quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A vida do Jaimão(parte 1)


(não me julguem pelo conteúdo dessa bobagem, não é para ser imoral, apensar irônico e bobo, eu preciso da irrealidade aqui para poder aliviar a realidade que em pontos específicos não é boa para mim. Não existe inspiração para isso, é apenas uma sátira irônica e sem graça de uma bobagem que não existe em realidade. Em nada foi baseado e para nada servirá. Eu ri escrevendo apesar de toda falta de humor. E só.)

Ele era Jaime, vulgo Jaimão. Não por algo físico. Ele era Jaimão porque falava no aumentativo todas as palavras. Saíam da boca dele frases do tipo:

- Amorzão, me vê um croquetão com maionesão.

Ou:

- Ricardão, não me vem com o bastião porque eu to com o espadão.

Ou então uma das piores:

- Chefão, que tal um aumentão para esse teu empregadão que te acha um homenzão.

Com essas frases, passivas de tiração, com ão, ele vivia, julgando-se um bonzão. Também com ão, não, ele não era plaiboizinho, ou plaiboizão. Nem um daqueles agrobois*. Ele era até um sujeito simples, mas com visível e irritante mania de grandeza. Fisicamente era um nanico, mas sempre abaixava a cabeça quando passava por uma porta ou qualquer lugar onde pessoas altas poderiam baixar a cabeça. Ele era auto-suficiente, com hífen mesmo, porque seu dicionário era um conjunto de neurônios que julgava saber tudo sobre qualquer coisa, inclusive português estruturado.

Casado, pai de dois filhos emo. Triste por sua mulher ser uma prostituta que não cobrava um centavo para esse serviço feito nas horas vagas dela, e dele. Mais triste pelos filhos serem o que eu já contei que eram. Seu emprego era uma porcaria. Seu chefe era um viado. E o pior, esse viado nada queria com ele. Pior porque a razão disso era ele, o Jaimão, ser feio feito um cactus cortado ao meio. O que implicava em uma falta de aumento. Sem ão algum.

Não queria suicídio, mas alguma coisa deveria morrer. Começaria por sua esposa. Aquela manicure que entregava-se para caminhoneiros gordos e mais feios do que ele. Ele, Jaimão. Naquela noite viu ela na frente de sua casa, dentro de um caminhão, fazendo seu trabalho gratuito. Demoraria bastante uma vez que a fila de caminhoneiros era grande. Soltou o alerta de que a oferecida em questão era menor de idade e, ao ouvirem uma sirene de polícia, a fila acabou sem ter sido notada pela dita cuja já citada.

*seria agroboys, mas como colocar o y afemina muito, deixa com i. Agrobois seriam aqueles colonos, rapazes que saíram do nada e julgam-se os plaiboys, ou bois.
(continua)

2 comentários:

DW disse...

cara por mais que tu disse que foi meio sem inspiração como tu mesmo disse, eu ri. SÉRIO!
uma boa leitura para "poder aliviar a realidade" IAUHSIAUH


abraços, Dé.

Jééh disse...

kkkkkkkkkk eu ri, a única coisa que posso dizer sobre Jaimão por enquanto, é que ele é uma figura ^^