terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pedaços de um pensamento (53)


Ah sim, a parte alta da ondulação. Onde não há dificuldade em ver, em perceber, em entender. Como se as coisas fossem durar para sempre assim. Felizmente parei de preocupar-me com a duração e isso tem permitido aproveitar muito mais. Cuidar para manter-se assim é necessário porém não muito efetivo quando... a onda desce. E ela desce, não há como evitar.

A questão, então, passa a ser o que fazer para voltar... não, ainda não.

Certas coisas, e essa - que não está bem explícita por motivos diversos como: falta de vontade, de objetividade, dificuldade na escrita - é uma delas, dispensam explicações, apresentações e, até mesmo, entendimento. O importante é que sejam, que existam, que em determinado período de tempo e que, nesse espaço difícil de determinar, tenham seu pedaço de eternidade presente.

Sim, no popular, que deixem alguma coisa boa nas lembranças, basicamente.

Está sendo confuso, dessa vez, esse período. Vai acabar tão cedo e não será... bom, terá sido bem diferente. Que bom que dessa vez não há atitudes impensadas motivadas somente pelo espontâneo. A sinceridade, e as consequentes atitudes impulsivas e espontâneas nem sempre são o melhor pois, após momentos de empolgação, o que permanece, em questão de tempo, passa a ser insuficiente para manter qualquer sentimento, imagine então sensações.

Depois de tantas vezes, de tantas passagens assim, ter finalmente aprendido a lidar com isso - como foi aprendido a lidar com o período de fim, de baixa ondulação, etc... - é, talvez, o ponto marcante do fim de um período árido e de linha reta, claro, na parte baixa, difícil, onde nada pode ser visto e pouca coisa parece fazer sentido.

Só tem sentido quando há a certeza de fim desse momentâneo.

Como só se pode perceber o que há de errado, durante um momento bom, depois que ele acaba e... as coisas parecem não voltar aos seus lugares.

É diferente. É calmo. Sem qualquer pressão, interior ou exterior. Distante de qualquer água passada por esse trecho do rio.

Mas nem um pouco mais fácil de descrever.

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