sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dia. Dia?


Há uma semana, ou oito dias, não sei ao certo, parece que a falta é mais importante do que a presença.

Fraqueza que aumenta. Como se fosse algo que me deixasse embaixo permanentemente. Embora eu consiga escapar desse buraco eventualmente.

Mãos atadas, mente fechada, boca, olhos e ouvidos intactos, sem qualquer vestígio de movimento, de intenção e sem força para agir, para mudar.

Tanto estranho mais por ser algo até previsível, que um dia ou outro aconteceria. Nada que eu quisesse, mas tinha a noção de possibilidade de acontecimento.

E não há beleza nas palavras. Não há alívio, não há mágoa, não há dor, muito menos alegria. Não há nada em palavra alguma.

Há apenas agonia aqui, coisa que mundo algum, que pessoa alguma e que tentativa qualquer poderia explicar. Sem entendimento.

(...)

Escrever apenas que a agonia é grande, que a ausência, a tristeza e tantas outras coisas semelhantes só aumentam, em número e tamanho.

'...um girassol sem sol...', sem um único raio de sol. E assim será por algum tempo.


(não haverá comentários nessa postagem)