sábado, 30 de abril de 2011

Pedaços de um pensamento (15)


Busco a preservação do seu bem estar, da sua tranquilidade e da distância procurada contendo as minhas palavras, evitando escrever o que acabou somente balbuciando aqui, sozinho, para ninguém ouvir qualquer distúrbio sonoro que possa existir. Como nada muda e nada faz diferença, está bem assim. Contradigo-me na busca pelo bem estar quando, engolindo palavras, amasso minha garganta e, consequentemente, o resto de mim. Não somente por ficar em silêncio contendo o que há tempos é, como também por chegar à conclusão não muito favorável; pouco ou nada alegre. Pode ser pelo cansaço ou por qualquer outro motivo secundário mas isso desanima. Não se sinta culpada, não escrevo para que isso aconteça assim, somente para que tente entender porque pouco me empolga. Chegar ao ponto em que nem mínimo detalhe consegue fugir do nada é difícil, é muito difícil. Não quero culpar, não quero criticar e nem reclamar. Não, isso não é uma reclamação. Todo o resto que parte de fora para dentro de mim é tão insignificante quando penso, lembro e percebo que sinto. Qualquer raiva afim desaparece como por encanto. É deprimente, estou ficando muito bonzinho, sem raiva, sem ódio, sem mágoa, rancor e cada vez mais próximo do completo esquecimento de todo o passado que me tira a paz, incluindo aqui arrependimentos. Voltando a você, não se sinta mal, eu já disse, você não tem culpa. Tudo o que  em há em mim que poderia criar asas e voar parece querer permanecer entocado, escondido, longe do calor do sol e da ação do vento e da chuva.

O meu desânimo, também pelo cansaço físico e mental, é inevitável. Ah, nunca deixe de sorrir.

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