quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Do silêncio veio, para o silêncio vai


Dúvidas que, de tão grandes, fazem cessar os risos, calar as palavras e emudecer qualquer boca passível de fala. Dúvidas que afogam em qualquer oceano, mar ou mesmo riacho de lágrimas. Tristes, desnecessárias e um tanto incompreensíveis lágrimas. Como dizem, escolher o mais fácil faz sentido. Como se nada existisse, como um pássaro que apenas passa sem deixar nada além de um pequeno surto de ar em movimento.

Vento.

Seu sentido contraria o sentido da lógica, do próprio sentido. Direção e sentido exaustivos. Longínquos demais para se pensar, quanto mais entender, compreender. Ver.

Visão que impede negação de existência, presença, acontecimento obscuro mas não menos presente, existente. Chuva que molha. Enxurrada que apenas mais barro forma. Sem cobrir nada. O que se pensa ser não é. O que se pensa querer ser, também não é. Será para algum? Será para nenhum? Dúvidas sucessivas, que tonteiam, impedindo qualquer passo, qualquer lado que pudesse vir a ser.

Confusão incoerente. Sabe-se para onde quer ir, tenta-se saber para onde deve-se ir, não compreende algo além do que se sabe e do que talvez se saiba.

Calafrios, com outro frio, ruim, contínuo, duvidoso e suspeito. Críticas reflexivas que bombardeiam ainda mais todos os caminhos em torno. Independente do ponto central.

Menos de muito e muito de menos, de nada, de tudo.

Que insanidade intensa essa!

*sem comentários aqui