segunda-feira, 13 de abril de 2009

Histórias do Billi J. - é sempre bom conhecer velhinhas que trabalham catando lixo

The Beatles - I'm a loser

Por tanto tempo o Billi J. correu atrás do que queria sem sequer saber como. Amou, apaixonou-se, quis, sentiu vontade e tantos outros sentimentos que não me vem à cabeça. Mas o Billi J. sempre foi um injustiçado pela sociedade.

Porque ele era, e é, diferente.

O Billi J. sempre fez as coisas do jeito certo, sem magoar, machucar ou mesmo tentar prejudicar alguém o mínimo que fosse. Jamais ignorou a vontade e a vida alheia em busca dos seus objetivos. Quando achava que não conseguiria ou que algo errado aconteceria, desistia. Abdicava da sua vontade para evitar que algo ruim acontecesse.

Perdera o medo de tentar mas ainda era receoso quando o assunto lhe pudesse atingir negativamente. Por várias vezes voltou para casa com um sentimento estranho, uma mágoa consigo mesmo. Aquele remorso, tanto dito hoje em dia.

O Billi J. queria que as coisas fossem diferentes. Queria ser um pouco que fosse diferente. Mas não conseguia. Porque tinha medo de ser apenas mais um.

Não merece ser chamado de idiota, pois tenho a certeza de que existem vários Billi's espalhados pelo mundo. Várias pessoas corretas, que mesmo sendo minoria, ainda lutam para que o certo seja o certo.

Mas o Billi J. aprendeu um dia, com uma sábia velhinha, enquanto ambos catavam lixo(ela para sobreviver e ele para ajudá-la e para ajudar na limpeza da cidade), que o seu erro não era achar que fazer o certo era o certo. Seu erro, aprendeu ele com aquela pobre velhinha, era julgar-se pequeno em um mundo de grandes.

Ora, aprendeu ele, o mundo não é feito por gente grande. É feito por gente pequena, que faz coisas pequenas com grandes repercussões. Infelizmente, negativas em sua maioria. Mas que pequenas atitudes positivas poderiam, e aqui fica bem expecificado que poderiam e não que iriam, trazer grandes boas repercussões.

O Billi J. perguntou perguntou-se como poderia tal velhinha dar-lhe um conselho tão bom. Não achando resposta, voltou para casa pensando no que faria. E, durante o caminho, fez tudo o que pensou que poderia fazer. Xingou um cara que havia jogado lixo no chão, elogiou a linda ruiva que por ele passou, cantou alto "I'm a loser - Beatles" no meio de uma reunião ao ar livre do GDL(grupo dos depressivos locais) e ainda por cima fez a piada do sorvete de abóbora com o vendedor da rua onde ele morava.

Sem saber ao certo como, sentia-se melhor. Não só por ter feito o que fez, que acaba não sendo grande coisa. Não só porque ele fez o que queria fazer no momento. Sentia-se mais capaz, mais habilitado. A fazer as coisas e a viver.

Descobriu então, em um blog, que aquilo que agora ele tinha era autoconfiança*.


*só se deve usar hífen em palavras cujo prefixo seja auto, contra e extra e as mesmas forem seguidas por palavras iniciadas por H, R ou S.

Um comentário:

Unknown disse...

gostei da música que o billi cantou. é feliz hahaha