segunda-feira, 20 de outubro de 2008

De um sermão a um textão...

Desde que assumi minha posição religiosa, a partir da minha entrada em um movimento de juventude cristã, percebi que, para mim, sermão bom em missa é aquele que dá um tapão moral na raiz do ouvido do indivíduo e o faz repensar muita coisa.

Hoje, ou melhor, ontem, não foi diferente. O bispo daqui, ainda novo na paróquia, falou bastante, mas pelo menos 90% dos que ouviam, acredito eu, levaram uma paulada na cabeça e ouviram o que ele disse. Palavras simples, palavras com muito sentido que realmente serviram para mudar certos pensamentos na cabeça de quem ouviu.

O trecho do Evangelho de hoje mais citado na homilia(sermão) foi aquele em que Jesus disse "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Esse "dai a César...", como bem disse o bispo, não é só a questão de pagamento de impostos. Muito além disso está a honestidade, que mesmo relacionada não é propriamente dito como pagar impostos. Tem também a busca por conhecimento, o que evita que nos tornemos pessoas ignorantes perante o mundo, evita que nos tornemos hipócritas por falta de conhecimento.

Eu sei que os leitores desse blog, em sua maioria, não devem seguir qualquer religião, mas ouvir um relato como esse os faria pensar um pouco mais. A questão da honestidade é um dos maiores problemas sociais que temos. Porque onde há hipocrisia, a honestidade se torna uma simples flor no meio de tantos espinhos. Existe, sim, mas ninguém quer chegar nela, tamanha a dificuldade para passar pelos espinhos, que no caso seriam todos os corrompidos, ou corruptos, que habitam esse vaso de flor, que obviamente seria a nossa sociedade.

O fato é que torna-se muito, mas muito produtivo ouvir palavras que demonstram um conhecimento e uma visão de sociedade, e de mundo, coisa que só quem participa disso tudo pode dizer. E cabe a cada um seguir esse princípio de honestidade para poder então, sem ser hipócrita, exigir honestidade daqueles que vivem da corrupção.

A sociedade se perde na sua hipocrisia em não admitir o erro pessoal e mesmo assim criticar o mesmo erro que o vizinho comete.

Mas é isso...

3 comentários:

Mário Goulart disse...

Grande Vinicius, ótimo texto. É evidente que não somos perfeitos, mas sim perfeitos pecadores afinal somos humanos e muitas vezes ingratos. A hipocrisia faz parte da estrutura de uma pessoa, talvez seja um instinto de sobrevivencia. Talvez! O fato é que num todo não sabemos lidar com a beleza que é a vida... enfim ser puro é muito dificil, mas só tem uma coisa que eu prefiro... a honestidade, a humildade e a satisfação de se sentir humano... um humano grato!

Abraço campeão!

Camila disse...

muitoo boom, auhuhaa
na minha igrejaa o padre costumaa dar sermao tda missa huaauh detesto auhauha

beejoo

Anônimo disse...

Poxaa... muito bacana! =]
Sim, sim. Tb adoro quando não só ouvimos, mas sentimos os sermões. Gostei da metáfora da flor e dos espinhos, para caracterizar a hipocrisia e a honestidade. Ah...Como seria bom se as pessoas valorizassem a ida pelos espinhos, porque alcançariam o cheirinho glorioso da Flor. VAmos fazer nossa parte!Só assim o mundo vai pra frente...