segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sobre o ontem e o amanhã

(ao som de A onda - Engenheiros do Hawaii)

Usufruindo e fazendo jus ao apelido de "do contra"(mesmo que com algumas concordâncias comigo), fui iniciador de várias discussões, que não chegaram ao ponto de atiramento de tomates maduros ou de ovos, podres ou não, mas das quais foram tiradas algumas, mesmo que poucas e talvez sem utilidade, conclusões sobre assuntos.

Dentre os quais, estava a importância de um diploma no sucesso profissional de uma pessoa. Enquanto a maioria expunha a, diga-se de passagem muito coerente, opinião de que sem um diploma não há meios de se obter um verdadeiro sucesso profissional, e principalmente financeiro, este que lhes escreve há mais de um ano nesse semi-muito-quase-demais-tosco blog, insistia, muito mais para dar um ânimo à discussão, que era possível, e que eram vários os exemplos de empresários não formados, de gente que lutou muito para ganhar dinheiro e sucesso, e o conseguiu, mesmo que sem um diploma.

Deixei claro que com a exceção do presidente da terra-de-ninguém brasil, era possível sim. Abre-se um negócio. Cria-se uma nova maneira de administrar e/ou vender um produto. É possível sim, mas antigamente era mais fácil. E isso também me foi dito, argumento concordado, com certa inteligência*, por mim.

Eu nem queria analisar ao fundo a situação e a real possibilidade no passado e atualmente para pessoas que não possuem diploma, queria mais é movimentar a aula, de uma maneira inteligente, que fizesse o pessoal pensar. Um jeito muito diferente de motivação, mas que talvez tenha dado certo.

Por vezes não paramos para pensar que um diploma será sim, apenas um diploma, se não tivermos a cabeça no lugar para aproveitar, buscando sempre, novas oportunidades. Tem gente que vive de blog, mas eu não vivo. Então preciso de algo mais. Pois não sou bom com pessoas, por isso inventar uma nova forma de comércio também está descartado...

O amanhã me espera. Nos espera. Só que apenas aqueles que não o estiverem esperando**(***), mas mesmo assim estiverem preparados para qualquer coisa, conseguirão ter sucesso em um mundo em que não adianta mais ser inteligente(ainda bem...), saber falar inglês(what time is it?), ou ter mesmo um diploma.

É necessário saber. É necessário ter visão. Muito mais do que isso. É preciso buscar.

Mais uma vez, aqueles que esperam, saem atrás(fico pensando se não há um pleonasmo aqui) dos que buscam, dos que correm atrás.

O mundo não é justo mesmo. Mas há meios de burlar essa regra. Cada um com o seu, claro.

Tão tá!

*fica bem claro nesse momento que milagres acontecem
**fica bem claro nesse trecho, que os milagres são raros
***escrito apenas para que asteriscos fossem colocados - hahaha

domingo, 29 de junho de 2008

Sem brigas

Quando mentes que pensam de maneira diferente e dão rumos diferentes aos corpos que as permitem existir se encontram, geralmente não há uma concordância que possa ser chamada de diálogo. Rapidamente a troca de palavras vira discussão, nem sempre grosseira, mas com árduos e bons argumentos para ambos os lados.

Discutir é um ato necessário. Todos discordamos de todos em algum ponto. Ninguém pensa exatamente igual ao outro. Sempre há um mas, um porém a ser colocado em uma colocação, em uma opinião alheia.

E digo por mim, que quando encontro alguém que tenha entre as suas convicções achar que a explicação do hoje pode estar a bilhões de anos atrás, eu começo a discordar e uma discussão se inicia. Porque se tem uma coisa que me faz demonstrar indiferença quanto ao que outra pessoa está falando para mim, é esse assunto de teorias de bilhões de anos que ninguém consegue provar mesmo que aquelas explosões e choques e juntamentos com cola tenaz aconteceram mesmo.

É só falar em milhões e bilhões de anos que começo a passar mal. Meus neurônios começam a brigar uns com os outros, pois nenhum deles entende nada do que está sendo dito. Aliás, entender entendem, só que é pensar demais, tentar imaginar que algo aconteceu há bilhões de ano. Por favor, vamos pensar em coisas palpáveis, como batata frita e extração de pedras preciosas.

Posso estar sendo ignorante em achar que não preciso saber ou conhecer ou sequer querer saber sobre essas teorias que podem, só podem, ter originado tudo o que existe hoje, mas não quero perder o meu tempo, e nem a minha saliva, argumentando um assunto que não interfere na minha vida. Pra mim é Deus no céu, e a vida na terra.

Quero viver. Não quero imaginar ou buscar uma resposta para aquele "de onde viemos?" e nem para aquele "para onde vamos?", frases tão comentadas em âmbito social quanto "bah, tu viu o que aconteceu na novela ontem?". Sim. São bobagens semelhantes.

Ignorante, eu? Talvez.

Mas pelo menos prefiro me preocupar com a dominação do mundo pelos clips(leiam essa teoria aqui) do que com uma imaginação do passado, que não construiu o presente e não alterará o futuro.

Boa semana!



Ps. Não sei se é algum sinal, mas hoje encontrei um burro no meio da estrada...

sábado, 28 de junho de 2008

De sábado eu volto pra quarta, e tudo por culpa do Billi J.

Hoje é dia de São... Pedro, eu acho. Não. São Pedro é amanhã. Enfim, o dia não interessa. E o santo em si não vem ao caso com o texto, mas é só pra diferenciar um pouco as coisas por aqui. Porque depois de 4 partes de uma história quase inacabável do grande bobalhão Billi J., eu tinha que voltar a escrever uma bobagem... que condiga com a realidade.

Bom, mais um projeto será realizado hoje. Mais um objetivo será cumprido. Pelo menos espero que assim seja. Esforços foram feitos, tênis foram molhados, jornais foram gastos, corpos ficaram cansados, mentes então, nem se fala. Mas no final vai valer a pena. Espero.

Mudando de assunto, quarta-feira foi um dia legal até. Se não fosse por mais uma mostra de que quando faço alguma crítica, tenho razão. Mais uma prova do quanto o mundo hoje está encaminhado para uma derradeira crise inter e intrapessoal. Algumas pessoas, que infelizmente tem o poder de influenciar outras, não sabem mais o que é da sua vida e o que não é. Mesmo que importem-se apenas consigo mesmos, eles acabam se importando com os outros, assim que os mesmos se mostram diferentes e contrários a si.

Falando diretamente, critico hoje os metidos. Não os que se metem em uma conversa e perguntam "quem morreu?" ou "com quem aquela louca ficou na festinha ontem?". Mas sim os que se metem na vida do outro tentando alterar algo. Apenas pelo ego de fazê-lo ou para mostrar aos seus "seguidores" o quão bom e legal é. Gente ridícula. Patéticos é um bom complemento também.

Porque eu vou xingar alguém por esse alguém falar alto, se eu falo mais alto ainda quando o critico e tento desmoralizá-lo em público, muito mais para me elevar do que para ele aprender uma lição? Sinto-me cada vez mais diferente do mundo. Mais próximo e mais diferente. O que não parecia ser, agora não só parece, como é. O mundo me cerca e como diz a minha mãe "sempre dependemos do próximo, esteja ele próximo ou não". Não posso me excluir do mundo, embora há dias, como quarta-feira, em que tento me afastar do mundo mesmo, me excluir, fugir para nunca mais voltar.

Mas penso no que tenho. No bom que me cerca. E desisto. Não vale a pena, por egocêntricos arrogantes, desistir do que é concreto e do que realmente me faz viver.

Quarta foi só um dia. De dúvidas. Como hoje. Se bem que hoje as dúvidas, mesmo que boas, podem ter um resultado muito mais devastador do que as de quarta, que só se tornaram dúvidas para que eu tivesse o que pensar.

Bom fim de semana aos cada vez menos(em quantidade) leitores do Blog do Maluco.


Só pra sair da rotina, uma foto muito tosca que eu tirei semana passada em Planalto. Não conheço ninguém que esteja ao fundo, mas pela tosquice da foto vale a pena...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Histórias do Billi J. - quando não há outra saída senão, lutar (final)

(continuando)

...por algum motivo, lágrimas começaram a cair dos olhos de Renata. E não eram de felicidade. Algo acontecera. Renata saiu correndo, como se alguma coisa a perseguisse. Billi J. não entendia nada, mas resolveu ir atrás dela. Só que uma mão o segurou.

(antes de continuar preciso dizer que esse texto parece uma peça do Shakespeare, dadas as devidas proporções entre a inteligencia intelectual dele e a minha falta de inteligência)

Era o citado, ou não, infeliz que passara algum tempo dentro da caixa de gelo, até que alguém, que não tinha noção do que acontecia por uma embriaguez desvairada, pediu outra Polar. Billi J. teria que enfrentar o seu mais novo desafeto. E de algum modo, não podia fazer nada, porque ele era Borongo(cujo nome eu não lembro), seu amigo de infância. Eles não se falavam há algum tempo, mas Borongo mudara demais. Borongo disse que apesar de terem sido amigos, teria que dar uma surra em Billi J., esse, pensava somente em Renata, então, quando Borongo desferiu-lhe um soco, que iria quebrar seus óculos, e provavelmente seu nariz, Billi J., aproveitando de suas habilidades de auto-defesa, desviou-se e, esquecendo qualquer réstia de sentimento de amizade que pudesse existir, acertou Borongo, que ficou simplesmente imóvel no chão, gemendo de dor.

