quarta-feira, 25 de junho de 2008

Histórias do Billi J. - quando não há outra saída senão, lutar(parte 2)

(continuando...)
Perguntou para Renata o que ela achava, e ouviu um "bah, tu és tão indefinido quanto eu na hora de escolher um vestido". Ou seja, Renata não fazia a menor idéia. Falou com seus professores. Nada que lhe agradasse foi sugerido. Seus pais então, bom, nem adiantava perguntar para eles. Até para os idiotas dos seus colegas ele foi pedir, mas ao ouvir um "tu tens cara de quem vai fazer designer", xingou-os e virou as costas, mas não deixou de ouvir risadas e frases como "tu vais ser designer, porque tu é um viadinho teu"(atualmente, seus colegas o chamavam assim porque consideraram o namoro do Billi J. com a Gabriela algo que jamais iria se repetir). Seus colegas não passavam de ignorantes inéptos. Jamais passariam no vestibular. Jamais seriam alguém por conta própria.

Billi J. decidiu então fazer a sua inscrição e chutou um curso. Marcou um x em uma opção qualquer e conseguiu fazer a sua inscrição. Bom, o que ele marcou aparece depois na história. Passado esse problema, Billi J. então achou que a festa de formatura, que seria realizada na semana seguinte, era o que ele precisava para finalmente expressar todo o seu imenso e, principalmente, longo amor por Renata. Durante a semana, pediu conselhos para o seu eu-lírico(essa de falar com o eu-lírico ele deve ter copiado de alguém...), ensaiou frases, imaginou situações, caras, feições. Mas nada lhe parecia bom o suficiente.

Tudo parecia declarado demais. Todos os seus planos foram sendo descartados. Pegar um poema e decorar, sem citar o autor no final, não seria correto, até porque, mesmo sendo inteligente, ele não decorava as coisas com facilidade. Tentar escrever um texto e tirar alguma idéia também não foi bom. Mas foi lendo um texto na internet, que dizia algo como "sinceridade... essa vontade de querer fazer aquilo que te faz feliz", que fez Billi J. decidir o que faria.

Ignorou tudo o que havia pensado. Ignorou a possível reação de Renata. Talvez fosse o fim de um companheirismo, uma amizade, que sempre foi abafada, mas mesmo assim sustentada por um amor incondicional dele por ela(e, ... bom, deixa pra lá). Ele queria realmente era ignorar tudo e simplesmente dizer o que sentia. Dizer tudo o que há tanto tempo afetava a sua mente, o seu pensamento, seus gestos, atitudes. Billi J. entendeu a sua situação. Tinha ficado ainda mais tímido por medo de perder contato com Renata. Por medo que ela se afastasse dele.

Tinha medo. Mas não um medo de morrer. Mas sim um medo de ficar sem ela. Nem que fosse como amiga, queria-a por perto. Mas não era o que ele queria. Então ele voltava revoltado e irritado, consigo mesmo, para casa, todas as vezes em que tentava e planejava, mas não conseguia. Billi J. queria mais. Porque só a amizade de Renata não lhe bastava. Era apaixonado, mais ainda, amava-a. Desde sempre. Desde que aquela guria com olhar indescritível entrou pela primeira vez na sala de aula dele, para nunca mais sair de sua vida.

O tempo estava contra Billi J., porque chegou o dia da festa de formatura. As aulas já tinham acabado. Tudo era passado. Só lhe restava uma coisa a fazer. E tentou por diversas vezes falar com Renata em particular naquele baile, mas sempre tinha uma tonga para chamá-la para o lado ou para ficar ao lado dela, e dele, segurando uma vela, que descobriria o Billi J. alguns instantes depois que... bom, continuando.

(não, continua em um próximo post)

Um comentário:

Vini Manfio disse...

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grande Billi J.(2)