terça-feira, 30 de outubro de 2007

A volta dos que nunca vieram...

É legal chegar uma tarde, cansado em casa, ir para o computador e não saber o que fazer, pois não se tem o que fazer. É legal pois, pelo menos eu, acho bem legal não ter nada para fazer só para pensar.

Mas ontem eu acabei me superando, sim, pois pus em prática alguns dos meus pensamentos mais toscos. Do nada, mas muito do nada, no mais de repente possível, em um gesto simbólico de inovação, abri e esperei conectar o meu msn. Nenhum amigo online, pelo menos nenhum disponível, pensei “que farei agora”, mas então, aí entra o gesto descrito como inovador. Iniciei uma conversa com uma guria com a qual não falo a muito tempo.

Não que eu não falasse porque ela era de Planalto, terra dos seres que um dia me ameaçaram mas, porque ela realmente mudou desde o dia em que a conheci. Sim, não falava com ela, sim era uma ela, uma guria, há quase um ano. Muito tempo, mas logo que disse oi, ela veio com um, duvido que era o mínimo sincero, que saudade…

Tá, mas peraí, saudade? Aí eu pensei, já que é pra mentir, vou sacaneá-la. Então, aproveitei a tosca frase do nick dela, algo como “era uma vez o amor, aí eu matei ele, fim”, então eu perguntei o porquê dela ter matado o pobrezinho do amor. Aí ela disse que era porque não tinha mais esperança. E eu perguntei se a esperança não era a última que morria. Ela disse que até a esperança tinha morrido… pobre esperança(esperança de sentimento, não uma pessoa com esse nome). Então o ápice da conversa, então, num mais irônico “e você foi ao enterro dela?”, eu acabei com as minhas chances de ter uma conversa com ela.

Detalhe, ela é loira, mas tudo bem, não sou preconceituoso. Mas mudando um pouco o foco do tema.

Escolhi o título a volta dos que não foram, pois são várias essas situações onde você acaba falando ou reencontrando alguém que não via a tempos, por falta de vontade dessa pessoa, que no começo da conversa ainda tem a ousadia falsificada de falar aquele “que saudade” ou um simples “quanto tempo”. Falsidade assim é foda, com o perdão pelo palavrão.

Esse retorno, possível interesse ou simplesmente falsidade, pode indicar algumas coisas. Você não perdeu nada ao não manter contato com essa pessoa, você não teve que ouvir aquilo antes e se você viveu bem, até mesmo se viveu mal, sem essa pessoa e não fez a mínima questão de dizer um “bah, saudades mesmo”, você pode ignorar essa pessoa para sempre.

Mas existem alguns casos onde a expressão de saudade pode ser sincera. Mas não vou falar sobre isso.

Pessoas que geralmente voltam a se aproximar de você por simples interesse, por algum motivo em especial ou apenas porque não há outro no momento para elas fazerem isso são muito arrogantes em sua maioria. Sim, arrogância e egocentrismo sem limites. Egocentrismo por achar que a outra pessoa estará disposta a conversar com ela naquele exato momento.

Eu não disse quanto tempo, nem que saudade, nem algo do tipo, por isso me difiro dessas pessoas. Acho que toda e qualquer expressão de sentimento deve ser sincera. Em primeiro lugar, sincera. E que por trás de uma expressão de saudade, haja um sentimento simples, uma vontade verdadeira de reencontrar a pessoa para quem se diz isso.

Se o sentimento não for sincero e a vontade não existir, esse reencontro, toda essa falsa saudade vão se tornar apenas… heresia… mais uma vez palavras ao vento…

Um comentário:

Vini Manfio disse...

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aquela conversa foi foda