quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Será que faz diferença?

Primeira postagem do ano.

Sem champagne, caviar, carne de porco, peru, lentilha, arroz. Nada de roupa branca, taças novas ou muito valorizadas e sequer gritos e gritos, desejos de felicidade e toda aquela baboseira que qualquer data especial leva as pessoas a se expressarem desta maneira.

Meu 31 de dezembro foi o mais estranho possível. A missa demorou quase duas horas. Saí correndo para chegar a tempo de comer na casa da minha avó. Tive que caminhar lentamente por um bom trecho pois não havia, e não há, iluminação naquela parte do caminho. Chegando lá, a champagne já havia sido bebida, havia apenas lentilha, prato típico desta data que não me anima. Não comi. Carona para casa, antes da meia noite. Nesse momento tão aguardado por muitos, estava apenas com meu primo em casa, bebendo água e suco. Comendo bolacha caseira. Nada de cumprimentos. Afinal, nada de mais estava acontecendo.

Depois, casa do Fão e subseqüentemente casa do Miguel. Risos, conversas, tiração, bebida(moderada para mim), enfim, vida.

O fato é que hoje passei mal boa parte da tarde. Talvez tenha sido o iogurte de ontem. Talvez tenha sido qualquer outra coisa que não almocei ontem. Talvez tenha sido o refrigerante de hoje. Talvez tenha sido apenas um presságio de que eu deveria ter ficado em casa, dormindo.

Mas nada que me impedisse de, novamente, ir à missa(fazer o comentário).

O fato é que, para justificar o título*, tenho que escrever que, durante 18 minutos(se não me engano) foguetes pintaram os céus de Florianópolis. Sim, como em qualquer outra cidade. Porém, me pergunto se o dinheiro gasto nessa coisa SUPÉRFLUA não poderia ter sido revertido àqueles que tanto precisam de ajuda. Sim, aqueles desabrigados que perderam casas, famílias, trabalhos, enfim, perderam parte de suas vidas. O negócio do 1 minuto de silêncio para reflexão teria sido uma boa. Mas afinal de contas, não importa a vida deles. A minha vida é a mais importante. Não é?

Ironias à parte, espero que alguém, algum dia, consiga impor alguma ação dessas. Milhares de pessoas sofrendo e outras milhares comemorando como se nada tivesse acontecido. Não no outro lado do mundo, mas, quem sabe, no outro lado da rua.

Abraço!

*não há menção ao título antes do asterisco, porém, é implícito que o 31 de dezembro, assim como o dia do meu aniversário, não é um dia especial por si só.

Um comentário:

Vini Manfio disse...

Campanha: UM COMENTÁRIO POR POST!


mais uma bobagem