segunda-feira, 10 de março de 2008

Vivendo como o bichinho da maçã... - um começo sem fundamento

O que se pode dizer de uma macieira? Primeiramente, dizemos que é uma árvore frutífera, cujos frutos são as maçãs. Mas o que podemos dizer mais sobre essa árvore? São poucos que a conhecem. Eu mesmo, não me lembro quando foi a última vez que vi uma macieira na minha frente. Sinceramente, não lembro mesmo.

Mas os mais entendidos diriam coisas técnicas, que só pessoas que estudam mesmo, que vivem disso ou que ainda lembram do conteúdo do 2° grau, o atualmente chamado ensino médio. Enfim, não há muito o que se dizer de uma macieira. Suas folhas são boas para fazer chá? Não sei. Chá do fruto mesmo, é bom, mas das folhas... talvez. Nunca tentei. E não tenho uma macieira perto do galinheiro para testar agora.

E tudo numa irrealidade simples, que alguém algum dia entenderá. São mais de 450 posts nesse blog, poucos realmente bons à visão de quem lê, se é que mais de 5 pessoas o lêem. Spams não param de chegar ao meu email. Pessoas saem da comunidade "Tá, e daí?" do orkut. Pessoas nascem e morrem. São milhares por dia. Milhões, melhor dizendo. Assaltos então. E o que isso tem relação com o post? Acho que nada. Mas enquanto tudo isso acontece, eu estou aqui, escrevendo em um blog. Ou lendo um livro muito ruim. Ou estudando. Enfim. A grande maioria das coisas que se passa no mundo não me afeta.

Aliás, não afeta ninguém. Só quando é diretamente ligado à nós. E quantas vezes pensamos nisso? Só quando alguma coisa acontece nas nossas proximidades. Ou quando entramos em um blog como esse, quase sempre por acaso, nos deparando com um lixo literário como este aqui, como tantos outros lixos literários presentes nessa imensa rede, que vicia muito mais do que clicar e desclicar uma caneta para torná-la apta à escrita.

Nada de mais, mesmo sendo algo que pode mudar uma vida. E em quantas mudanças de vida pensamos diariamente? Nenhuma... Ou no máximo uma. A nossa. Somos tão egoístas que dificilmente pensamos no que pode acontecer com a vida de alguém, mesmo que esse alguém nos pareça tão comum, mesmo sendo tão único.

Não escrevo isso em virtude de alguma tragédia pessoal. Muito menos em virtude de uma tragédia tão próxima e ao mesmo tempo tão longe de mim. Não escrevo isso por algum motivo. Escrevo apenas por escrever. Para registrar e quem sabe um dia, entender o que se passava na minha cabeça no dia 10 de março de 2008, dia do 50° aniversário do meu pai.

Talvez eu entenda, talvez não, mas o certo mesmo é que talvez nunca me esqueça desse dia. Não por uma tragédia. Não por uma felicidade diferente daquela "acordei, estou vivo". Não porque aconteceu alguma coisa fantástica ou inesquecível em algum lugar do mundo. Não por algum fato futebolístico. Não para todos os outros imagináveis por quem lê, e até por mim.

Não me esquecerei mais. Do dia em que nada de novo aconteceu. Chovia enquanto voltava da aula, molhei meus pés, minha mochila, quase os meus cadernos. Nada de novo. Perdi 10 reais para pagar o xerox(fotocópias) de português e literatura. Nada de novo. Mas não me lembrarei imediatamente desse dia. O blog me lembrará. Enquanto ele existir. ...

(continua amanhã)

3 comentários:

Anônimo disse...

oi viini
passando pra dar um oi
to com saudade
sentindo falta tua
:(
bjao
fica bem
amoo tu

SiL disse...

esse anonimo ali eh em cima era eu, sil! :D

SiL disse...

eu d novo!

realmente vini, qm deseja q o tempo volte, demosntra falta de coragem, é covarde!
mas eu nunca fui corajosa mesmo!
aim bjao meu maninho