terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um grito bem definido

Nenhum de Nós - Santa felicidade

Foram poucas as vezes em que ouvi por muito tempo música alta. Não sei, meus ouvidos não aguentam muito, enfim, não gosto muito mesmo. Questão talvez de costume ou de preferir algo mais calmo. Até porque, geralmente, deixo a música como um fundo que me faz diminuir os pensamentos. Porque no silêncio os pensamentos surgem tanto quanto surgem hipócritas na sociedade.

Mas hoje eu precisei levantar o volume. Não que tenha sido um grande volume, até porque, mesmo colocando o fone o volume não foi muito grande porém, foi o suficiente para parar de pensar um pouco no que eu não deveria pensar.

Por ouvir, e acabar cantando as músicas, altas, pensava na música e no que estava lendo ao invés de pensar naquilo que não deveria pensar(2). Eu precisava deixar um pouco de lado os balões que a toda hora surgiam em minha mente. Deixar de lado os malditos condicionais "se". Deixar de lado lembranças de fatos gerados por terceiros que, indiretamente, me afetaram.

Afogar as mágoas de um jeito diferente. Aliviar o espírito sem tomar banho de chuva. Falar alto, gritar, jogar fora palavras e pensamentos a tanto guardados. Sem receber um "para"(agora sem acento diferencial) ou um "calma" como resposta.

Levantei o volume mesmo. Não ouvi mais nada. Nem a televisão, nem a minha mãe, nem a mim e a minha mente. Só ouvi a música. Só pensei na música. Nas músicas aliás.

Eu precisava sair da rotina como fiz no domingo. Precisava gritar palavras como fiz hoje(e ontem)*. Não sei o que farei amanhã. Não sei sequer se precisarei fazer algo desse tipo amanhã(que já é hoje).

E não faz diferença também.

O que precisava ser feito, foi feito.


*período de transição de um dia para outro

5 comentários:

Líviarbítrio. disse...

Ouço música alta em qualquer momento, adoro música, sou viciada e gosto de escutar em grandes volumes, e mesmo quando já está no último nível eu sempre tento aumentar um pouco mais.

E, principalmente, quando estou precisando aliviar a mente, assim como você fez.

Com a música 'alta' eu posso, literalmente, berrar bem alto, pois sei que ninguém vai me ouvir.

;)
É, o amor é aquela coisa estranha que gostamos de amar.

Beijos.

Gabriela Gomes disse...

Oi, Vini!

Sabe que eu também não consigo ouvir música em alto volume? Me incomoda. E dependendo do estilo, sinto até medo. É uma experiência e tanto! :)

Agora, uma coisa bem difícil vc conseguiu, que é mesmo com a cabeça à mil por hora, pensar unicamente na música. Quando vou escutar uma nova, até tento me concentrar na letra, mas não rola. O pensamento voa. De segunda, às vezes vai.

Thank's por sua visita lá n'ACRONISTA. E bueno, fiquei com uma vontade absurda de te deixar curioso quanto a história ser ou não real. Mas serei boazinha... É tudo ficção. Muito embora mulheres sejam dadas a chiliques! ;)

Um bjo

Laís disse...

Uia... Vi teu perfil. Você tem bom gosto musical!

Anônimo disse...

Às vezes essas artimanhas são necessarias para abafar o fluxo constante das idéias na nossa mente. Ou melhor: para abafar as idéias contrárias, as que sabemos que não nos são benéficas.

Quando isso acontece, eu costumo ler. Ou ouvir música alta também. Rs.

Abraços
www.lizziepohlmann.com

Julia Wartha disse...

Olá!
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Até mais!