terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Sempre a mesma coisa

E todo 31 de dezembro é a mesma coisa. Tá, na verdade, muita coisa os difere, mas o sentido, o espírito e o que acontece no dia é basicamente a mesma coisa.

É só parar e pensar. Todo 31 de dezembro tem champagne, tem fogos de artifício, tem rojões, tem crianças correndo e gritando como se estivessem sendo comidas vivas(no sentido literal seus maluciosos), tem ervilha, digo, lentilha, tem família reunida, tem histórias, tem projetos para o ano seguinte, tem abraço antes e depois da meia noite, tem promessas e juramentos, que geralmente não são cumpridos. Enfim, todo maldito 31 de dezembro é basicamente o mesmo. Até porque, todo 31 de dezembro antecede um feriado.

Nem todas as famílias celebram da mesma maneira. E isso não é ruim, pois as diferenças fazem com que histórias entre pessoas de famílias diferentes sejam trocadas. Na verdade isso é bom, pois seria mais monótono e ruim o 31 de dezembro se todos passassem-no da mesma maneira.

Eu já escrevi que final de ano só serve para alimentar esperanças de mudança na mente dos fracos. Sim, são feitos projetos, são definidas metas, são ditos e pensados sonhos e objetivos para o ano que está chegando, mas tudo isso é bobagem. Ficar planejando, seja no dia 31 ou antes, é a mesma coisa dos inúteis, covardes e preguiçosos que deixam as coisas para a segunda feira, insinuando que num dos piores dias da semana é que será iniciado um projeto que só pode acabar em sucesso, a primeira vista, mas que para os inúteis, fra..., acaba sendo apenas mais um fracasso na vida deles.

Não faço e nunca fiz metas para cumprir no ano seguinte. Digo isso com sinceridade. Até porque, não tenho uma boa memória ao ponto de ter a certeza que me lembrarei do que prometi no ano seguinte. E como não quero perder tempo me lamentando no final do ano seguinte, deixo de lado esses planos para o ano que virá e trato de aproveitar, ou pelo menos tentar aproveitar, o último dia do ano.

Eu poderia dizer como foi o meu 2007. Mas não.

Ah, lembrei agora. Todo 31 de dezembro tem superstição. Não se pode comer galinha por isso, deve-se usar branco se queres paz, vermelho se queres amor, enfim, sempre as mesmas porcarias ilusórias que acabam apenas fazendo com que as pessoas se preocupem com a sua aparência e não com a sua mente. Elas preocupam-se em vestir tal cor e esquecem-se de que o que importa é que a cabeça esteja em paz para começar o ano seguinte bem.

Vi uma cena, enquanto saía da missa ontem, que me entristeceu. Não falarei nada pois não me sinto à vontade para descrever a cena. Mas aquilo me fez pensar bastante.

31 de dezembro é sempre a mesma merda. Sempre antecede um 1° de janeiro chato, monótono, sem graça, repetitivo e sem fundamento algum. 31 de dezembro, ano passado, serviu apenas para eu fazer uma reunião à tarde e ir à missa, à noite.

Abraço!

Um comentário:

Vini Manfio disse...

Campanha: um comentário por post

e é mesmo