Billi J., percebendo que nada seu ex-amigo Borongo poderia fazer para atrapalhar-lhe, correu atrás de Renata. Alcançaria-a facilmente, pois ele era, estranhamente, rápido. Muito mais rápido do que ela, embora não fosse um bom atleta. Sequer um atleta de final de semana era. Mas teria que enfrentar mais quatro adversários. Aqueles com quem havia trombado momentos antes de sua declaração. Eram quatro contra 1. E quatro grandalhões. Billi J. não sabia o que fazer. Não tinha mais forças e muito menos estava querendo briga, porque somente Renata o importava. Não havia esperança de sair vivo, ou pelo menos andando, daquela iminente luta.

Billi J. lembrou-se que tinha 10 vales para cerveja. Não sabia porque tinha tantos, mas lembrou-se que todos os de sua turma ganharam tais vales. A cerveja era Polar, mas Billi J. não tomaria 10. Na verdade, nem uma, pois não gostava muito de beber. Então ofereceu esses 10 vale-cerveja para os marmanjos. que riram dele, perguntando-lhe se ele achava que eles se venderiam por vales cerveja. Billi J. foi tão sincero e disse um "Eu acho que sim!" tão convincente, que os homens aceitaram os vales e deixaram-no passar.

Tinha seu caminho livre, só faltava achar Renata agora. Tentou, enquanto corria, ligar para ela, mas logo desistiu, pois lembrou-se que ela não fazia mais nada enquanto corria. Continuou correndo, sem forças, sem quaisquer energia. Ninguém sabe como ele conseguiu chegar tão longe sem nada no estômago, pois havia apenas almoçado antes daquele baile, que estava ocorrendo por volta da meia-noite. Mas chegou até a casa de Renata. E viu que ela estava sentada no portão, do lado de dentro do terreno. Billi J. então sentou, do lado de fora. Começaram a conversar. Assuntos banais, como filmes e a situação sócio-poli-eco-agrária do país.

Os dois disfarçavam, como se nada tivesse acontecido, mas em determinado momento, aproveitando uma deixa de Renata sobre um trecho de "Loucademia de Polícia", Billi J. perguntou perguntou-a o motivo daquela atitude. Num momento estavam tão próximos, no outro tão distantes. E ele não sabia porque. Ela lhe disse que seu sonho seria estar com ele por todo o sempre que pudesse vir a acontecer. Só que não podia. Tinha pouco tempo. Em menos de um dois meses viajaria para a Inglaterra, onde moraria com sua tia e com sua prima Gabriela. Billi J. então sentiu que tudo aquilo não tinha sentido. Nada do que fizera teria sentido se ele e ela não ficassem juntos, como namorados, no final da história.

Ambos se levantaram, Renata abriu o portão e eles se abraçaram, enquanto isso, Billi J. lembrou-se das coisas que dizia quando a mesma Renata lhe falava que algo não valia a pena ser feito, pois era muito esforço para pouca coisa. Decidiu, e convenceu Renata, de que pouco importava se fosse 1 mês ou um dia que teriam para passar juntos, aproveitariam-os da melhor maneira possível. E como namorados por quase dois meses, alcançaram o ápice da felicidade. Até que Renata foi embora. E Billi J. teria que fazer a sua prova de vestibular, pensando nela, sentindo a saudade afetar seus pensamentos, mas com a esperança de um dia voltar a vê-la.

O tempo fora injusto com Billi J., mas pelo pouco que pôde realmente aproveitar com Renata, ignorava todas as "injustiças" que sofrera, mais por genética do que por prática mesmo. Billi J. passou no maldito vestibular, e faria faculdade de... Química. Nem ele sabe porquê. Muito menos eu. Enfim, o que aconteceu com ele depois é uma outra história.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Histórias do Billi J. - quando não resta outra saída senão, lutar (parte 3)

(continuando...)

Saiu do local para respirar um pouco. Olhou então para o céu. Viu a Lua cheia lá no céu, rodeada por estrelas, que forravam aquele céu azul marinho. Alguma coisa estava estranha. Nunca vira aquela lua tão bela. Billi J. era admirador da natureza. Mas nunca havia visto cena tão bela quanto aquela. Deus estava lhe dizendo algo. Então fez algo como o Goku(do Dragon Ball) fazia para lançar um golpe, reuniu um pouco da energia de cada ser que habitava o planeta, e quem sabe, o universo, criou coragem, e foi até Renata.

Não importava quem estivesse no caminho. Esbarrou em pelo menos 4 grandalhões, que sem ele saber, o prometeram briga na saída do baile. Mas o que importava isso? Billi J. tinha uma coisa à fazer. Depois, poderia até morrer. Porque preferível morrer aliviado do que com um coração cheio de tensão, medo e angústias. Procurou mas não achou Renata. Pediu para um colega. Foi até o local indicado, e para o seu desespero, Renata estava aos beijos com outro. Filho da mãe, desgraçado.

Billi J. perdera tanto tempo que agora não adiantava mais todas as forças. Mas aquilo não ficaria assim. Mesmo não tendo nenhum compromisso com Renata, estava decidido a lutar por ela. Então chegou perto dos dois, puxou o referido infeliz para o lado e pronto para declarar-se, ouviu um "o que foi magrão? ela tá comigo!". Como quem não quer nada, Billi J. o jogou dentro de uma caixa de gelo. E fechou a caixa de gelo. Renata não estava entendendo nada. Billi J. sempre lhe dizia que queria o seu bem, a sua felicidade, e agora fazia aquilo. Estava louco. Billi J. então resumiu a sua vida. Resumiu, mas de maneira bem resumida, tudo o que acontecera com ele desde que conheceu ela. Contou todos os seus dias pensando nela, todos os seus poemas para ela(até aqui nem eu sabia que ele era poeta), todo o esforço que fizera para poder estar ao lado dela todos os dias.

Billi J. se mostrou corajoso. Porque ganhar uma luta contra o seu próprio eu era impossível até ali. Quem de nós consegue ganhar de nossos medos? Billi J. conseguiu. Toda a sua angústia fora jogada fora. Todo o seu medo havia sido enterrado. Billi J. admitia o erro em jogar o infeliz, cujo nome é desconhecido, na caixa de gelo, mas disse que jamais faria aquilo se tudo o que sentia não fosse sincero. Estava com mais raiva ainda por perceber que todas as velas que as amigas de Renata seguraram, ou melhor, todo o tempo que elas atrapalhavam, era para que aquilo funcionasse. Humilde, Billi J. pediu perdão por não ter falado antes. Billi J. não sabia porque, mas tinha a certeza que se tivesse feito isso antes, todo esse sofrimento seria evitado.

Renata beijou Billi J.. Ele nunca acreditou que aquilo pudesse mesmo se tornar realidade. Tudo não passava de um sonho. Um distante sonho. Mas a sua coragem falou mais alto. Ela, por linda e inteligente que era, poderia escolher qualquer idiota, bonitão, com topete, dinheiro e uma boa cantada. Havia escolhido o outro por achar que Billi J. a queria apenas como amiga. Ela poderia escolher qualquer um mas, por algum motivo, o escolheu. Ele então, já olhando para ela, olho no olho, disse que nada que fizera teria sentido se ele não terminasse pedindo-lhe em namoro. E assim o fez.

Só que...

(continua)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Histórias do Billi J. - quando não há outra saída senão, lutar(parte 2)

(continuando...)
Perguntou para Renata o que ela achava, e ouviu um "bah, tu és tão indefinido quanto eu na hora de escolher um vestido". Ou seja, Renata não fazia a menor idéia. Falou com seus professores. Nada que lhe agradasse foi sugerido. Seus pais então, bom, nem adiantava perguntar para eles. Até para os idiotas dos seus colegas ele foi pedir, mas ao ouvir um "tu tens cara de quem vai fazer designer", xingou-os e virou as costas, mas não deixou de ouvir risadas e frases como "tu vais ser designer, porque tu é um viadinho teu"(atualmente, seus colegas o chamavam assim porque consideraram o namoro do Billi J. com a Gabriela algo que jamais iria se repetir). Seus colegas não passavam de ignorantes inéptos. Jamais passariam no vestibular. Jamais seriam alguém por conta própria.

Billi J. decidiu então fazer a sua inscrição e chutou um curso. Marcou um x em uma opção qualquer e conseguiu fazer a sua inscrição. Bom, o que ele marcou aparece depois na história. Passado esse problema, Billi J. então achou que a festa de formatura, que seria realizada na semana seguinte, era o que ele precisava para finalmente expressar todo o seu imenso e, principalmente, longo amor por Renata. Durante a semana, pediu conselhos para o seu eu-lírico(essa de falar com o eu-lírico ele deve ter copiado de alguém...), ensaiou frases, imaginou situações, caras, feições. Mas nada lhe parecia bom o suficiente.

Tudo parecia declarado demais. Todos os seus planos foram sendo descartados. Pegar um poema e decorar, sem citar o autor no final, não seria correto, até porque, mesmo sendo inteligente, ele não decorava as coisas com facilidade. Tentar escrever um texto e tirar alguma idéia também não foi bom. Mas foi lendo um texto na internet, que dizia algo como "sinceridade... essa vontade de querer fazer aquilo que te faz feliz", que fez Billi J. decidir o que faria.

