Contrariando a regra que muitos têm na cabeça, ela era inteligente. Estudava muito, tirava boas notas, fazia trabalhos e afins, mesmo que nada valessem. Estava sempre lendo, livros, revistas, jornais, o que contivesse letras ela lia. Até coisas em outras línguas ela lia. Porque afinal, pessoas inteligentes, geralmente, sabem falar, e ler, em outras línguas.
Simpática, alegre, enfim, tinha muitas outras qualidades. Mas julgava-se boa demais em tudo. Achava-se a mais inteligente, a mais bonita, a mais incomparável(!!!!) de todas as que residiam naquela cidade. Julgava-se a pessoa mais na moda do mundo inteiro, mesmo vivendo longe de NY e de Paris. Essa guria era pequena, média e grande, em sentidos diferentes, que no caso, não vêm ao caso.
Esse "estrelismo" dessa guria era irritante. O fato é que ninguém falava isso para ela pois achavam ser os únicos a pensar isso e temiam ficar isolados do mundo ao dizerem algo para ela. Ela julgava-se, mas não era, perfeita. Principalmente por se achar "o centro do mundo". Acredito que, na maioria dos casos, somos o centro do nosso mundo, mas ela julgava-se o centro do mundo de todos.
Por esse "estrelismo", acreditava ter o poder de mudar tudo o que não estivesse de acordo com as suas vontades, no momento em que julgasse necessário. Toda vez que um professor marcava a data de uma prova, ela ia lá e, mesmo sem precisar, adiava a data da prova, pois queria mais tempo para estudar. Os professores aceitavam, pois ela era inteligente e estudava bastante, mas não sabiam que ela só estudava um dia antes de todas as provas. O tempo a mais era para não ter preocupações além de cuidar de sua grande beleza, para poder comprar roupas e acessórios da moda.
Em casa, ela mandava nos pais, no irmão e no cachorro(!). Mandava até nos vizinhos, exigindo que esses arrumassem a faixada de suas casas para que a rua se tornasse digna de ser habitada por ela. E como se sentia "estrelinha" essa pessoa. Arrogância pura e simples, com origens muito comuns.
Sempre fora mimada, tratada como rainha, digo, como princesa, porque rainhas são, geralmente, velhas. Nunca nada lhe fora negado. Ela pedia, ou melhor, exigia, e tinha em mãos dentro de pouco tempo. Tempo que variava conforme a dificuldade em conseguir o exigido por ela.
Só que um dia ela conheceu uma outra guria. Uma nova colega, que se mudara para a sua escola há pouco tempo. Guria que não era tão bonita, nem tão inteligente e muito menos tão popular quanto ela. Na opinião dela, claro. Logo de cara julgou-a inferior e logo tratou de colocar todos os colegas, vizinhos e amigos contra "a outra". Por nada. Apenas por birra, porque, de alguma maneira, "a outra"... bem, ela não sabia explicar o sentimento que vinha a sua cabeça quando via “a outra”.
Sentia-se ameaçada, porque aquela guria, aquela idiota, tinha a audácia de discordar dela. Quase sempre. Quando ela, a estrelinha, personagem principal desse texto, tentava adiar uma prova ou persuadir um professor a fazer alguma coisa que não precisava ser feita só para que ela fosse favorecida, a outra, a idiota, a feiosta, tonga, mal-vestida, a abusada, votava contra. Ia contra ela. Como podia alguém se julgar capaz de contrariá-la?...
(continua)
3 comentários:
comeceei a ler e pensei q essa garota eraa a mais perfecta do muundoo,
vixee qm é ela no finaal?xataa? axo neh auhaahu
gostei :0
bejooo
Essa guria é pobre de espirito,age como se fosse gde e importante,mas agora seu mundinho hipócrita está para desabar ou não?
beijooo.
Coitada,pessoas assim sofrem de mais!Conheço esse tipo de gente bem de perto
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