que não dá também, para jogar a culpa em cima de superiores, eleitos pelo povo. A culpa é do povo também. Que entre pagar 30 reais comprando um livro, prefere gastar os mesmos 30 reais com alguma extravagância desnecessária, como... sei lá, algo realmente desnecessário que custe 30 reais.

Infelizmente não tenho uma solução para um problema, que está em todos os lugares. Em todos nós talvez. Talvez, não haja uma solução a não ser a própria educação. Eu acho certo, eu farei isso. Não esperarei que alguém me incentive a tal.

Claro, que é muito mais fácil, ver a... bom, alguma lá, na cama com o marido da outra na novela. É muito mais fácil...

E muito mais cultural, é claro.

Diga-me o que vês, que te direi, que cultura tens... se é que sabes o que é cultura.


Bom, era isso. Eu acho.

Tão tá!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Pensar ou não pensar?

Não tem nada a ver com o shakesperismo de "Ser ou não ser?", ou com o antropofagismo Andrade com "Tupi or not tupi?". Não. Está mais para mais uma análise semi-analítica de um maluco que realmente pensa muito e pouco ao mesmo tempo. Porque em um texto eu analiso, pensando mesmo, e no outro já digo que é melhor não pensar.

Bom, não pensar naquele determinado assunto. Fui mal interpretado, o que já era de se esperar por tamanha confusão em textos que se têm algum sentido, esse passa desapercebido pelos olhos de quem lê. Mas não faz diferença. Já fui bem interpretado também. Como também já não fui interpretado.

E não faz muita diferença. A menos que um comentário me diga que fui racista e preconceituoso. Esse já fui mesmo, mas sem querer, eram pensamentos irresponsáveis. Pronto, aqui está claro que pensava. Errado(bom, só pela generalização), mas pensava.

Só que o pensar envolve muito mais do que a concentração em determinado assunto, analisando o assunto a fundo. O pensar precisa, e para mim é, estar ligando teorias com o que é vivido. Se não faz pouco sentido. Porque é muito imaginário, como os elétrons e qualquer coisa que envolva carga elétrica. Pode te dar um choque, mas não é visível.

Pensar é como carga elétrica. Aí uma boa definição. É imaginar, saber que existe, ter provas disso, mas não passar de imaginação no final das contas. E essa frase tornou o texto muito interessante. Pensando bem, nem tanto.

Creio que pensar no que faz é bom. Fazer é melhor. E no final das contas, o fazer e o pensar estão tão ligados quanto dois gomos de bergamota. Só que quando separa um do outro, facilita, porém, a quantidade de suco ao mesmo tempo na boca é menor(supondo que seja ingerido um gomo por vez).

Eu penso no que vou fazer amanhã. Na prova de Física. Mas penso que agora vou embora, ler um livro.

Que é, digo com certeza absoluta, muito mais educativo do que qualquer programa que possa estar passando na televisão(TV escola não conta nesse caso).

Tão tá!

Depois do burro...

Não é todo dia que vemos um burro no meio da estrada. Sim, acho que essa frase será concordada. Mas não, eu não vi outro burro na estrada hoje. Só vi algo que me chamou muito mais a atenção. Tá, muito muito, não, mas um pouco mais sim. Até porque, despertou a minha curiosidade.

Fiquei pensando quando vi aquilo, como será que é ter um desses, digo, daqueles. Diferente do normal, talvez único, estranho. Quando alguém vê um veículo diferente, logo pensa "como é dirigir um desses?". Só que eu não. Quando vi um veículo, quase um carro. Com 3 rodas, não pensei em como deve ser dirigir um daqueles.

Sim, é um troço estranho, parece uma mini kombi. Mas tem só 3 rodas mesmo. Acho que nem cabe uma segunda pessoa ao lado do motorista. Não vi porta que proteja o motorista. Na chuva deve ser o caos. Nem deve andar. Mas antes de pensar em como dirigir, pensei em quanto de imposto o cara paga. Ou melhor, me aprofundei mais e pensei quanto o cara pagaria se passasse num pedágio. Seria um veículo com 2 ou 4 rodas?

Talvez fizessem uma média aritmética e ele pagaria o tal valor. Ou não. Só pela criatividade e pela coragem de andar com uma coisa tosca daquelas, deixariam-no passar. Ou não também, o prenderiam por falta de segurança. Ou nada disso. Ou um pouco de cada.

Eu sei que é complicado ter que ler uma coisa dessas, mas dêem-me um desconto. Textos bons são os ao lado, que eu mesmo recomendo. Quanto a esse, não passa de mais um texto, mesmo que eu tenha rido muito quando lembrei do meu primeiro pensamento ao ver aquela coisa. Que não era carro. Muito menos moto. E mesmo tendo três patas, digo, rodas, não era um tricículo. Era apenas aquela coisa lá. Cujo nome é desconhecido por mim.

E é só.