segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pedaços de um pensamento (65)

Todas as minhas palavras tem sido pesadas, tristes, grandes e, em certo ponto, profundas lamentações. No final, não passam de consequências das inúmeras tempestades que vem caindo sobre a minha cabeça - e, consequentemente, sobre todo o resto de mim. Difícil tem sido suportar tudo isso de cabeça erguida, e Deus sabe que tenho tentado deixar de lado, na maior - em absoluto - parte das vezes, a minha vontade para fazer o que está de acordo com Sua sabedoria.

E então? Tem dado certo.

Toda tempestade é consequência de extremismos climáticos. A física, através da meteorologia ou algo assim, explica bem isso e, portanto, não cabe a mim palavras mais profundas do que essas. Esse poço raso usado para falar de clima - uma vez que tempo é o estado em momento específico e blá blá de nerd - cai bem como oposto para aquilo que tem vindo após as tempestades. Essas, vem e voltam. Aqueles poços aparecem, cada vez em menor número e, portanto, pode-se concluir que o calor fez evaporar toda essa água - que não é muita, mas permite a existência de barro, e nós sabemos o que o barro faz com roupas e corpo - ou, na pior das hipóteses, eles tem rareado por conta do uso do terreno.

Não é a mesma coisa jogar em um campo de terra e em um campo de grama. Tanto em dias chuvosos como em dias secos, se é que você, que provavelmente não gosta de futebol, conseguiu entender a analogia.

A dificuldade que a tempestade traz é momentânea porém não é esse estado passageiro - que nem sempre é rápido aos olhos - que tira a necessidade de uma melhor preparação do campo de jogo. Plantar grama, nesse caso, é um cuidado requerido para quem quer ter condições de jogar um melhor futebol e poder jogá-lo mesmo com chuva - pois a formação de poças d'água é dificultada pela drenagem e mais blá blá técnico/teórico.

Os últimos dias tem sido de intensas, mesmo que breves, tempestades.

Entretanto hoje está calmo. Não vejo poças d'água que remetem às tempestades. O céu é azul, os pássaros voam (e cantam) e os meus pensamentos conseguiram trazer de volta algo que é dado como perdido, por mim, há tempos.

Confiança.

Não de que tudo está certo, não há mais chances de tempestades e blá blá blá's atrapalharem tudo - e tem atrapalhado tudo mesmo. A certeza quanto à preparação é motivo de tranquilidade para pensar, refletir e, quem sabe, decidir.

Quanto ao que foge das minhas mãos, às escolhas que dependem de palavras não-minhas, estou tranquilo. Quanto às ações que dependem exclusivamente de mim, também.

Ninguém confia em quem não inspira confiança. Poucos confiam em pessoas, ou situações, que não passam tranquilidade. Somente os ingênuos confiam em quem já lhes decepcionou profundamente - e por motivos estúpidos e egoístas.

A cada dia aprendo, mais, a confiar na Verdade. Na Justiça. No Amor.

Estou tranquilo porque confio Naquele que jamais decepcionou.

No Deus que jamais decepciona.

"...No dia em que o Senhor enfaixar 
as feridas do seu povo e lhe curar as chagas, 
a Lua vai brilhar como o Sol, 
e o brilho do Sol será sete vezes maior, 
como o brilho de sete dias reunidos"

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