quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O vazio de viver e só (34)


Até quando será assim? Pode me dizer? Dia sim e outro também, essa coisa que vem e vai. Mais vem do que vai. Diariamente. Sabe quando isso termina? Ou pelo menos quando se transforma em algo que permite-me fazer coisa qualquer sem qualquer hesitação por falta de tudo?

Não sabe quando vou conseguir ser capaz o suficiente para sequer pensar no que isso, de fato, é?

Todas as respostas são negativas quando, por qualquer motivo, não existem respostas. O consentimento, nesse caso, deixa tudo comodamente inerte, sem qualquer perspectiva de tornar-se algo diferente do que é. E, pelo fato de não ser, declaradamente, coisa qualquer, o nada não pode transformar-se. Porque, em si, ele não existe, é ausência completa de, enfim, você não está no jardim de infância.

Sinto como se estivesse a ponto de, sei lá, mudar tudo isso que está acontecendo. Aí lembro daquela história do nada, da inércia e, comodamente, volto para o meu transtorno diário.

Opa, uma palavra que ajuda a definir: transtorno.

O dicionário diga o que quiser sobre, porque isso é, sem dúvida, um transtorno que tira a paciência, impede que a tranquilidade exista naquele negócio chamado mente, que o sorriso se manifeste e que o coração - coitado desse - pulse em paz.

É pesado, é cansativo, é desgastante, é irritante, perturbador. E muito mais.

Qualquer tristeza, aqui, não é coincidência, redundância ou novidade. A diferença é que nunca, nunca mesmo, fez tanta diferença estar parado, cansado, triste e sei lá mais o que.

Todo o resto desaba junto. A reconstrução que estava sendo feita voltou à estaca zero.

E ninguém sabe como, quando, onde, por que.

Ninguém sabe qualquer resposta.

*e isso tudo é deprimente

Um comentário:

Camila disse...

Vini, tudo bem? Você ainda escreve, que maravilha! Eu abandonei meu blog a muito tempo! Heheh
Estas confuso neste teu post né? hehe
beijos querido Tudo de bom!