sábado, 24 de maio de 2008

Histórias do Billi J. - porque o tudo não passa de um nada disfarçado(parte 2)

(continuando...)
Se fosse fazer novamente, Billi J. não conseguiria. Porque os gênios só fazem coisas estúpidas como essa uma vez. Que o diga Frankenstein. Só um. O Billi J. nunca entendeu como conseguira, mas havia criado uma vida. Sem uma gota de sangue, sem chips modernos, sem coração, sem fio na tomada. Ele havia criado só com a sua inteligência e um pouco de bobagens da tv e do rádio.

Arrancou a corrente da bicicleta e fez um cabelo para a sua criação. Chamou-o de Johnny. Assim como o Johnny B. God que alguém cantou algum dia, eu acho. O Johnny era o Billi J. versão metal, no sentido literal. Estava lá a maior criação sem fundamento da história. Johnny falava com Billi J.. Conversavam sobre a situação sócio-político-econômico-estudantil do país. De alguma forma, Johnny sabia mais de tudo isso do que Billi J. no auge de seus estudos contemporâneos.

Saíram os dois. De carro. Johnny não tinha carteira, mas se não havia gente, logo não havia polícia, logo, Johnny poderia dirigir em paz. Saíram. 90km/h, cabelos ao vento no Chevette conversível do pai de Billi J.. Tão legal sair sem rumo, sem ninguém no caminho. Tirando os buracos, era fantástico tudo aquilo.

Só que o Billi J. não percebeu que Johnny não passava de um robô. Pensou que ele seria amigO que nunca tivera. E foi contando coisas de sua vida. Johnny era o símbolo da capacidade de Billi J. Então foram atrás de pessoas para poder mostrar toda essa genialidade.

Mas não havia ninguém. Olhava Billi J. para os lados, para frente, trás, mas nada. Entraram nas mais estranhas ruas, nos mais afastados caminhos, por todos os lugares, mas nada. Nem animais e muito menos pessoas. Pássaros voando? Nem tentando não conseguiam achar. Aquilo já estava preocupando Billi J..

Voltaram para casa. Billi J. disse para Johnny ligar a televisão da sala, porque a da cozinha fazia parte de Johnny. Ligou, mas nada apareceu. Tudo branco. Não havia canal algum, sinal algum. Tentaram o rádio, mas um chiado insuportável tomara conta de tudo. Nada. Nem uma emissora.

(continua...)


Um comentário:

LS DIAMOND disse...

não acho que sejam bobagens não te conheço mas conheço a alma de quem escreve pois também sou escritora e nossos personagens tem muito de nós, e Billy tem muito de vc gostei bastante parabéns vou voltar para ler mais em outra ocasião. abraço
http://acaoecultura.blogspot.com/