segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pedaços de um pensamento (17)


Alguma coisa ficou para trás e fez muita falta. Aquela história boba de maluquice e sinceridade andando juntas e complementando-se está sendo sentida há tempos. A monotonia e o marasmo da ponderabilidade desenvolvida e do excessivo cuidado para com os sentimentos ruins e o que a expressão dos mesmos poderia causar naqueles pelos quais passassem tais sentimentos através de palavras. Tudo muito bom, tudo muito bem, tudo um tanto errado. Ponderado, calmo, tolerante e imparcial sim, um poço profundo de mágoas que se revezam ao entrar no balde e puxar a corda para baixo não, isso não. Pelo menos não mais. É como se escrever duas frases e dizer algumas outras fizesse com que aquele adjetivo tão usado tempos atrás voltasse a ser predominante sobre tudo. Não que deixe de me importar, muito pelo contrário, se o fizesse poderia acabar mais só do que já estou. O ponto restabelecido é a atitude despreocupada com suas aparências. Agir sem pensar o que isso pode parecer ou o quanto podem ser mal interpretadas tais ações. Palavras que saíram e sairão com consciência do que podem causar porém, acima disso, por necessidade de dar mais um passo, e somente um de cada vez, rumo à parte da liberdade que tantas coisas ruins, palavras, imagens, sentimentos e lembranças, tiraram de mim.

O vento gelado que deixa pálido, e um tanto inflexível, meu rosto é o mesmo que tirou de mim o calor, a vontade e levou de mim um coração que nunca deixou de bater longe daqui. Não há tanta relação nisso, mas é sempre bonito escrever a palavra coração, com algum significado, em um texto que ninguém vai entender. Pelo menos assim vocês pensam que eu estou falando unicamente daquilo que me é estranho, que me causa estranheza e que, sem lógica alguma, motivou em partes essa pequena mudança de atitude.

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