quarta-feira, 16 de julho de 2008

Histórias do Billi J. - uma rua não muito familiar

(para ler as histórias do Billi J., clique aqui)

Depois que fora obrigado a separar-se de Renata, Billi J. mudou-se para fazer faculdade de Engenharia Química. Tinha muito para estudar, até porque, mesmo com as boas notas, no ensino médio, apenas aprendera o básico, porque seus olhos só olhavam em uma direção. Billi J. precisou usar óculos, o que agora era bom, porque ele já tinha a mania de ajeitar o óculos, mesmo sem usá-los. Billi J. estava diferente, usava camisas de gola e escovava os dentes 4 vezes por dia. Tomava banho 2 vezes ao dia, o que dava uma enorme conta de água no final do mês.

Mudara-se para uma cidade bem maior, uma semi-capital do país onde vivia. Mas, ao contrário de todos os outros, decidiu por morar em uma casa, até porque, o fato de seu pai receber uma aposentadoria gigantesca por ser ex-militar, lhe dava o direito de viver bem. Uma casa, em uma rua sem saída, no bairro mais seguro da cidade. Os moradores pagavam a polícia para que fizesse uma segurança especial, o que tinha levado o bairro ao Guiness Book como a localidade mais segura do mundo, sendo imune de assaltos há mais de 4 anos.

O Billi J. morava na casa da esquina. Saía cedo. Mas antes acordava seu irmão, que estava terminando o ensino médio. Billi J. conversava pouco com os vizinhos, mas seu irmão, lhe contava tudo o que acontecia, tudo o que via passar naquela rua. Porque afinal, eles moravam na esquina, então, sabiam de tudo o que entrava e saía. O irmão de Billi J., cujo nome não me recordo até o momento, era muito detalhista, e conhecia as pessoas só pelo jeito de andar. Billi J. o admirava por isso. Queria aprender a ser assim, mas todo o estudo de estruturas químicas não lhe dava tempo. Sentia falta de Renata, e quanto à isso nada poderia ser feito. Falavam-se por longas, mas curtas, horas no fim de semana, quando ele não dormia apenas para falar com ela(ela morava agora em Liverpool, e o fuso horário era um saco).

Todos os dias, lá pelas três da tarde, vinha um rapaz, que só por ter barba e cabelo de roqueiro não era um guri, caminhando. Adentrava a rua com calma e sempre batia na porta da casa amarela, a terceira do lado direito da rua sem saída. As casas não tinham grades, eram como as de filme no EUA, só um gramado na frente, com umas merdas de uns anões de jardim. Ah, como o Billi J. odiava anões de jardim. Seu irmão sempre ria desse hábito do Billi J. de xingar os anões de jardim.

(continua...)

Um comentário:

Anônimo disse...

legaal a historiaa ahuaaauh

me visitaa?
http://imensidadx3.blogspot.com