sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O vazio de viver e só(10)


Ansiedade, angústia e termos conhecidos relacionados a esses dois sentimentos, como disse, são conhecidos. Você sabe quando é, ou pelo menos desconfia. O problema agora é concluir que nada do que sinto, penso vagamente e deixo de transformar por falta de quase tudo, ou por falta de um detalhe. Talvez os dois pontos, se esses estivessem próximos relacionados aos números, também esses do texto passado. Balançar do caminho, com a mão protegendo os olhos do sol forte e incessante, sentimento que, se não inexplicável, se aproxima um tanto disso. Muito mais próximo do que qualquer outra coisa do tipo frio na barriga, bater de pé no chão sem motivo ou as famosas orelhas vermelhas e quentes. Houve um entender, certa feita de dia passado. Certa não é um bom termo aqui, mas a expressão ajuda a desviar ainda mais um foco que é tão ruim quanto o de um míope contando estrelas às 3 horas da tarde. Entendimento citado, tentativa de assimilação e... nada. Nada certo, nada feito. Apenas tentativa. Uma daquelas suposições imaginárias, tão profunda quanto inalcançável. O tempo, como é de seu caráter, trata de me deixar longe demais das capitais, e do teste concreto desse muro gigante suposto então, dia passado. A minha capacidade de não ser entendido é tão boa que eu não consigo entender a qual gênero, raça ou espécie pertence essa sensação, que de fato acaba sendo um sentimento, tido hoje, ontem, há dias. Olhar ao longe não me faz sair daqui. Pensar, tampouco. Sentir pode até aproximar porém sem verdade e afirmação não faz nada além de manter tudo no lugar, colocando ainda alguns blocos na frente, impedindo uma passagem que talvez nunca fosse feita para o outro lado da risca, do horizonte, ou daquela ansiedade, inexplicável ansiedade, primeira palavra escrita hoje.

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