sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O vazio de viver e só (30)

Por mais que olhasse cada mensagem, a resposta não estava ali. Nem nas mensagens, nem nos recados, nas comentários em fotos ou em qualquer espaço virtual. De celular ou internet. Nenhuma dessas extensões virtuais de vidas cada vez menos reais continha a resposta. Pelo menos não a resposta que ele procurava, incansavelmente.

Era como se quisesse encontrar o sonho diante dos olhos, das mãos ou de qualquer parte do corpo. Talvez fosse essa a vontade mesmo, ver, e ter, concretizado um sonho. Bobo, simples, mas não menos sonho. Queria palavras de certeza, de confirmação, palavras reais.

Porém não as encontrava em lugar algum. Mais uma vez, pelo menos não as palavras que ele queria.

De complexos e paranoias, passando por uma sede imensa de concretização, estava ali, sentado, esperando o tempo passar, a resposta que procurava aparecer e, então, ter motivos para sorrir como nunca havia sorrido. A busca o cansou.

Ele parou, desistiu. A resposta que queria chamar de sua não estava ali.

Talvez sequer existia.

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