quinta-feira, 26 de março de 2009

A talvez melancolia do meio termo

Num intuito de fazer valer um investimento que condiz com a minha vontade de mostrar ao mundo o que talvez(2) seja, volto ao talvez(3) único lugar em que consigo ser eu mesmo por completa e clara, por conseguir mostrar tudo, talvez(4) quase tudo o que penso, embora não seja eu mesmo sempre, ou seja, não seja tudo o que eu sou em palavras.

Nesse longo período, mais dois anos, consegui expressar muita coisa que em qualquer outro lugar seria chamado de idiota, estúpido ou simplesmente de uma criança muito babaca que fica inventando histórias relacionadas a uma fruta ou a um menino idiota com cara de cdf.

Mas no fundo, isso não vem ao caso.

Encontro-me ausente, o blog está carente do meu antigo, atualmente escondido, eu, que fosse o que fosse conseguia sempre colocar alguma coisa que não fosse uma simples frase ou, como a maioria hipócrita, e medíocre, faz, uma simples foto ou texto copiado de alguém famoso(ou de alguém desconhecido, cujo reconhecimento cai em alguém famoso como Luís Fernando Veríssimo ou o Zé do boteco).

Sim, essa é mais uma das minhas, felizmente, impagáveis, e talvez(5) ineptamente ilegíveis bobagens, mas diferente das outras, onde conseguia ser um maluco idiota com pensamentos ou ideias(naquele tempo ainda colocava acento nessa palavra) por haver um motivo para tal transcrição daquilo em palavras, corretas ou não, hoje, como em 92,74% dos meus últimos dias das minhas últimas semanas, não possuo razão, física, mental, espiritual ou meramente ideal.

O talvez(6) irritante uso contínuo de vírgulas que trazem explicações, sejam elas apostos ou vocativos das já escritas frases, mostra o quão tolo e inepto é esse, que não deve ser chamado de texto embora a possibilidade exista, emaranhado de palavras, pontuações e afins.

A explicação disso é que estou no marco zero do meu cérebro. Da minha pessoa. Do meu ser. Do meu eu próprio(a redundância se fez sim necessária).

Um gráfico, seja ele por linhas ou colunas, ou qualquer linha cronológica poderia demonstrar bem isso, essa imensa bobagem. Mas prefiro transcrever, mesmo que inutilmente, em palavras o que deveria, ou melhor, poderia ser desenhado no paint ou em qualquer outro programa semelhante.

A decepção, a tristeza, a felicidade ou mesmo a alegria em níveis extremos, que aqui poderiam ser colocados como pontas opostas de um gráfico imaginário que você leitor(???) pode fazer agora para acompanhar essa tentativa de raciocínio, acabam sempre motivando a escrita. Poesias, principalmente do romantismo, prosas, histórias, fatos, ideias, ideais, ou qualquer outra coisa que surja na mente de um humano qualquer, ou de um maluco como eu, necessitam de um peso a mais em um dos lados.

No meu caso, estou no meio desse gráfico. Dessa linha. O marco 0. O 0°, entre o negativo e o positivo em questão de temperatura. A tora ou ferro que fica no meio de uma gangorra. A colher no meio da briga entre marido e mulher. O muro que separava socialistas de capitalistas(ou talvez(7) a Mônica do Cebolinha). Ou mesmo o ponto de equilíbrio(unicamente teórico, utópico ou imaginário) entre razão e emoção, ou impulsividade e passividade, ou qualquer outra coisa onde o meio termo(insisto, teórico, utópico ou imaginário) é o melhor, embora ninguém consiga alcançá-lo sem perder alguma coisa que faça real e significativa diferença na sua vida.

Precisaria pender essa linha imaginária que talvez(8) alguém tenha raciocinado para a alegria ou para a tristeza. Para a realização ou para a decepção. Muito embora não veja uma grande diferença entre ficar aqui, na utopicidade do marco zero de um cérebro cansado de tudo o que vê, e voltar a ver as coisas boas, mas também as porcarias, que conseguia ver com muita imaginação, muitos pensamentos e dois olhos cansados de ver um mundo que lhe torna diferente.

Forcei tanto a minha visão para ver um mundo diferente que hoje, e por mais alguns dias, talvez(9) será preciso fechar os olhos e não ver nada, nem o mundo diferente nem o mundo em que vivo.

3 comentários:

Unknown disse...

Melancolia não leva a nada, experiência própria.

Camila disse...

É um texto confuso e eu ri :D

Willa disse...

Força! :}