Ignorou tudo o que havia pensado. Ignorou a possível reação de Renata. Talvez fosse o fim de um companheirismo, uma amizade, que sempre foi abafada, mas mesmo assim sustentada por um amor incondicional dele por ela(e, ... bom, deixa pra lá). Ele queria realmente era ignorar tudo e simplesmente dizer o que sentia. Dizer tudo o que há tanto tempo afetava a sua mente, o seu pensamento, seus gestos, atitudes. Billi J. entendeu a sua situação. Tinha ficado ainda mais tímido por medo de perder contato com Renata. Por medo que ela se afastasse dele.

Tinha medo. Mas não um medo de morrer. Mas sim um medo de ficar sem ela. Nem que fosse como amiga, queria-a por perto. Mas não era o que ele queria. Então ele voltava revoltado e irritado, consigo mesmo, para casa, todas as vezes em que tentava e planejava, mas não conseguia. Billi J. queria mais. Porque só a amizade de Renata não lhe bastava. Era apaixonado, mais ainda, amava-a. Desde sempre. Desde que aquela guria com olhar indescritível entrou pela primeira vez na sala de aula dele, para nunca mais sair de sua vida.

O tempo estava contra Billi J., porque chegou o dia da festa de formatura. As aulas já tinham acabado. Tudo era passado. Só lhe restava uma coisa a fazer. E tentou por diversas vezes falar com Renata em particular naquele baile, mas sempre tinha uma tonga para chamá-la para o lado ou para ficar ao lado dela, e dele, segurando uma vela, que descobriria o Billi J. alguns instantes depois que... bom, continuando.

(não, continua em um próximo post)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Histórias do Billi J. - quando não há outra saída senão, lutar

Quem leu alguma coisa sobre, percebeu o quão tímido é esse ser chamado Billi J.. Só que infelizmente, pra ele, ele nada poderia fazer a respeito, a menos que virasse um gênio da genética e conseguisse mudar esse seu jeito, mas até lá, nada poderia fazer. Felizmente, essa estúpida idéia de um incognificado escritor(no caso, eu), não passou pela cabeça do Billi J., porque senão ele faria mesmo.

O Billi J. ainda estava no mesmo colégio, na mesma turma, de algumas histórias passadas. E ainda era colega de Renata, a quem destinava todas as suas atenções fora da aula. Eles eram como calça e... bom, eles eram como pé e pantufa no inverno. Bom, quase, porque o pé fica dentro da pantufa e o Billi J., bom, se nem um beijo conseguia dar em Renata, quem dirá... se bem que esse pensamento só passa na cabeça de gente maliciosa, porque ele nunca pensava nisso.

O Billi J. já tinha namorado, já tinha provado várias sensações, por isso não entendia todo o "medo" que tinha de se aproximar ainda mais de Renata. E como ela era linda, e como seus cabelos se balançavam quando ela caminhava, e como seus olhos brilhavam quando ela sorria. E como seus dentes eram... bom, tirando o dia em que ambos comeram chocolate barato, que Renata ficou com os dentes sujos de chocolate, seus dentes eram sempre brancos.

Só que quando ficou sabendo que as inscrições para o vestibular acabavam no dia seguinte, o Billi J. se desesperou. Como ninguém o avisara? Todos os seus colegas já haviam feito a inscrição, naquela faculdade, que era a melhor do estado. Não que fossem passar, mas pelo menos tentariam. E Billi J. nem sabia o que faria da vida. Não queria mexer com animais, nem com pessoas, fosse qual fosse a área. Não gostava de Matemática e achava História um coisa muito chata. Biologia? Não, coisas muito imaginárias. Dizia o mesmo da Física. Não gostava nem de escrever e nem de analisar textos. Não tinha nenhum talento artístico. Nada lhe chamava a atenção.

O que faria Billi J.?


(continua)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Certas coisas não mudam - infelizmente

(antes de começar o texto, deixo bem claro que mais uma vez não cumpri uma "promessa" que fiz aos leitores do blog, na qual eu me comprometia a não escrever mais quando estivesse com sono. Mas o último texto, além disso, mostra porque muitas pessoas tem uma certa repulsa quando lêem qualquer coisa que escrevo. Porque ninguém mais faz uma crítica a uma coisa normal como essa. Bom, se é normal, merece ser criticada. Hahaha. Mas poderiam ter xingado, nos comentários, mas agora passou. Bom, nem tanto, vou ao texto)

Fazendo uma espécie de relação, pelo menos entre os títulos, hoje vem a parte ruim de um dia, que entra para a história, não por ter sido importante, não pelo destino do planeta ter sido mudado nele, mas sim, e apenas, pelo fato de ter sido vivido. Ou seja, nada de mais aconteceu, mas o que é passado, é história. Bom, nesse caso, sim.

Mas o referido dia foi vivido para provar a mim que eu realmente tenho razão em algumas coisas, as quais não citarei. Eu sou o chato, o irritado(nesse caso não irritante), o grosso, mal educado, sem graça. Mas as pessoas não param para pensar no porquê desse meu jeito mais sério. Que não é sempre, mas quando é, a seriedade só é superada pela sinceridade.

Descontente, não escondo minha opinião e minhas preferências. Critico mesmo. Mesmo que isso só piore imagem, se é que a tenho, de ser o que sempre acha defeito. Mas quando os defeitos estão muito visíveis, não é preciso nem procurar, eles aparecem. Defeitos, coisas erradas, como queiram. Quando é evidente, não há como esconder. Principalmente quando se tem uma opinião firme, nesse caso também bem fundamentada e argumentada, que vai contra o que está errado.

Busco sempre alguma coisa útil, para alguém, em uma crítica. E dessa vez sinto-me aliviado por não estar sendo egoísta ao dizer que mais uma vez os erros superaram os acertos e que a possível boa imagem que estava sendo criada, escorreu toda pelo bueiro. Ou seja, esforços feitos de nada adiantaram. Porque houve uma incansável luta para a derrubada de pilares fundamentais que ajudaram a construir o presente. Não é renovação, não é reedição. É destruição mesmo.

Certas coisas infelizmente não mudam pois a mente de certas pessoas sempre se sobressai aos atos de guerreiros que lutam todos os dias por algo melhor. As ruas, sujas, estão aí para provar que não importa o quanto algumas pessoas cuidem, sempre haverá um idiota que vai jogar um saco plástico ou um chiclete no chão, mesmo que a sua frente esteja uma lixeira. Não é todo mundo, mas os que existem, que não numero como muitos ou como poucos, conseguem atrapalhar muito mais do que irmão mais novo, seja de guria ou de guri, na hora do namoro do mais velho(tanto ele quanto ela).

São atos egoístas, preguiçosos e muito patéticos como esses, que talvez tenham ficado subentendidos na mente de quem leu esse texto, que impedem uma melhora significativa, da minha cidade, do meu Rio Grande, do meu planeta. Engraçado que a superficialidade perde espaço quando o Eu chama. Mesmo que esse egoísmo, exija um espelho, para que o Eu possa ver se há gel suficiente no topete.

Tão tá!

domingo, 22 de junho de 2008

Da série: Não é bem assim...(2)

Bom, dessa vez só uma frase muito usada no orkut, mas que precisa ser desmentida, porque se faz necessário acabar com qualquer tipo de... bom, cada um decide o que é.

"Obrigado por lembrar do meu aniversário".

Talvez essa seja a frase mais... mentirosa do orkut. Que não é inspirada em algo. É simplesmente escrita para agradecer as pessoas por terem desejado parabéns. Mas não é necessária. É muito inútil. Chega a ser bobagem, porque as pessoas, aquelas que não são teus amigos de saber a data do teu aniversário decor, só lhe desejaram os parabéns porque o orkut lhes lembrou.

Então, quem diz essa frase é bobo ou muito educado?

Bom, depende do ponto de vista de cada um, porque eu acho que é bobagem isso, mas não que quem fale seja bobo, mas sim o uso é inútil. Eu digo isso porque sempre respondo a quem me diz uma frase dessas em um recado, que o orkut é que me lembrou. Tento sempre deixar bem especificado, mesmo sabendo que para a pessoa não faz a mínima diferença.

Só que é estranho pensar em educação nesse caso. Em boa educação, digo. Porque é comprovado, não cientificamente, mas de uma maneira mais usual, que as pessoas geralmente são mais educadas com estranhos do que com amigos e família. Ou seja, essa educação no orkut não passa de simples educação para causar boa impressão.

Hipocrisia? Não é pra tanto também. Falsidade ou algo do tipo? Também não.

Só acho besteira. Não saio do meu direito com isso.

Até porque, o blog é meu.

Hehehe


Boa semana a quem lê essa ... coisa aqui.

Certas coisas não mudam - ainda bem

Pois alguma coisa está diferente. Em mim, no blog, no mundo. Creio que o céu não esteja mais azul ou a grama aqui de casa esteja mais verde, tampouco o cactus do vizinho está mais espinhoso. Mas alguma coisa é diferente. Visão de ver o mundo? Bah, acho que não. É o fato de eu ter tirado de vez a lista de sites que raramente visito? Muito menos, estavam lá só para enxerto. Será que é porque alguma coisa mudou?

