sábado, 19 de julho de 2008

Histórias do Bandiolo - A morte em 2 minutos

Parecia cena de cinema. Típico confronto entre herói e vilão. O clima estava parecido com filme de faroeste(palavra mais mal traduzida da história, o que não vem ao caso). No caso, não chovia há dias, por isso o clima seco, que parecia com aqueles filmes, coisa já citada. Aquele negão, enorme, devia ter uns 5 metros de altura(eu tenho problemas de visão, mereço um desconto), pesava o quê, uns 200 quilos?, por aí. Era enorme aquele negão. Usava um colar de rapper, aqueles bem chamativos, de ouro(pelo menos pintado com amarelo ouro era...), só para se achar.

Ele conversava em uma esquina com uns amigos, também negões(não é preconceito, apenas estou descrevendo da forma mais simples), só que não tão grandes. Os outros pareciam pobres. Um usava uma camisa do L.A. Lakers, roxa, muito chamativa, número 24, do Kobe Bryant. O outro uma camisa de manga comprida, do Forsberg. Concluí que era do Colorado, time da NHL(hóquei no gelo dos EUA e Canadá). Bom, mas tudo isso não vem ao caso. Todos usavam tênis de skatista, bem largos, o que dava a impressão que seus pés tinham uns 60 centímetros de comprimento, sem contar a largura. Os dois, que pareciam pobres, deviam ser os "baba ovo" do negão com pinta de rapper, porque os vi buscando cerveja para o "chefe" pelo menos umas 5 vezes, isso em menos de 2 minutos.

Dois minutos. Foi o tempo em que temi pela minha vida. Eu, polaco, loiro de olho azul, usava óculos. Dirigia um Uno, que meu pai havia ganho no poker, jogando com uns velhos ricos e idiotas. Estava eu no meu trabalho de esvaziar o tanque para depois encher, quando viro à direita e dou de cara com aquele negão. Comecei então a temer pela minha vida. Não sou preconceituoso, mas vi que o cara com a camisa do Lakers ajeitou alguma coisa na parte de trás da bermuda, o que poderia bem ser uma arma. Andava lentamente. Voltei meus olhos pro negão. O negão maior. Ele me olhava. Então arrisquei e olhei pra ele. Ele me olhou. Olhei pra ele denovo. Ele continuava me olhando. Olhei para frente, por algum motivo que desconheço, reduzi ainda mais a velocidade. Ele continuava olhando para mim. Olhei para ele denovo. Temi pela minha vida...

No outro dia, saiu a seguinte manchete no jornal local: "Famoso rapper e seus dois capangas são presos por atirar em um polaco que dirigia um Uno".

Felizmente havia um outro polaco dirigindo um outro Uno.



*deixando bem claro que não há preconceito, é só uma bobagem...

3 comentários:

Ed Anjos disse...

-

valeeeeu .
eu tb gooosteei do teu blog.
vô te linkar ;~
abç

Alguém disse...

Nossa! Esse fato é real?
Porque se for, vc viveu de novo, pode-se dizer assim. Felizmente, não te confundiram com o outro polaco.

Mas se for ficção, eu gostei! Deu até um suspense... risos Aquele friozinho na barriga... risos

Abraço! E uma boa semana pra vc!

Unknown disse...

Polaco?!?!?!

vc?!?!?!?!


Uno??!?!?!?!

Negão ?!?!?!?!