sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Olhando em volta, esperando o tempo passar

Na verdade, é justo. Difícil de entender mas, sim, justo. Muito justo.

Quando aquilo que se busca está distante, pelo motivo - que poderia ser no plural - específico, deve-se aceitar que, querendo ou não, o tempo não se submete à vontade. Ele, o tempo, não é aliado, direto, nessa busca. Não ajuda, não acalma, não tranquiliza. Ao contrário, ele irrita, torna sensível o que outrora parecia rígido e intransponível.

O tempo é previsível num todo, como parte imparável da história porém, não há dúvidas,de que pontualmente - e isso 11 em 10 vezes se refere ao presente - ele esconde-se e mistura-se entre sonhos, desejos, lamentações, arrependimentos e utopias. Imprevisível é pouco perto do que está escondido em uma história a ser escrita. Assim como uma continuação inesperada, a manutenção de uma ideia inicial ou mesmo um final repentino, o transcorrer do tempo sem qualquer definição joga para o posterior momento a concretude, dia após dia.

Compreender que há, debaixo do céu há momento para tudo¹ e nada do que se faça, aqui, pode antecipar esse momento. O que resta é aprender a esperar e, nesse período, dar passos significativos para, quando o tempo certo fizer-se presente, estar pronto para viver o que então estará diante dos olhos, das mãos, enfim, de si.

É muito pouco dizer isso. Até mais, não é coisa alguma escrever tudo aquilo entretanto, e também não tenho dúvidas disto, é o que resta ou, como disse algum personagem do Dustin Hoffman no cinema: 'Não parece ser o melhor, mas é o que temos para o momento'.

Momento de espera, sob o Céu.

¹Ecl 3,1

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