domingo, 2 de dezembro de 2012

São só palavras estúpidas.

Tanto faz se algum dos envolvidos na história chegar - por algum acaso do inacreditável e inconstante "ser", criado por homens, chamado destino - a ler isso aqui. Estou tão preocupado com isso quanto uma criança está preocupada com a saúde financeira dos pais nos dias que antecedem o seu aniversário.

O engraçado acaba sendo que as noites mal dormidas pouco poder tem de influenciar quaisquer palavras. Não é por estar bêbado, drogado ou com MUITO sono que estou aqui, escrevendo. Não preciso de nada disso e daquilo para ser sincero. E também não faz diferença citar nomes. Afinal de contas, ninguém está mesmo preocupado em ter feito parte disso ou não. A curiosidade, aqui, fica como brinde pela perda de tempo que... deixa pra lá.

Lembro-me de, anos atrás, ter ouvido quatro pessoas dizerem a seguinte frase, dois pontos, espaço, abre aspas

Ah, eu não tenho dúvidas de que quero fazer faculdade de medicina (ponto, espaço, etc)

Naquele tempo a revolta era grande e a raiva maior ainda. É provável que qualquer ambição futura fosse levar minha mente a pensar "malditos fracassados, vão apodrecer...". O final da frase é um tanto quanto preconceituoso, então deixa pra lá, haverá sempre um politicamente correto moralista e hipócrita para tecer alguma crítica, ponto.

O que acontece é que essas quatro pessoas, além de medíocres e miseráveis rascunhos ilegíveis, eram pseudo estudantes, sem hífen por vontade própria. Sabe aquele tipo de gente que passa anos com você no mesmo lugar e, quando você percebe que nunca mais verá, pensa algo como "hum, e?".

Indiferença, era isso que existia - por motivos diversos - e não existe mais por falta de necessidade e crescimento pessoal, propriamente dito. Tanto faz, ainda, porém agora sem indiferença.

Duvido que alguém tenha levado esse projeto em frente. Eram fracassados e serão sempre fracassados - exceto por uma mudança drástica de... TUDO. Veja bem, não estou, sobre hipótese alguma, querendo dizer que sou um vencedor e tal. Pode ser até que venham a receber salários maiores e obtenham, com alguma surpresa ABSURDA desse troço chamado 'vida', um grande sucesso profissional mas... nunca, quer saber, deixa pra lá.

Eles queriam o que não tinham capacidade de ter. Tenho certeza de que você conhece pessoas iguais, que não sabem fazer multiplicação de dois dígitos mentalmente mas querem acertar 85% de uma prova de vestibular em alguma grande universidade bem conceituada.

É obra do acaso que algum consiga. Geralmente não conseguem, voltam para o conforto de seus lares, casas luxuosas sustentadas por pais trabalhadores que não tem consciência dos pequenos, na verdade gigantes, pesos inúteis para a sociedade que carregam.

Há rancor em todas essas palavras. Há raiva. Mas não há mais mágoa. E a história do crescimento pessoal, do perdão e da caridade existe sim, de fato. O que não impede, de modo algum, que tenha uma recaída e use de uma sinceridade escrota para dizer que, onde quer que estejam, não são nada do que um dia sonharam ser.

Por falta de capacidade, de vontade, não sei.

O que não faltou - e por isso agradeço - foi justiça.

Essa não falha.

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