Se algo está diferente algo mudou, pensaria um matemático. Mas eu, mesmo tendo certa aptidão para matemática(que não pode ser considerada muito boa pois me falta vontade de estudar matemática), não confio nos matemáticos. Eles só pensam em números. E como pode viver alguém que só pensa em números? Não quero imaginar. Bom, para terminar essa contínua e incansável indecisão de minha parte, digo que há algum tempo já me perdi em meus raciocínios sobre um possível azulamento do céu ou escurecimento das folhas do coqueiro, se é que alguém entende alguma coisa que escrevo.

Bom, hoje, ou talvez ontem, tenha sido o(s) dia(s) para(antes de mais nada digo que não usarei mais parênteses para demonstrar plural, que fique tudo subentendido) ratificar(confirmar é uma palavra muito comum) (antes de mais nada vou tentar não escrever mais parênteses, agora, continuando o texto...) coisas que há algum tempo eram certas mas tinham se perdido, assim como uma bola de merengue no meio do sagu. Fica algo indefinido, que é fácil de ser comido, mas sabe, fica meio estranho né.*

Então eu converso e percebo que a distância e a diferença na atitude eram sim, existentes, mas nada que pudesse atrapalhar.** E tudo não passava de talvez um mal entendido. Porque é só querer que o mundo bota as coisas no lugar. A natureza, o mundo, o vendedor de bergamota da feira, enfim, todos botam as coisas no lugar, com exceção das bergamotas, se as coisas quiserem ser colocadas no lugar. Porque não há e nunca houve um motivo em especial para o rancor, bom, falar em rancor é a mesma coisa que dizer que todo homem que levanta o minguinho quando toma café em xícara é gay. É uma generalização fracamente infundada, pois mesmo tendo um sentido de existir, ela se contradiz e perante a argumentos, torna-se inepta e inútil***, se é que esses dois adjetivos não possuem algum significado em comum.

Enfim, hoje pude perceber que não são pequenas mudanças que farão com que um "oi" seja considerado hipócrita ou um "como estás?" seja considerado provocação. No fim das contas**** é preciso muita calma e certo grau de inteligência para identificar uma mudança que possa ter passado despercebida, pois pensar e tirar uma conclusão logo num caso desses*² é pedir para se arrepender de uma palavra mal colocada em uma frase desnecessária.

Tão tá!*³


*não como sagu;
**nesse momento do texto imaginei como seria ler uma coisa dessas, então ri e tentei continuar depois de certo grau de tosquice apelada;
***inepto=imbecil, não apto para algo; inútil=que não é útil; se é que isso mudou alguma coisa
****para não repetir o enfim do começo do parágrafo
*² -> ãhn? alguém entendeu de qual caso escrevi?
*³ -> ao final do texto, só posso rir por todas as bobagens e irritâncias(???) que esse texto possui, mesmo que para mim tenha algum sentido

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Histórias do Billi J. - o importante é tentar... ou não

O velho, mas muito inteligente professor, estava começando a explicar uma matéria. Billi J., como sempre ao lado de Renata, estava atento, pois gostava da matéria, gostava tanto que eram os únicos momentos em que não olhava sequer uma vez para Renata. E olha que para tirar a atenção do Billi J. na Renata era preciso muita coisa... se bem que ultimamente o Billi J. estava mais para desinteressado no mundo inteiro do que para apaixonado pela Renata. Também, já tinha se passado algum tempo desde o grande fato, contado em um post passado.

Então o professor continuava a explicação, só que vários alunos estavam fazendo trabalho de uma outra matéria. Billi J. pensava consigo "idiotas, porque não fizeram em casa o trabalho, como eu?", mas nada dizia, sequer ria da incompetência e irresponsabilidade de seus colegas em fazer o trabalho em casa. Então vendo um de seus alunos pegando um dicionário, o professor foi até a sua classe, parou na frente dele, e do nada, tirou o dicionário de suas mãos.

Todos temeram pelas suas vidas, guardando rapidamente os seus trabalhos incompletos. Só depois disso passaram a temer o que iria acontecer com o... Felipe? É, acho que era Felipe o nome dele. Como era um professor antigo, no mínimo mandaria para fora da sala o aluno. Mas, talvez para contrariar todos, o professor simplesmente disse:
- É trabalho de que?
- In... in... inglês professor.
- E não tem tempo de fazer em casa?
- É que eu esqueci de fazer professor.
- Felipe, tu não era assim...

Então o Billi J. percebeu que era a hora de se consagrar. Anos sendo zuado e naquele momento poderia dar uma de esperto e acabar de vez com a reputação, se é que havia uma reputação, de um de seus colegas.
-São as más companhias professor. -nota-se aqui a falta de costume de Billi J. em falar frases engraçadas para realmente destruir com alguém-.
Mas ao contrário do que Billi J. previu, não foi ele, mas sim o professor que acabou com toda a situação.
-Não Billi, os guri tudo aqui são piá bom, ele é que não vale nada mesmo.

E depois disso, Billi J. passou a admirar ainda mais o seu mestre, que tanto sabia da matéria, e naquele momento provou que, apesar da idade, dos cabelos brancos e dos termos antiquados, também sabia das coisas da vida. Era importante para Billi J. ter um exemplo de homem assim na sua frente. Isso poderia ajudá-lo nesse último ano de colégio. Porque o seu pai, bom, aquele ou elogiava ou xingava, não tinha meio termo. Ou estava irritado ou calmo demais. Ou sabia ou não sabia. E tudo com um baita ponto final na história, assim como este.


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Alguém perguntou um dia se essa história é verídica. Bom, não vou responder isso, mas levando em conta que toda mentira tem um pouco de verdade e que toda invenção parte de algo da realidade(que baita frase pra colocar no cabeçalho do blog, ou do Tosco), ou não, algumas coisas podem ter acontecido sim. Mas não acreditem naquilo que não podem provar. E sim, a história de hoje foi baseada em um fato que aconteceu, também hoje.

Tão tá!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Não é bem assim...

São várias as frases "batidas" que as pessoas usam, principalmente no orkut. Então, vou tentar começar com uma saga nesse blog, que poderá ser incrementada com a ajuda de alguém que lê o blog. Bom, sonhar não custa nada... hahaha.

Começando com a que mais tenho visto ultimamente:

"Quem é de verdade sabe quem é de mentira"

Há um grande erro nessa frase, inicialmente porque o mundo é tão inconstante, as pessoas são tão imprevisíveis que não sabemos quem é de verdade pra começo de história. Nem sabemos se somos de verdade. Como saberemos quem é de mentira? É uma ilusão, nem doce nem salgada, achar que eu sou de verdade ou de mentira, e que eu sei quem é de mentira, ou quem é de verdade. Ilusão, imprevisibilidade, gol anulado e multa no trânsito são fatores que definem quem é de verdade ou não. Queda brusca, quantidade de bergamotas comidas, termo usado para expressar raiva e quantidade de palavras ditas em um único parágrafo também definem. Quem diz essa frase, não sabe nem se é de verdade ou não. E não venham com pessoas verdadeiras e falsas, porque eu conheço bem os dois lados, e quem saiu de um lado para outro, por isso digo que essa frase é asneira.




"Não tente me entender, você nunca vai conseguir"


É difícil dizer qual o maior erro nessa frase, não de português, mas no sentido dela. A pessoa que escreve isso julga-se alguma coisa, seja boa, legal, diferente, demais para ser entendida. Julga-se tão importante que usa o não tente para afastar possíveis pessoas que possam se arriscar. E o nunca, depois da vírgula, confirma isso. Esse nunca mostra o medo que a pessoa tem de ser entendida, porque deve ter algo a ser descoberto que não condiz com sua imagem, seja ela qual for. Arrogância em excesso, enfim, mais uma frase sem cabimento.


Não é indireta pra ninguém, não é baseado em ninguém, e nem deve ser levado a sério, porque não passa de um comentário sobre as frases mais badaladas do orkut. Não que sejam mesmo as mais badaladas, mas são pelo menos as que mais vi nos últimos tempos.

Tão tá!

terça-feira, 17 de junho de 2008

10 passos para ser odiado

É, não que seja uma coisa útil, mas para aqueles que querem se distanciar por algum motivo ou afastar algum imbecil que não para de encher o saco. Lembrando que isso não vale para todos os casos. E não foi feito, mais uma vez, dedicado para alguém.

1 - Não chateie, perturbe. Pois chatear qualquer um chateia, e um chato pode até ser querido por outras pessoas, agora, quem perturba outra pessoa, irrita todos que estão por perto, pois a perturbação passa por barulhos repetitivos que a pessoa não gosta a piadas impróprias(fazer piada de loira para uma loira é uma boa opção).

2 - Não xingue, insinue. Pois um xingamento pode ser levado com brincadeira, então insinue, isso deixa a pessoa perturbada também, mas principalmente, faz com que ela fique sempre esperando algo desse tipo de ti, o que te deixa com "má fama". Insinuações para terceiros sobre determinada pessoa também são válidas, mas não apele para lado sexual, mas sim para gostos, como dizer que a pessoa gosta de nx0, isso pode difamar qualquer um.

3 - Não fale, resmungue. Além de irritar e perturbar, resmungar pode lhe deixar como uma espada, cortando para os dois lados, porque se a pessoa entende uma coisa, diga que é outra, e assim sucessivamente.

4 - Não ouça. Aliás, o que você disse?

