domingo, 6 de junho de 2010

Antes alguma coisa à você no chão


Escolha razões, motivos, lembranças e fatos. Faça isso enquanto bebe café com leite e bolachas de água e sal. Selecione o que eu já disse e comece a dar pesos diferentes para cada uma em cada ramo desse pensamento. Você define critérios, o que importa mais ou não importa, o que importa menos ou importa de verdade. Pensa, lembra, pede ajuda a alguém. E no fim, constata e...

Comete injustiça. Você fez um julgamento e jamais lembrará de tudo. O que há de injusto nisso? Você está bebendo café, então acorda de uma vez. Pensa bem, quais lembranças vêm primeiro à mente? Não são as lágrimas que contam mais? A raiva, o rancor e toda aquela porcaria que você insiste em guardar no seu seleto espaço de lembranças. Vai dizer que não lembrou das coisas ruins antes de lembrar das boas? Vai dizer que o mais pesado não foi colocado primeiro na balança? Vai lá, admite que eu estou certo ou se mostre um ou uma anormal.

Esperarei pelos anormais. Mas só porque aprendi a ser um.

Não por pesar primeiro as coisas boas, menos pesadas e depois as coisas ruins. Não. Anormal por deixar de lado julgamento de pessoas, ambientes com ou sem pessoas, e locais, com e sem pessoas. Anormal mesmo, daquelas coisas bizarras que você só vê em programas sensacionalistas de emissoras de televisão que são patrocinadas por sites de venda e novos produtos inúteis mas que vendem muito quando são lançados apenas por serem novidades inúteis.

Não é? Não, eu já disse, você está bebendo café, por que ainda não acordou? Eu não estava mais falando sobre os produtos de emissoras (ronc) que... ah sim, acordar para a vida. Vida? Vida não, café. Viu só o que você fez, boba. Você me faz perder o raciocínio. E tudo porque? Porque eu não tenho más lembranças de você. Nem de você nem de ninguém. E nada de 20 e poucos anos aqui, porque nenhum de nós os possui. Chega de carregar pesos em costas doloridas por cadeiras duras que escolas e universidades disponibilizam. Por si só é ruim, imagine quando você pensa e suas costas doem no pensamento. Imagine não, pense e sinta essa dor. Progressiva, silenciosa e que quando torna-se insustentável, você cai e chora arrependida por não ter pedido ajuda, por não ter sido ajudado(a) ou mesmo por não ter aceitado ajuda.

Deixa de lado essa rotina de achar que tudo pode-se em si, sendo que a origem da força é deixada de lado. Você não pode esquecer dessa força. Você não precisa carregar o peso dessas mágoas. Afinal, as mulheres não gostam que a balança indique muito peso, não é? E você também não precisa julgar ninguém, contar e medir pesos leves e pesados para então decidir que atitude tomar. Que tal fechar os olhos, já que o café não adiantou mesmo, e deixar que aquela força que você tanto deixa de lado te guie.

Essa força pode ser o amor. A amizade. A confiança. O reconhecimento pelo que já se recebeu. Pode ser Deus. No fim, é tudo farinha do mesmo saco. Ou café do mesmo bule.

Um comentário:

Taw disse...

hum... força ou motivação? ou é a mesma coisa?

:/

todas essas coisas são ferramentas disponíveis para executar a vida. Só que o foco é geralmente perdido... pois são muitas as distrações... pode ser que eu esteja enganado, mas é o que tenho visto.



:P