sábado, 15 de maio de 2010

Uma rua, várias pedras. Apenas uma rua. E várias pedras.


Bastaram algumas pedras soltas, buracos aqui e ali, fotos novas na vitrine e um silêncio louvável para que um sentimento nostalgicamente incrível despertasse e fizesse valer-se por si só, sem interferência humana, talvez Divina. E no meio desse silêncio, buscado por muito tempo, fez valer a máxima de que não há lugar como o lar, mesmo que nem no lar estivesse. As ruas, tão familiares e ao mesmo tempo tão distantes do presente e do passado, ah, as ruas. Retas e curvuolíneas, sem muita distinção, sem muita luz. Ah, as ruas. Nunca ficara tão feliz por poder dizer que estava caminhando em alguma rua. No meio de alguma rua.

Sem marcação de tinta, sem placa de pare. Apenas ruas. Apenas ruas de calçamento, sem asfalto. 

Apenas ruas.

Apenas sorrisos.

Um comentário:

Érica Ferro disse...

É o segundo texto que li hoje que fala de pedras. E que me lembrou a música do Engenheiros do Hawaii, que não tem muito a ver com o texto e o que se quis expressar, eu acho.

"Se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim...".