5 - Faça apenas o que tu não gostas de fazer, para poder reclamar depois. Pois nada irrita mais do que aquele que não fala na hora oportuna e fica reclamando depois. Com razão, pois ninguém o perguntou nada, não é mesmo?

6 - Nunca dê uma opinião sensata. Fale apenas por falar, crie teorias loucas e/ou idiotas. Fale apenas para mostrar que tu sabes falar. Mas nunca dê uma opinião sensata. Mesmo que tu conheças muito sobre o assunto, faça-se de ignorante, que aqueles que quiserem saber algo sobre o assunto, ficarão extremamente irritados.

7 - Seja indiscreto. Nem pense em guardar segredos ou qualquer outro tipo de informação, principalmente se a pessoa não especificou que era para ser segredo. E mesmo se assim ela o fizer, conte, só para confirmar esse item.

8 - Quando acharem que tu não farás algo, faça da melhor maneira possível. Pois o ódio parte de um princípio básico: "se ele é incompetente e idiota, não fará isso". E não pense que mostrar que tu sabes é para fazer com que as pessoas mudem de opinião sobre tu. Só o faças assim se for para piorar a tua imagem, caso contrário, faça apenas para irritar.

9 - Dê risada de tudo e de todos, e embarace-os em público. Sem mais comentários, é só rir da camisa amarela do cara, do cabelo duro de gel ou da depilação que ele(se for ela, ria das espinhas na cara, mesmo que ela tenha apenas uma) fez na perna.

10 - Último e talvez mais importante, mesmo que o teu cachorro morreu, tu não passastes no vestibular e a tua namorada te traiu na tua frente com aquele gayzinho, SORRIA para quem tu queres irritar. Isso demonstra superioridade e a inveja é o começo do ódio que queres gerar. Faça-os pensar que a tua vida é uma maravilha. Lembrando: sorriso falso, hipócrita, mas que pareça causado por uma felicidade verdadeira.

domingo, 15 de junho de 2008

Propicidade para a crítica

Hoje é um dia muito propício para fazer uma crítica. Ah, não sei, mas o dia tem um jeito de dia para escrever uma crítica e detonar alguma coisa, ao meu jeito, claro. É difícil pensar em algo para escrever que não seja uma crítica, pelo simples fato de ser hoje, do jeito que hoje está.

Eu poderia criticar a seleção brasileira. Mas não, porque torci para o Paraguai. Não consigo torcer para o brasil desses medíocres e mercenários jogadores que por dinheiro fazem qualquer coisa. Não consigo torcer para a mesma equipe que o ignorante galvão bueno torce. Não consigo torcer para o time da maioria. Questão de princípios? Nem tanto. É legal torcer para o mais fraco.

Eu poderia criticar o clima. Falta calor hoje. Para alguns já estamos em um inverno rigoroso. Para outros como eu, o clima não poderia estar melhor. Por isso não posso criticar o clima. Até porque, sou um favorável à falta de calor, pois quanto mais roupas, menos vontade e conseqüentemente menos coisas para fazer, por isso mais tempo. Uma relação que não será explicada, só porque hoje é um dia para criticar.

Eu poderia também criticar a sociedade, generalizando algumas coisas e especificando outras, devido à um texto que li há pouco em um blog de um famoso. Mas não. É perda de tempo criticar o que ninguém quer que mude. Porque se quisessem, seria muito fácil, desligando a televisão e ensinando a gurizada alguma coisa útil. Então não criticarei à sociedade, pelo menos não hoje.

Hoje é domingo. Então poderia eu criticar o dia de amanhã, a segunda-feira, mas não, porque todo mundo critica segundas-feiras. Então não vou fazer o que todo mundo faz porque também, não adianta criticar o que nunca vai mudar. E segunda-feira é legal. É um dia de começo, mesmo que seja o segundo dia da semana, é o primeiro comercialmente útil.

E se alguém chega até esse pedaço de texto, vai se perguntar: quando o texto vai começar? Então lendo a resposta aqui, não terá outra saída a não ser xingar o idiota do escritor desse texto sem cabimento, mas com um sentido implícito. Duvido que alguém descubra, mas pode haver algum alguém que seja mais louco do que eu a ler esse texto.

Tão tá, e uma boa semana à quem ler isso!

sábado, 14 de junho de 2008

Mais uma regra

Depois das três regras básicas apresentadas em algum post bem antigo, me veio à mente uma outra regra agora, que é válida para coisas materiais. Mas como essa regra não é para a vida, não ganha tanto destaque. Na verdade verdadeira mesmo, essa regra vale mais para blogs mesmo.

Sabe quando tu começas a escrever, não acha grande coisa, mas mesmo assim continua escrevendo, e depois percebe que o texto ficou muito bom, legal, engraçado, interessante? É, parece que nunca mais tu vais escrever um igual, de tão bom que ficou o texto. Claro que o texto pode ter ficado um lixo, mas a opinião do autor é a que mais importa nesse caso, porque blogs não deixam de ser uma maneira de alguns blogueiros, como eu, se entenderem e aceitarem-se do jeito que são(escrevendo erradamente... o que não vem ao caso).

Então tu paras de escrever algum tempo, para mais pessoas lerem o teu texto, mesmo que o analytics te mostre que tu recebes só 5 visitas por dia, sendo 4 tuas em outros computadores. Mas tu sempre tens a esperança de que alguém vai ler e comentar. Mas não adianta, textos bons, geralmente os teus melhores, são lidos por poucas pessoas, e não são comentados. Mas como para toda regra há uma exceção, essa também tem, e acho que mais do que uma.

Por isso que geralmente eu ignoro textos bons, porque sei que não trarão nada além de uma falta de novos textos, o que faz com os leitores, se é que eles existem, do teu blog, não o acessem mais, e desistam, porque tu insistes em não postar coisas novas.

Por isso que não adianta nada ficar dependendo de um texto para receber comentários, como um time depende de um só jogador, o camisa 10 geralmente, que tem que organizar tudo, e se ele não joga tudo o que sabe, o time não joga bem. Essa dependência não é bom para o time e muito menos para o jogador, que perde o sentido e por vezes se sente tão pressionado que não consegue jogar bem.

A responsabilidade é algo que nem todos conseguem assimilar, principalmente textos que ganham a responsabilidade de receber comentários. Eles ficam meio... tímidos e geralmente não mostram tudo o que são para os leitores, principalmente aqueles que lêem o blog pela primeira vez.

Esse texto não tem essa responsabilidade. Essa regra não é válida para ele. Ou é e eu não sei. Mas enfim, sem responsabilidade pra ti texto... seja livre.

Tão tá!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Eis o seu dia comerciantes

Depois que escrevi o texto abaixo, que acabei de escrever, percebi que nada comentei sobre o dia de hoje. Não vou comentar que hoje descobri um fato patético, mas muito engraçado. Não porque hoje ri bastante, de coisas desconexas. Não porque hoje o dia era propício para risadas. Não porque hoje fiz o comentário da missa do último dia da novena. Não por nada disso não.

É que hoje é o dia mais capitalista do ano. E é antes de Natal e Páscoa, porque esses pelo menos têm um sentido de ser, que foi estragado pelos homens, até por causa das mulheres, mas enfim. Hoje é o dia mais capitalista do ano porque há toda uma propaganda, uma divulgação, uma encheção de saco com formas de pagamento, descontos, promoções, produtos, lançamentos, enfim, todas as baboseiras que o comércio, extremamente capitalista, e seus cabeças, mais capitalistas, transformam as pessoas cada vez mais em materialistas. Até porque as pessoas se deixam levar pelo embalo, pela onda do "compre um presente para o seu namorado".

Concordo que quando meu status social é mostrado como solteiro, fica fácil escrever o que escrevi. E tem razão quem pensa assim. Mas é só parar e analisar. Quando, tirando as datas já referidas, são feitas tantas promoções? Dia dos pais ou das mães? Também, mas em menor proporção. Dia dos namorados é só mais um dia, que algum comerciante resolveu encher de frescura para se tornar uma data marcante, para que as pessoas comprassem mais.

Se não é por isso, porque o dia do amigo(20 de julho) não é tão festejado? Porque não dá pra dar bombom, buquê de flores e ursinhos de pelúcia com coração escrito eu te amo, para um amigo(na teoria). Porque seria uma indireta e tal. E mais uma data foi incrementada. E mais uma data foi enxertada. E mais uma data perdeu o seu sentido, se é que algum dia o sentido de estar com sua namorada(o) existiu nesse dia.

Isso deveria ser todo dia. Não só um.

Pobres dos solteiros, ficaram sem nada para fazer hoje. Ou não também. Eu ri muito. E nem fez diferença ser dia dos namorados ou não...

Tão tá(2)

Eu não vejo... então porque tenho medo?

Depois que eu disse a frase "Não adianta, criatividade é a arte de achar branco no preto"(que por sinal está no cabeçalho do Tosco por ser Tosco, o meu conceito de criatividade precisou ser revisto. Tem dias que nada sai, nem um palavrão é a mesma coisa. Mas tem dias que um, dois, três textos não são suficiente. Um aqui, outro no Tosco e um terceiro no Futebolista. E não basta ainda, algumas vezes.

