quinta-feira, 9 de abril de 2009

Reflexões de um maluco(5) - no fim acaba nem sendo tão figurado

Eu voltei. Eu disse que ia voltar. Mas em virtude da encenação da Paixão de Cristo, na sexta-feira Santa, não tenho tido tempo para vir aqui. O que para a maioria, ou seja, os dois ou três que volta e meia se cansam de rabiscar uma folha ou ler uma revista antiga(símbolos do "não ter nada para fazer"), acabam por vir aqui ler as asneiras ou pseudo-intelectualidades desse que mais uma vez lhes enche de muita enrolação com pouco sentido teórico e legível, mas muito prático.

Hoje a questão que ronda minha mente gira entorno de uma maçã. Talvez figurativamente. É, figurtivamente.

A maçã que caiu na cabeça de Newton. A que os camponeses, amarrados, tinham colocada em suas cabeças para que um arqueiro, que não precisava ser necessariamente um bom atirador, tentasse acertá-la. A mesma que o Quico dava para o Professor Girafales. A mesma que foi casa do bichinho da maçã num dos livros infantis de maior sucesso na minha época infantil, de criança, não necessariamente de imaturo.

Há uma grande diferença entre todas essas maçãs. Seus usos, suas origens. Sua geografia terrestre. Seu tempo de existência, contexto global e por aí vai. Elas nem eram do mesmo pé! E isso não vem ao caso porque o mundo precisa dessas maçãs figurativas, desses objetos de pouco estudo, pouca compreensão mas muito pensar.

Maçãs figurativas são assim. Nos instigam pensamentos distantes, longínquos, ideais planejados em outra dimensão talvez. Porque no fundo, ninguém consegue transformar uma maçã figurativa numa maçã real. E considerando que a maçã figurativa não é uma maçã de fato, muitos(nota: o autor riu ao escrever esse muitos) agora vão para os comentários e dirão que não entederam bolhufas e que o hospício deve ser a minha próxima-futura casa.

Ninguém transforma a arma que surge em pensamento em um objeto que possa ser usado contra aquele idiota que acha que todo mundo é íntimo, que todo mundo é amigo e que todo mundo acaba sendo seu capacho para tiranias que, em novelas são profundas mas, na vida real dificilmente acabam passado do nível liminar, que seriam palavras e gritos, para o superliminar, que seriam as agressões.

Pelo menos para quem tentou ler, eu expliquei, mesmo não querendo, muito bem, a moral figurativa e não intencional ou passional de moral, desse emaranhado gigante de letras retas e sem graça.

E isso explica tudo. Mais uma vez

Um comentário:

Unknown disse...

Saudade de você, nunca mais apareceu no meu blog. :D