terça-feira, 27 de maio de 2008

Ãhn??? Nem eu tentendi...

Abrir um caderno antigo e ler uma frase escrita há anos. Seja uma bobagem ou algo que seja útil no presente, é quase sempre interessante ler uma frase escrita há anos. Esses dias remexendo alguns cadernos enquanto eu tentava estudar, achei uma frase, escrita atravessadamente na folha, era algo como "idiotas são aqueles que pensam que a pior dor que existe é causada por uma decepção amorosa, para aqueles que disserem isso, vou mandar eles inflamarem suas amídalas para verem o que é dor".

Eu ri. E como ri lendo isso. Foram tempos difíceis, dias praticamente sem comer, só tomando chá e antibióticos e antiinflamatórios, enfim, mal mesmo. Não poder sequer engolir saliva que doía, respirar doía, malditas amídalas. Era época de Libertadores(aposto em uma final América x Boca esse ano, com o título para os mexicanos - eu quase sempre aposto na zebra). Perdi de tomar uma Polar com o Diogo e com o Dicaman(where is Dicaman????), mas nada que me faça falta hoje.

Acho que dor semelhante àquela, só senti quando arrebentei toda e qualquer forma de tecido que existia sobre o meu joelho esquerdo, quando eu tinha uns 8 anos, em um acidente de bicicleta. Sem cicatriz, mas uma dor mais do que infernal. Prum guri novo que nem eu era então... era como ser impedido de comer chocolate com as mãos(???).

Concordo que aquelas decepções amorosas, ou por algum tipo de traição, são complicados de se resolver, mas a dor física é muito mais efetiva, e não há palavra que ajude no momento. Principalmente se chega um filho da mãe de um engraçadinho que diz algo como "olhe pelo lado positivo...". Que raiva que eu tenho de pessoas que falam "olhe pelo lado positivo" após algum tombo que trouxe conseqüências negativas para quem o caiu.

Tem gente que não sabe o que fazer da vida mesmo. E fica avacalhando e irritando aqueles que sofrem com dores muito piores do que um simples corte no dedo ou um chute no canto do sofá. Gente desocupada... e ainda tentam ser positivistas. Mas não tem como. Na hora em que tu estás sendo agraciado por algum infortúnio com uma dor miseravelmente grande(???), não há palavra positivista que te faça achar que aquela dor terá alguma conseqüência boa.

Se bem que dependendo do caso, tu vais para o hospital e pode ficar babando que nem bebê quando quer o sorvete do filho do vizinho, pela nova enfermeira que usa um daqueles baita decotes. Isso nunca me aconteceu. Droga... lembrei dos meus tempos de assistir filmes nas tardes sem aula. Quase 6 anos que eu não tenho todas as tardes livres para assistir todos os filmes ruins já feitos. Ou pelo menos uma boa parcela.

Outra, lembrei agora, que dói demais ouvir alguém dizer que "A Lagoa Azul" ou "O pestinha" ou "Curtindo a vida adoidado" são filmes muito bons. E pode parecer exagero meu, mas já ouvi isso de algumas pessoas. "Só tem filme bom na sessão da tarde, e eu não estou ironizando", disse-me alguém algum dia de verão.

E a pessoa falava sério mesmo.


Afinal, alguém sabe me responder qual o assunto do texto?

Um comentário:

Prii Persi disse...

E o pior, li até o final, amarradona por sinal. Bom te ler, moço. Bom mesmo. Boa semana.
PS:Tudo começou no orkut, blogs atualizados. ;*