quinta-feira, 26 de junho de 2008

Histórias do Billi J. - quando não resta outra saída senão, lutar (parte 3)

(continuando...)

Saiu do local para respirar um pouco. Olhou então para o céu. Viu a Lua cheia lá no céu, rodeada por estrelas, que forravam aquele céu azul marinho. Alguma coisa estava estranha. Nunca vira aquela lua tão bela. Billi J. era admirador da natureza. Mas nunca havia visto cena tão bela quanto aquela. Deus estava lhe dizendo algo. Então fez algo como o Goku(do Dragon Ball) fazia para lançar um golpe, reuniu um pouco da energia de cada ser que habitava o planeta, e quem sabe, o universo, criou coragem, e foi até Renata.

Não importava quem estivesse no caminho. Esbarrou em pelo menos 4 grandalhões, que sem ele saber, o prometeram briga na saída do baile. Mas o que importava isso? Billi J. tinha uma coisa à fazer. Depois, poderia até morrer. Porque preferível morrer aliviado do que com um coração cheio de tensão, medo e angústias. Procurou mas não achou Renata. Pediu para um colega. Foi até o local indicado, e para o seu desespero, Renata estava aos beijos com outro. Filho da mãe, desgraçado.

Billi J. perdera tanto tempo que agora não adiantava mais todas as forças. Mas aquilo não ficaria assim. Mesmo não tendo nenhum compromisso com Renata, estava decidido a lutar por ela. Então chegou perto dos dois, puxou o referido infeliz para o lado e pronto para declarar-se, ouviu um "o que foi magrão? ela tá comigo!". Como quem não quer nada, Billi J. o jogou dentro de uma caixa de gelo. E fechou a caixa de gelo. Renata não estava entendendo nada. Billi J. sempre lhe dizia que queria o seu bem, a sua felicidade, e agora fazia aquilo. Estava louco. Billi J. então resumiu a sua vida. Resumiu, mas de maneira bem resumida, tudo o que acontecera com ele desde que conheceu ela. Contou todos os seus dias pensando nela, todos os seus poemas para ela(até aqui nem eu sabia que ele era poeta), todo o esforço que fizera para poder estar ao lado dela todos os dias.

Billi J. se mostrou corajoso. Porque ganhar uma luta contra o seu próprio eu era impossível até ali. Quem de nós consegue ganhar de nossos medos? Billi J. conseguiu. Toda a sua angústia fora jogada fora. Todo o seu medo havia sido enterrado. Billi J. admitia o erro em jogar o infeliz, cujo nome é desconhecido, na caixa de gelo, mas disse que jamais faria aquilo se tudo o que sentia não fosse sincero. Estava com mais raiva ainda por perceber que todas as velas que as amigas de Renata seguraram, ou melhor, todo o tempo que elas atrapalhavam, era para que aquilo funcionasse. Humilde, Billi J. pediu perdão por não ter falado antes. Billi J. não sabia porque, mas tinha a certeza que se tivesse feito isso antes, todo esse sofrimento seria evitado.

Renata beijou Billi J.. Ele nunca acreditou que aquilo pudesse mesmo se tornar realidade. Tudo não passava de um sonho. Um distante sonho. Mas a sua coragem falou mais alto. Ela, por linda e inteligente que era, poderia escolher qualquer idiota, bonitão, com topete, dinheiro e uma boa cantada. Havia escolhido o outro por achar que Billi J. a queria apenas como amiga. Ela poderia escolher qualquer um mas, por algum motivo, o escolheu. Ele então, já olhando para ela, olho no olho, disse que nada que fizera teria sentido se ele não terminasse pedindo-lhe em namoro. E assim o fez.

Só que...

(continua)

2 comentários:

Vini Manfio disse...

CAMPANHA: UM COMENTÁRIO POR POST!

grande Billi J.(3)

Caroline Lazzari Manfio disse...

Poxa, só um?? Ou no mínimo um? Bem, se pode ser mais que um comentário, permita-me comentar: tou gostando muito da história, mas tenho que fugir um pouquinho da leitura pra compartilhar algo! Quando eu li o "...Pediu para um colega", lembrei do que se passa aqui quando digo algo assim... (rsrsrsrs). Tem pessoas que não entendem que perdir = perguntar, e uma professora minha até corrigiu isso em um dos meus textos. Senti como que um atentado ao meu dialeto, mas fazer o quê?... Estou tentando me corrigir!