sexta-feira, 11 de março de 2011

Pedaços de um pensamento (9)


Despercebidos, muitas vezes escondidos por palavras maiores, detalhes que podem fazer diferença em algum momento. Geralmente verbos no passado que tiram no presente a vontade, o desejo, a força toda de... é por aí, mais ou menos essa falta de exatidão na palavra, no pensamento, na atitude. Quem entende por hoje o que uma palavra solitária ou um verbo no passado  seguido de adjetivo é perspicaz. No dia-a-dia não há replay, releitura, revisão. Tempos modernos permitem que um detalhe possa ser trazido à tona, tirando a dúvida da mente para transformá-la em... uma dúvida maior ainda. Ah, mudança desconcertante que impede que uma certeza a seja em plenitude. Do todo dessa, agora fora daquela certeza, grande parte parece ir embora em um momento que não é nada mais do que passageiro. Como tudo e todos. A diferença é o que a passagem pode incitar a fazer. Da única mancha negra a certeza de que o verbo da calma e da paciência faz grande diferença e pode fazer também em um momento meu que não se repetirá, de forma alguma, no momento que jamais será meu novamente. Tempo que passa, cores que desbotam e nada dessa passagem trazer um dia diferente.

Então, vem com isso a dúvida pelo detalhe visto novamente, aumentada pela falta de perspectiva de evolução e agravada pelas cores de um verão ocasionalmente diário, de um só dia, que em uma palavra, verbo ou não, passa a ser um outono desbotado e, contra a natureza, sem sementes que evoluem para flores futuras em uma primavera que não se encaixa em nenhuma dessas frases.


*ainda com palavras semelhantes cuja importância varia do local de origem

Um comentário:

Rebeca Postigo disse...

Apenas leio e tento compreender...

Bjs