domingo, 14 de setembro de 2008

Eu preciso de respostas? (parte 2)

(continuando)
A natureza humana é muito complexa. A racionalidade pode explicar teorias que indicam possíveis caminhos. A emoção pode explicar o que sentimos, assim, com o coração no lugar, teremos condições de buscar o caminho sem sensações e tristezas inexplicáveis. Só que nada disso nos leva à uma resposta concreta.

Já critiquei a busca por repostas para o "de onde viemos?'' e "para onde vamos?", e não são essas respostas que tento achar aqui, agora, escrevendo de maneira simples e complicada. A resposta concreta que o ser humano deve buscar varia muito, mas afinal de contas, para que respostas? Só para termos mais perguntas depois. Para não ficarmos parados no tempo, no espaço, no cosmo. Quem lê pensa que são bons argumentos. E podem até ser. Mas no final das contas, só são argumentos para aqueles que buscam, pelo menos buscavam, nesse texto, alguma resposta.

Não tenho respostas que possam explicar alguma coisa. Nem ao menos consegui tirar a lama de cima das respostas que me foram jogadas no chão, como poderia então responder a alguma questão? Talvez o que está sujo de lama não sejam as minhas respostas. Talvez sejam apenas mais perguntas.

Por isso, viro as costas e vou-me embora... não pra Pasárgada, mas sim, para comer uma bergamota.

Ah!... se as pessoas buscassem nas bergamotas as respostas para seus problemas... o mundo não teria tanta gente correndo atrás do que não quer ver, do que não quer ser, do que não quer saber... mas finge, para os outros e para si, pensar querer...

E porque fingem querer ver, ser e saber?

Essa é mais uma pergunta que eu não quero responder.


E vocês?

Um comentário:

Anônimo disse...

O ser humano questiona-se desde o início de sua atividade cerebral. Talvez seja uma necessidade ou uma insanidade querer saber de onde viemos, para onde iremos. Queremos respostas que não podemos ter e procurá-las - do modo que for possível - faz parte de nossa natureza.
Beijos.