quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pedaços de um pensamento (44)

Atemporal, somente aquilo que foge das mãos e dos olhos. O entendimento de passageiro ser adjetivo para tudo que se pode tocar e ver é necessário para que haja libertação de tudo que os prende e que, no final, não é o que define quem se é. A mais importante das produções, já disse um filósofo, é a intelectual porém, indo além do intelecto raso, onde se encontra a base para todas as criações modernistas, tem-se o que não é compreendido ou que, em uma desesperada atitude de medo do fracasso, procura-se explicar com teorias que usam daquele superficial intelecto.

Não há nada que se desenvolva de fora para dentro, assim como não há rio que comece a correr pela superfície. Acreditar que o conhecimento raso, que descreve o que se vê e define o que se pode tocar, possa também ser capaz de explicar aquilo que os olhos não veem, as mãos não podem segurar e somente o coração é capaz de sentir é acreditar em qualquer coisa.

Qualquer coisa que não tenha um verdadeiro significado e que, por conveniência, não precise de nada além de frases vagas e desconexas.

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