domingo, 8 de agosto de 2010

A volta de quem ainda não foi


Existe, ou parece existir, uma sensível diferença entre o que se idealiza e o que é possibilidade real. Não há como querer que tudo que se almeja, deseja ou propõe venha a ser. Ser, estar, acontecer. Até há, mas é burrice, pois todo sempre, todo tudo, todo todo é mentiroso. A generalização total é mentirosa pois as exceções estão aí. Nada como um dia que não terá subsequente, ainda que apenas não tão cedo, para que essas bolhas, que não são de sabão, surjam no fundo do copo subjetivo que pode ser a situação atual. Pode ser que aqui alguém coloque a história do meio cheio/meio vazio dos otimistas e pessimistas mas não é a intenção, pois longe de ambos estou. Tão longe quanto do meio termo.

Equilíbrio é a base para tudo. E essa é mais uma bobagem, pois mais uma vez o tudo é mentiroso, já escrevi há algumas linhas. Equilíbrio é base para equilibrados, quem pensa muito, mede muito, inspeciona e coloca tudo na balança. Isso diz muito sobre mim. Meu signo do zodíaco é libra, a balança, o equilíbrio porém, como não sou nada disso, ou pelo menos não nas situações mais importantes, desacredito ainda mais em estrelas, constelações e imaginações afins que estejam, ou não mais, no céu.

Alguma frase pronta a mais para torrar a paciência que parece inesgotável agora? Não, mesmo. O que acontece é que eu sei que vou voltar. Eu sei que o que aconteceu hoje, com os olhos fechados ou com a garganta doendo por tantas palavras, voltará a acontecer. Condicionalmente e sem generalização. Nem todo, nem tudo. Por isso que o nunca mais inexiste também. Porque não é tudo ou todo, nunca ou sempre. Eu quero voltar para terminar uma história que só não é terminada agora por impossibilidade realista. Continuar idealizando o que não pode ser realidade, ao menos não agora, é perder o meu e o tempo em um todo.

Deus sabe o que faz. Deus sabe o que. Deus sabe.

Quem seria eu para discordar desse tempo para preparação, para que uma idealização não seja apenas idealizada, mas sim concretizada?

Não sou nada. Não sou ninguém. Até um grão de areia na praia é mais do que eu. Porque ele é e cumpriu e cumpre tudo o que deveria cumprir.

E eu, por motivos que não passam de vontade Divina, não cumpri nada. Analogia simples, idealizada à partir da realidade de uma vida que jamais encontrará um equilíbrio enquanto estiver apenas achando o que não serve para o momento. 

Também, quem precisa de equilíbrio?

2 comentários:

Taw disse...

hum... não sei se a natureza precisa, mas ela parece ser capaz de executar extremos para buscar o equilíbrio, enquanto estiver nas possibilidade dela fazê-lo...

Hum... concordo... mas... já generalizando, com frase feita... "tudo tem seu tempo"

rsrs

xD

Rívia Petermann disse...

Olá...

Adorei o post,muito.

Mas ainda sou a favor e apta de um bom equilíbrio.Mas admitindo que também sou estranhamente dada a ideologias redicalists - o contraponto de tal equilíbrio.

Talvez como uma boa librina...rsr

Abraços!