Mas dias passam e nada vêm à mente. Talvez o texto que tenho na cabeça para escrever no Tosco seja melhor que esse, mas enfim, continuo. Borboletas no estômago, frio na barriga, apreensão, medo, ansiedade, aflição, medo, medo, medo... . E essa apreensão por algo que não é concreto, algo que, se é que vai acontecer, acontecerá no futuro, não deve possuir uma explicação muito lógica.

Como é possível, indago aqui, sentir medo de algo que não seja real? Algo que não possa te matar, te chatear ou te entristecer? Como é possível esse medo do que não é certo? Sei lá. A ansiedade até é psicológico, existem os medos por algo que pode se repetir, existem as fobias, mas medo de fazer algo porque outra coisa pode acontecer, é ridículo.

Claro que eu devo ter medo de enfiar a minha mão em uma panela quente, mas eu sei o que vai acontecer, por isso esse medo não conta. O que falo é o medo do que não existe. Do "e se..." do "talvez...". Esse medo é infundado. É medo. Quem tem medo do que não existe é mais cego do que aquele que não vê.

Medo de que um não seja ouvido, de ser vaiado, de perder alguma coisa, é tudo infundado. Por mim, claro. Porque duvido que alguém vá concordar com uma opinião minha. Mas não gosto do medo do que não existe. Do medo de algo que talvez aconteça. Porque esse medo traz consigo o arrependimento. E esse sim deve ser o nosso medo. O medo de se arrepender.

Por isso é mais fácil viver como louco, xingar alguém merecidamente na própria cara e não fugir da peleia depois(como aqueles que comentam anônimamente), dar um conselho arrasador, correr sem camisa com uma temperatura de 0°C sem medo de pegar gripe. É mais fácil viver como louco. Porém é menos recompensativo.

Mas, quem se importa com um "parabéns" hipócrita? Quem se importa com qualquer recompensa material ou física que possa vir?

Bom. Tem gente que se importa. Pobres coitados. O arrependimento vem depois, mesmo que com ele venha algum obrigado ou parabéns.

Tão tá.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Perfis e blogs

Cada pessoa que possui um blog, possui um perfil. E não escrevo aqui sobre o que aparece ao lado, que é o perfil opcional de cada um. O perfil em questão é o perfil do blog, o que cada um escreve, sobre o que, e como cada um escreve esse o que. E até acho que já escrevi algo do tipo, mas enfim, nesse blog, repetir não é um ato falho. Até porque, hoje, por duas vezes, fui alvo da antiguissíssima frase "quem não tem cabeça, tem perna".

Então, voltando ao perfil, como já li muita coisa internet adentro(se fosse afora eu estaria lendo livros), posso dizer que são vários os tipos de escrita. Blogs são coisas mais variadas do que nomes de ciclones, com a diferença que não levam nomes apenas femininos.

Tem gente que escreve dissertações sobre assuntos, analisando e comentando o assunto, seja ele atual ou pessoal, importante ou inútil, legal ou patéticamente chato. São textos, no mínimo, interessantes de serem lidos, pois há a chamada cultura(ou não) em questão. Há uma preocupação com a inteligência das pessoas, coisa que deve ser valorizada.

Mas há também aqueles que tentam expandir essa cultura simplesmente copiando textos da wikipédia ou de algum outro site, e o pior, na maioria das vezes, nem colocam o local original das informações. Ou seja, é uma cultura errada, porque mesmo sendo cultura, os meios para expandir essas culturas são os errados(e não me venham com Maquiavel e seus fins que justificam os meios).

Então. Há aqueles que escrevem textos engraçados. Realmente bons de se ler, satirizando, ironizando, qualquer coisa, desde uma melancia preta sendo vendida por mais de 6 mil dólares até uma gafe de um presidente semi-analfabeto, cujo país eu não vou me referir. São textos que a grande maioria gosta, porque a grande maioria é jovem. Mas há quem não goste, pois alguns usam palavras racistas, que mesmo em brincadeiras, podem, e devem, ser evitadas. Textos assim são bons, geralmente até que nos ofendamos com uma dessas tirações.

Mas há também quem insiste em copiar, e copia piada, sem dar créditos, e copia imagens, que mesmo sendo engraçadas, devem ter o seu crédito original. E pode ser um saco ler isso denovo, mas critico quem faz um blog apenas de "cola", principalmente quando não há um crédito ao original.

Há aqueles que colocam letras de música, exaltações de alguma coisa, situações rotineiras, que não precisam ser necessariamente crônicas, há aqueles que criam histórias, com ou sem inspiração na realidade, há aqueles que colocam vídeos(esses não precisam de crédito, porque é perceptível o lugar de origem), aqueles que retratam a sua rotina, que colocam apenas opiniões pessoais, aqueles que escrevem poesias, ou copiam, há também aqueles que acham que sem comentários o blog não pode existir, e oferecem até prêmios para quem for o centésimo, ou algum outro número, a comentar. Eblognfim, estilos, perfis, não faltam.

Ah, falta sim. Falta um perfil que descreva essa salada de bergamota com maçã e amora, banhada com Fruki uva que é o meu blog. Diferente de tudo, porque o tudo e o nada são tão relativos quanto à necessidade de escrever um texto em um blog, e quanto à necessidade de tu, que lestes esse emaranhado de palavras, com vírgulas, espaçamento, críticas e elogios, comentar no final do post.

Odeio quem pede comentário.*

Tão tá!

*eu não peço, apenas comento que quem lê poderia comentar... só isso

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sem

Pensei que eu tivesse voltado. Mas não voltei. Ninguém comentou os textos abaixo, que acabaram sendo feitos ao mesmo tempo, pois um é continuação do outro, mas como ficaram grandes junto, decidi dividir em duas partes. Bom, eu gostei do texto. Enfim, não cabe a mim decidir se os meus textos merecem comentários.

Pensei que eu tivesse voltado(2). Só que a cabeça não está muito boa para pensar em textos para escrever. Hoje chove, e com a chuva vem a inspiração. Vinha, pelo menos, porque hoje não veio. O sono, o cansaço, a prova de geografia(êee saco), os problemas, a saudade, tudo ajuda a atrapalhar(???). Ouço The Konks, banda britânica, estilo Blink182. Só que não estou em condições de prestar atenção nas letras.

Hoje o dia foi sonolento. Aula, com sono. Trabalho, escolar, com sono. Almoçar, com sono. Mas de tarde não tive sono. Ele só voltou a me perturbar quando o padre começou a demorar demais com o sermão. Novena de Santo Antônio. Nem bom, nem ruim. Necessário. E isso basta.

No sábado teve PL e pude, mais uma vez, perceber o quão importante são os amigos. Que sejam poucos ou muitos, o importante é que sejam. A Eurocopa começou. O texto não acabou ainda. A prova me espera amanhã.

Raios, não consigo escrever duas linhas consecutivas.

Que saco.

Fica pra outro dia, já que isso aqui nem visitado nem comentado é.

Que seja, melhor assim, pelo menos hoje.

sábado, 7 de junho de 2008

Histórias do Bandiolo - O Eu e o Nós - (enfim, voltei, bom, pelo menos por enquanto) - final

As pessoas lembravam do Nós porque ele era participativo. Ajudava. Trabalhava. Brigava por algo melhor. Mas as pessoas também lembravam do Eu, até porque, quem não lembrasse do Eu, era um tapado ignorante, um colono dos arredor de Castelinho(distrito de Frederico Westphalen, minha cidade). E por incrível que pareça, numa pesquisa para saber quem era mais lembrado, o Eu ganhou por quase unanimidade, só um voto não foi para ele. O seu próprio voto.

O Eu era tão idiota que decidiu votar no Nós, porque tinha a certeza que a sua persuasão e a sua ambição fariam as pessoas votarem nele e não no muito útil Nós. E o Nós, humilde que só, votou no Eu porque não conseguia pensar que alguém lembrasse dele, até porque, por vezes, imaginou que se não fosse quem era, não se lembraria de alguém com o nome de Nós. Que nome comprido. Quase todos na cidade se chamavam Eu. Era o Eu da Silva, o Eu de Souza, o Eu Goulart, o Eu Robertson, o Eu Joe, enfim, todos tinham um sobrenome, menos o Eu dessa história. Porque onde já se viu alguém como Eu ter mais do que um nome? Ridículo, coisa de perdedor.

E no ritmo do Eu, a cidade foi se destruindo. Porque todos copiavam o Eu e o Nós não agüentou, e um dia desistiu. Entregou os pontos e virou como o Eu também. O Nós passou a se chamar Eu de ex-Nós. A cidade não tinha mais alguém que trabalhasse. Alguém que se dedicasse. As velhinhas não atravessavam mais as ruas. Os carros não saíam mais no inverno por causa da neve. As ruas eram mais sujas do que aviário. E tudo só ia piorando.

Alguém um dia chegou para o grande Eu e perguntou: "Não havia alguém que limpava toda essa merda que hoje emporca a nossa, desculpa, a tua cidade?, Não consigo me lembrar quem era...". O Eu se deu por conta de que a sua arrogância, o seu mau exemplo e a sua superficialidade haviam acabado com o lugar. Mas agora era tarde. Lembrou-se então daquele idiota que havia votado nele na campanha da popularidade. Procurou-o e achou-o. Tentou convencê-lo a virar apenas Nós novamente, esquecer o seu mau exemplo e fazer a cidade voltar a ser o que era. Deixou todo o seu ego de lado, a sua arrogância, desceu do palanque feito de gilete(quem nunca ouviu que alguém que se acha tá discursando em cima de uma gilete, ou algo do tipo...?) e se humilhou para tentar recuperar a cidade que já não existia, pois tudo era lixo, entroncamento e desrespeito.

