domingo, 24 de outubro de 2010

Reflexões de um maluco (12)


Em meio ao turbilhão de calmaria duvidosa que assombra o meu pensar nos últimos dias, a certeza de que não há risco de cometer novamente um erro que já não faz parte de mim. Não há dúvida que me leve a pensar que talvez venha a ser diferente dessa vez. Por mais que, agora, o pensamento é muito melhor, a perspectiva existe e o que não havia antes, nesse caso a consciência sobre o que é necessário ou não, marca presença consistentemente. Sim, é consistente o pensar que, da maneira que ando está bom, mesmo que pudesse sim, ser melhor. Porém, fico tranquilo por não estar de alguma forma arrebentando um caminho que não é o meu, uma história que não é a minha, onde eu teria grandes chances de ser vilão por um erro que eu poderia cometer novamente. Insistir no erro é burrice, ainda mais quando se atravessa um abismo gigantesco por causa disso. A solidão daquele tempo é desnecessária já que, como devo ter dito, aprendi a não errar nessa situação, nesse pensamento, nessa possibilidade, hoje inexistente.Por mais que pareça com o estudioso que olha para o atlético saindo da academia e pensa "eu estudo e tenho futuro, ele malha e tem músculos, mas não um futuro garantido", e recebe em troca um pensamento do atleta, algo como "eu aproveito a minha vida enquanto esse nerd vive estudando e só vai se arrepender quando for velho". Os dois erram. Toda vez que o estudioso vê um rapaz com porte atlético pensa que esse não tem futuro. E erra todas as vezes por não aprender que cada vida é diferente. Da mesma forma o atlético erra ao pensar que o estudioso não aproveita a vida.

E essa insistência, há tempos, deixou de ser minha. Prefiro ajudar a construir uma história, com frases aleatórias e participações nem tão especiais do que decidir um capítulo e acabar como vilão. Por mais de um capítulo provavelmente.

*De qualquer forma, algo insiste em me desanimar, 
em espantar qualquer inspiração que eu pudesse ter.
Talvez seja essa espera que me sufoca e que me faz perder qualquer raciocínio.
Sério, não tenho conseguido entender, escrever, ver.

Um comentário:

Miguel Scapin disse...

Todos erramos (com exceção do prof Girafales, que apenas errou uma vez)
Isso é bom, facilita o entendimento de que buscamos aprendizagem, mesmo quando achamos que não precisamos.