sábado, 9 de agosto de 2008

Peleia corrida

Corremos. Em terra seca, mas também em terra molhada. E tentamos aproveitar essa terra molhada para que pudéssemos plantar sementes. Sementes que algum dia, esperamos que virem árvores. Com flores ou não. Sementes, que talvez não possam nascer, mas que mesmo assim, serão guardadas, para alguma outra ocasião, para alguma outra terra molhada.

Corremos. Subimos e descemos, ladeiras e montanhas. Com muita ou pouca esperança de que isso fizesse algum sentido. Com um intuito de querer expandir cada vez mais, uma idéia que não sai de nossas cabeças. Com força o suficiente para empurrar o carro se o mesmo parasse e com coragem o suficiente para não nos decepcionarmos.

Corremos. Contra o tempo, que insistia em nos pregar peças. Por vezes sobrava tempo, e assim, deixávamos, o tempo, passar. Por vezes, faltava tempo, e assim, tínhamos que buscar novas maneiras para que pudéssemos concluir tudo... a tempo.

Corremos. Com armas em punho. Peleando contra guerreiros verdes que eram favorecidos pelo meio ambiente. Mas lutamos. E como lutamos. Perdemos armaduras, mas nada nos feriu gravemente. Pelo menos nada físico. Porque de alguma maneira, certos gestos, longínquos, acabam nos afetando da pior maneira possível. Perdemos moral mas ganhamos espírito, e essa coisa, que alguns chamam de fé, nos impediu de desistir.

Corremos. Para chegar à tempo de descansar da preparação, para que no final de tudo, a batalha fosse vencida. Para que o tempo, o ambiente e os gestos longínquos não fizessem diferença alguma. E passada a fase crítica dessa luta, podemos nos sentir as pessoas mais felizes do mundo, unicamente porque estamos vivos, porque o nosso exército permaneceu em pé e unido.

Corremos. Trabalhamos. Lutamos. Pensamos. Falamos. Cansamos. Fizemos. E alguns nos chamam de loucos... mas o que seria de nós se não tivéssemos essa luta? Provavelmente não seríamos ninguém. Ninguém mais do que aqueles que nos criticam.

Corremos. Porque havia um ideal. Um ideal sincero. Uma verdadeira causa. Um sonho. E por isso, podemos dizer que ganhamos a guerra. Moralmente, mas ganhamos.

Lutamos pelo nosso líder. Que não é autoritário. Que não exige. Que não obriga. Porque o nosso líder, mesmo sendo superior, agia como se fosse igual a nós. Por isso hoje ele é o líder.

Obrigado a todos vocês que fizeram parte dessa luta...

3 comentários:

Robs disse...

Belissimo texto.

Bjos!

SiL disse...

aew vinii
parabéns pelo trabalho de voces!
me falaram que tava tudo mto lindo
\o/
bjaoooo

Bruna disse...

O quê? Você tem a mesma idade que eu? :O