Só que o Nós, digo, o Eu de ex-Nós, fez o seu ego falar mais alto e respondeu: "Eu é que não vou mudar para melhorar a cidade". Eu então indagou: "Mas nós precisamos de você!". O Eu de ex-Nós então terminou a conversa com um: "O Nós, agora é Eu também...".


*qualquer semelhança com a realidade, não é mera coincidência
**inspirado em auto-conversas e auto-discussões efetuadas durante os meus poucos momentos de descanso.
***não procurem porque não há asteriscos dentro do texto, pelo menos não que eu me lembre.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Histórias do Bandiolo - O Eu e o Nós - (enfim, voltei, bom, pelo menos por enquanto) - parte 1

Ele era o Eu. Quem não conhece o Eu? Todos conhecem o Eu sim, é só pensar um pouco, porque o Eu tem um pouco de cada um que lê agora esse texto. O Eu, era solitário. Caminhava sozinho(sem o complemento tradicional dessa vez)(e porque não?) pelas ruas das esquinas de qualquer lugar. Caminhava contra o vento, sem lenço e sem documento. Todo dia, toda hora, na batida da evolução. Não. Eu não evoluía, porque ele era apenas, o Eu.

O Eu se vestia muito bem. Cortava o cabelo regularmente, passava gel, ficava realmente muito elegante, só vestia roupas de marca, e de preferência que combinassem com suas caríssimas calças jeans e com os seus, mais caros ainda, tênis de multinacional. O Eu era bonito, diziam as outras pessoas. Nunca reparei muito nele, por isso não coloco minha opinião. Mas que os outros achavam o Eu muito bonito, ah, isso achavam. Até os homens julgavam a sua aparência como interessante. Tinham inveja do Eu.

O Eu pensava pouco, fazia menos ainda. O Eu só queria mesmo era aparecer para o mundo, não como os mortos-vivos que ressurgem em festas cristãs, nem como os outros mortos vivos que surgem diariamente em nossas vidas, buscando algo que lhes favoreça. O Eu queria aparecer apenas pelo fato de ser o Eu. Ele não queria ser reconhecido por nada, só queria ser lembrado. Pensava aquela máxima do "bem ou mal, mas falem de mim". E achava-se no direito de exigir que as pessoas lembrassem do Eu.

O Eu nunca ajudou ninguém. Mas nunca alguma outra pessoa ficou sabendo disso. Porque o Eu guardava tudo o que ele não fazia para si, escondendo dentro do seu bolso da jaqueta, de coro, importada da Itália, da grife de um famoso designer, se é que para o Eu importava o designer, sendo cara, bonita, e chamativa, ele comprava a roupa. Mas o Eu nunca usou rosa pink com amarelo limão, só para constar.

O Eu nunca pensava ou refletia sobre outra pessoa. A menos que o nome dele fosse falado por determinada pessoa, aí ele pensava nessa pessoa, e dizia consigo mesmo(para os seus próprios neurônios("Esse cara lembrou de mim, falou bem de mim, gente boa ele"). O Eu era muito idiota. Nunca tentou pensar em ajudar alguém, ou sequer em conhecer alguém. O Eu não conhecia ninguém. Nem ele mesmo.

O Eu era um idiota. Principalmente porque pegava no pé, e enchia o saco do Nós. Esse sim, era um cara prestativo, fazia de tudo para melhorar a situação. Limpava ruas, ajudava velhinhas a atravessar a rua, trabalhava feito condenado cortando a grama da casa de senhores de idade, e no inverno, tirava a neve da rua onde morava, e de todas as ruas próximas a sua. O Nós era gente boa.

(continua...)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O velho novo livro

Hoje comprei, ou melhor, coloquei na conta da mãe, um livro. Sem valores agora. Ela aprovou, ou seja, o valor não interessa. Melhor um livro maior e melhor e mais caro do que 3 piores, mas bons e baratos. Gosto de ler, e precisava de um livro histórico como esse. É sobre a Europa após a segunda guerra mundial. Não sei todo o conteúdo, pois são mais de 800 páginas, letra pequena. Ou seja, tem muito conteúdo mesmo.

Acho que não terminarei esse ano, pois não terei tanto tempo para ler e ler bastante, como um livro desses exige. Lerei aos poucos, senão, como disse minha mãe, surtarei de tanta informação. Eu queria ter tempo para ler o livro em um mês. Não tenho. Queria ter mais tempo para me dedicar aos meus 4, ou 3, blogs, mas não tenho. Queria mais tempo para aprender a tocar violão, mas infelizmente não tenho.

Só que não reclamo disso. Mente ocupada não pensa besteira, diria minha mãe, minha avó e a mãe dela. E quando eu disse que lia nos horários vagos no colégio para uma colega que não estava fazendo nada no momento, fui mal interpretado, como se tivesse xingando-as. Mas sinto uma necessidade de ler algo quando não tenho nada para fazer, assim como tenho a necessidade de ouvir algo, um bom e velho rock roll ou um programa esportivo.

Mas o velho do novo no título é porque eu deveria ter pensado em pedir um livro desse tipo antes. Precisava de algo diferente desse tipo para ganhar uma motivação, mesmo que essa motivação não me leve a ler o livro em pouco tempo, mas me leve a tentar aumentar o conhecimento, seja com o livro ou não.

Sede de conhecimento, novidade para mim. Bom, não. Mas desse jeito é novidade, porque nunca tive um livro, livro, histórico, do tipo que eu gosto de ler. Não gosto de macunaímas e os sertões, nem de poesias ou histórias românticas. Prefiro realidade. Imaginação não é comigo. Mas há exceções. Claro, sempre há.

Buscando conhecimento. Livro, revista, jornal, e porque não, blog. Tudo pode, leiam bem, pode trazer conhecimento. É só não ficar olhando com cara de bobão e tentar tirar algo de tudo, nem que seja o suco da laranja ou o caroço do abacate...

Conhecimento é o que não falta nesse blog... bom, pensando bem...


Tão tá!

Elefante no papel

*postado originalmente no Tosco por ser Tosco, e agora aqui, devido a minha excessiva preguiça.


Quem nunca recortou um elefante em uma folha de ofício com uma tesoura de jardim de infância que atire o primeiro comentário. Quem nunca olhou para um desenhou feito no papel, independente de qual, e, tendo que recortar, achou que iria ficar muito mal recortado, que atire o primeiro comentário. Quem nunca fez bem um coisa que achava que iria fazer mal, que atire o primeiro comentário.

Sei que alguns devem ter pensado em atirar um comentário, mas não atiraram por medo de me humilhar, mas enfim, estou aqui para servir de objeto de xingamento, como no post, mal escrito, abaixo.

Mas voltando ao elefante, chega um momento em que recortar quadrados e triângulos não tem mais graça. Nem círculos são a mesma coisa que eram há algum tempo atrás. Porque os tempos mudam, as pessoas evoluem, ou não, e as idéias acabam se aperfeiçoando, ou por vezes piorando.

Porém, volta e meia nos deparamos com novos desenhos a serem recortados. Aí vem espadas, colheres, brincos, pedras preciosas com linhas retas, enfim, coisas não muito mais difícil do que o que nos amedrontava. Só que mesmo assim, tendo recortado os círculos e tal, muito bem, ainda achamos que as espadas que recortarmos ficarão feias, mal recortadas, afinal, não temos aptidão para tal coisa.

Aí recortamos muito bem. Nada comido nada com bordas. Muito bom trabalho. Aí surgem árvores e animais, como o elefante. Desistimos por medo de que o nosso trabalho de recortar acabe estragando essas imagens. Desistimos muito mais para tentarmos provar para nós mesmos, erroneamente, que somos incapazes para esse trabalho.

E deixamos de lado, guardamos na gaveta da mesa do computador. E os desenhos, e a tesoura, ficam lá, por semanas e semanas. Um dia, estamos entediados, e o que decidimos fazer? Recortar aqueles desenhos que não foram recortados pela nossa incapacidade. Um pé atrás agora, porque se eu não sou capaz, mesmo que tenha tempo, como vou recortar?

Mas o elefante do papel nos provoca, nos olha com uma cara de “foge de mim seu tongo”. E nós, agora por teimosia e para provar pro idiota do elefante da folha, e até para o tongo que há em nós, vamos lá, recortamos e mais uma vez, bem recortado. Claro, que só de raiva, cortamos depois a cabeça do elefante, mas nada que uma fita durex não resolva.

E recortar torna-se algo fácil. Mas como era difícil. Como um incapacitado como eu conseguiu fazer tão bom trabalho? Difícil entender que nada é complicado quando se tem vontade? Complicado demais, para mentes tão geniais, entender que bonito é quando fazemos algo, e não necessariamente o que fazemos?

Um dia nós precisamos tirar a folha com o maldito elefante e recortá-lo, nem que seja para provar ao idiota do elefante, que eu tenho uma boa mira e consigo cortar aquela cabeça idiota dele...

