quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A vida do Jaimão(parte 3)


(continuando)

E a câmera filmando todos os movimentos em primeira pessoa. Chegando no quarto, fechou a porta, filmou o ambiente, inclusive o abacaxi pendurado no teto por algum fetiche daquela que seria sua vítima, quem sabe a primeira de muitas. Poderia vir a ser um serial killer que mata famílias inteiras para satisfazer o desejo de homens tristes com as mesmas. Poderia começar uma carreira justa e honesta, esquecendo das leis morais e sociais. Seria um fora da lei, um bandido procurado e temido por mulheres com a sua, por filhos como os seus, ou piores. Enquanto pensava isso, se aproximava lentamente, filmando cada passo de seus pés, um inteiro e outro furado ao meio por um tiro.

Até que o inesperado aconteceu. Novamente.

Ele tropeçou e cravou a faca na parede de madeira. Inferno. Tentou puxá-la mas nada. Ele não sairia dali nem se seu amigo Rodrigão, na descrição do Jaimão, “um negão com dois bração, um barrigão e um pezão maior do que o meu... sapato”, tentasse. Mas que falta de... não sabia dizer. Ele chutou aquela porcaria e machucou ainda mais seu pé. Faltando inteligência e também paciência, uma vez que sua mulher novamente acordou e disse:

- Nem me matar você consegue, corno.

(sim, ainda continua)

Um comentário:

Jééh disse...

um perfeito desastrado e ela ainda zomba ^^