segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Histórias do Bandiolo - Lembrem-se sempre das pequenas coisas...

Ela era linda, mas linda mesmo. Cabelo castanho que parecia vivo de tão bonito que era. Tinha um rosto bem desenhado, com as maçãs do rosto bem salientes, o que a deixava mais linda ainda, principalmente quando ficava vermelha, por vergonha(o que era raro, pois era uma pessoa sem qualquer tipo de pudor) ou algum outro motivo não definido pelo autor.

Contrariando a regra que muitos têm na cabeça, ela era inteligente. Estudava muito, tirava boas notas, fazia trabalhos e afins, mesmo que nada valessem. Estava sempre lendo, livros, revistas, jornais, o que contivesse letras ela lia. Até coisas em outras línguas ela lia. Porque afinal, pessoas inteligentes, geralmente, sabem falar, e ler, em outras línguas.

Simpática, alegre, enfim, tinha muitas outras qualidades. Mas julgava-se boa demais em tudo. Achava-se a mais inteligente, a mais bonita, a mais incomparável(!!!!) de todas as que residiam naquela cidade. Julgava-se a pessoa mais na moda do mundo inteiro, mesmo vivendo longe de NY e de Paris. Essa guria era pequena, média e grande, em sentidos diferentes, que no caso, não vêm ao caso.

Esse "estrelismo" dessa guria era irritante. O fato é que ninguém falava isso para ela pois achavam ser os únicos a pensar isso e temiam ficar isolados do mundo ao dizerem algo para ela. Ela julgava-se, mas não era, perfeita. Principalmente por se achar "o centro do mundo". Acredito que, na maioria dos casos, somos o centro do nosso mundo, mas ela julgava-se o centro do mundo de todos.

Por esse "estrelismo", acreditava ter o poder de mudar tudo o que não estivesse de acordo com as suas vontades, no momento em que julgasse necessário. Toda vez que um professor marcava a data de uma prova, ela ia lá e, mesmo sem precisar, adiava a data da prova, pois queria mais tempo para estudar. Os professores aceitavam, pois ela era inteligente e estudava bastante, mas não sabiam que ela só estudava um dia antes de todas as provas. O tempo a mais era para não ter preocupações além de cuidar de sua grande beleza, para poder comprar roupas e acessórios da moda.

Em casa, ela mandava nos pais, no irmão e no cachorro(!). Mandava até nos vizinhos, exigindo que esses arrumassem a faixada de suas casas para que a rua se tornasse digna de ser habitada por ela. E como se sentia "estrelinha" essa pessoa. Arrogância pura e simples, com origens muito comuns.

Sempre fora mimada, tratada como rainha, digo, como princesa, porque rainhas são, geralmente, velhas. Nunca nada lhe fora negado. Ela pedia, ou melhor, exigia, e tinha em mãos dentro de pouco tempo. Tempo que variava conforme a dificuldade em conseguir o exigido por ela.

Só que um dia ela conheceu uma outra guria. Uma nova colega, que se mudara para a sua escola há pouco tempo. Guria que não era tão bonita, nem tão inteligente e muito menos tão popular quanto ela. Na opinião dela, claro. Logo de cara julgou-a inferior e logo tratou de colocar todos os colegas, vizinhos e amigos contra "a outra". Por nada. Apenas por birra, porque, de alguma maneira, "a outra"... bem, ela não sabia explicar o sentimento que vinha a sua cabeça quando via “a outra”.

Sentia-se ameaçada, porque aquela guria, aquela idiota, tinha a audácia de discordar dela. Quase sempre. Quando ela, a estrelinha, personagem principal desse texto, tentava adiar uma prova ou persuadir um professor a fazer alguma coisa que não precisava ser feita só para que ela fosse favorecida, a outra, a idiota, a feiosta, tonga, mal-vestida, a abusada, votava contra. Ia contra ela. Como podia alguém se julgar capaz de contrariá-la?...

(continua)

3 comentários:

Camila :) disse...

comeceei a ler e pensei q essa garota eraa a mais perfecta do muundoo,
vixee qm é ela no finaal?xataa? axo neh auhaahu
gostei :0

bejooo

Pelos caminhos da vida. disse...

Essa guria é pobre de espirito,age como se fosse gde e importante,mas agora seu mundinho hipócrita está para desabar ou não?

beijooo.

Anônimo disse...

Coitada,pessoas assim sofrem de mais!Conheço esse tipo de gente bem de perto