Tão tá!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Sem cessar, sem parar, sem pensar, opa, pensar sim

Há frases que marcam a minha existência. Não que isso faça alguma diferença para alguém, mas marcam mesmo. Nem que seja apenas no momento, onde penso que daquilo posso criar um texto. É bobagem da minha cabeça, que pensa como se não houvesse outra coisa a ser feita. Mas frases são fragmentos de pensamentos que podem, ou não, ser úteis ao nosso viver, no caso, ao meu viver, porque as frases saem da minha mente.

São coisas, trabalhos, provas, conteúdos, apresentações, ensaios, teatros, e talvez mais alguma outra coisa(2) que estão rondando minha mente. Mas é incrível como não consigo ocupar todos os meus neurônios para acabar com tudo isso de uma vez. E agora descubro mais uma ocupação para minha mente(esse texto está sendo redigido em fragmentos de tempo livre).

Mas a frase de hoje, foi interessante. Óbvio, que para mim foi interessante. "A tristeza é tão interessante quanto a felicidade, ou mais. Ela é bem mais complexa.". (Não me perguntem o que faço escrevendo no blog se tenho outras ocupações) Enfim, se é pra pensar um pouco, a tristeza é bem mais complexa, e se torna mais interessante pois não é qualquer motivo que te faz ficar triste. Ou é. A complexidade está nas diferenças das pessoas. Como a felicidade, só que um bombom faz muitos felizes, até uma bala, coisa que não acontece com a tristeza. Porque só um olhar pode deixar alguém triste. Ou seja, algo que não se materializa de fato.

Tristeza é ausência, falta, mas não é necessariamente algo ruim. Por vezes, pode significar que eu queira algo mais do que tenho, que eu preciso buscar algo mais. O problema é quando a tristeza vem pela incapacidade de lutar pelo que se quer. A felicidade não, eu posso ser feliz mesmo querendo algo que não tenho, mesmo que eu não tenha coragem ou força para buscar aquilo que quero. Porque uma coisa sempre, ou melhor, quase sempre compensa a outra(bem lembrado, essa frase deveria ter aparecido há uma semana aqui). Eu posso não ter uma bergamota, mas tenho uma laranja, exemplo para simplificar bem o que quero dizer.

Se alguém não entendeu mesmo assim, deixa pra lá. Segue lendo os textos abaixo que tu vais conseguir entender algo. Se o sintoma de incompreensão continuar, xingue sem dó esse narigudo que lhes escreve entre uma frase e outra de um trabalho de inglês. Bom, não vou fazer como certos blogueiros que choram por um comentário, ou fazem campanhas para atrair comentários, independente do conteúdo e de se a pessoa leu o que está escrito ou não. Porque no caso é um recurso de linguagem. Ou também, nem comente. Desligue o seu computador e vá ler um livro. É mais produtivo(depende do livro, mas enfim...). Só não vá para a televisão.

Tão tá!

domingo, 1 de junho de 2008

Histórias do Bandiolo - A vida da formiga, digo, do formigo

Ele era uma formiga, digo, um formiga. Sim, era um formiga machão, daqueles bem gaudério, que carregam uma folha de pessegueiro sozinho. Mas era mais macho que muito homem que faz academia e se diz macho só por isso. Enfim, era um baita de um formigão. Conseguia carregar 550 vezes o seu peso, mas nunca fizera sequer um levantamento de grão de arroz para treinar.

Essa, digo, esse formiga trabalhava feito louco, muito mais do que todos os amigos que viviam junto com ele, na república do pé de macieira. Só que enquanto ele trabalhava, seus amigos se divertiam, conhecendo e andando de patas dadas(se isso é possível), com formigas. Femininas, claro. E essa, digo, esse formiga se sentia mal, pois nunca conhecera uma formiga que o aceitasse como ele era. Todos e todas as outras formigas tinham medo dele.

Só que um dia ele traçou suas patas com as patas de outra formiga, feminina, que era tão grande e forte quanto ele. Mesmo sendo uma formiga feminina, ela competia com ele para ver quem era mais forte. Ele, amou-a desde o instante em que ela o derrubou após uma queda de braço em um quiosque na avenida das tulipas, que ficava perto de onde eles moravam. Ela, por sua vez, não o amou, mas sentia a necessidade de estar perto dele, pois ele era o único que a ajudaria a ficar mais forte para então dominar jardim para então ter um exército capaz de dominar o mundo. Então, ela fingiu amá-lo.

O formigão agradava a formigona, e ela fingia aceitar os agrados, mas sempre pedia para ele ajudar ela a ficar mais forte. Ele, cego pelo amor, ajudava-a, sem saber do seu plano maléfico. Ela ficava mais forte. Ele, nem tanto, mas sem dormir, conseguia fazer tudo o que precisava para pagar o aluguel no final do mês e ainda assim ter tempo de sobra para estar ao lado de sua amada formigona.

O tempo foi passando, eles casaram-se, e ela planejou para o dia seguinte dominar o mundo. Ninguém, nem o formigão, imaginava algo desse tipo. Foi então que um piá de bosta, xeba*** típico, pulou a cerca do jardim e acabou pisando em cima da formigona. Era o fim, ela estava morta. Era tão grande e tão articulada que o piá parou, olhou para o chão e viu uma formiga do tamanho de uma maçã. Seguiu o seu rumo até o pé de bergamota, onde roubaria as bergamotas do ajeitado jardim do seu vizinho que estava viajando.

O coração do formigão ficou tão esmagado quanto o corpo de sua amada. As outras formigas sentiram pena dele, mas ficaram felizes porque seus namorados não teriam mais um exemplo de formiga para exigir que elas se tornassem iguais. Os formigas machos, digo, masculinos, ficaram felizes porque não havia mais uma formiga sequer que pudesse ameaçá-los. Só o formigão estava triste.

Perdera a sua amada. Então, foi até a parte das hortaliças e se matou. Enforcou-se com uma folha de cebola. Daí surgiu a expressão "se enforcar em um pé de cebola". Coitado do formigão. Agora estava morto também. Eles nem puderam deixar um descendente sequer, porque na minha história não houve tempo para um relacionamento sério e afetivo de fato.

Enfim, qual a moral da história?
a) Não deixe para amanhã o que tu podes fazer hoje;
b) Não tente dominar o mundo, sempre tem alguém maior do que tu que vai te impedir de fazer isso;
c) Deus escreve certo por linhas tortas;
d) A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena;
e) O que os olhos não vêem, o coração não sente;
f) Faça cercas altas para os xebas não te roubarem;
g) Não coma bergamota;
h) Não há moral da história.

Comentem e deixem suas opiniões(eu não sei porque eu faço isso, se sei que no máximo duas pessoas vão comentar)

***termo frederiquense para designar garotos de rua mal instruídos e/ou mal intencionados

PL de ontem, só pra não passar em branco

Ontem era aniversário do Tunder, então a gurizada foi na casa do Tunder, dessa vez com o Tunder, pra encher a barriga. Essa é uma coisa legal, em que o cara come bem, não paga nada, mas não tem nada de hipocrisia de ser amigo do cara só por saber que uma vez por ano ele paga uma janta ou um almoço, como no ano passado. Agora, que tem gente que tem amigos só para comer pastéizinhos e negrinhos(brigadeiro gaúcho), ah, isso deve ter sim.

Só que pouco conversei com o Tunder, na roda(sem malícia) de amigos, todos conversam com todos. Depois foram ver filmes e restaram quatro guerreiros, que continuaram perto da churrasqueira, que naquele momento não emitia mais calor, resistindo ao vento gelado e aos atentados ao olfato, do Cristiano. Ficamos lá os quatro, conversando.

Bem resumiu o Fão no momento em que o Miguel foi lá se juntar a nós: "Começamos com a sessão depressão, fomos pras mentiras e acabamos nas mortes, tudo como deve ser". Genial. Mas o legal de ontem foi conhecer mais amigos com quem não tenho muita oportunidade de conversar. São visões, histórias, pensamentos, sentimentos, que não é possível conhecer somente conversando um pouco nos sábados.

Roda de conversa é bem mais interessante quando são poucos os que se dispõe a estar nela. Muita gente fica complicado, porém, mais divertido(interessante é diferente de divertido). Só que ontem, naquela ausência de calor toda, com todo aquele cheiro de frigorífico, os três que lá estavam comigo realmente se conheceram mais.

Não que isso vá salvar o planeta do aquecimento global, o que ultimamente tem sido necessário para elevar as temperaturas da cidade, mas foi legal. Mesmo que depois tenhamos ido assistir ao varzeano entre brasil x Canadá, e que durante esse jogo todos dormiram um pouco, com exceção do Cristiano, que dormiu o jogo inteiro, mesmo que no final do jogo o vento gelado fosse maior, mesmo que o cansaço fosse grande perante ao jogo da tarde(baita jogão, mesmo com um plantel pior, ganhamos, mas diz o Miguel que o time dele só perdeu porque jogaram rindo, o que não é muita mentira). Mesmo que eu não saiba mais do que falo, ontem foi legal.

Mais um PL. Mais um aniversário. Mais uma roda de amigos. Mais refri tomado. Enfim, mais um sábado. Mas não apenas mais um sábado. Um sábado legal.

Vou-me embora para a casa da vó, para em umas duas horas, almoçar.

Tão tá!

*quem viu o jogo contra o Canadá, deve ter percebido que os caras jogam futebol em quadras de basquete, porque os caras perderam uns 5 gols, e que aquele que fez o segundo gol, era igual ao Bob Marley... sem ofensas ao autor do segundo gol...