quarta-feira, 28 de julho de 2010

O vazio de viver e só(7)


Sempre é fácil esquecer coisas boas em pró de alguma coisa. Todos acham que é fácil logo, quem seria eu para achar diferente. Lembranças, alguma coisa, outra coisa, pensamentos e quem sabe aquilo lá. E tudo deve ser esquecido porque alguém lhe diz que isso deve ser feito. Não sei mais se escolho por mim, guardando aquilo que despertou a melhor pessoa que posso ser ou escolho por alguém que não é eu, que não é mim, que não sou eu, havendo então a possibilidade improvável de... de que mesmo? Nem sei mais, nem lembro mais. Ou melhor, se lembro, condicionando é claro, não quero pensar a respeito. Porque a dúvida que fica em quem lê já é grande sem as minhas perguntas, sem algumas das minhas palavras, alguma das minhas objetividades. Que dúvidas sejam maiores ainda do nada que é toda essa coisa, toda essa existência de algo que não talvez sequer algo seja. Preciso acreditar nisso, o meu eu em parte precisa do nada para então pensar em um começo. Como dói colocar um fim sem ter saído o suficiente do começo. Tantas e tantas vezes assim, dando um passo e já fechando o livro, rasgando o que seriam as próprias páginas, fingindo que o nada é a única verdade. Mentira, eu não consigo fingir, não consigo fazer de conta que sequer no início pisei. Mais um dilema. Mais duas opções. Mais dois fracassos, dado o conhecimento próprio de que é mera ilusão acreditar que tudo volta a um normal que não existiu desde que quase me afoguei naquela coisa verde azulada, ou azul esverdeada.

3 comentários:

Priscila disse...

Vini, por curiosidade acabei aqui.. gostei do que vc escreveu.. é uma mensagem, eu diria implícita, mto interessante.. Beeijos ^^

Taw disse...

Hum... mesmo o nada, sendo nada, mas imaginado como se fosse alguma coisa, penso que é algo, que em algum momento recebeu tal característica por alguém, dado um espaço-tempo circunstancial no universo, logo mesmo definido como nada, seria apenas por símbolos, pois seu conteúdo seria algo, a partir do momento que fora considerado nada.

Logo penso que ainda que não seja o tal algo, o nada pelo menos foi aquilo que tu imaginou que algo fosse, mas foi outro algo diferente, mas pra ser nada, antes ninguém pode ter considerado como algo, ou mesmo apenas suposto, em qualquer momento antes, durante ou depois do tempo.

sei lá... é o que penso...

xD

:P

Unknown disse...

"colocar um fim sem ter saído o suficiente do começo..."

eu amei essa frase e me identifiquei com o texto..

acabamos por destruir nossa história inúmeras vezes, por que sequer acreditamos nela